- Intervenção de um Iogue -
Embaixador da Divina MARIA
“O que vem é a Revelação total da Luz sobre esta Terra, culminando no surgimento da Eternidade. As leis da Luz nada têm a ver com as leis da efemeridade.”
“Todos nós, uns e outros, insistimos,
desde o final das Núpcias Celestes (e mais especificamente no período deste ano
que vocês vivem), sobre o perigo do ‘ego espiritual’ daquele que quer se
apropriar da Luz e se apropriar de um conhecimento para fazer viver o corpo de
personalidade.”
~ Estabelecimento da Consciência Unificada ~
Eu sou UM AMIGO, de meu Coração a seu Coração.
Irmãos e Irmãs na humanidade, eu venho, enviado pelo conjunto dos Anciãos, a fim de completar, se isso puder sê-lo, uma série de elementos referentes à Consciência.
Eu abrirei, depois de minha intervenção, um espaço de diálogo entre nós.
Até lá, dignem-se de aceitar todo o meu Amor, toda a minha Paz.
A consciência do homem define-se por quatro estágios.
Estes quatro estágios da consciência foram nominados e explicados a vocês.
Há a consciência da vigília.
Há a consciência do sono (que é caracterizada pela sua inconsciência).
Há a consciência do sonho (que abre um espaço de percepção diferente).
E existe, enfim, um 4º estágio da consciência denominada Turiya (ou consciência Desperta ou Realizada).
A consciência Turiya faz, indiscutivelmente, com que o homem saia de sua condição humana linear e, sobretudo, o faz sair, de maneira definitiva, do que é chamado de personalidade, de mental, das emoções e de tudo o que traçou a vida da personalidade, inscrita em um tempo limitado chamado de nascimento que vai até a morte.
A consciência da vigília (ou consciência limitada ou fragmentada) é, evidentemente, totalmente inconsciente dos estados denominados multidimensionais do Ser (ou múltiplos do Ser) referindo-se, justamente, a este outro estado de consciência, chamado de Turiya ou ainda de acesso ao Si.
Há, é claro, algumas diferenças, consideráveis e fundamentais, podendo existir entre a personalidade e o Si.
Há, naturalmente, mecanismos, tanto de ação, na vida, como de comportamentos, como de desapegos, que são profundamente diferentes entre o estado de vigília ordinária da consciência fragmentada e o estado da consciência dita Unificada (que realizou o Si ou que é chamada, então, de Turiya).
***
Turiya é, na vida, a mais ampla possível, já que esta concepção da vida (daquele que está estabelecido na Turiya) não dá absolutamente mais conta dos limites da personalidade e dos limites Dimensionais, que são a característica, de algum modo, da consciência que eu denominaria, hoje, linear ou fragmentada.
A personalidade evolui sempre pelo que eu chamaria de uma consciência de falta.
Esta consciência de privação é também a consciência do vazio.
A consciência da personalidade (e se vocês estiverem aí, isso corresponde realmente a isso, e se vocês me lerem isso vai corresponder também, realmente, a isso) é construída sobre uma noção de falta.
Na realidade, essa falta implica em uma procura de alguma coisa para completar.
Essa falta implica em uma vontade e em um estado de questionamento situado no nível do mental, do emocional e da pessoa, necessitando de uma série de respostas, de uma série de mecanismos a elucidar.
Muitas vezes, o que subtende esta consciência da vigília (que está ligada à falta) é sempre instalado, de maneira muito sutil, pelas próprias regras que regem a Dimensão fragmentada onde vocês ainda estão (e por onde eu passei) que é denominada esta Terra.
***
O que evolui, de maneira totalmente inconsciente (e que explica, integralmente, o porquê da personalidade que busca a Luz, o Espírito ou outra coisa), é simplesmente oriundo de um conceito que é contrário à consciência Turiya e que é denominado medo.
A personalidade evolui no medo e ela constrói sua vida em função da intensidade, ou da importância, dos medos existentes na própria construção desta vida dissociada.
Então, que isso se denomine o medo de um deus vingativo, que isso se denomine o medo do cônjuge ou dos filhos, que isso se denomine o medo da morte ou seja qual for o atributo conferido por este medo, o conjunto desses medos tem apenas um objetivo: é o de afastá-los, de maneira perpétua, do Si.
Dessa maneira, o paradoxo é que a personalidade que reivindica o Si faz absolutamente de tudo (e de maneira recorrente) para afastar a personalidade do Si.
Pois, o que diferencia a consciência linear fragmentada da Consciência Turiya é, justamente, a presença ou a ausência de medo.
***
Quando presente, em meio à consciência, um medo, seja ele qual for, referente a algum elemento da sua vida, significa que vocês não transcenderam a vida.
O conjunto dos acompanhamentos que lhes foram oferecidos (o conjunto do Yoga da Unidade que eu lhes transmiti, o conjunto das intervenções experienciais, durante a vida, das Estrelas, referentes ao seu acesso à Unidade, ao Si) foram elementos incitando-os a irem além da simples reflexão deste por que, mas, grandemente, para deixarem o domínio do medo, para estabelecerem-se no domínio do Amor que é aquele da Unidade.
***
Então, evidentemente, o medo é absolutamente a antítese do Amor e não o ódio.
O ódio é apenas um amor disfarçado.
Por outro lado, o medo é exatamente o oposto do Amor.
Quando o amor que vocês dão a alguém ou a alguma coisa se expressa pelo medo da falta deste amor, evidentemente, vocês concluem imediatamente que vocês não estão no amor ou, em todo caso, em um amor ligado à personalidade.
A personalidade, como vocês sabem, passa o seu tempo, desde o nascimento até a morte, estabelecendo relações, comunicações, por meio de diferentes suportes que são o coração, o afetivo, a sexualidade, o intelecto e poderíamos multiplicar os exemplos ao infinito.
A personalidade está, então, inscrita nesta noção de medo já que o seu problema de existência está, justamente, ligado a um mecanismo (denominado ilusão, no oriente, denominado projeção em seu mundo, ou falsificação, em sua linguagem atual) correspondendo a um confinamento, bem real, vivenciado pela consciência.
***
A consciência da vigília ou a consciência Turiya diferenciam-se então: uma se situa na Paz (e se trata da Turiya) e a outra se situa no medo.
A Paz e o medo, de que falo, estritamente nada têm a ver com uma circunstância acontecendo no transcorrer da vida humana, de maneira acidental ou fortuita.
O medo está inscrito na personalidade, do mesmo modo que a Paz está inscrita em meio à Turiya.
E não podem coexistir o medo e a Paz.
Obviamente, o ser humano que evolui entre dois medos, vai crer, entre esses dois medos, que ele está na paz.
A paz está ligada a uma certeza e a uma segurança, seja material, afetiva, espiritual, sexual ou outra.
A Paz (chamada também de Samadhi ou de estado Turiya, de realização do Si) não pode, em caso algum, estar identificada com qualquer medo já que, justamente, existe uma transcendência da personalidade, fazendo com que ela seja estabelecida em outros lugares do que na consciência linear e em uma Consciência muito mais expandida.
Como vocês sabem, nesta Consciência expandida existe uma variedade de mecanismos, uma variedade de possibilidades indo, para simplificar, desde a visão etérea, passando pelo Fogo do Coração, passando pelo acesso ao Estado de Ser, passando pela percepção dos diferentes sons correspondendo às testemunhas do contato com a alma e com o Espírito.
***
O medo permanece inscrito enquanto uma parcela de personalidade existir.
A partir do momento em que o estado de Turiya estiver suficientemente estabelecido, uma série de sinais e de marcadores se mostra presente, mas, no nível da consciência, o que desaparece, é o medo.
O que eu quero levá-los a aceitar é que, enquanto existir, em vocês, o mínimo medo, vocês não podem estar na Paz.
No nível da consciência e além dos sinais, além das próprias manifestações do acesso à Supra Consciência ou Turiya, o importante é compreender que, neste período particular (que é este período final da história da humanidade), vocês não podem manifestar algum medo e estar na Paz.
E o medo via tomá-los aí onde, justamente, vocês menos esperam.
Tudo o que não foi resolvido (como o nosso Comandante lhes disse há algum tempo (ndr: O.M. AÏVANHOV)), tudo o que não pôde ser esvaziado manifesta-se de novo hoje, na consciência, enquanto não for resolvido.
***
Resolver não significa entrar na Dualidade ou em reação em relação a um problema (isso lhes foi dito), mas, simplesmente, aceitar ver para, enfim, poder passar a outra coisa.
Mas se vocês derem peso a um medo, seja ele qual for (que isso se refira ao seu corpo, que isso se refira à sua situação, que isso se refira às suas aquisições, sejam elas quais forem), vocês não podem pretender estabelecer-se em meio à Turiya.
Vai existir uma antinomia, das mais fundamentais e das mais radicais, entre a Consciência Turiya e a consciência da personalidade.
***
Muitos de vocês, encarnados, Irmãos e Irmãs, apercebem-se de que passam o seu tempo oscilando entre um estado e outro.
Esta oscilação é, ela também, perfeitamente normal e corresponde à possibilidade da consciência de, justamente, diferenciar os momentos de medo e os momentos de Paz.
Os momentos de Paz são os momentos em que não pode mais existir a mínima questão, já que o próprio estado de consciência é a resposta, que esta resposta ocorra na Luz ou na Vibração do Estado de Ser, que ela ocorra no Fogo do Coração ou no estado de Samadhi, que ela ocorra na fusão com sua Consciência de Estado de Ser no Sol, ou que ela ocorra durante seus alinhamentos ou durante suas meditações.
Vocês constatam que, naqueles momentos, não pode mais existir o mínimo questionamento, a mínima interrogação, por que o Ser está estabelecido na Luz.
Então, é claro, até viver a experiência que os faz bascular, total e definitivamente, neste estado de Turiya, vocês constatam (e cada um segundo os seus próprios medos e os seus próprios estados de paz) a capacidade da sua consciência para flutuar entre um estado e outro.
O que eu quero dizer, então, é que não há absolutamente qualquer anomalia ou qualquer irregularidade nesse processo que é perfeitamente normal.
***
Há pouco tempo, foi dito que era notado, para muitos seres humanos que realizaram o despertar e o Si, um antes e um depois.
O período da humanidade que vocês vivem é peculiar, porque há um antes e um depois, mas que não são lineares no tempo, porém se reproduzem, de algum modo, sem parar.
Este antes e este depois, esta oscilação entre dois humores, entre dois estados e duas consciências, uma vez mais (e dado o período da humanidade), é perfeitamente normal.
Agora, é tempo de compreender que o medo jamais irá levá-los a qualquer Estado de Ser.
Agora, é tempo de compreender que o medo jamais irá levá-los à Paz.
Sejam quais forem a manifestação e a expressão do seu medo, isso apenas está aí, hoje, para apontar as suas próprias insuficiências e as suas próprias defasagens entre a personalidade e o Estado de Ser, não para julgá-los, não para condená-los, não para pedir-lhes, apressada e urgentemente, para dirigirem-se para a Paz ou para o medo, mas, bem mais, como a testemunha da sua própria consciência.
Ou seja, para tornar-se um observador da sua consciência, para não ser mais unicamente aquele que está na personalidade, que é observado e que observa, mas aquele que se coloca, resolutamente, bem além da personalidade, a fim de ver como atuam os dramas da vida cotidiana, os dramas das experiências e os dramas que fizeram com que vocês aderissem à sua própria vida, ou se sua vida amplamente superou o contexto de vida.
Naquele momento, vocês não estão mais em sua vida, mas vocês penetram na Vida, esta Vida que já foi relatada por CRISTO, em várias ocasiões e em várias parábolas e em várias histórias.
***
Todos os seres que percorreram este planeta, e que alcançaram e estabeleceram este estado de Consciência, apareceram-lhes todos como em um estado de Paz, independentemente do sofrimento do corpo, independentemente da partida desse corpo.
Enquanto vocês estiverem identificados com esse corpo (que é apenas o Templo e o contentor da Luz, mas que não é o contentor de sua Eternidade), vocês estão identificados com os medos.
O medo de morrer é, muitas vezes, o que sinaliza o elemento iniciador da busca espiritual de um ser humano.
O medo de morrer e de desaparecer está inscrito, até mesmo, no programa de vida em meio à limitação, já que há um nascimento e uma morte, há uma consciência que aparece e uma consciência que desaparece.
E este processo, eu os lembro, repete-se, da mesma forma, no ciclo do nascimento e da morte, cada dia e cada noite, pois todas as noites vocês penetram nas esferas da inconsciência.
O que tranquiliza o ser humano é saber que ele vai despertar no dia seguinte.
E, no entanto, quantos jamais despertam?
Eles, entretanto, desapareceram no nível da Consciência?
***
Todo o problema vem, atualmente, do acúmulo da Luz nos seus Éteres, nas suas estruturas, nas suas células, levando-os sempre para mais Luz, sempre para mais conscientização da Unidade.
Existem, obviamente, forças de resistência.
E essas forças de resistência estão inscritas, por sua vez, em meio ao que faz com que a personalidade seja persuadida de que ela detém a Luz, que a personalidade seja persuadida de que ela detém a sua vida, que a personalidade seja persuadida de que ela detém o seu destino.
Enquanto houver uma vontade de apreender e de assumir seja o que for da vida de vocês, o Abandono à Luz não pode ser realizado, na totalidade.
E, naquele momento, vocês continuam a oscilar entre o medo e a Alegria, entre o medo e a Paz.
A Paz, quando ela se estabelece de maneira duradoura, quando o switch da consciência não é mais um mecanismo unicamente ocorrendo de tempos em tempos, mas se estabelecendo de maneira permanente, vocês constatam o quê?
Que nenhum medo pode mais parar na personalidade.
Que mesmo quando um medo se infiltra, seja ele qual for, ele desaparece tão rápido quanto ele chegou, por que vocês não estão mais identificados com o medo.
Todos vocês sabem, e todos nós sabemos, que esse corpo não é imortal, que, em outras Dimensões, a Consciência e os corpos de Estado de Ser são imortais.
Lembrem-se: outro Ancião, o Bem-Amado João (SRI AUROBINDO) falou-lhes longamente do ‘choque da humanidade’.
Esse choque da humanidade (e mais recentemente o que foi denominado ‘a noite escura da alma’) é o que, muito exatamente, vocês irão atravessar.
***
O que vocês atravessam, hoje, é destinado apenas a demonstrar a sua aptidão para estabelecer-se na Paz ou para permanecer no medo.
O medo não se combate, seja pelo que for.
A Paz não se estabelece na reação, seja ao que for.
Tudo isso, é a personalidade, o mental, as emoções que querem fazê-los crer que isso é possível.
Mas isso jamais é possível.
Será que alguém pode afirmar que a vida ordinária do ser humano é uma sucessão de Paz e uma sucessão de Alegria?
Todos vocês sabem, pertinentemente, que isso é impossível.
O único modo de viver a Alegria, de maneira eterna, é estabelecer a consciência do Si, ou seja, manifestar a consciência Turiya durante períodos de tempo cada vez mais longos.
Para isso, vocês devem tomar uma certa distância em relação às suas próprias reações, seja qual for o anúncio que lhes for feito, seja o que for que se refira ao seu corpo ou à sua família, ou à sua profissão, ou a qualquer outro ambiente ao qual vocês dão importância.
Enquanto houver reciprocidade, de uma maneira ou de outra, vocês são afetados pela consciência da personalidade.
***
Obviamente, eu nada irei ensinar a vocês dizendo que a grande parte e a grande maioria da humanidade estritamente nada conhece e sequer se coloca a questão desses processos que, no entanto, vão aparecer em pleno dia.
Simplesmente, a preparação que foi vivenciada, há quase uma geração (e para alguns desde alguns anos, pelas Núpcias Celestes, ou de maneira muito mais rápida e imediata e próxima), é, na realidade, apenas destinada a fazer tomar consciência.
Mas tomar consciência não significa ter consciência.
Tomar consciência de que existe a Unidade é, certamente, algo de muito agradável, ocasionando e propiciando (pelos seus alinhamentos, pelas suas meditações, pelos seus estados Interiores) estados de Paz.
Mas vocês recaem bem depressa, de maneira geral, no medo.
Isso, ainda uma vez, não é nem um julgamento, nem uma condenação, mas os chama, irremediavelmente, agora, para saber o que vocês querem:
Vocês querem viver a Paz e a Eternidade?
Vocês querem viver o medo e a perpetuação do que é efêmero?
Não pode ser os dois.
O efêmero não pode monopolizar a Eternidade.
Do mesmo modo, a Eternidade nada tem a ver com o efêmero.
***
Em resumo, o Si nada tem a ver com a personalidade, e, no entanto, a personalidade e o Si são apenas uma única e mesma realidade, eu diria, com filtros diferentes.
A consciência da personalidade tem um filtro de distorção que é denominado medo.
A Consciência Turiya não tem qualquer filtro.
Todos os filtros foram retirados e, naquele momento, a consciência pôde se manifestar de maneira Unitária, total e indivisível.
Os marcadores são muitos.
Eu não voltarei sobre isso.
O estado de Paz é uma consciência que está totalmente liberada de qualquer impressão da personalidade.
Isso, vocês são levados a viver, em um prazo extremamente curto, agora, não mais de maneira flutuante, como um ir e vir, mas, irremediavelmente, de maneira definitiva e total.
Isso é denominado: “não mais sentar-se em duas cadeiras” (como diria nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV)), mas, sim, estabelecer-se, de maneira firme e definitiva, em meio a um estado de consciência.
Este estado de consciência, ele será ou Unitário (e vai englobar perfeitamente a personalidade), ou ele será em meio à personalidade (e não poderá viver a Unidade total).
***
A 3ª Dimensão Unificada, que foi relatada, é um estado particular onde a conexão está restabelecida, é claro, com a Unidade, mas não há, pelo fato de certa forma de densidade da consciência, possibilidade, limitada no tempo, de explorar e de penetrar nos espaços pluridimensionais.
Através da revelação final da Luz que vive a Terra, não existe, lembrem-se disso por que isso é fundamental, qualquer julgamento, qualquer deus, qualquer condenação.
Há apenas vocês mesmos frente a vocês mesmos.
Vocês não irão depender, naquele momento, de qualquer autoridade exterior além de si mesmo, nem de pais, nem de filhos, nem de mestre, nem de amigo, nem de ninguém.
Naquele momento, será conveniente decidirem vocês mesmos.
Vocês não poderão mais, naquele momento, isolar-se em meio à personalidade ou invocar um elemento de projeção exterior, seja qual for o seu nome, responsabilidade, família, fama, profissão, papel social.
Será um ou outro.
***
Essa distância, cada vez maior, existindo entre a consciência da personalidade e a Consciência do Estado de Ser, aparece-lhes, para todos vocês, de maneira cada vez mais sensível, tão sensível que isso pode, às vezes, desencadear mecanismos de ‘noite escura da alma’, mecanismos de rejeição da Luz, mecanismos de rejeição, de certo modo, da Eternidade, substituindo-os, então, por uma razão lógica habitando a personalidade, mas que se inscreve no efêmero, enquanto não aceitando o efêmero.
A consciência da personalidade não é um paradoxo.
Ela pretende buscar alguma coisa no exterior de si (através de um modelo, seja ele qual for, através de um apoio, seja ele qual for), mas, lembrem-se, a Consciência do Si apenas é realizada quando o Si é descoberto no Interior de si e em nenhum outro lugar.
Eu diria até mesmo que, quanto mais os dias avançarem e as horas avançarem, mais conhecimento algum terá qualquer utilidade.
Eu poderia ainda dizer, à rigor, que o conjunto do que eu lhes comuniquei, há algum tempo (e, ainda recentemente, por outras pessoas além de mim), leva-os a desprenderem-se desses mesmos ensinamentos.
Porque, se vocês ali derem muita importância, se vocês não se estabelecerem na sua própria Unidade, depois desses estados de Consciência (desencadeados pelas posturas, desencadeados pelo que foi chamado de Estrelas, de Portas ou de Respirações, ou seja mais do que for), vocês não poderão, quando chegar a hora, abandonar-se à Luz.
***
O Abandono à Luz deve ser vivido, como isso foi dito, antes das Portas dos Céus se fecharem novamente.
O que significa que as Portas dos Céus se fecham novamente?
Isso significa que o impulso inicial da Luz chega ao máximo da sua manifestação (e disso vocês sabem) dentro de muito poucos dias.
O que significa “as Portas do Céu se fecham”?
São as suas próprias Portas, do seu próprio Céu.
Não há qualquer outra atividade exterior senão a de vocês.
Existem (e como alguns de vocês constataram) um mecanismo de simetria e um mecanismo de reciprocidade podendo existir em sua vida (tal como é vivenciado em meio à personalidade), na vida do Planeta (tal como é vivenciado em sua 3ª Dimensão), e nos mecanismos que devem ocorrer nos novos Éteres da Terra, como em sua nova Consciência.
Esses processos são estritamente os mesmos.
Naquele momento, vocês irão constatar que o que é visto no exterior (ou o que é percebido como exterior) acontece exatamente do mesmo modo no Interior de vocês.
A experiência que vive a personalidade da humanidade e a personalidade individual é exatamente a mesma coisa que deve viver a Consciência, em vocês, e que permite oscilar, ainda por um tempo, entre a consciência da personalidade e a Consciência do Estado de Ser, entre o Si (ou Turiya) e a consciência da personalidade.
É através desse jogo e desses movimentos permanentes e dessas oscilações permanentes (que, eu admito a vocês, podem ser, para muito de vocês, extremamente fatigante, durante este período) que deve e pode ocorrer, na totalidade, o acesso à Unidade.
Paradoxalmente, o peso de algumas dissonâncias, chamadas, em linguagem ocidental, de algumas alterações, que eu chamaria de doenças, que eu chamaria de oposições, resumidamente, tudo o que pode vir perturbar ainda a sua Unidade, está aí apenas para mostrar-lhes a ausência da Unidade.
***
A Unidade é, justamente, transcender tudo isso.
Transcender tudo isso apenas pode acontecer estabelecendo-se no Si, porque, estabelecidos no Si, vocês irão constatar (e somente naquele momento) que, quando vocês estão abandonados à Luz, não somente vocês não são mais afetados por esse corpo, não somente vocês não são mais afetados por uma pessoa próxima, não somente vocês não são afetados seja pelo que for deste mundo, e, no entanto, vocês estão neste mundo, e, no entanto, vocês irão constatar que vocês estão cada vez mais vivos.
O que eu quero dizer assim é, também, compreender e aceitar que estar cada vez mais vivo significa estar cada vez mais presente na consciência da personalidade.
Isso quer dizer, realmente, transcender os limites da personalidade e estabelecer a consciência nesses espaços de Liberdade onde predominam a Alegria e a Paz.
E vocês não podem, naquele nível, trapacear com vocês mesmos.
Coloquem-se simplesmente a questão: eu estou em Paz?
Se a questão aparecer, significa simplesmente que vocês não estão em Paz, porque, se vocês estiverem em Paz, justamente, não há mais questão.
Tudo se torna evidente, tudo se torna fácil.
A sua visão, que não é a visão da personalidade fragmentada, mas, sim, a visão real, chamada de Visão do Coração ou de Visão Etérea, coloca-os imediatamente além dos pesos, além das armadilhas e além dos sofrimentos do que afeta a personalidade.
***
Como vocês sabem, alguns seres despertos, dos quais eu fiz parte, sofreram durante a vida, de várias doenças extremamente graves, que, no entanto, em nada mudou o nosso estado de consciência.
Se eu tomar o exemplo do final da minha vida, quando eu estava sobre a Terra, muitos seres à minha volta, naquele momento, quiseram tratar deste corpo, quiseram agir neste corpo, neste sofrimento.
O que eles não compreendiam, e o que eles não podiam aceitar, é que eu não era nem este corpo nem este sofrimento, na totalidade, e que eu era realmente A FONTE, na totalidade, do mesmo modo que cada ser que realiza, na totalidade, o Si, torna-se A FONTE, na totalidade, e em parte.
Não há diferença entre as partes e o todo.
Assim, portanto, nenhuma das partes pode ser afetada e ainda menos o corpo, por qualquer anomalia podendo aparecer (e ainda menos o psíquico) em meio a uma anomalia procedente, como sempre, do exterior, ou seja, do ambiente afetivo, profissional, social ou amistoso.
***
Enquanto vocês não tiverem compreendido e vivenciado que a interação da personalidade, projetada no exterior, ocorre sempre em meio a interações, vocês não podem penetrar na Paz.
A Paz é definitivamente cessar e fazer cessar qualquer interação, não em uma vontade de fazer, mas, realmente no estabelecimento da consciência, ela mesma, em um estado totalmente diferente do que é a consciência ordinária.
O estado Turiya não pode ser confundido com absolutamente nada mais.
Quando ela se estabelece (e quando eu digo que ela se estabelece, isso quer dizer quando ela persiste além de algumas horas ou além de alguns dias, isso depende dos seres humanos), naquele momento, ela ganha em intensidade, ela ganha em lucidez e lhes permite, pouco a pouco, não mais ser identificado seja com o que for pertencente à vida da personalidade.
Isso não os impede de agir, mas isso os impede de estar no mental, no fazer do mental ou na reação da emoção, mas, sim, no agir correto, que é aquele da própria Unidade.
***
Tudo isso, meus Irmãos e minhas Irmãs, cada um de vocês está vivenciando em graus diversos.
Mesmo aquele que jamais ouviu falar da Luz está, hoje, frente a uma série de elementos (sociais, familiares, afetivos, profissionais, financeiros) que é exatamente o que é preciso viver para encontrarem a sua própria Unidade.
Não há então, através disso, nem que julgar nem que projetar outro caminho que o seu e, no que se refere ao seu, compreender que isso não está em um caminho de retidão, seja ele qual for, mas, sim, na aceitação de tudo o que a vida pode enviar a vocês como indício, como sinal, a fim de realizar a sua Unidade.
Enquanto vocês estiverem na reação a um sinal da sua própria vida, isso significa que vocês estão identificados com a sua própria vida, mas que vocês não estão na sinalização da Unidade, que é a Paz e a Alegria.
***
Tudo isso para, simplesmente, chamar atenção da sua consciência que, quando vocês se estabelecerem, de maneira cada vez mais duradoura na sua Eternidade, como vocês querem que naquele momento um mínimo elemento (chamado de exterior, chamado de projeção, chamado de efêmero) possa interferir nesta Eternidade que é Luz, Amor, Paz, Vibração e Alegria?
Isso é estritamente impossível.
Mesmo as circunstâncias da sua vida não lhes pertencem mais.
Vocês estão, naquele momento, no ritmo do que é chamado de Unidade, de lei da Graça.
Vocês não estão mais submissos às leis da ação/reação, de maneira total e imediata.
Vocês substituíram, definitivamente, a ação/reação, pela Ação da Graça e isso deve se refletir na sua consciência, mas também neste corpo, independentemente do que ele viver, mas também em suas relações, independentemente do que vocês viverem.
Porque, em última análise, tudo isso que vocês vivem, durante este período, jamais é fruto do acaso, menos ainda do que antes, porque a finalidade desta época não é recomeçar uma próxima vida e resolver qualquer karma, mas sim, agora, decidir estabelecer-se na Unidade, ou na personalidade, e isso não permite mais qualquer atraso.
Isso não permite mais qualquer explicação.
Isso não permite mais, tampouco, qualquer expectativa, mas, sim, colocar-se, de maneira firme e definitiva, na Paz e na Alegria.
Mas a personalidade não pode encontrar a Paz e nem pode encontrar a Alegria.
***
Todos nós, uns e outros, insistimos, desde o final das Núpcias Celestes (e mais especificamente no período deste ano que vocês vivem), sobre o perigo do ‘ego espiritual’ daquele que quer se apropriar da Luz e se apropriar de um conhecimento para fazer viver o corpo de personalidade.
A mudança de paradigma e de consciência, entre a consciência de vigília e a Consciência de Turiya, não pode se adaptar a esse tipo de coisas.
Aqueles de vocês que seguiram este caminho (ou mal esclarecidos, ou mal informados, ou não tendo a capacidade de consciência para ver isso), hoje, é exatamente com isso que vocês são confrontados e são exatamente esses elementos de sua vida que devem levá-los para mais Abandono e, eu diria, para o Abandono total à Luz Vibral e à Unidade.
***
Assim, jamais maldigam seja o que for ao redor de vocês, jamais maldigam as circunstâncias da Terra, nem maldigam jamais um ser amado ou um ser odioso, porque absolutamente nada em meio à projeção é outra coisa senão a sua necessidade de clareza, manifestando-se através deste elemento que vem colocar, segundo vocês, uma zona de sombra em sua vida.
Não há qualquer zona de sombra exterior ao que vocês são.
Há apenas o Si.
Há apenas o Único.
Há apenas a Unidade e isso não é um discurso, é exatamente isso que vocês devem agora realizar, integralmente.
Não pode ali haver, e haverá cada vez menos, meias-medidas ou escolhas, porque, agora, chegou o momento de realizar.
Porque, sobre a Terra, como vocês sabem, tudo está realizado, na totalidade, mesmo se restar ainda para manifestá-lo aos seus olhos de carne.
***
Os Arcanjos (e nós mesmos) disseram, recentemente, que nós estávamos à beira da sua Dimensão.
Essa é estritamente a Verdade.
Muitos de vocês percebem as outras Dimensões, mesmo se não forem capazes, ainda, de ali viajar.
A abertura do canal Mariano, que é a abertura total, na realidade, do Antakarana esquerdo (correspondendo, eu os lembro, ao Cordão Celeste ou ao contato estabelecido com o Espírito), torna possível a manifestação de Espíritos pertencentes à Unidade, em meio ao seu próprio Espírito, ou seja, mesmo em meio à sua Dimensão, refletindo-se por um conjunto de sinais e de sintomas que podem aparecer do lado esquerdo do seu corpo, na parte superior: como afagos, como vozes, como sons que, como vocês sabem, se modificam, de maneira extremamente importante, neste momento.
Tudo isso são elementos que reforçam, de algum modo, a chegada de um advento iminente, mudando, de maneira irremediável, a face do mundo.
Lembrem-se de que este acontecimento iminente ocorre da mesma maneira e, antes de tudo, unicamente, em vocês.
E o que vocês vivem, neste momento (precisamente, neste momento), é bem exatamente o que vocês têm que viver para irem para sua Unidade.
***
A Luz apenas faz iluminar o que deve ser iluminado.
A Luz jamais induz ao combate.
Isso que combate, é a personalidade que combate a Luz.
A Luz recorre à Transparência mais total.
Isso foi denominado os Quatro Pilares do Coração.
O impulso de CRISTO é realizar esta Transparência.
Apenas deste modo que vocês irão passar a Porta Estreita, abandonando atrás de vocês tudo o que é ilusório e efêmero.
Eis os elementos, talvez repetitivos, mas, eu o espero, complementares, que os Anciãos me encarregaram de transmitir-lhes.
O importante é a sua Consciência.
Todo o resto, independentemente daquilo que está no exterior, independentemente da relação que vocês estabeleceram com ele, independentemente do acontecimento que atinge a sua vida ou a vida dos sete bilhões de seres humanos do planeta, isso lhes diz respeito, porque isso ocorre no Interior de vocês, mas, se isso tiver que se referir a vocês, isso deve permitir-lhes também aceder à sua Unidade e a Unidade jamais será encontrada em qualquer Fazer, exterior.
***
O período, tão particular, que vocês são levados a viver, dentro de muito poucos dias, vai então levá-los a se colocarem essas questões decisivas.
Dependendo do que vocês deixarem se desenvolver, em vocês, dependendo do que vocês deixarem emergir, no exterior de vocês, dependendo do que for manifestar a sua consciência (no seu humor, nos seus comportamentos, nas suas emoções, no seu mental), vocês irão definir claramente o seu lugar, não mentalmente, mas Vibratoriamente, e em meio mesmo à sua consciência.
***
Mais do que nunca, sejam quais forem os acontecimentos qualificados de exteriores, sejam quais forem os acontecimentos atingindo a sociedade, na sua arquitetura, na sua lógica, o que vem não é uma lógica linear.
O que vem é a Revelação, total, da Luz, sobre esta Terra, culminando no surgimento da Eternidade.
Nenhuma lei, tal como vocês as conhecem (eu falo tanto das leis da alma, como das leis da matéria, através das leis físicas, biofísicas, como das leis de tudo o que faz a vida, no sentido em que vocês o concebem sobre esta Terra), pode se identificar com as leis da Luz.
As leis da Luz nada têm a ver com as leis da efemeridade.
As leis da Luz são as leis da Unidade, da Transparência, da Humildade, da Simplicidade e da Infância: os Quatro Pilares do Coração, aqueles que lhes permitem, de maneira definitiva, agora, penetrar no Reino dos Céus, que não é outro senão o seu, aquele da sua Unidade do Si.
É preciso, agora, Vibrarem em meio aos Quatro Pilares.
É preciso manifestarem esta Consciência, no Ser.
É preciso irem além de qualquer resistência e de qualquer sombra que lhes projeta o mundo, ao redor de suas próprias projeções.
Vocês apenas podem fazer cessar essas interações de projeções, de sombra a sombra, deixando a Transparência estabelecer o seu reino, em sua Eternidade.
Irmãos e Irmãs eu lhes dou agora a palavra.
Se houver, somente em relação a isso que eu acabo de exprimir, sobre a Consciência, necessidade de esclarecimento, então eu permaneço, com vocês, à sua disposição.
***
Nós não temos perguntas, nós lhe agradecemos.
***
Irmãos e Irmãs na humanidade, como em cada intervenção, nós iremos viver um momento de Comunhão de Coração a Coração.
Eu lhes transmito todo o Amor e toda a Transparência da Luz.
Nós lhes dizemos, todos nós, até muito em breve, vocês sabem, porque o conjunto das Forças Unificadas da Luz Unitária irá verter, sobre a Terra, a totalidade da Luz, dentro de dois dias.
Então, de meu Coração a seu Coração, em Comunhão, no Espírito e na Verdade, Vibremos em meio à Paz e em meio à Alegria, de Coração a Coração.
UM AMIGO lhes diz até breve.
... Efusão Vibratória ...
************
Mensagem do Venerável UM AMIGO no site francês:
24 de setembro de 2011
24 de setembro de 2011
(Publicado em 25 de setembro de 2011)
***
Tradução para o português: Zulma Peixinho
************
Postar um comentário