- Intervenção de
RAM -
Sri
RAM Chandra
Mensagem da série que fala sobre O ABANDONO
"É importante tornar-se lúcido, mesmo intelectualmente, com sua consciência ainda fragmentada, sobre o que acontece atualmente sobre a Terra e em vocês."
~ CONSCIÊNCIA
FRAGMENTADA e CONSCIÊNCIA UNITÁRIA ~
Meu nome é RAM.
É com grande Alegria que eu volto para continuar uma série de informações entre vocês, assim como certo número de Vibrações.
Eu intervim pela primeira vez, há dois anos, nesse Canal.
A particularidade do que tenho a dizer está diretamente ligada à Consciência.
Eu me exprimo entre vocês em palavras e em Vibração.
Vamos, se vocês quiserem, abordar a passagem da Consciência fragmentada à Consciência Unificada.
A Consciência fragmentada é também a consciência comum, linear e dividida do ser humano, seja quem for.
Ela é, obviamente, independente das concepções, das emoções, da própria inteligência que anima um ser humano.
A consciência fragmentada é limitada ao que cai, de um lado, sob os sentidos, de outro lado sob as concepções e as percepções inerentes ao próprio indivíduo, em sua própria esfera de existência.
A consciência limitada conhece apenas uma gama de frequência extremamente limitada do que é a vida.
O Ego, a personalidade, evoluem nesta consciência limitada, fragmentada.
Esta consciência fragmentada não tem qualquer consciência, eu diria, da Consciência Ilimitada ou Unitária.
Pode-se assimilar também a consciência fragmentada, dissociada (aquela que o venerável Omraam chama de ‘lagarta’) a uma consciência por essência dual, funcionando de acordo com as leis extremamente precisas e minuciosas chamadas de Atração e Repulsão.
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Esta consciência é uma consciência também denominada distanciativa e separativa, no sentido em que ela vai fragmentar a ela mesma, em referência ao existente, em referência aos campos de experiências já aproximados ou vividos.
Ela está inscrita em um contexto temporal que é aquele da história pessoal (ou eventualmente da história coletiva), mas não pode dele se liberar.
Ela se constrói, antes de tudo, por um conjunto de crenças sobrepostas umas às outras, denominadas educação, afetividade, emoção, relação e mesmo espiritualidade.
Esta consciência funciona por discriminação.
Esta discriminação, resultante da lei de Atração e de Repulsão, vai funcionar, antes de tudo, de acordo com os julgamentos de valores próprios ao ego e à dualidade.
Esses julgamentos de valores levam à noção de bem e de mal, inerentes à esfera mental do indivíduo, incluindo, com isso, além da educação e das crenças, a moral, a estirpe, as regras e as leis elaboradas pela sociedade, mas também das leis sugeridas pela própria consciência, em um nível chamado de inconsciente.
A consciência dual é aquela que permite manobrar o veículo físico e sua vida, nesse mundo.
Esta consciência não pode sequer existir nos mundos chamados de multidimensionais, onde evolui a Consciência Ilimitada, Unitária e total.
A consciência limitada evolui, portanto, através de crenças, mas também de sentidos e de características chamadas de energéticas extremamente precisas, limitadas, elas também, no que são denominados corpos energéticos ou corpos sutis.
A consciência fragmentada está, de algum modo, encapsulada em um mundo fechado, mundo fechado que é aquele da consciência fragmentada de sua individualidade, onde pode apenas penetrar o que é autorizado no plano da crença, no plano mental.
Mas, mesmo no nível da energia, esta consciência encapsulada pode apenas se deixar penetrar por uma gama específica de ondas e de Vibrações eletromagnéticas, limitadas pelas noções de velocidade, de deslocamento.
A consciência fragmentada, enfim, está localizada geograficamente em um espaço além do tempo, que é aquele de seu próprio organismo físico.
Em meio a esta consciência fragmentada, muitas experiências são possíveis, mas elas se desenrolam em meio mesmo a este encapsulamento, jamais permitindo, com isso, resultar em outra coisa além do que ela é.
A consciência fragmentada é uma Vibração que eu poderia qualificar de pesada, porque ela é sempre idêntica a ela mesma, por vezes movimentada e percebida através do que são denominadas emoções, chamando, aí também, percepções vibratórias procedentes diretamente desta consciência fragmentada e pertencendo, irremediavelmente, à dualidade da manifestação.
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O ser humano evolui então de maneira localizada, temporal e espacialmente, em um veículo denominado corpo, em meio a pensamentos e conceitos, a sonhos também, pertencentes, novamente, a esta encapsulação, onde nem tudo pode ser manifestado em relação a um referencial ordenado e coordenado, seja energético, fisiológico, conceitual ou perceptivo.
O próprio princípio deste encapsulamento é chamado de insatisfação.
Não pode existir, na consciência fragmentada, o estado estável de satisfação, ilustrando, mesmo na consciência comum, o aparecimento e a sucessão de desejos diversos e variados, de diversas ordens, mantendo, por si mesmos, o encapsulamento da consciência.
O conjunto dos desejos, sejam fisiológicos, afetivos ou de conhecimento, participa, por sua vez, da definição deste encapsulamento e fornecendo um quadro de referência considerado como imutável, desde a vida adulta até a morte.
É neste encapsulamento ou confinamento que evolui a consciência limitada, que é aquela da grande maioria da humanidade, não vislumbrando, aliás, que lhe seja possível ter acesso a outra coisa que possa sair do quadro de referência perceptivo, conceitual, sensorial, afetivo e mental existente.
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Neste confinamento ou encapsulamento, alguns dogmas tiveram êxito em criar as ilusões de elevação e de vibração que permitem acessar percepções novas, mas não saindo desse mundo e do contexto de referência ou então ultrapassando-o muito pouco, o bastante para dar a ilusão de uma abertura, para dar a ilusão de uma ampliação da consciência, que não é uma, uma vez que permanece no mesmo confinamento imediato existente anteriormente.
A manifestação da consciência é, portanto, por Essência, nesta Dimensão, de tipo dual.
Ela é fragmentada e dita fragmentada porque cortada das outras manifestações existentes em outros lugares, em outros espaços-tempo, não mais lineares ou fechados, mas abertos.
A própria característica do corpo que aloja a consciência se define por certa rigidez da forma, sem possibilidade outra que aquela do envelhecimento e da morte, excluindo-se, é claro, a fase inicial de crescimento.
Assim, a Consciência comum habita um corpo e um único.
Ela habita um universo e um único, um contexto de referência definido, como eu disse, pelas crenças, pelas educações, pelas afeições, vindo construir um mundo totalmente separado dos outros mundos.
De fato, é muito difícil, ou impossível, para o ser humano, funcionando com esse tipo de consciência, tornar-se a outra ou tomar o lugar de outra consciência e de outro corpo, exceto em caso extremo e extremamente raro.
A consciência está, portanto, fechada, literalmente encapsulada, em um funcionamento fisiológico.
Os únicos espaços de liberdade que podem se encontrar estão no que são denominados as concepções, as percepções, o cérebro, os sonhos, mas fixos em um espaço fechado que é o seu.
Pode-se dizer assim que a consciência fragmentada funciona em autarquia, em reclusão, onde o conhecimento vai passar, necessariamente, por vias desviadas, necessitando construções e andaimes específicos encontrando-se tanto na educação como na experiência de vida, aprendendo literalmente a servir-se do seu ambiente, a compreendê-lo, mas jamais a superá-lo de qualquer maneira.
Isso realizou condições de confinamentos estritos.
Somente alguns seres que empurraram a concepção ou a percepção mental até uma abstração total foram capazes, sob uma forma de intuição fulgurante, de calcular, de moldar outros estados.
Eles consideram esses estados como pertencentes a outros lugares e a outras Dimensões, mas eles não imaginam, por um segundo, que a consciência encapsulada possa penetrar, diferentemente das concepções, pelo pensamento e pelo mental, essas outras Dimensões.
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Vejamos agora, se vocês quiserem, a Consciência dita Unitária, Unificada.
É uma Consciência que vai funcionar de modo aberto, onde a noção de confinamento, de encapsulamento, desaparece de maneira brutal ou progressiva, de acordo com o que for chamado de resistências Interiores presentes ou ausentes.
A Consciência Unificada tem a particularidade de funcionar além dos contextos de referência admitidos e experimentados habitualmente.
A primeira coisa a desaparecer, na Consciência dita Unificada, é a sensação e a vivência de qualquer separação do resto.
Lembrem-se de que a comum é encapsulada e, portanto, fechada.
A Consciência Unitária quebra os grilhões do confinamento.
A Consciência Unitária não está mais limitada pelos dogmas, pelas crenças, pelas afeições, pelos sentidos, pelas percepções ou concepções, ela é, portanto, livre para fazer um aprendizado novo e revolucionário.
A Consciência Unitária está também ligada a modificações do que eu chamaria de humor, mas isso está bem além do humor, traduzindo-se pelo aparecimento de um estado Interior, mesmo nesse corpo, onde o elemento denominado Alegria ou Samadhi vai aparecer.
A característica da consciência fragmentada sendo manifestar o prazer, por vezes a alegria, em ressonância com uma Atração / Repulsão, enquanto que na Consciência dita Unitária e vivida como tal, a Alegria é procedente dela mesma, ou seja, da Consciência, e não de uma ação / reação exterior.
É, portanto, um estado próprio da Consciência dita Unitária.
A característica essencial da Consciência Unitária é não mais ser dependente de um confinamento ou de uma localização espacial e temporal limitada a um corpo.
As barreiras inerentes ao confinamento saltam umas após as outras, propiciando, assim, modificações capitais do funcionamento, tanto das percepções como das concepções, como das afeições ou ainda da resolução das crenças que, até o presente, eram os quadros de referência que se tornam caducos e obsoletos.
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A Consciência Unitária é marcada, também, pelo aparecimento de Vibrações, bem além do que é chamado de circulação da energia habitual nas estruturas etéreas ou outras.
A Consciência Unitária é uma Vibração muito mais rápida, se é que podemos falar assim, feita de manifestações de tipo Fogo, aparecendo em lugares precisos do corpo em um primeiro tempo, generalizando-se no conjunto do corpo e conduzindo, em um momento específico, para outra reversão que permite superar, até mesmo, os limites desse corpo fisiológico, para dele se extrair e ainda sair dos mundos da dualidade, quaisquer que sejam, visíveis e invisíveis.
A Consciência Unitária não é uma concepção, ela não é, tampouco, um conhecimento no sentido intelectual.
Ela é, antes de tudo, uma vivência que vai bem além da percepção comum, conferindo então, ao ser que a experimenta e que a vive, um acesso multidimensional, permitindo-lhe não mais funcionar de acordo com os quadros de referência específicos do cérebro humano limitado, mas, efetivamente, aí também, em uma multidimensionalidade ou em um aspecto, se preferirem, de multitarefa, permitindo realizar, ao mesmo tempo, contatos multidimensionais exprimindo-se na realidade comum.
Isso, obviamente, estritamente nada tem a ver com o que pode acontecer na consciência comum, que iria contatar o aspecto invisível desta consciência ordinária, chamado, por vocês, de mundo astral.
A Consciência Unitária é Vibração, mas ela é também silêncio, silêncio de tudo o que fazia os constituintes da consciência comum: silêncio do mental, silêncio das crenças, silêncio das palavras, silêncio das afeições e silêncio, obviamente, dos desejos.
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A passagem de uma consciência à outra, além, é claro, do primeiro despertar, permite tomar consciência e perceber o que a maior parte dos ensinamentos orientais vulgarizou sob a palavra Maya ou Ilusão.
Tornar-se Ilimitado, tornar-se Consciência Unitária, dá acesso à Verdade da Ilusão do mundo, que não é vivida como conceito, mas como Verdade estabelecida, permitindo dissolver literalmente tudo o que é procedente da dualidade, das experiências anteriores, das crenças, dos afetos, das percepções e das concepções.
A Consciência Unitária, de fato, não pode mais se definir por um quadro nosológico [explicativo] fechado ou fragmentado.
A manutenção da Ilusão é, contudo, possível, como o experimentaram vários seres despertos que mantiveram um corpo na Ilusão, a fim de testemunhar ou de irradiar, emsilêncio, sua nova qualidade de Ser, chamada de estado multidimensional.
O indicador do estado multidimensional está, portanto, além das Vibrações e das percepções inerentes a este estado, marcado por uma modificação profunda, durável e definitiva de tudo o que era comportamento anterior.
As relações existentes anteriormente entre si e os outros, entre si e um comportamento, mudam completamente.
Não é um esforço nem da vontade, nem resultante de uma análise, mas, efetivamente, decorrente da própria modificação da Consciência no nível Vibratório.
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Até agora, o acesso da consciência fragmentada à Consciência Unificada podia ser definido como extremamente raro, porque necessitava de um trabalho intenso em todos os elementos que, justamente, definem e definiam a consciência fragmentada, através dos desejos, dos afetos, das crenças, das percepções e das concepções.
A diferença essencial que existe hoje, com relação aos tempos mais antigos remontando a uma geração atrás, é que esta Consciência dita Unificada vem ao seu encontro.
Ilustrando isso de maneira mais acessível, eu diria que, antes, era necessário chegar do ego ao Coração, através de certa forma de depuração ou ascetismo.
Hoje, é questão de deixar descer, já que a Luz chegou até vocês.
O maior problema é o seguinte: um número incalculável, muito forte em porcentagem, de seres humanos, não tem qualquer ideia, pensamento ou vontade deste estado multidimensional, resultante do encapsulamento progressivo e do confinamento vivido a título individual, como a título coletivo, nas crenças coletivas que lhes foram impostas.
Assim, as próprias características da consciência encapsulada serão de resistir a toda a intrusão e ela irá considerar a chegada da nova Consciência ou da Luz Vibral como uma intrusão, como um risco de dissolução, porque é exatamente disso que se trata.
E, no entanto, é exatamente o que está chegando ao conjunto da humanidade, quer ela queira ou não.
As resistências são tanto mais fortes como a consciência fragmentada que se fecha ela mesma nas crenças rígidas, nas afeições rígidas e nas feridas por vezes muito rígidas.
A passagem da consciência fragmentada à Consciência Unitária se expressa, nas primeiras fases, como um rompimento que será tanto mais perceptível e violento quanto mais o tempo avançar.
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Há, portanto, realmente, uma ruptura de equilíbrio total que permite a passagem da consciência fragmentada à Consciência Unitária.
Alguns seres humanos realizaram esse trabalho durante anos.
Eles viveram então esse mecanismo de basculamento de maneira progressiva, que segue, contudo, cada vez mais rapidamente, quanto mais os anos transcorrem.
Muito em breve as coisas serão profundamente diferentes, porque os seres que não tiveram a capacidade para viver a Consciência Unitária não poderão, literalmente, encaixar a aceleração e o crescimento da Vibração da Luz em suas estruturas.
Isso irá resultar, para eles, em um processo da própria ocultação da consciência fragmentada, refletindo-se por uma espécie de letargia, de sono, tornando-se cada vez mais perceptível nos tempos que vocês vão viver.
Aqueles de vocês que tiveram a oportunidade, de uma maneira ou de outra, de viver a experiência da Consciência Unificada, mesmo sem ali estarem estabelecidos inteiramente, poderão então ter a capacidade para aperfeiçoar sua instalação na Consciência Unitária se, é claro, o desejo de liberdade for maior do que o desejo de manutenção da personalidade ilusória, o que não será sempre o caso, observem isso.
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Os Arcanjos e, em particular, o Arcanjo Anael, insistiu longamente nesta noção capital de Abandono à Luz.
O Abandono é uma doação de si à Luz.
É uma espécie de capitulação, é o momento em que o encapsulamento explode, literalmente, liberando a Consciência Unitária.
É nesse sentido que, frequentemente, o venerável Omraam Mikaël Aïvanhov falou-lhes da consciência da lagarta, da Consciência da borboleta e, por vezes, da sobreposição possível das duas no mesmo espaço-tempo.
Assim, o fato de que a lagarta se torna borboleta não requer sempre que a lagarta morra para se tornar borboleta.
Frequentemente, os dois estados podem coexistir, um ao lado do outro.
Alguns seres, pelo próprio fato de sua programação, eu especifico não a kármica, que nada tem a ver, mas de sua própria programação mental de medo e de confinamento, da adesão às crenças obsoletas, irá impedi-los, literalmente, de ir para essa borboleta, mesmo reconhecendo-a, porque não há unicamente um problema de reconexão ou de reconhecimento, mas, bem mais, porque não há uma capacidade Vibratória real, presente ou não, para se instalar na nova Consciência.
Tudo isso se desenrola atualmente, para todos os seres humanos, quer ele tenha consciência disso ou não, quer ele viva a quintessência Vibratória ou o estado de Samadhi ou não.
Isso pode se refletir, mais simplesmente, por impulsos novos no nível da alma, referentes às mudanças a efetuar, com maior ou menor facilidade, com maior ou menor resistência.
Isso corresponde, também, para alguns humanos, a uma percepção Interior de mudança.
Isso é impulsionado, diretamente, pelos tempos galácticos atuais conduzidos sobre a Terra e pelo efeito, literalmente, de contágio, possibilitado pelo acesso à Consciência Unitária de um número relativamente importante de consciências humanas encapsuladas.
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A abertura da Consciência, portanto, tem um efeito direto sobre a vida, qualquer que seja sua forma de expressão nesse mundo.
A Consciência Unitária vai conferir, progressivamente e à medida de sua instalação, uma leveza incomum.
As pressões, ligadas ao exercício da atividade mental vão, pouco a pouco, desaparecer, por vezes mesmo muito violentamente.
Os apegos, os condicionamentos, as percepções vão, elas também, desaparecer, levando a própria Consciência a experimentar algo que não se inscreve mais tão logicamente em um ambiente empresarial formal.
A aceitação da Ilusão desta Dimensão apenas irá ocorrer, quanto a ela, aceita e integrada, a partir do momento em que o Si for alcançado, superado e transcendido, permitindo o acesso, nem que seja apenas transitório, ao Estado de Ser, mantendo a permanência do Si na vibração do Coração, mas também na instalação da Consciência Unitária, vindo literalmente dissolver a consciência fragmentada.
Um homem novo, uma mulher nova nasce então, induzindo transformações essenciais nos próprios mecanismos da vida nesta Ilusão reconhecida como tal.
É para essa mudança de paradigma e de Consciência, acontecendo atualmente em um plano coletivo, que vocês serão convidados ou confrontados.
Obviamente, alguns seres e algumas consciências encapsuladas irão recusar sair deste encapsulamento, com resultados muito diferentes conforme as crenças, conforme os condicionamentos e conforme as afeições, podendo ir até mesmo chamar a revelação da Luz de um fenômeno de essência negra e terrível, o que, obviamente, não o é absolutamente.
Mas isso é o próprio filtro da consciência encapsulada que considera que tudo o que cria intrusão no Interior de sua consciência vem colocar em perigo sua vida e a sua evolução, o que, obviamente, é uma crença e um condicionamento totalmente errôneo.
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A humanidade vai, portanto, viver, e de maneira cada vez mais rápida e brutal, o que o Bem-Amado Sri Aurobindo chamou de “choque da humanidade”, com a secreção de medos, com condutas e comportamentos oriundos desta modificação.
Isso será inerente e presente ao conjunto da vida coletiva do planeta e também a título individual, em função de suas resistências ou da capacidade individual para já estar abandonado, parcial ou totalmente, à Luz.
Essa é uma fase importante da Revelação, do que é a Luz e do que é a Consciência não confinada.
É importante tornar-se lúcido, mesmo intelectualmente, em sua consciência ainda fragmentada, sobre o que acontece atualmente sobre a Terra como em vocês.
Alguns seres, eles são os mais numerosos, ainda não veem nada se mover, não veem qualquer mudança, ao passo que a mudança já está quase terminada, ilustrando com isso as palavras dadas por CRISTO: «Aqueles que quiserem salvar sua personalidade, irão perder a vida. Aqueles que aceitarem a Ilusão de sua vida, irão encontrar a Vida. Será feito a cada um estritamente segundo a Vibração e a Fé».
A fé, não em um modelo que confina, mas, bem mais, no Ilimitado da Vida, aquiescendo, assim, à própria dissolução do ego.
A projeção do pertencimento a esse corpo ou a esta personalidade ou à sua própria identidade é um freio importante para o acesso total à Consciência Unificada.
Como disse também, parece-me, CRISTO: «é preciso estar pronto para tudo perder a fim de tudo encontrar».
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A consciência fragmentada e a Consciência Unitária são totalmente opostas em relação à sua configuração e ao seu mecanismo de funcionamento.
A consciência fragmentada toma e absorve, a Consciência Unitária dá e restitui, ela é doação.
A consciência fragmentada encapsulada só concebe o Amor em sua própria esfera de encapsulamento e, portanto, por essência, dual.
A Consciência Unitária concebe o Amor como liberdade total de espaço e de tempo, onde não pode haver uma identificação, mesmo sendo mantida na Ilusão desse corpo e da personalidade.
São esses mecanismos que estão em curso atualmente e que vão doravante se reforçar, sem qualquer jogo de palavras, a cada dia, a cada minuto, a cada sopro.
Compreendam, efetivamente, também, que o trabalho sobre a personalidade, em meio mesmo à consciência encapsulada, não permite sair do encapsulamento.
Nenhuma vontade, qualquer que seja, pode extraí-los do encapsulamento da consciência.
Justamente, apenas a cessação da vontade e o abandono total é que permitem realizar o acesso à Consciência Unitária.
Isso é exatamente o inverso do que foi preconizado por alguns ensinamentos ditos espirituais, que tinham, de fato, apenas como única finalidade mantê-los no encapsulamento, enchendo-lhes a cabeça para o acesso a uma luz unicamente presente no encapsulamento, não permitindo de modo algum o acesso à multidimensionalidade que é, eu os lembro, a finalidade da transformação da consciência da humanidade e deste Sistema Solar em sua totalidade.
***
É evidente, também, que aquele que sai do seu encapsulamento não pode convencer quem quer que seja, porque a Consciência Unitária não pode convencer, mesmo ela tendo sido descrita, e particularmente bem descrita, em todas as técnicas oriundas do que foi chamado de Unidade ou de monismo, em oposição ao dualismo, seja pelos místicos ocidentais ou pelos modelos mais elaborados, presentes no hinduísmo, ou também por alguns místicos que viveram esse tipo de coisas, fora de qualquer condicionamento, mesmo aberto.
A Consciência Unitária não pode se apoiar em qualquer marcador existente na consciência fragmentada.
Enquanto houver apoio em um marcador existente na consciência fragmentada, não pode haver manifestação completa da Consciência Unitária.
É, portanto, um trabalho que não é um, mas, bem mais, um relaxamento, um abandono, uma doação de Si, uma parada da atividade ilusória efêmera, vivida, no entanto, nesse corpo ilusório, porque é aqui que deve acontecer esta mutação e não em outro lugar.
***
Ainda uma vez, nenhuma vontade, mesmo a mais pura, pode permitir romper o encapsulamento da consciência.
O impulso da Vibração, o impulso da Merkabah interdimensional e da Ascensão torna-se cada vez mais presente, manifestando-se então pela abertura, pelo final do confinamento do que é chamado de Ajna chakra, restituindo-lhes a natureza de sua Coroa, realizando assim o apelo da Luz, chamado por São João: «aqueles que serão marcados na fronte», que serão então denominados «os chamados».
Mas, aí também, não há possibilidade de desencapsulamento.
Há a chegada da Luz em meio ao encapsulamento, portanto, em meio à consciência fragmentada.
O próprio da consciência fragmentada, como eu disse, é tomar, monopolizar e incorporar.
Ela vai, portanto, procurar se apropriar da Luz, ao invés de deixá-la livremente fluir, permitindo assim superar a dualidade para juntar-se à Unidade.
A Consciência Unitária não toma esta abertura para uma finalidade, ela aceita não fechar esta abertura e permite então realizar a ativação do que foi chamado de chakra do Coração, de Coroa Radiante do Coração e de nova Tri-Unidade.
É apenas a partir daquele momento, e unicamente naquele momento, que poderá se realizar o Despertar total.
Alguns seres, atualmente, ainda podem estar limitados pela própria Luz, e não mais pelo encapsulamento, na primeira Vibração chamada de Coroa Radiante da cabeça, isso unicamente a fim de mantê-los ainda na Consciência comum.
Isso dito, os próximos dias vão ver manifestar-se, para aqueles de vocês que não tiveram ainda a capacidade ou a liberdade para acessar esta Consciência Unitária, a fim de fazê-lo e, portanto, a fim de viver as primícias deste Abandono à Luz, desta crucificação, deste abandono do ego, da dissolução.
Seria bem ilusório crer que isso é uma morte no sentido físico, mas é, efetivamente, uma liberação da consciência desse corpo, que fará aceitar, quando chegar a hora, a passagem e, portanto, a passagem direta na Consciência Ilimitada que vocês chamam de Ascensão.
***
Aí estão alguns conceitos suplementares que eu queria entregar-lhes sobre a Consciência fragmentada e a Consciência Unitária.
É claro, os ensinamentos foram entregues.
Eu penso, em particular, naquele de Um Amigo, sobre o corpo de conhecimento do Yoga da Unidade, da Luz e da Verdade.
Ele é importante.
Mas jamais esse trabalho irá lhes permitir realizar a etapa final, como nós sempre dissemos, uns e outros, que é o Abandono à Luz, o último passo.
É o momento em que a consciência fragmentada aceita perder seu encapsulamento.
Lembrem-se de que isso jamais será uma vontade, mas, efetivamente, um abandono.
Não é de modo algum o mesmo sentido da energia, nem da Consciência.
A vontade é uma tensão para algo.
O abandono é uma ausência de tensão, ocorrendo no outro sentido, aliás.
Irmãos e Irmãs, se ainda nos restar tempo, então, eu responderei às questões referentes especificamente a este aspecto que eu desenvolvi.
***
Não temos perguntas. Nós lhe agradecemos.
***
Então, como de hábito, além da Vibração das palavras, além do silêncio, vamos agora experimentar, juntos, pela Vibração, pela Luz e pelo silêncio, durante alguns minutos, nossa ressonância do alinhamento em meio à Consciência Unitária.
Este será meu modo de saudá-los, de render Graças por sua escuta e por seu trabalho.
Agora.
... Efusão de energia ...
Que a Paz seja sua Morada e que a Alegria seja sua Expressão.
Até uma próxima vez.
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Mensagem do Venerável RAM no site francês:
04 de dezembro de 2010
(Publicado em 12 de dezembro de 2010)
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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com
Postado por Célia G.
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Transcrição e edição: Zulma Peixinho
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