- Intervenção de Jiddu Krishnamurti -
“... quando MIGUEL estiver aí, vocês irão perceber a Vibração, vocês irão perceber o Amor, vocês irão perceber a realidade do contato ... uma Presença que penetra, eu diria, em sua aura.”
~ A TRANSPARÊNCIA ~
Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs na Humanidade, dignem-se de aceitar o Amor e as bênçãos da Graça.
Eu vim, hoje, falar-lhes sobre a Transparência.
Eu vou primeiramente, se vocês quiserem, definir a transparência da qual eu não quero falar e, então, explicar.
A transparência, tal como é conhecida em meio à personalidade, em meio às relações, no meio social e mesmo no meio econômico, não é a Transparência de que quero falar a vocês.
Pois esta transparência recorre a códigos morais, a códigos que estão inscritos em meio à personalidade.
Seja qual for a transparência da personalidade, em sua expressão, em seus modos de relações, em seus modos de trocas, ela jamais irá permitir viver a Transparência no sentido em que eu quero me exprimir.
A Transparência de que falo é aquela da consciência que permite estabelecer-se, de maneira forte, no Si, e esperar então para dar o lugar ao Desconhecido.
Seja qual for a transparência vislumbrada em meio à personalidade, ela sempre será apenas uma projeção.
Nenhuma relação, mesmo a mais harmoniosa, nenhuma conformidade com um rito, com um dogma, com uma sociedade, pode estar em qualquer conexão com a Transparência sobre a qual eu vou falar a vocês.
A transparência, no sentido da personalidade, pode apenas resultar da alma, pode apenas resultar de uma educação, ou de uma conformidade com um ideal.
A Transparência de que eu vou lhes falar é exatamente aquela da consciência que vai se tornar, ela, transparente.
***
A Transparência, no seu sentido, independentemente da personalidade, do Si ou do Absoluto, é um estado.
A Transparência é o que deixa passar, o que não interfere, o que, além do senso de clareza ou de qualquer moralidade, é algo que vai permitir superar a percepção, superar o sentir, superar a própria explicação que pode ser dada e que vai, então, muito além da observação, muito além da projeção da própria consciência, no que é observado.
Eu diria, para retomar uma terminologia que vocês empregaram nesses últimos tempos, que a Transparência vai eliminar a distância sujeito / objeto, em um primeiro momento.
E em um segundo momento, ela vai fazer desaparecer o objeto e o sujeito.
Enquanto o olho da consciência estiver voltado para o exterior, quer seja no eu ou no Si, quer seja até mesmo em um olhar voltado para o Interior (na contemplação do Si), jamais haverá uma Transparência total.
Visto que o simples fato de ver a Luz, de viver e de experimentar a Luz, reflete uma plenitude da Luz (e não uma Transparência à Luz, não uma eliminação do Si) que não pode levar, em caso algum, ao Desconhecido e ainda menos ao Absoluto.
A Transparência vai colocá-los em um estado onde vocês deixam o observador.
É o momento em que, em meio à própria consciência ordinária do eu fragmentado, vocês vão cessar de interagir.
Não para ver, não para olhar, não para observar, mas, sim, para deixar-se atravessar pelo fluxo da Vida, para deixar-se atravessar, sem interagir com o que atravessa.
O que atravessa está muito além do objeto que é olhado.
Eu lhes expliquei, há algum tempo, minha experiência ocorrida depois de uma experiência traumatizante, que me conduziu, após uma dor indizível, a viver a indizível Alegria.
A Transparência ligada, como vocês sabem disso, à Porta KI-RIS-TI, está então associada ao impulso Metatrônico.
E é o que vai permitir-lhes, quando vocês adotarem esta maneira de ser, aproximar-se mais perto da não-ação e, portanto, da não-dualidade.
A Transparência não é uma resignação.
A Transparência não é uma indiferença.
Essa de que falo é aquela que vai consistir em extrair-se, na totalidade, da pessoa, em extrair-se, na totalidade, do Si, a fim de não mais interagir, de não mais agir e de não mais reagir com nada.
***
Uma aproximação da Transparência pode ser realizada pela meditação.
Alguns estados meditativos podem levá-los a observar, em um primeiro momento, o fluxo dos pensamentos, o fluxo das emoções, eventualmente, o fluxo das imagens que vocês alcançam.
Mas se vocês superarem esses estados, vocês irão dar-se conta de que a meditação vai permitir-lhes apreender-se de que o que é visto, o que é passado, naquele momento, não pertence a vocês.
Há então, na Transparência, uma noção inicial, preliminar, de distância que pode se estabelecer, permitindo distanciar-se, realmente, do que foi observado anteriormente.
Esta tomada de distância não é um afastamento.
Ela é um requisito, eu diria, para a Transparência.
Pois, naquele momento, vocês irão se apreender (quer seja na meditação ou em uma experiência tal como eu vivenciei e eu narrei a vocês) de que vocês não são nem aquele que olha, nem aquele que é olhado, nem os sentidos que contemplam o que acontece.
Isso pode ocorrer em qualquer circunstância da vida.
Quer seja na natureza, quer seja na relação com um ser ou, como eu acabo de dizer, na meditação.
Esta Transparência não é uma indiferença: ela é a cessação da observação da consciência, a cessação do observador e é, portanto, o que vai permitir-lhes viver um estado peculiar, onde qualquer parecer, qualquer noção de interação com o meio ambiente, vai desaparecer.
Nenhuma expressão da comunicação, nenhuma expressão desta interação está mais presente.
Isso vai culminar em uma experiência indizível, que supera de muito longe o quadro do Despertar, o quadro da Realização, o quadro do Si.
Pois, no momento em que vocês cessarem de atuar com o mundo ambiental, antes que o mundo realmente desapareça, vocês se tornam Transparente, vocês não existem mais para este mundo.
Isso se aproxima, por formas diferentes, da Consciência Turiya, do Samadhi e, talvez, de Shantinilaya.
***
De qualquer modo, a Transparência, como muitos de nós abordamos, é um elemento fundamental nos processos que acontecem atualmente sobre esta Terra.
A noção de Onda da Vida, de Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, o Despertar dos Chacras, o Despertar da Kundalini, as modificações da consciência fragmentada, levando-os, para alguns, a viver o Si, deve dar lugar a esta noção de Transparência.
Na Transparência há, de qualquer forma, uma aniquilação do Si, um desaparecimento do observador, um desaparecimento total daquele que se situa como testemunha observando um ambiente, uma pessoa, ou comutando com este ambiente ou com esta pessoa.
A Transparência põe fim, portanto, à troca [transferência mútua e simultânea de alguma coisa].
Ela põe fim à interação, à ação, como eu disse, e ela permite culminar, eu diria, em algo estritamente desconhecido.
O Despertar deixa-se viver uma sensação de transparência do mundo, uma sensação de transparência, mas que é vivenciado como algo observado, no exterior.
A Transparência de que falo é a Transparência da alma e do Espírito.
A Transparência da própria pessoa que, de algum modo, desaparece do seu papel de observador, do seu papel de testemunha, e que penetra em um espaço desconhecido, ali onde mais nada pode interagir e interferir.
Neste estado, o Absoluto ou a Última Presença emerge, e é neste estado (que eu vivenciei e que, eu espero, vários Irmãos e Irmãs irão viver) que pode ser vivido o que foi nomeado Liberação.
A partir do momento em que vocês se apreendem de que é apenas uma interação em meio a um ambiente (que ele próprio é criado por sua interação prévia e pela interação prévia do conjunto das consciências que ali foram levadas), vocês percebem, sem ali acreditar (não como uma simples crença, mas, sim, como um fato estabelecido), que este mundo, assim como sua própria presença, é apenas uma ilusão.
Vocês se extraem, de alguma maneira, como disse BIDI, do palco do teatro, da poltrona do espectador e do próprio teatro.
A própria consciência desaparece e se aniquila totalmente, permitindo, naquele momento, viver outra coisa que o que pode ser conhecido.
Esta outra coisa (que é então o desconhecido propriamente dito) é o que eu denominei durante minha vida: “a Outra Margem”, ir para o Outro Lado.
Aquele que não foi para o Outro Lado não pode, evidentemente, encontrar qualquer explicação e qualquer justificação sobre o que eu falo.
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Eu posso apenas, contudo, esperar dar-lhes os elementos chave, permitindo, através desta Transparência, viver (imitar, se vocês preferirem) o caminho de CRISTO, o caminho de BUDA, o caminho dos Seres que, em todas as épocas, foram liberados das condições desta matéria, desta experiência, desta encarnação e mesmo deste Si, sem, no entanto, nada renegar.
Porque, efetivamente, como lhes foi dito e repetido, a Ilusão está incluída no Absoluto.
É preciso, na realidade, como dizia BIDI, mudar o olhar, não mais portar um olhar fragmentado, não mais portar qualquer olhar.
Ou seja, fazer cessar, na totalidade, o que eu denominei, há algum tempo, a ação do Eixo ATRAÇÃO / VISÃO.
O Eixo ATRAÇÃO / VISÃO, ligado à imagem, ligado ao que é projetado e visto no exterior, na tela da consciência interiorizada, é o principal obstáculo ao conceito de Transparência.
Pois, a partir do momento em que houver observação, a partir do momento em que houver interação ou ação, há necessariamente interação do seu mental que se apreende do que é visto, do que é ouvido, do que é traduzido pelos sentidos, sejam eles quais forem, a fim de dar uma explicação ou uma resposta adequada.
A partir do momento em que vocês não procurarem mais explicar, a partir do momento em que vocês não procurarem mais compreender, a partir do momento em que vocês se deixarem atravessar, naquele momento, vocês atravessam o rio para ir à Outra Margem, não antes.
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Dessa maneira, as técnicas de meditação vão permitir colocar o mental em repouso, observar os próprios pensamentos, a fim de, não de fazê-los desaparecer, mas de se distanciar.
Esta tomada de distância, como eu falei disso, é o elemento capital que vai permitir-lhes deslocar o ponto de vista para fazê-lo sair da consciência e fazê-lo existir, independentemente de qualquer localização, como isso lhes foi elucidado pelas viagens da Consciência, através da Deslocalização, da Multilocalização ou, ainda, da Fusão com o Duplo.
O princípio do desaparecimento é o desaparecimento do observador.
É a vontade não existindo.
É o próprio princípio que rege a ausência de interação, a ausência de reação, e a ausência de qualquer sentido, permitindo resultar no Absoluto.
Esse resultado, como eu disse, não é, aí tampouco, uma passagem, já que não é possível atravessar.
Em caso algum, o desconhecido pode ser conhecido a partir do ponto de vista da pessoa, seja qual for a observação, seja qual for a explicação, ou seja qual for a própria interação com o que é observado.
A partir do momento em que a própria observação cessar, a partir do momento em que tudo o que é captado pelos próprios sentidos, desaparecer, a partir do momento em que o conjunto dos sentires desaparecer, é que o Amor (que está por trás da manifestação e da Ilusão) pode aparecer claramente além da consciência.
É naquele momento que vocês percebem a Beleza do Universo, a Beleza da Vida, além do ponto de vista da pessoa fragmentada, ou, ainda, em meio à presença do Si.
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Nós estamos muito além dos processos denominados Realização ou Despertar, já que nada há para observar.
Os pré-requisitos, é claro, são conhecidos.
Isso consiste em se colocar no Aqui e Agora.
O Aqui e Agora que lhes permite favorecer o estabelecimento do Si e a instalação em meio ao Si, tendo possibilitado a Alegria, tendo possibilitado a manifestação da sua Presença, que deve, de algum modo, ela própria desaparecer, a fim de deixar-se, não ver outra coisa, não olhar outra coisa, mas de se tornarem vocês mesmos a essência total de qualquer manifestação, como de tudo o que não é manifestado.
É apenas nesta condição (ou seja, neste tipo de desaparecimento do Si, neste desaparecimento da pessoa) que pode se estabelecer a totalidade do Grande Tudo, nomeado, se vocês quiserem, o Absoluto ou o Desconhecido.
Enquanto existir um observador, enquanto existir um sujeito que contempla um objeto ou que olha ou que apreende, pelos sentidos, um objeto ou uma relação, não pode existir a mínima Transparência.
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Vocês veem, através dessas palavras (e eu os deixo, de alguma forma, como juízes), que há uma diferença fundamental entre a transparência da personalidade, expressa em meio a relações humanas ou através de regras sociais, e a Transparência de que falo que é, justamente, o desaparecimento de qualquer regra, de qualquer moral, de qualquer convenção e de qualquer pessoa, assim como de qualquer sujeito e de qualquer objeto.
A Transparência é esta Porta denominada KI-RIS-TI, em suas costas, e que foi impulsionada, para vários de vocês, pela ação determinante do Arcanjo METATRON.
Hoje, vocês têm de manifestar esta Transparência da maneira mais evidente possível.
A Transparência, a partir do momento em que vocês a adicionarem aos outros pilares da Humildade, da Simplicidade, da Espontaneidade, do Instante Presente, vai permitir-lhes não mais interagir e, no período de um tempo extremamente reduzido (basta que isso ocorra uma única vez para que o envelope do Coração seja definitivamente transpassado e perfurado), permitir superar os limites do Si, os limites da Presença.
Naquele momento, vocês poderão afirmar, porque vocês irão vivê-lo, que vocês são Absolutos.
A Transparência é a condição imprescindível para o estabelecimento do Absoluto.
Este estabelecimento, que não é um, mas que permite levar, de algum modo, para além de todos os limites impostos pela personalidade, como para além dos limites do Despertar e da Realização.
A partir do momento em que vocês aceitarem fazer cessar qualquer percepção, a partir do momento em que vocês aceitarem não mais interferir, de maneira alguma, com o que lhes é apresentado como pensamento, como visão, como sentir, como percepção, como concepção, naquele momento, a Transparência se estabelece sozinha.
É nesse sentido que outras expressões foram dadas e repetidas a vocês há mais de um mês, incansavelmente, por BIDI e por outros Anciãos entre vocês, como o fato de permanecer tranquilo, como o fato de realizar uma investigação, como o fato de refutar.
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O próprio princípio da Transparência vai se conjugar, de algum modo, e vai se apoiar, na Humildade e na Simplicidade.
A Humildade, é claro, refere-se, antes de tudo, à onipresença da personalidade, do eu [“je”] e do eu [“moi”], em toda a vida de um indivíduo, mesmo a mais equilibrada possível.
A Simplicidade consiste, evidentemente, em encontrar o Caminho da Infância, como isso foi falado por algumas Estrelas, ou seja, em conectar, de alguma forma, com a espontaneidade, em um primeiro momento, do observador, que está ele próprio absorvido no que é observado.
Todo mundo sabe da criança mais nova quando ela começa a brincar: ela brinca e ela fica absorvida na sua brincadeira.
Nada mais do exterior pode existir.
Existe, portanto, nesse caso, na criança, uma forma de sideração da consciência que fica, literalmente, absorvida em sua ocupação.
Evidentemente, no adulto, isso é muito mais difícil de estabelecer, pois, seja qual for a ação em curso que vocês realizarem, outras atividades do pensamento podem se manifestar.
Por outro lado, todos vocês fizeram a experiência (quer seja na meditação ou em atividades lúdicas ou recreativas ou criativas) de momentos em que vocês ficavam tão absorvidos que o resto do mundo desaparecia.
Esta absorção em uma atividade é, talvez, uma prévia ao estabelecimento da Transparência.
Mas, mesmo esta própria absorção deve desaparecer por que ela é uma projeção da consciência.
Mas, entretanto, é uma abordagem que pode permitir-lhes aproximar-se, se eu puder dizê-lo, desta noção de Transparência.
A Transparência não pode se apoiar em absolutamente nada do que é conhecido.
É o momento em que vocês aceitam colocar-se no Aqui e Agora, na Humildade e na Simplicidade.
É naquele momento, quando vocês não interagem mais de forma alguma com o mundo e com vocês mesmos, bem como com qualquer outra consciência, que a Transparência explode.
Eu falo de explosão porque esse não é um processo linear e progressivo.
É um processo onde não havia Transparência e, de repente, há Transparência.
Isso os faz passar do status de indivíduo ou do status de Ser Realizado, para o Ser Liberado.
Portanto, há uma mudança, uma revolução e uma reversão, que foi denominada, em várias ocasiões, a Reversão final, pelo Arcanjo URIEL.
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A Última Reversão deste mundo vai fazê-los refletir sobre reconsiderar sua posição, neste mundo, em sua vida, em seu ambiente, em suas concepções, em suas percepções, em seus sentires, em suas crenças.
Em suma, no conjunto do que constitui sua vida ou seu Si.
A ação da Luz é uma colocação na Transparência, já que a Luz, durante sua instalação, não pode dar lugar a qualquer sombra, a qualquer resistência, a qualquer dualidade.
Isso, é claro, é uma reversão total de suas concepções e do conjunto das experiências que vocês realizaram no Si.
Mesmo o Si mais estabilizado deve se apagar e isso foi chamado, eu lembro a vocês, de “Abandono do Si”.
A etapa para a Transparência é certamente o elemento, junto com a refutação, que vai permitir-lhes aproximar-se o mais perto possível.
E é naquele momento que tudo poderá bascular, como eu lhes falei há algum tempo, com relação à minha experiência.
Naquele momento, vocês irão desaparecer, real e totalmente.
Vocês não são mais uma pessoa.
Vocês São, em um primeiro momento, eventualmente, o conjunto do mundo.
E mesmo o mundo, naquele momento, desaparece.
É por isso que isso foi comparado ao sono.
Pois, efetivamente, visto do exterior, isso corresponde à aniquilação total do mundo, assim como de sua consciência.
Entretanto, há algo que permanece e, como dizia BIDI, o que permanece encontra-se atrás do observador.
É aquele que jamais participou da menor experiência: é o Absoluto.
O Absoluto não pode se deslocar.
Isso lhes foi dito, também, de diferentes maneiras.
Portanto, a partir do momento em que a consciência se desloca, no seu ato habitual de apreender uma percepção ou uma concepção, ou de interagir ou de reagir, evidentemente, vocês estão em movimento.
O movimento não permite conhecer o não movimento.
Há então, nesse nível, um aprendizado que vai colocá-los nas condições propícias para viver esta Transparência.
Não pode existir Transparência sem desaparecimento.
O que desaparece é, ao mesmo tempo, a consciência, aquela que os anima (quer vocês estejam no eu ou no Si), e o próprio mundo, em todas as suas manifestações.
O requisito é, efetivamente, a eliminação de toda a distância.
Isso é ainda o Si.
É o momento em que não existe mais barreira, mais separação, entre sua consciência e o conjunto da consciência deste mundo, quer seja através de outra consciência encarnada, de um Irmão ou de uma Irmã, da consciência de uma árvore, da consciência do ar, do Sol, da Lua e da própria Terra.
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Vem, em seguida, uma etapa posterior: é o momento em que vocês próprios aceitam desaparecer, sem qualquer ação, sem qualquer vontade de fazer desaparecer o mundo ou sua própria vida.
Naquele momento, e de maneira extremamente brutal, vocês irrompem no Absoluto.
A ausência de sentido, a ausência de Som, como isso lhes foi abordado pelo Arcanjo URIEL e pelo Arcanjo MIGUEL, há alguns anos, são exatamente as últimas coisas que podem ser observadas em meio ao Si.
O contato interdimensional, seja com o Canal Mariano, com o que foi denominado Duplo ou com o Arcanjo MIGUEL, como vocês sabem há pouco tempo, são elementos destinados, de algum modo, a fazê-los passar do dois ao Um e do Um ao Absoluto, por esta própria noção de Desaparecimento, de Fusão, de Dissolução, que permite viver algo que pode ser apreendido pela consciência, manifestado pela consciência, estabelecido pela própria consciência.
Isso corresponde a uma revolução.
Essa revolução é tal que se assemelha, em parte, ao que foi chamado de ‘choque da humanidade’ e que está chegando para vocês.
Dessa maneira, a partir do momento em que vocês aceitarem não mais se movimentar, ficar tranquilo, independentemente do processo que vai se desenrolar (e, em particular, o processo de desdobramento final da Luz), vocês não terão qualquer dificuldade de tornar-se Transparente, vocês não terão qualquer dificuldade de tornar-se, na totalidade, a Luz que parece chegar do exterior.
É a isso que vocês são convidados, é isso que vocês irão viver, de certa maneira, as primícias, que já estão acessíveis a vocês, quer seja nos momentos em que a sua consciência parece não mais existir, nos momentos que vocês podem talvez falar, em meio à personalidade ou ao Si, de confusão, onde vocês não sabem mais quem vocês são, nem onde vocês estão, ou ainda quando parecer perder a memória.
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Esses processos são processos perfeitamente lógicos que, por sua vez, vão prepará-los para este Absoluto, ou seja, para esta Transparência total.
A Transparência é, portanto, algo que pode ser qualificado, mesmo se for estritamente desconhecido para a maioria de vocês, por enquanto, de processo extremamente natural.
Esta Transparência deixa-se descobrir o Absoluto, no qual, eu lembro vocês, está contido o conjunto das manifestações, mesmo as mais ilusórias.
Estabelecer-se nisso é sair de todo o resto.
Esta saída de todo o resto foi denominada ‘Absoluto com forma’, que será substituído, em breve, por um ‘Absoluto sem forma’, durante o Desdobramento final da Luz, vindo do Sol, do Núcleo da Terra, do Alinhamento com o Centro Galáctico e do conjunto das Dimensões e dos Universos.
O processo de realização da Fusão com o Duplo, ou da Dissolução em meio ao Duplo, seja ele qual for, é, aí também, uma abordagem da Transparência, pois vocês irão se aperceber de que, quando MIGUEL estiver aí, vocês irão perceber a Vibração, vocês irão perceber o Amor, vocês irão perceber a realidade do contato, mas, até aquele momento, vocês irão permanecer dois: há o observador, vocês, no Eu ou no Si (e principalmente no Si) que vai apreender-se de que há uma outra Presença que penetra, eu diria, em sua aura.
Naquele momento, pode ser estabelecida uma Comunhão, naquele momento, pode ser estabelecido um esboço de Fusão, um esboço de Dissolução.
Mas somente a partir do momento em que, como dizia CRISTO, vocês entregarem seu Espírito nas mãos do Pai ou da FONTE, é que se realiza o Absoluto.
Isso foi chamado de Ressurreição, justificadamente, porque há uma Transfiguração prévia, assim como uma morte prévia, que é indispensável e que é uma condição indispensável para que se realize a Transparência e, portanto, o Absoluto.
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A Transparência é então um estado, em meio ao Si ou ao Eu, que vai levá-los, assim como a Refutação, a aproximar-se ao máximo e a apresentar o mínimo de resistência possível ao estabelecimento do que vocês São, na Eternidade, ou seja, a própria Luz, o Amor, o Absoluto, além de qualquer manifestação.
Como foi dito, obviamente, isso não se refere, apesar de tudo, à totalidade dos Irmãos e das Irmãs encarnados.
Mas, entretanto, o papel que vocês têm, no momento em que vocês saírem desse papel de Ancorador, de Semeador de Luz, e se dirigirem nessa direção, é essencial e fundamental, pois, quanto mais vocês forem em grande número realizando a Fusão com o Duplo, a Fusão com MIGUEL, mais será fácil, para o conjunto da humanidade, de viver com facilidade, o Apelo de MARIA e o desdobramento final da Luz, em meio a este Mundo.
Porque não haverá mais questões, porque não haverá mais interrogações, porque não haverá mais interações: haverá um apagamento total, o que eu chamei de desaparecimento da pessoa e do Si, permitindo-lhes reintegrar a Eternidade.
Como eu acabo de dizê-lo, isso não se refere à totalidade de todos aqueles que irão me ler, à totalidade de todos vocês aqui que me escutam, mas, sim, a um número limitado de pessoas, a um número limitado de Si, porque a realização da Transparência é suficiente, por um determinado indivíduo que sai de sua individualidade, para iluminar a totalidade deste Mundo.
Assim foi a vida de CRISTO, assim foi a Presença de Seres Liberados, presentes sobre esta Terra, em todas as épocas.
***
A grande diferença, e ela é fundamental, é que, hoje, vocês são extremamente numerosos tendo realizado o Si.
E vocês serão numerosos, ainda, a viver a Transparência e a estabelecer o Absoluto.
Naquele momento, a ação na consciência daqueles que irão permanecer no Si, na Consciência da Terra, ela mesma, será de grande ajuda, porque, naquele momento, o seu estado, além de todo o estado, será o melhor testemunho de que vocês podiam se entregar à Luz e ao Amor, portanto, ao Absoluto.
Aí estão alguns elementos, bastante breves, que eu tinha para comunicar a vocês sobre a Transparência.
Evidentemente, ainda resta tempo, em termos terrestres, para responder às suas interrogações.
Eu ficarei feliz em ali responder, eu ficarei feliz em dialogar com vocês sobre esse assunto.
***
Pergunta: qual é a diferença entre o Absoluto sem forma e o Absoluto com forma?
A partir do momento em que houver persistência de um corpo de carbono (chamado, de maneira poética, de saco de comida, por BIDI), há um Absoluto com forma.
Assim que a forma desaparecer, pelo processo de Desdobramento final da Luz, há, é claro, um Absoluto sem forma.
***
Pergunta: você pode desenvolver sobre a coexistência da consciência do Eu, do Si e do Absoluto enquanto estivermos encarnados?
Eu nada posso falar sobre o Absoluto, como foi dito.
O Absoluto não é uma consciência.
O Absoluto é uma ausência de localização, justamente, da consciência.
Ela não está nem no objeto, nem no sujeito, nem no experimentador, nem neste mundo, nem em outro mundo.
A Transparência, através da Humildade e da Simplicidade, através da Espontaneidade, que são os outros três Pilares (ou, se vocês preferirem, se vocês se instalarem na Presença, no Aqui e Agora), a partir daquele momento, há uma consciência denominada a-consciência, que se instala, da Presença e do Si.
Esta própria consciência deve cessar, o Absoluto não é uma consciência.
A consciência, como foi explicado há vários anos, sempre está em ressonância e em relação com uma experimentação, com um experimentador.
A consciência atua sozinha.
O Absoluto não atua.
Não existe qualquer meio de ter uma representação conceitual ou perceptível do Absoluto, já que o Absoluto é justamente uma a-consciência.
A Transparência, tal como eu acabo de explicar, é certamente o que pode mais facilmente, com o princípio da investigação e da Refutação, levá-los às portas deste Desconhecido.
Enquanto houver um observador, mesmo se este observador não contemplar mais o mundo, mas a Luz, há interação.
E, portanto, ele não pode manifestar qualquer Transparência.
Na Transparência, nada existe, nada é aparente, tudo desapareceu.
Isso poderia se aproximar de algumas concepções do Zen, do que foi denominado também, na alquimia Taoísta, a Vacuidade.
***
Pergunta: não saber onde se situa a consciência, corresponde à a-consciência?
Pode se tratar de uma a-consciência, como pode se tratar de um mecanismo de multilocalização ou de deslocalização.
O Absoluto, a partir do momento em que ele estiver aí, não pode deixar pairar qualquer dúvida, qualquer interrogação e qualquer questionamento, pois, eu lembro a vocês, como lhes dizia BIDI, esse é o estado natural do que vocês São.
Este Mundo é denominado Maya: é uma projeção da consciência.
Não há qualquer anormalidade em projetar a consciência na forma que for, na Dimensão que for.
Isso faz parte do jogo da consciência que é experiência, como eu disse anteriormente.
O problema é que, sobre este Mundo, nós fomos confinados, se vocês preferirem, no andar térreo de um imóvel de trinta andares, sem ter conhecimento do que acontece nos outros andares.
A conexão com a FONTE se restringiu à sua mais simples expressão.
Esta ruptura foi responsável pelo que foi chamado de medo, de onde resultou o apego da própria pessoa a ela mesma.
Pelo fato de que o que é desconhecido é, efetivamente, desconhecido de vocês.
Pelo fato de que os outros estágios de consciência, enquanto o Si não for realizado, enquanto não existir processo de Fusão / Dissolução, ser-lhes estritamente desconhecido, enquanto experiência.
A consciência, que é experiência, está então fragmentada pelo fato de lhe faltar uma série de elementos do quebra-cabeça, eu diria, da Consciência total.
***
Pergunta: o Corpo de Estado de Ser que está no Sol, é Absoluto ou não?
O Corpo de Estado de Ser, seja qual for sua Dimensão, é ainda uma forma.
Esta forma situa-se no nível do que foi chamado de Mundos Unitários, onde não existe qualquer separação, qualquer fragmentação.
Vocês evoluem livremente, desde esse Corpo de Estado de Ser, até a FONTE.
O Absoluto é acessível a vocês como uma pulsação, se pudermos assim falar, imóvel, na qual vocês têm a possibilidade de se fundir e de desaparecer.
Isso corresponde também a um Absoluto com forma.
A partir do momento em que a consciência cessou de atuar, seja qual for esta consciência, a mais expandida possível até se tornar um Planeta, um Sistema Solar ou uma Galáxia, a partir do momento em que isso foi realizado no final da atuação, naquele momento, é possível extrair-se de toda a experiência, de toda a consciência, pois o Absoluto é conhecido na forma.
Eu os lembro de que o testemunho daquele que é Absoluto é, antes de tudo, a Morada da Paz Suprema, totalmente inalterável, sem mudança, estabelecido na Eternidade, além mesmo da presença de um corpo, de uma forma, seja qual for, mesmo de um Corpo de Estado de Ser.
***
Pergunta: viver estados de Dissolução é uma das primícias do Absoluto?
Sim, isso foi chamado de Infinita Presença ou Última Presença.
***
Pergunta: é verdade que alguns que não vivessem o Absoluto iriam permanecer no Si para ajudar a humanidade?
Vocês ajudam a humanidade, quer estejam no Si ou sejam Absoluto, no processo de Fusão com o Duplo, seja ele qual for.
Vocês irradiam sobre este Mundo, sem desejar, vocês se tornam Absoluto.
A partir do momento em que duas consciências e, com muito mais razão, centenas ou milhares, forem Absoluto, o Mundo vai desaparecer.
Mesmo para aqueles que estão no Si, mesmo para aqueles que estão no Eu.
Isso depende, como vocês sabem, da própria Terra, mas também do número de consciências tornando-se a-consciência.
A ação de ter Ancorado a Luz, de ter Semeado a Luz foi realizada pelo Si, manifestada por uma das Coroas Radiantes e, especialmente, pela Coroa Radiante do Coração.
A Onda do Éter, denominada, pela maioria de nós, Onda da Vida (que está ligada, como vocês sabem, à Liberação da Terra), vai progressivamente fazê-los descobrir esta noção de Transparência, já que, como isso já foi desenvolvido para vocês, os diferentes apegos da personalidade a ela mesma, os diferentes medos são dissolvidos, se vocês aceitarem Abandonar o Si, pela própria Onda da Vida.
A Transparência, naquele momento, se estabelece de maneira extremamente rápida e fácil.
Eu os remeto, para isso, a uma das últimas intervenções de UM AMIGO, tendo lhes falado do estremecimento do peito, da ativação das Asas Etéreas de um lado a outro de KI-RIS-TI, assim como da colocação em Vibração da nova Tri-Unidade - chacra do Coração, chacra da alma, chacra do Espírito -, bem como de KI-RIS-TI.
Isso é uma preliminar e poderia ser comparado à Última Presença.
Além disso, o Abandono do Si, nesse nível ou nessa etapa, resulta na Transparência total.
O Duplo, quer seja MIGUEL ou quer seja um ser de Luz ou um ser encarnado, vai permitir-lhes viver, realizar, a Transparência, a Humildade, a Simplicidade, a Espontaneidade, mas, para isso, aquele que ainda está encarnado, ou os dois, devem desaparecer, na totalidade.
Naquele momento, e se eu puder me exprimir assim, se vocês são vocês, se vocês são MIGUEL, se vocês são sua mônada, se vocês são o Sol, isso se compara à questão anterior, ou seja, vocês não têm mais consciência de estar em parte alguma.
E, no entanto, vocês não se perderam, vocês se encontraram.
***
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
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Irmãos e Irmãs na humanidade, eu rendo Graças por sua escuta.
Do mesmo modo que o Arcanjo MIGUEL se expressou para vocês, há pouco tempo, eu lhes proponho para viver um momento de Comunhão e, para muitos de vocês, para aproximar-se desta Fusão com um Duplo, no caso o que eu Sou.
Eu lhes digo até muito em breve.
Que o Amor guie seus passos, porque é o que vocês São.
Vivamos isso durante alguns minutos de seu tempo.
... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...
IRMÃO K está em vocês.
E eu os saúdo.
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Mensagem do Venerável IRMÃO K no site francês:
07 de junho de 2012
(Publicado em 08 de junho de 2012)
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Tradução para o português: Zulma Peixinho
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Maravilhoso...
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