Saudações a vocês, almas humanas.
Eu sou Jofiel, Anjo do Conhecimento, e venho, hoje, para um espaço de questionamento que, como de meu hábito, corresponde a uma expressão de minha parte no absoluto e não no relativo.
Gostaria que evitassem as questões em relação com o futuro.
Apenas interessa-me seu presente, mas sua evolução, também, e não seu futuro, que é do domínio do potencial e, portanto, do relativo.
Eu venho, portanto, exprimir-me e responder às suas interrogações espirituais evolutivas, porque esse espaço é, hoje, possível.
Então, caras almas, estou pronto a tentar ajudá-los em sua evolução.
Questão: qual diferença você faz entre futuro e evolução?
O futuro é ligado à sua trama pessoal, individual de evolução.
A evolução é absoluta.
É comum a toda alma humana, e é a liberação do tempo de ilusão no qual vocês evoluem e que necessita, certamente, de grandes esforços, de grandes desapegos.
A experiência é boa para viver enquanto vocês decidem fazer sua experiência.
Alguns de vocês fazem experiências que duram desde tempos imemoráveis.
Mas a vida não é experiência, a vida não é dualidade.
A vida é eternidade.
Ora, vocês não conhecem a eternidade em seu mundo, mundo de ilusão, mundo armadilha no qual vocês são presos, alguns de vocês há tempos imemoráveis e esqueceram-se, portanto, de sua essência e do objetivo de sua evolução.
Vocês substituíram a evolução pelo futuro, por uma visão muito simples de algo que era, na partida, grandioso.
A experiência da matéria pertence a algo que está superado, mas vocês não tomaram consciência disso, e jogam jogos da experiência e do futuro em uma visão estreita, em uma visão que não é divina.
Então, vocês chegam a considerar que a experiência da vida é a própria essência da vida, enquanto a vida é completamente outra.
Vocês dizem que estão na vida, eu lhes diria, de meu ponto de vista muito absoluto, que vocês estão mortos para si mesmos.
Então, o futuro é uma concepção linear ligada à morte.
A evolução é uma concepção absoluta ligada à transcendência.
Questão: o que nos aproximaria, o melhor possível, do que você chama a visão divina?
A ausência de matéria, a ausência de encarnação e, no entanto, o paradoxo está aí: encontrar, na encarnação, o retorno à sua Divindade.
Mas sua Divindade revelar-se-á a vocês, unicamente, quando vocês pararem de considerar seu futuro como o único possível.
Isso necessita de fazer abstração de todos os apegos, isso vocês já conhecem, mas, também, de toda projeção passada ou futura.
Sua Divindade não se encontra em seu futuro, sua Divindade não se encontra no passado, ela se encontra apenas na parada do tempo que só os seres realizados encontraram, porque a realização não é outra que não a parada do tempo.
A realização não é outra que não a parada de todo futuro, para entrar na evolução.
Questão: qual é o que você chama a essência da vida?
A essência da vida é pulsação.
A essência da vida é Luz, Amor, em sua dupla polaridade.
A Luz de que eu falo não se importa com sua luz solar, que é apenas o pálido reflexo da verdadeira Luz.
No que concerne ao Amor, seus sentimentos muito humanos são apenas o pálido reflexo do Amor, porque o Amor autêntico é algo que dá, que irradia, sem nada esperar em retorno.
Ora, seu amor humano, qualquer que seja, é condicional.
Vocês amam, portanto, o que os ama.
Vocês amam, portanto, para serem reconhecidos.
Vocês não estão na essência do Amor, vocês estão na manifestação do amor, em um mundo que não é divino.
Então – e seus poetas tão bem o descreveram, seus pintores tão bem pintaram – vocês estão na busca desse absoluto que lhes falta, que é o Amor da Luz.
E vocês travestem em sua realidade, tão diminuída, o que vocês chamam amor e o que vocês chamam luz.
Lembrem-se de que não pode haver Divindade sem absoluto e, enquanto vocês estão nesse mundo, vocês estão no relativo, porque o amor que vocês portam, um dia, não é mais o amor que vocês portam no dia seguinte, porque ele é função do que aconteceu.
Não é, portanto, Amor, em si mesmo, mas amor exterior.
É, portanto, manifestação errônea, transformada, de uma realidade.
É o mesmo para a Luz, que é irradiação.
Ora, vocês irradiam em função de seus humores.
Vocês irradiam o medo, irradiam o amor, irradiam o ódio, irradiam a alegria.
Assim, portanto, sua irradiação não é única, porque é colorida por seus estados de humor, e o Amor e a Luz, no absoluto, não se importam com emoções, não se importam com polaridades e não se importam com um eventual futuro.
Porque o Amor e a Luz, mesmo se isso seja, também, paradoxo difícil a compreender em seu cérebro, o Amor e a Luz são imutáveis, são os mesmos na origem e no fim e, no entanto, sem cessar, em movimento, sem cessar na expansão.
Então, vocês tentam assimilar o Amor através de seus sentimentos, a Luz, através do que vocês sentem dela, mas não são nem o Amor nem a Luz, são apenas reflexos ou cópias, se preferem.
Questão: como aproximar-se, o melhor possível, dessa Luz e desse Amor absoluto?
É muito simples.
Basta parar de pensar.
Quem diz pensar diz refletir e, à força de refletir, vocês se esquecem de irradiar.
Da reflexão não sai Luz alguma.
Da reflexão não sai Amor algum, sai apenas a imagem no espelho de algo que é falso.
É preciso parar tudo o que não é Amor e Luz para tornar-se Amor e Luz.
Ora, o Amor e a Luz não estão no futuro, o Amor e a Luz não estão em um pensamento, nem em um passado, nem em algo que se constrói no interior de seu cérebro, mas, efetivamente, algo que se desconstrói.
É por isso que o sábio pôde dizer que a iluminação e a realização encontram-se apenas na parada do tempo, porque o que escapa, em sua dimensão, é o tempo.
Vocês estão sujeitos ao tempo, estão sujeitos a um desenrolar qualificado de linear.
Ora, vocês não podem encontrar, nessa linearidade, qualquer possibilidade de Luz, de Amor.
Questão: isso significaria que a realização é impossível na encarnação?
Ela é impossível enquanto vocês permanecem na encarnação.
O sábio está, no entanto, na encarnação, mas, a um dado momento, muito preciso, ele escapou dessa linearidade e entrou na eternidade.
A eternidade está por toda a parte, exceto na linearidade.
Questão: e se esse sábio reencarnasse...
Isso é impossível.
Questão: isso significaria, portanto, que não pode haver indivíduos realizados encarnados?
Na evolução normal da alma humana, não.
Entretanto, há alguns seres, que vocês chamam os avatares, que são seres que ultrapassaram os ciclos de encarnação e de reencarnação e que, entretanto, fazem um retorno, um come back, como vocês diriam, em sua linguagem.
Mas isso continua excepcional, contrariamente ao que algumas tradições querem fazê-los crer, que há, a qualquer época da encarnação, muito numerosos avatares em encarnação.
Isso é falso.
Os avatares são suficientemente raros para deixar uma marca indelével, quando de sua passagem, que transcende a cultura original deles, que transcende o país de origem e deixa uma marca que se difunde ao conjunto do planeta deles.
Mas nem tudo o que deixa uma marca é avatar.
O último avatar encarnado foi Jesus Cristo.
Não houve outros depois.
Houve alguns seres realizados que voltaram, como Maha Choan, mas isso é mais complexo a explicar.
São seres que são realizados, mas que não queimaram, totalmente, alguns corpos, o que deixa a eles a possibilidade de encarnar-se, de maneira temporária.
Eu digo temporária porque é um espaço de tempo que se escoa, justamente, entre o nascimento do avatar Cristo e essa época que vocês vivem.
Eles foram chamados as Águias.
Esses seres pertencem à linhagem dos Melquisedeques e foram capazes de encarnar-se, porque eles permaneceram em um estado intermediário, mas isso é algo que é puramente temporário.
De fato, dois mil anos, em sua escala, nada representa na escala de seu universo.
Questão: qual é nossa evolução?
Aquela que vocês tiverem escolhido, mas é preciso, efetivamente, compreender que vocês não podem associar, alinhar futuro e evolução.
Cabe a vocês decidir.
E este ano, como eu lhes disse quando de minha primeira intervenção, é importante nisso.
Este ano é um ano de grande escolha, no qual será preciso escolher entre a esperança da Divindade e a experiência da matéria.
São escolhas diametralmente opostas.
Ambas são, igualmente, respeitáveis, mas uma, a primeira, os faz aceder ao seu status de ser Luz, enquanto a segunda possibilidade permite-lhes apenas aceder a múltiplas experiências, à dualidade, ainda e sempre.
Atualmente, nós podemos dizer que apenas menos de 5% da humanidade fez a escolha da Divindade.
Questão: em relação a essa escolha, qual é o caminho o mais correto?
Há múltiplos modos de definir a correta escolha, o correto caminho em relação à encarnação, ou seja, conduzir-se com precisão em relação a escolhas lineares.
Há, agora, a evolução que não se importa com o correto caminho, uma vez que é outra escolha e outro caminho que nada tem a ver com a encarnação.
Compreendam, efetivamente, que vocês podem conduzir-se de maneira correta, em seu correto caminho, como vocês dizem, mas sem, contudo, estarem em um caminho de Divindade.
Isso não é função de contingências materiais e de uma atitude que seria correta ou conforme a certo plano.
Então, eu não posso responder a essa questão muito relativa.
Questão: formulado diferentemente, o que mudar em nosso modo de funcionamento para ir ainda mais adiante nesse caminho da Divindade?
Esse caminho da Divindade não se importa com caminhos, atitudes profissionais, afetivas, sentimentais e outras, de suas encarnações.
O caminho da Divindade espera apenas uma coisa: que vocês parem de jogar com os jogos e os caminhos da encarnação.
Então, obviamente, isso é mais ou menos fácil, conforme os seres, em função, em primeiro lugar, do que vocês chamam os apegos.
Apegos a si mesmos, primeiramente, à sua corporeidade, à sua vida, às suas experiências.
Apegos aos seus valores, em seguida, às suas ideias, aos seus princípios, aos seus condicionamentos.
Tudo isso representa uma soma gigantesca de obstáculos à sua evolução.
Tudo isso é, efetivamente, trabalhado, por alguns de vocês, há numerosas vidas, numerosos anos.
Essa evolução da Divindade em si é função, para uma vez, não unicamente de seu desejo pessoal, mas, também, de planos, de elaborações, de transformações energéticas, espirituais e luminosas da Luz de seu Sistema Solar e do conjunto de sistemas solares que os cercam.
A grande diferença é que a evolução ser-lhes-á proposta a um dado momento.
Mas, se seus pesos são demasiado pesados, em perfeito conhecimento de consciência, vocês não poderão aceder a essa Divindade.
Qualquer que seja a percepção da Divindade que vocês terão, os pesos e os apegos que vocês tiverem mantido impedi-los-ão e puxá-los-ão, de maneira inexorável e inevitável, para o recomeço da experiência.
Questão: isso significa que a encarnação e a busca de Divindade são inconciliáveis?
Totalmente inconciliável.
Há apenas a esperança de chegar a tocar a Divindade, na encarnação.
Há apenas a esperança de captar uma parcela dessa Divindade na encarnação, que fará, seguramente, do ser humano que chega a isso, um grande ser.
Um grande ser humano, mas, certamente, não um ser divino.
O ser divino, por definição, é totalmente desembaraçado de todo traço da humanidade.
Vocês são de essência divina, mas esqueceram-se dela, vocês a sufocaram, pelo manto das encarnações que colocaram sobre si.
Assim, portanto, a alma afasta-se, cada vez mais, de sua origem, mas, a um dado momento, o peso torna-se tão denso, tão pesado, a alma vive como uma explosão.
Isso sobrevém quando de instantes de último abandono a essa vida, ou quando de circunstâncias da vida particular (uma doença, uma experiência de morte ou, ainda, como Cristo na cruz), mas isso concerne apenas a poucas almas em encarnação.
Geralmente, os homens são obrigados a esperar os períodos de grandes revelações da Divindade para aceder a essa Divindade, mas ainda é preciso que, anteriormente, eles tenham aliviado os fardos, que eles tenham apagado as sedes de experiências neles, para aceitar essa Luz e esse estado novo.
O fardo o mais importante é aquele que é representado pela própria encarnação, mas está fora de questão, obviamente, pôr fim, voluntariamente, à própria encarnação.
É, simplesmente, questão de preparar-se para aceitar, de maneira livre e consciente, essa Divindade, no momento vindo.
Para isso, basta não mais refletir, não mais experimentar, estar na neutralidade o mais frequentemente, abster-se de portar julgamentos.
Aí estão, já, métodos que vão permitir aliviar os fardos, consideravelmente.
Mas isso é válido para todo ser humano, porque ninguém pode saber o momento oportuno, em sua linearidade, onde essa Divindade manifesta-se.
Vocês podem muito bem imaginar que algumas almas tenham feito um trabalho, que vocês qualificariam de importante, de desapego, de mestria, de soltar, de desenvolvimento pessoal de Luz, de Amor, de irradiação.
Essa pessoa poderia, mesmo, ser considerada como um grande ser, um grande mestre e, no momento vindo, recusar a Divindade.
Isso faz parte da liberdade.
E há, inversamente, seres que, segundo as escalas de valor humano, seriam depravados, muito afastados da Fonte, mas que, no momento vindo, aceitariam, totalmente, a Divindade, qualquer que seja o que vocês chamam o carma deles, quaisquer que sejam o que vocês chamam os apegos deles.
O que não quer dizer que seja preciso abster-se de qualquer vontade de Luz.
Mas eu quero dizer, com isso, que, em seu nível de realidade, vocês não têm qualquer meio de saber, de julgar – tanto para vocês como para os outros – se vocês estão no caminho de evolução ou no caminho de futuro, até o momento oportuno.
Questão: é a partir deste ano que esse momento de escolha vai ser-nos proposto?
Eu jamais falei deste ano.
Eu falei de um ano de escolha em vocês, mas eu não falei de ano da Divindade.
Inúmeros de seus escritos, inúmeras civilizações deixaram datas.
Eu sei que, em sua linearidade, as datas são extremamente importantes, mas lembrem-se de que a Divindade vem para vocês.
Ora, em qual momento solta-se, mais facilmente, em relação à encarnação, quando a Divindade apresenta-se?
Eu lhes digo: nos momentos de sofrimento, nos momentos de doença.
Ora, vocês têm, verdadeiramente, a impressão de sofrer ou de estar na doença?
Certamente, sim, alguns povos são muito pobres, muito desamparados, mas vocês, no Ocidente, vocês podem dizer isso?
Então, eu não penso que se encontre, em seus países ditos ocidentalizados modernos, muitos seres prontos a tornarem-se divinos.
Falta-lhes, portanto, as etapas preliminares de doença e de sofrimento, porque a alma humana é assim feita, para que ela se volte para o Divino nos momentos os mais desesperados.
Os seres que dizem voltar-se para o Divino, enquanto tudo vai bem, voltam-se a ele apenas sob certas formas de complacência e não sob a verdade do impulso.
Vocês me dirão: «por que o sofrimento?», mas isso faz parte do próprio jogo da encarnação e da experiência.
Vocês definem sua felicidade apenas através da ausência de sofrimentos.
Vocês são incapazes de definir, por natureza e por essência, a noção de felicidade, independentemente de qualquer causa exterior ou interior.
Portanto, sua felicidade não é um estado de ser, mas um estado de menor resistência, que sobrevém apenas quando de algumas ocasiões.
Questão: como explicar os «retornos», após uma EQM [Experiência de Quase Morte]?
O retorno é uma escolha livremente consentida da alma que, apesar da experiência da Divindade, manteve, geralmente, um apego.
Um filho, um pai, um marido, uma mulher, um ser ou uma situação que não está concluída e, portanto, o retorno é tornado possível.
Enquanto vocês estão, ainda, na encarnação, isso quer dizer que a experiência é-lhes necessária porque, se vocês não tivessem o sabor da experiência, sua vida terminaria, instantaneamente.
Quantas almas no sofrimento dizem-se, e dizem aos outros: «eu quero partir» e, no entanto, elas estão aí.
Se vocês estão, ainda, sobre a Terra, é que estão, todos, no mesmo ponto.
De fato, no absoluto, não há diferença entre uma alma muito jovem, ávida de experiências, e uma alma mais idosa, saturada de experiências porque, se elas estão, ambas, sobre a Terra, é que elas não fizeram o pleno de experiências, de pesos e de sofrimentos.
Questão: o que é que poderia aliviar nosso caminho para melhor avançar?
Como eu disse, vocês não têm possibilidade de saída pelo mental, vocês não têm possibilidade de saída pelas emoções, vocês não têm possibilidade de saída pela experiência, vocês não têm possibilidade de saída pela vontade, vocês não têm possibilidade de saída pela liberação dos pesos e dos apegos, totalmente.
Então, vocês me dirão: «não há porta de saída?»
Eu lhes responderia que sim.
A única porta de saída possível tem por palavra, para simplificar, energia.
Quando vocês estão na energia, quando estão no alinhamento dessa energia, quando estão na cultura da energia e, portanto, da Luz, que é uma polaridade da energia, naquele momento, o que acontece?
O peso diminui, a sede de experiência diminui, o mental diminui, a emoção diminui (frequentemente, não sempre).
Então, portanto, cultivar a Luz em si, sem objetivo outro que não o de querer ser essa Luz, é o que os aproxima mais da Divindade.
Isso necessita de orar, de meditar, de alinhar-se.
Empreguem as palavras que lhes convêm.
Em todo caso, estados nos quais vocês cultivaram a Luz e nada mais.
Vocês não têm que cultivar os apegos, vocês não têm que cultivar as emoções, vocês não têm que cultivar as experiências, vocês não têm que cultivar os pesos, mas, efetivamente, cultivar a Luz.
Então, cultivar a Luz não é, tampouco, boas ações.
Então, cultivar a Luz não é, tampouco, conformar-se, consolar-se com algumas regras de vida ou de ascese de vida.
Cultivar a Luz é uma atitude interior que vai aproximá-los de sua essência, porque sua essência é energia de Amor/Luz.
Eu tenho, mesmo, algumas reticências para empregar essas palavras em sua encarnação de Amor e de Luz.
Então, eu penso que a palavra energia seja, certamente, a mais adequada porque, se vocês se centram na percepção da energia, no sentir da energia, sem querer dela fazer uma manifestação tangível para isso ou para aquilo, vocês entrarão no culto do Amor e da Luz, o que os aproximará, o mais possível, de sua Divindade.
Porque a energia de Amor/Luz esvazia os apegos de sua substância, esvazia o mental de seus pensamentos e esvazia tudo o que deve ser esvaziado.
Como vocês querem preencher-se, se vocês não se esvaziaram, anteriormente, de tudo o que faz a riqueza de suas vidas encarnadas, mas a pobreza de sua Divindade?
Questão: seria melhor, então, não mais fazer canalizações de trocas em público, mas, mais, as canalizações de efusões de energia?
Isso não tem qualquer relação.
Vocês são tributários de sua língua e de seu país.
Aí, não são coisas fáceis, porque vocês estão no país da razão.
Ora, a razão é um obstáculo importante para a Divindade.
Obviamente, os seres que se reivindicam essa razão estão muito longe, eu diria, mesmo, dos antípodas da Divindade, porque o Pai não age com razão.
Ele age com amor, com rigor e com geometria, mas, absolutamente, não com a razão.
A razão não pode explicar o Amor, a razão não pode viver de Amor.
Então, eu diria que, no que concerne ao que vocês chamam de canalizações públicas, nas quais me daria prazer de intervir, também, proximamente, isso representa um modo essencial, com palavras, de enganar o mental.
Obviamente, o trabalho o mais importante situa-se ao nível vibratório, mas inúmeros seres humanos, contaminados de tantos pesos, têm tendência a reter apenas as palavras e a esquecer das vibrações que as portaram durante esses instantes.
E é tanto melhor, porque isso permite a eles ver, também, quais são os sofrimentos e os pesos que estão neles.
À força de denegrir, de rejeitar, esquecendo-se, mesmo, o que foi vivido no sentido das energias, isso vai reforçar o peso deles, as contradições interiores deles, até que demasiadas compressões façam explodir o sistema.
Não se deve parar nos julgamentos superficiais que podem fazer dizer a algumas almas reencontradas, e quaisquer que sejam os seres que intervenham (angélicos, humanos ou outros): «ah, sim, ele não disse a verdade».
E quantos pesos acumulados!
Isso é muito relativo, porque o trabalho faz-se, mesmo se vocês não tenham a prova absoluta disso, ou mesmo a negação da prova.
O aspecto vibratório é capital, para além, mesmo, das palavras empregadas, quer sejam as minhas ou outras.
...
Nesse momento mesmo, eu os faço descobrir um pouco mais de leveza, na energia de ressonância, entre minha consciência e a sua.
A vibração.
A vibração não é tratamento.
A vibração é vibração.
A vibração não é polarizada no fato de fazer desaparecer isso ou aquilo.
É um estado de ser que eu os faço sentir agora.
A entrada na vibração.
...
Aí está o que é a vibração.
É o aumento da frequência vibratória.
Ela nada tem a ver com o que vocês chamam um chacra preciso.
É um aumento da vibração do conjunto de seus constituintes.
Questão: nós temos a possibilidade, nós mesmos, de provocá-la?
Para isso, seria preciso obter, totalmente, a Divindade.
Vocês podem, contudo, esperar aproximar-se dela quando de alguns estados interiores.
Questão: como se pode desencadear esse estado?
Justamente, não há desencadeador, é um estado interior, é um estado de ser.
Não basta dizer «eu vou desencadear isso, eu vou parar de pensar, eu vou parar isso, eu vou isolar-me».
É uma vibração.
Assim.
...
...
Você percebe?
...
Questão: essa vibração corresponde ao que nós chamamos a energia de quinta dimensão?
Ela é bem diferente.
Ela é a essência da Divindade, que está além dessa terceira dimensão, mas que engloba todas as dimensões para além da dualidade.
Não é, absolutamente, específica da quinta.
Questão: pode-se dizer que é a própria essência da energia?
Perfeitamente.
Nós estamos além dos chacras, além da manifestação, além da coroa na tradição dita hebraica.
Isso se chama «o que está além da Luz».
Questão: isso significaria que os tratamentos energéticos não são mais úteis?
Eles têm interesse para todos aqueles que permanecem na experiência, evidentemente.
A vibração que eu os faço sentir, vocês compreenderam, não é, regra geral, não é passível de ser gerada por um ser humano em encarnação sozinho, se ele não é auxiliado por um anjo ou uma entidade que não tenha passado pelas vias da dualidade, ou seja, da encarnação.
Essa vibração é uma vibração específica dos anjos, mas de entidades, também, não angélicas, mas, sobretudo, não humanas.
O que quer dizer, em contrapartida, que um ser que tenha percorrido as vias da encarnação não pode, em caso algum, gerar, totalmente, essa vibração sem o apoio de um anjo.
Questão: é necessário que o anjo passe pelo intermediário de um canal ou ele pode manifestar-se diretamente?
O anjo pode manifestar-se diretamente, o que é excessivamente raro.
Questão: há alguns anjos que são mais capazes de fazer viver isso?
A grande maioria dos anjos é perfeitamente capaz de fazer a mesma coisa.
Questão: os pesos são necessários, na fase de nossa evolução encarnada, para caminhar para a Divindade e, de outro lado, é questão de obter mais leveza. Isso não é contraditório?
Eu não compreendo o que você vê como uma contradição ou uma oposição.
Os pesos dos apegos são um obstáculo à Divindade.
Mas, no outro extremo da escala, os pesos e os apegos são tais, que eles provocam o acesso à Divindade.
O que quer dizer, assim, que não há melhor escolha, melhor caminho em relação a outro, uma vez que, de qualquer modo, quanto mais vocês adquirem pesos, mais terão laços, mais estarão na experiência, mais sua alma terá sede de Liberdade.
Os dois extremos juntam-se.
Questão: há outro caminho para atingir essa Divindade?
Nenhum.
Questão: esses princípios são os mesmos, quer seja-se humano, não humano, intra ou extraterrestre?
Para a terceira dimensão são, sempre, os mesmos.
Questão: o que acontece, então, quando da passagem à quinta dimensão?
A quinta dimensão é um estado no qual vocês vão desaprender.
É um estado no qual vocês vão viver novos paradigmas, novas leis, novos modos de evolução ligados à ausência de dualidade.
Faz, no entanto, ciclos inteiros que vocês se deixam penetrar, pouco a pouco, por essa vibração que eu qualificaria de angélica.
Isso toma um tempo certo.
Assim como a experiência da matéria toma um tempo certo, para que vocês façam a escolha de ir para mais leveza ou para mais peso.
O que, ao final, permite-lhes aceder à mesma evolução.
É o mesmo na quinta dimensão.
Quando vocês tiverem esgotado, totalmente, as experiências da quinta dimensão, poderão, então, aceder a outra coisa, mas isso é outro tempo e outro espaço.
Não é útil informá-los hoje.
Questão: quando se deixa a encarnação por falecimento, reencontra-se, de fato, a Divindade?
Não, geralmente, vocês têm apenas um vislumbre da Divindade, que lhes permite regenerar-se e preparar-se para a próxima vida.
O que os arrasta, o peso, para, portanto, a encarnação, é ligado ao que vocês chamaram carma, que vocês geraram.
E eu falo, efetivamente, de carma, sem conotação negativa porque, mesmo uma boa ação, gera o carma e, portanto, a necessidade de voltar.
Não temos mais perguntas. Agradecemos.
Então, saudações a vocês, saudações em vibração e eu lhes digo, certamente, até muito em breve.
Obrigado por sua escuta benevolente.
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Traduzido para o Português por Célia G.
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