- Intervenção de um Iogue -
Embaixador da Divina MARIA
“Dar a Paz para o outro, para si e para a situação permite dissolver instantaneamente o princípio de ação/reação inscrito em um julgamento de valor da dualidade bem/mal. A Paz não é nem o bem, nem o mal.”
“Esse princípio de Paz vai reforçar o princípio de Unificação, o princípio de Unidade e vai reforçar, em vocês, a Fluidez da Unidade, pois isso os libera instantaneamente, e vocês vão constatar por si mesmo que naquele momento, bem naturalmente, a Vibração se estabelece em meio ao Coração. Façam a experiência, vocês irão constatar por si mesmo a rapidez da ação pelo fato de dar a Paz, pelo fato de “se” dar a Paz, mais do que o perdão.”
“Vocês não podem passar, de imediato, da ausência de Vibração natural para a Paz sobre a qual eu acabo de falar. Vocês devem passar obrigatoriamente por todas as etapas Vibratórias preliminares, sem isso, vocês retornariam ao ponto de partida.”
~ O
perdão e a Paz Suprema ~
Eu sou UM
AMIGO.
De meu
Coração a seu Coração, Irmãos e Irmãs na humanidade, eu volto hoje a vocês com
grande prazer.
Eu venho
hoje, não para continuar o ensinamento do Yoga da Unidade que irá prosseguir
oportunamente, eu venho a vocês para falar de uma série de elementos referentes
aos conceitos que vocês utilizam, eu diria, de maneira rotineira, que hoje vão assumir
uma importância especial, pois eles se inscrevem em meio ao processo da
Consciência no nível Vibratório.
De fato,
muitos de vocês, aqui como em outros lugares, empreenderam um caminho de retorno
a sua Unidade.
Sejam
quais forem as formas, muito diferentes, que possam assumir este retorno à
Unidade, existe uma série de marcadores.
Esses
marcadores, como vocês sabem, são, antes de tudo, Vibratórios.
A
Vibração e a Consciência estão ligadas por esses processos de expansão que
vocês vivem atualmente.
Eu falei
longamente da palavra Alegria, da palavra Samadhi.
Eu lhes
dei uma série de elementos do Yoga da Unidade que permitem, justamente, chegar
a esta etapa da Alegria, vivê-la e dela tirar os benefícios.
Certamente,
o Samadhi, a Alegria, não é um fim em
si, mas é algo que permite ser a testemunha da realização do Si.
A
realização do Si não é o Tudo.
O Tudo,
associado ao período específico da humanidade que é vivido atualmente, para os
seres encarnados, é o acesso ao Estado de Ser.
A Porta e
o Selo são a realização do Si.
A
realização do Si e o estabelecimento em meio à Alegria contribuem, então, para
permitir seu estabelecimento e a continuidade da Consciência em meio ao
Estado de Ser.
***
Hoje, se
vocês quiserem, eu vou falar de coisas muito mais usuais, situando-se no nível
da vida que vocês ainda vivem nesta Dimensão.
Eu vou
abordar uma série de palavras com um esclarecimento novo quanto ao sentido e
quanto às suas propriedades Vibratórias e suas propriedades na Consciência.
Nós
iremos falar inicialmente de duas palavras, se vocês desejarem, que tomam hoje
todo o seu relevo nas circunstâncias de vida que lhes resta para viver, em meio
a esta Dimensão.
A
primeira dessas palavras é a palavra “perdão”.
A segunda
palavra é a palavra “Paz”.
Evidentemente,
o homem, a mulher, sempre tem a tendência de exprimir em palavras, pelas
palavras: “eu o perdoo” ou “eu sou perdoado” ou “eu me perdoo”, uma série de
elementos.
Eu
gostaria de ir, se vocês quiserem, além dos elementos habituais que vocês
entendem por “perdão”.
Nós
iremos começar, se assim desejarem, primeiramente, pela palavra “Paz”.
Eu dei a
entender, e eu disse, que a palavra Samadhi
conduzia ao Si e era a expressão do Si, que o Si é a porta para ter acesso ao
Estado de Ser.
Existe um
Samadhi, aquele que é o mais elevado,
eu diria, em intensidade Vibratória, chamado de Maha Samadhi ou Grande Samadhi.
Realizar
o Samadhi significa que vocês
realizaram o Abandono à Luz.
Este
Abandono à Luz pode ser mais ou menos completo, mais ou menos atualizado.
A partir
do momento específico em que vocês se instalarem, de maneira definitiva e
duradoura, em meio à Vibração da Coroa Radiante do Coração ou do Triângulo
Tri-Unitário do Coração, acoplado ao Triângulo do sacro e à Coroa Radiante da
cabeça, quando a permanência desses estados Vibratórios começarem a se instalar
em vocês, será então possível penetrar em um espaço final, em meio a este corpo
e a esta Consciência.
Este
espaço final foi chamado, no Vedanta, de Shantinilaya, ou seja, a “Morada da
Paz Suprema”.
É desta
Paz que eu quero lhes falar, e da expressão “estar na Paz”.
***
Estar na
Paz corresponde então ao acesso a essas últimas etapas da Ascensão de seu
mental Interior, dando-lhes acesso à equanimidade, a um estado onde a Alegria é
bem mais do que a alegria.
Este
estado de Paz Suprema poderia ser assimilado ao que eu chamaria de Dissolução e
aceitação desta Dissolução.
Esta
Dissolução não é uma Dissolução impessoal ou bramânica, como poderia ser
denominado.
Trata-se,
efetivamente, da Dissolução de tudo o que fazia, em meio à personalidade, os
jogos da dualidade, bem além dos jogos de poderes mais grosseiros.
Os jogos
da dualidade são empreendidos de uma série de comportamentos, oriundos de
programações, oriundos de regras sociais, das próprias regras comportamentais,
ou mesmo familiares e hereditárias, que os levam a viver estados de ausência de
Paz.
Assim que
houver no ser humano, mesmo realizado em meio ao Samadhi, um ressentimento, seja ele qual for, para com um ser, para
com uma situação, para com um elemento que foi considerado como ofensivo, isso
irá afastá-los da Paz Suprema.
A Paz
Suprema é um estado de desprendimento bem além do desapego.
É um
estado que vai conferir um estado de estabilidade, independentemente das
consequências ou das reações exteriores.
É um
estado além da Alegria, pois a Alegria ainda é movimento e a Paz é a ausência
de movimento.
É um
estado de Fusão na Unidade, com distanciamento total do mundo da 3ª Dimensão
dissociada.
Isso não
é sair da vida, isso não é um suicídio, mas, efetivamente, a vivência real da
ilusão como tal.
É apenas
naquele momento que o ser pode escapar, na totalidade, do jogo da ilusão e se
instalar, de maneira definitiva, na Vibração de seu Maha Samadhi, bem além da alegria e que, no entanto, é a Alegria.
Esta
Alegria que os deixa circunscritos a Shantinilaya,
ou seja: “a Morada da Paz Suprema”, o lugar onde nenhuma onda, onde nenhum
elemento pertencendo a vocês, como pertencente ao seu ambiente, pode vir
alterar a qualidade Vibratória do Ser.
Este
estado específico, chamado de Paz Suprema, é um estado que toda a humanidade é
levada a viver.
***
Sejam
quais forem os nomes que tenham sido dados, em sua tradição, particularmente no
ocidente (três dias de Escuridão, Julgamento final, Ressurreição), a estase, na
linguagem um pouco mais moderna corresponde, de fato, à mesma realidade, ou
seja, o momento em que vocês serão capazes, todo mundo, de ficar e de
permanecer neste estado de Paz Suprema.
O estado
de Paz Suprema é caracterizado pela ausência de movimento, pela ausência de
Vibração.
É o
momento em que, depois de ter percorrido toda a série de Vibrações ligadas à
abertura do chakra do Coração, à abertura da Coroa Radiante, à abertura das
diferentes Lâmpadas novas e chakras novos, o ser percorreu várias Vibrações
cada vez mais intensas e cada vez mais fortes, confinando a irradiação do
Supramental ou a agregação das Partículas Adamantinas no nível de sua estrutura
física e sutil.
A um dado
momento, a própria Vibração, depois de ter preenchido todo o espaço, vai fazer
Silêncio.
Isso não
é uma recaída, pois isso é acompanhado, aí também, como diria SRI AUROBINDO, de
um fenômeno de switch muito peculiar.
Este switch, se vocês quiserem, e ainda
agora, eu chamaria de Dissolução.
Lembrem-se:
Crucificação do ego e, agora, Dissolução do ego, a etapa preliminar para a
dissolução da matriz.
Vocês
entram nesses tempos.
O modo com
que vocês realizarem e prepararem, ou não prepararem, esta etapa, será
condicionante e determinante para sua vivência desta etapa de Paz Suprema.
A Paz
Suprema, quando a Alegria foi encontrada anteriormente, vai se refletir por um
estado de vacuidade e de plenitude total.
***
Para os
seres humanos que não começaram o caminho de retorno à sua Unidade, que nem
sequer se interessaram pelas esferas espirituais, a Paz será vivenciada como um
suplício, um suplício terrível, pois não haverá possibilidade de ação, não
haverá possibilidade de reação, nem de mover o corpo e, ainda menos, de agir em
meio à ilusão.
É isso
que foi chamado de ‘face a face’, o retorno da Ressurreição, a Ressurreição
final.
Aquele
momento não é o fim, mas ele firma a entrada em um processo final e conclusivo.
Viver a
Morada da Paz Suprema é possível, a título individual, preliminarmente ao
fenômeno coletivo.
Alguns
estão se aproximando muito perto, durante suas meditações, resultando em
Vibrações intensas, percorrendo todas as Lâmpadas e todos os chakras do corpo e
terminando, a um dado momento, pelo basculamento em meio à Dissolução e no
acesso ao que foi chamado, no Vedanta, de Maha
Samadhi ou Grande Samadhi.
Esse
Grande Samadhi aparenta ser uma
morte.
A
respiração não existe mais, o coração não bate mais, o corpo esfria.
Alguns de
vocês começam a perceber as primícias desses estados durante suas
meditações.
O coração
fica mais lento, a respiração passa para o Coração.
Não se
trata mais de um batimento do coração, mas de uma respiração cardíaca.
O corpo
não responde mais.
Depois de
se tornar pesado, ele não existe mais.
Só
permanece a Consciência estabelecida na Paz Suprema.
Naquele
momento, não existe mais Vibração, nem percepção.
A
Consciência foi então depurada, ela foi desnudada, ela foi totalmente desengatada
da ilusão.
Ela não
penetra necessariamente, no entanto, em meio ao Estado de Ser, mas o corpo de
Estado de Ser pode então se manifestar de diferentes modos, pelos sentidos ou
fora dos sentidos, refletindo-se por percepções novas de formas novas, bem além
do que pode existir nos mundos intermediários chamados de astral.
O acesso
a este estado firma, para vocês, sua capacidade, não somente para estarem
Acordados e Despertos, mas para escaparem, de maneira definitiva, da matriz e
dos mundos de carbono, sejam eles quais forem.
Evidentemente,
não é possível, a título individual, permanecer neste estado mais do que o razoável.
Este
“razoável” sendo, evidentemente, em função de cada ser, em função de sua
capacidade para permanecer neste estado de suspensão, de vacuidade e de
plenitude onde existe apenas a Consciência pura, liberada de todo o
condicionamento.
Como
chegar a este estado de Paz Suprema?
Obviamente,
e como sempre, há um aspecto Vibratório que lhes pertence, ligado ao próprio
progresso de seus estados meditativos e de seus trabalhos Vibratórios.
Além
disso, e como eu disse, é indispensável desvencilhar-se si mesmo de tudo o que
é apego ou reação.
Naturalmente,
não se trata de fingir um estado de não-reação, trata-se de viver realmente um
estado livre de reação.
***
Sejam
quais forem os elementos e os acontecimentos ocorrendo em sua vida, assim como em seu ambiente, o estado de quietude, o estado de Alegria, vai permitir
experimentarem a Paz, levando à Paz Suprema.
Experimentar
a Paz é, antes de tudo, dar a Paz, ou seja, estar em Paz com todos os seres
humanos que vocês encontram, estar em Paz em todas as situações que vocês podem
encontrar.
Em uma
situação, seja ela qual for, e seja qual for seu estado Vibratório e o
progredir de suas Lâmpadas novas ou de suas Lâmpadas antigas, seja qual for o
estado de realização de seu Triângulo Tri-Unitário revelado por URIEL, enquanto
vocês permanecerem na reação, vocês não estão em Paz e vocês não poderão ter
acesso, de maneira individual, à Paz Suprema.
A Paz
Suprema é um estado específico onde a ausência de reação, a ausência mesmo do
que poderia ser qualificado como Samadhi,
a Alegria desaparece também para dar lugar à Consciência, ainda uma vez, pura e
extraída integralmente desta Dimensão dissociada.
É a última
porta que é então ativada.
Tranquilizem-se,
mesmo se vocês não viverem isso a título individual, isso será vivenciado a
título coletivo, em um tempo muito próximo e iminente.
A
preparação para este estado é, contudo, o que eu chamaria de um adicional ao
que vocês são, pois muitos de vocês notaram que, sejam quais forem as capacidades
para estabelecer-se em meio à Vibração da Coroa Radiante do Coração (quer seja
durante suas meditações, quer seja durante o encontro coletivo das 19h00
(hora francesa) ou ainda em situações onde tudo funciona bem em sua Dimensão
dissociada), vão se aproximar deste estado, e frequentemente vocês notam que
vocês vão ficar desestabilizados por uma reação ligada a um ambiente ou a uma
situação interferindo em sua própria realidade.
Isso
prova simplesmente que a estabilização do Samadhi
ou da Alegria não aconteceu e que vocês ainda não alcançaram a Morada da Paz
Suprema.
A Morada
da Paz Suprema é um estado que está bem além da simples aceitação ou do simples
Abandono.
Nessa
palavra “simples”, não vejam qualquer trivialidade, mas, bem mais, processos
dos quais muitos de vocês começam a se aproximar de maneira bem concreta.
Encontrar
a Paz, eu diria (e mesmo além de qualquer ato Vibratório), é uma atitude
comportamental, uma forma de Yoga particular.
Assim
como existe um Yoga da devoção ou ainda um Yoga do serviço, existe, do mesmo
modo, um Yoga da Paz.
Este Yoga
é uma atitude de Paz: vocês treinam e se
exercitam para não reagir, para adiar suas reações no tempo, de maneira a
não ficarem sujeitos às influências emocionais ou mentais de uma situação
criada por uma pessoa ou por um acontecimento.
Dessa
maneira, então, ao se distanciarem do evento causal, possibilita não entrarem em
reação com relação a este evento causal.
Evidentemente,
no nível da estrutura humana, uma série de engramas vai impulsioná-los, no
nível da personalidade e de seu próprio cérebro, a reagirem no momento, em
relação, por exemplo, ao que lhes pareceria correto, em relação à sua própria
Ética, à sua própria Integridade, à sua própria Atenção e à sua própria
Intenção.
Isso é
também um contexto de referências que será conveniente superar e transcender.
Admitindo
como premissa verificar por vocês mesmos que a melhor Ética e a melhor
Integridade, que a melhor Atenção e a melhor Intenção, são aquelas que são
exercidas cara a cara consigo mesmo e jamais em relação a algo do exterior,
seja com quem for ou com o que for.
***
Assim,
vocês poderão instalar a Cruz da Ética, da Integridade, da Atenção e da Intenção,
não mais em relação ao ambiente, mas em relação à sua Consciência irradiante
que assenta no meio da Cruz, ou seja, no ponto de agrupamento dos Quatros
Pilares ou das Quatro Linhagens.
Este
ponto foi chamado de Ponto ER.
Este
Ponto ER corresponde ao Éter.
Ele
corresponde efetivamente ao chakra do Coração estabilizado no 9º Corpo.
Isso é
apenas naquele momento, quando a Ética, a Integridade, a Atenção e a Intenção
não são mais exercidas de forma alguma no exterior, ou seja, não mais em
relação a uma situação, não mais em relação a uma pessoa, mas unicamente em
relação a vocês mesmos e à sua própria Consciência, independentemente do
exterior, independentemente de uma situação, independentemente de um papel ou
de uma pessoa, até mesmo de vocês próprios em meio à personalidade.
Naquele
momento, vocês transcendem o próprio conceito de Ética, o próprio conceito de
Integridade, de Atenção e de Intenção.
Vocês se
colocam, naquele momento, espontaneamente, no centro da Cruz, no Ponto ER, ou
seja, vocês retornam ao Coração, ao Coração transcendido e que sofreu alquimia
pela Vibração do 9º Corpo, no Coração transcendido e que sofreu alquimia pela
Vibração do que é chamado de chakra de enraizamento da alma e de enraizamento
do Espírito.
A Paz,
esta Paz é algo que vocês devem aprender, por sua compreensão e por sua
própria Consciência, a desenvolver: ir além da simples reação, ir além da
simples colocação em meio à sua Ética e à sua Integridade e mesmo em meio à sua
Atenção e à sua Intenção, pois, de qualquer maneira, e em última análise, a
Atenção e a Ética, a Integridade e a Intenção, definindo o contexto de sua
ação, sempre são apenas o resultado de uma ação.
Este
aprendizado vocês fizeram.
***
Para os
mais adiantados de vocês, resta agora estabelecer-se na ausência de Vibração,
ou seja, na Morada da Paz Suprema.
Para que
a Morada da Paz Suprema seja estabelecida, é preciso que haja Paz em vocês.
Esta Paz
em vocês apenas pode ser obtida a partir do momento em que o jogo da
ação/reação não puder mais existir, sejam quais forem as circunstâncias de sua
vida.
Vocês são
levados a fazer este aprendizado de maneira simples e lúdica, pois, aí, vocês
têm um acesso direto através de sua própria cognição.
Coloquem-se
a questão, não mais da Ética e da Integridade, frente a uma situação ou uma
pessoa, mas o que faz com que esta situação ou esta pessoa faça com que vocês
não estejam mais na Paz?
O que
veio perturbar, em vocês, esta pessoa, esta situação?
Vocês
estavam em seu Coração, vocês estavam na Vibração de sua Tripla Coroa, vocês
estavam acordados, na meditação, e eis que, em sua vida, um acontecimento ou
uma pessoa vem desestabilizar, vem tirá-los do centro e fazê-los sair de sua
Alegria.
Naquele
momento, o que aconteceu?
Qual o
elemento que vai me enviar a uma parte de mim mesmo que ainda não foi colocada
na Luz, que ainda não foi iluminada e que, então, não foi transcendida?
Aliás,
naquele momento, aqueles de vocês que vivenciaram isso percebem, de maneira
distinta, o momento específico em que a Vibração se extingue no Coração, ou que
se atenua, para aparecer em outro local, na maioria das vezes na garganta ou no
plexo solar, demonstrando, assim, que vocês saíram de seu alinhamento.
Deste
modo, então, encontrar a Paz através dessas situações consiste em abandonar os propulsores
de sua própria reação, mesmo eles sendo desconhecidos.
Não é
preciso ir elucidar a causa raiz (ela existe, estejam certos) que os fez reagir
e sair de seu Coração, mas simplesmente, naquele momento e nesse momento, não
tentem resolver, não tentem se esquivar, busquem simplesmente estabelecer de
novo a Paz.
Todos
vocês constataram, em um momento ou outro, que é mais difícil, naquele momento, restabelecerem-se no Coração, pois vocês são perturbados por suas próprias
emoções, por seus próprios pensamentos, por seus próprios contextos de
referências e pela própria manutenção da Ética, da Integridade, da Atenção e da
Intenção.
Resta-lhes
então, simbólica e praticamente, fazer passar esse quadro de referências
chamado de Ética, Atenção, Intenção, Integridade, para o centro, ou seja, ao
local onde ele não precisa mais se exercer enquanto valor de referência, mas
simplesmente estabelecer-se no silêncio da Paz, na Morada da Paz Suprema.
***
Este
exercício é para ser feito de maneira muito simples: assim que vocês estiverem
conscientes de que há reação, assim que vocês estiverem conscientes de que
vocês saem da Consciência de seu Coração, assim que vocês estiverem conscientes
de que estão presos em algum lugar, não procurem se desprender, não procurem se
estabelecer de novo no Coração, pois, na maioria das vezes, vocês constatam,
vocês não chegam ali imediatamente, mas no dia seguinte ou dois dias depois.
Existe, nesse nível, um mecanismo energético e
de Consciência associados que consiste, justamente, em dar a Paz.
Para quem
é preciso dar a Paz?
Evidentemente,
para você mesmo, mas também para o outro.
Eu
emprego a palavra Paz de propósito e não a palavra perdão, pois o perdão, aí
também, foi frequentemente empregado de maneira maliciosa pelo ser humano, nos
contextos da dualidade, nos contextos de chantagem, sejam eles quais forem.
Por outro
lado, dizer a alguém “eu lhe dou a Paz” ou “eu lhe dou a minha Paz”, no nível
Vibratório, é de longe superior a dizer para uma pessoa “eu perdoo você”, pois
vocês não podem dar a Paz enganando.
Vocês
podem dizer: “eu o amo” enganando, vocês podem dizer “ser amado” enganando, mas
vocês não podem dar a Paz sem que isso seja seguido de um efeito real e
concreto no nível Vibratório.
Entretanto,
dando a Paz para o exterior, para a situação, para a pessoa, como dando a Paz
para você mesmo, você está bem além do perdão, porque você sai da ação/reação.
Mesmo
esta reação de perdão podendo induzir um certo estado de calma, ele jamais irá se
aproximar do estado que é transmitido dando a Paz, no exterior como no
interior.
Ou seja, concretamente, ao darem sua Paz para
a situação, ao se darem a Paz para vocês mesmos, vocês interrompem qualquer
utilização, para fins matriciais, da Energia, além do bem e do mal.
A Paz é,
portanto, Unitária.
Ela vai
então lhes permitir se aproximar, de maneira extremamente simples, da Morada da
Paz Suprema.
***
Naturalmente,
alguns de vocês, meus Irmãos e minhas Irmãs, vão me perguntar porque eu não
falei disso antes.
Isso não
podia existir enquanto vocês não tivessem integrado a Vibração do Coração.
Dessa
maneira, então, a partir do momento em que uma de duas Coroas Radiantes ou o
Triângulo Sagrado for despertado, vocês podem, de agora em diante, praticar
esta técnica da Paz.
Dar a Paz
para o outro, para si e para a situação permite dissolver instantaneamente o
princípio de ação/reação inscrito em um julgamento de valor da dualidade
bem/mal.
A Paz não
é nem o bem, nem o mal.
A Paz é
um estado de estabilidade que existe no nível do ponto central da Cruz, chamado
de Ponto ER.
Aí está a
utilização que vocês podem fazer desse último princípio, permitindo conectarem com o Maha Samadhi.
O perdão,
quanto a ele, trabalha no chakra do Coração, mas de forma alguma trabalha no
Ponto ER.
Só a Paz
é capaz de trabalhar no Ponto ER.
A Paz é
independente de qualquer condição.
Por
definição, a Paz é incondicional.
Perdoar
significa que há algo a ser perdoado e isso é então uma reação.
A Paz,
quanto a ela, não é em função das circunstâncias, a Paz não é em função de algo
para dar ou para perdoar.
A Paz
“é”, a partir do momento em que vocês a pronunciam, em vocês, como fora de
vocês.
Esse
princípio de Paz vai reforçar o princípio de Unificação, o princípio de Unidade
e vai reforçar, em vocês, a Fluidez da Unidade, pois isso os libera
instantaneamente, e vocês vão constatar por si mesmo que naquele momento, bem
naturalmente, a Vibração se estabelece em meio ao Coração.
Façam a
experiência, vocês irão constatar por si mesmo a rapidez da ação pelo fato de
dar a Paz, pelo fato de “se” dar a Paz, mais do que o perdão.
Aí estão,
Irmãos e Irmãs, as poucas palavras que eu tinha que dar esta noite e elas são
importantes, pois quem de vocês não gostaria de ter acesso à Shantinilaya, à Morada da Paz Suprema?
Lá onde
não existe mais qualquer antagonismo, lá onde nada mais existe a não ser a
Consciência pura Sat-Chit-Ananda, a
Morada da Paz Suprema que confere a Felicidade Suprema, etapa final da Alegria
que não é mais a Alegria, mas que é a Felicidade.
Caros
Irmãos e caras Irmãs na humanidade, se houver perguntas em relação a isso, é
claro que eu irei responder com grande prazer.
Mas permaneçamos,
se vocês quiserem, centrados nesses dois dados, nessas duas palavras e em sua
implicação no nível de sua Consciência.
***
Pergunta:
se oferecermos a Paz ao mundo durante o período das 19h00 às 19h30 (hora
francesa), qual será o efeito?
O efeito
será amplificado.
Cara
Irmã, esse momento é um momento privilegiado.
Como
muitos de vocês percebem, esta energia de conexão supera amplamente os
contextos existentes em meio a esta Dimensão.
Evidentemente,
aproveitar o afluxo de Energia e de Consciência resultante da conexão de todas
as Consciências a esta Merkabah
Interdimensional coletiva permite, evidentemente, realizar a Paz com o que deve
sê-lo.
Vocês
podem perfeitamente imaginar viver em tais ocasiões, tendo preparado a lista
das coisas a serem pacificadas, das coisas ou das pessoas a serem colocadas na
Paz, assim como das situações e de vocês mesmos.
Naturalmente,
isso é um meio, mas vocês podem realizá-lo também em qualquer circunstância,
intervindo no próprio momento em que isso acontece.
A Paz é o
elemento libertador.
Vocês não
podem sair de um mundo de ódio, vocês apenas podem deixá-lo na Paz.
Do mesmo
modo, há diferentes formas de morrer em meio à matriz.
Vocês
podem morrer com raiva ou morrer em Paz.
Do mesmo
modo, compreender que se vocês deixarem sua Consciência separada estando na
Paz, será muito mais fácil para vocês, vocês não serão retidos por nada, nem
por um sofrimento, nem por uma dor, nem por qualquer apego.
A Paz é
desapego e não indiferença.
O perdão
pode conduzir, por vezes, a uma forma de indiferença.
***
Pergunta:
sentir a Vibração das três Lareiras de maneira quase imperceptível pode
corresponder a um acesso a esta Paz?
Cara
Irmã, na condição de ter passado, anteriormente, pela fase de invasão
Vibratória correspondendo à aglomeração das Partículas Adamantinas em seu Canal
do Éter e em todo o corpo.
Há uma
gradação, como eu expliquei.
Vocês não
podem passar, de imediato, da ausência de Vibração natural para a Paz sobre a qual eu acabo de falar.
Vocês
devem passar obrigatoriamente por todas as etapas Vibratórias preliminares, sem
isso, vocês retornariam ao ponto de partida.
É muito
fácil, para o ser humano, dizer “eu o perdoo” ou “eu perdoo”, ao mesmo tempo
pensando exatamente o contrário, o que é impossível para a palavra Paz.
Dar a Paz
é um ato Vibratório de desprendimento.
***
Pergunta:
sentir-se em Paz pressupõe que estamos “imobilizados” no Ponto ER e que não há
mais nada?
Caro
Irmão, se nada vier desestabilizar este estado, nem ninguém, então, você está
na Paz.
Se eu
abordo isso agora, é com razão, pois as modificações Vibratórias existentes
atualmente sobre a Terra levam-nos, uns e outros, a viverem este tipo de
experiência: cabe a vocês ficarem estabelecidos em meio à Vibração do Coração
de maneira mais ou menos intensa, de maneira mais ou menos duradoura e saírem,
de um modo ou de outro, de sua Paz.
Certamente,
isso não é sempre algo duradouro.
Certamente,
isso não é sempre algo que os desestabiliza de maneira profunda, mas reflitam
simplesmente nas circunstâncias ou nas próprias situações de irritação, nas
situações que não lhes pareçam corretas, onde a vontade de reação é importante
e justificada.
Tentem
substituir, de maneira constante, esse sentimento de Paz por um momento de Paz
Vibratória, em função das circunstâncias e das pessoas que vocês encontram.
Vocês
irão perceber então, bem depressa, que a Paz os coloca de novo efetivamente em seu Coração, em nível Vibratório.
***
Nós não
temos mais perguntas. Nós lhe agradecemos.
***
Irmãos e
Irmãs na humanidade em encarnação, eu lhes agradeço por sua escuta.
De meu
Coração a seu Coração, eu lhes transmito minha Paz e eu acolho sua Paz.
Até
breve.
************
Mensagem
do Venerável UM AMIGO no site francês:
20 de
novembro de 2010
***
Tradução
para o português: Zulma Peixinho
************
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