- E BEM, CAROS AMIGOS... -
Agora, se quiserem, vamos tentar dialogar juntos, de maneira a responder às suas interrogações e às suas questões.
Desde já, eu lhes deixo a palavra, de maneira a poder trocar.
Então, se quiserem, vamos prosseguir.
Questão: a intervenção de cirurgia estética que eu previa é correta?
Cara amiga, esse tipo de operação não é decidido pela exigência do corpo, eu diria, mas decidido, efetivamente, pelo que você quer fazer ou fazer dizer ao seu corpo.
Apenas você é que pode saber o que é correto ou não correto.
Tudo depende, obviamente, do que você quer mostrar.
Qual é a finalidade específica desse tipo de intervenção?
Será que é para mostrar uma imagem diferente do que você é, no exterior?
Será que é para sentir-se um pouco melhor no interior do seu corpo que você faz isso?
A questão preliminar e primeira é, verdadeiramente, definir porque você faz isso.
Você o faz para si ou faz para o exterior?
Isso é extremamente importante de compreender.
Em seguida, colocar-se essa questão vai levar a uma segunda, se você o fizer para si, isso quer dizer que você não se sente bem tal como você é?
Agora, se você o faz para o exterior, há a segunda questão: «em que eu tenho necessidade de mostrar outra coisa, que não o que eu sou, no exterior?»?
Aí estão as duas questões, se quiser, que são indispensáveis de responder antes de ir fazer modificar a imagem do seu corpo, porque é algo de extremamente importante.
Sentir-se bem, através da modificação que, hoje, tornou-se possível em diferentes níveis dos seus corpos, será que é algo que vai fazer de forma a que vocês estejam, realmente, melhor?
Para algumas pessoas pareceria que sim, que isso é, realmente, a realidade.
Agora, a questão mais importante: será que você o faz, realmente, para você, ou será que o faz para o exterior?
Porque, obviamente, se você fizesse isso para algo de exterior, seria um erro.
Agora, se você o faz para si, é preciso colocar-se a questão, efetivamente, por que querer sentir-se bem?
Isso quer dizer que se sentia mal antes, com esse corpo, concorda?
Agora, é preciso decidir isso tranquilamente.
Eu não posso dar-lhe a resposta, «sim, é preciso ir fazer» ou «não, não é preciso ir».
Obviamente, isso depende das suas aspirações em relação a isso.
Se você tiver a impressão de que a sua vida será melhor, que o seu ser Divino estará melhor, através dessa operação, então, faça-a.
Mas, fundamentalmente, eu responderia que nenhuma operação desse gênero torna a Divindade interior mais manifesta.
Isso está claro.
Agora, é preciso, efetivamente, colocar-se a questão no plano mais espiritual e no plano da alma, mas no nível dos casulos não há contraindicação, eu creio.
***
Questão: como saber qual é o nosso contrato de alma?
Aí está uma questão ao mesmo tempo extremamente longa, extremamente breve.
Então, a finalidade de toda encarnação é, obviamente, reencontrar, realizar a sua Divindade interior, é o único contrato de alma de qualquer alma na encarnação.
Agora, há caminhos que são extremamente diferentes, é claro; há caminhos mais ou menos curtos, mais ou menos longos.
É efetivamente importante compreender que o que vocês chamam de contrato de alma é, certamente, uma linguagem que é empregada por algumas pessoas, para tentar encontrar o caminho delas, mas, de fato, há apenas um único caminho: é o de encontrar o ser interior e, sobretudo, nessa última encarnação, antes do advento da quinta dimensão.
Então, falar de contrato de alma, de família de alma, de contrato de alma a alma, parece-me profundamente deslocado.
Isso é uma visão da alma rebaixada no nível da personalidade.
A alma tem, simplesmente, que reencontrar a sua Divindade interior, e é a mesma coisa para qualquer alma, o resto não é importante.
Eu posso acrescentar, simplesmente, que, mesmo se eu lhe dissesse que o seu contrato de alma é completamente outra coisa do que aquilo que você esperava que eu respondesse, por exemplo, partir para viver no México, será que você o faria?
Aí está porque é uma questão que parece um pouco divertida, eu diria, e que exprime mais os desejos da personalidade e não da alma.
***
Questão: é correto que eu deixe entidades se exprimirem pela minha voz?
Cara amiga, para deixar exprimir-se algo que lhe fala no interior, pela voz, é muito importante saber quem lhe telefona ou quem lhe fala, antes de deixá-lo exprimir-se, obviamente.
Agora, uma vez que você esteja segura, eu diria, da fonte que se exprime através de você, não há oposição em deixar exprimir-se, claramente, essa entidade.
Mas compreenda bem que o que é ouvido no interior reflete uma espécie de contrato, desta vez, que é estabelecido com essa entidade e, antes de estabelecer esse contrato, é importante saber onde você põe os pés, obviamente, e ao que você se engaja.
Porque, como eu deixei entender, não há apenas entidades da Luz que procuram, hoje, manifestar a presença delas e o ensinamento delas no nível dos seres humanos.
Inúmeras entidades são, de fato, a personalidade da pessoa, disfarçada em entidade.
Em seguida, inúmeras entidades não fazem parte da Luz de Cristo, da Luz Crística, mas do que se convencionou chamar de loja negra e, aí, isso seria misturar a sua alma a coisas extremamente perigosas.
Obviamente, então, cabe-lhe, em sua alma e consciência, no momento em que aparecer esse processo, fazer, de algum modo, eu diria, uma espécie de ritual de oração, para assegurar-se de que a presença que está aí está, efetivamente, em relação com a presença de Cristo e com a Luz de Cristo.
Isso é importante e fundamental, mas não se deixar abusar pelas palavras porque, obviamente, os membros da loja negra não vão dizer-lhe que eles são da loja negra, eles vão dizer-lhe que são de Cristo, também.
Então, não é preciso se fiar nas palavras, é preciso se fiar no que chamamos de sentir.
«No momento em que eu tenho essa presença, essa incorporação ou esse início de processo de canalização, qual é a impressão, em todos os sentidos do termo, que isso dá no interior do meu ser?».
O importante não são, tanto, as palavras, o importante não são, tanto, os tipos de ensinamento (porque os membros da loja negra são, também, capazes de dar informações que são perfeitamente exatas), o importante é a finalidade, o importante é o objetivo revelado desse processo, mas, também, sentir no seu corpo, na sua mente e na sua personalidade qual é o efeito desse contrato.
Será que é algo que vai ao sentido do seu desabrochar?
Será que é algo que vai ao sentido da sua maturação, no sentido espiritual?
Aquele que recebe o ensinamento, exceto se todos os seus chacras estiverem abertos, tem dificuldade, grande dificuldade para sentir o que vem da sombra, da Luz e, portanto, é você o filtro essencial e, portanto, é um contrato, desta vez, em todos os sentidos do termo, que você estabelece com essa entidade, mas, também, com a pessoa a quem você retransmite o ensinamento.
E, aí, eu diria que é preciso estar extremamente vigilante em relação ao processo que expressa a incorporação ou a canalização, mas, também, o resultado desse processo, ou seja, quais são as manifestações que sobrevêm depois?
Há paz, serenidade?
Há confiança que aparece, e tudo o que corresponde à maturidade?
Ou, ao contrário, há um estado de inquietação ainda maior?
Será que isso a torna ainda mais, eu diria, apegada a comportamentos que não são normais?
Porque, aí, isso não será a Luz, obviamente.
***
Questão: o que você pensa de trabalhos feitos sobre a memória celular?
O importante não é pôr o dedo onde isso dói, o importante é pôr o dedo onde está o Pai, isso não é, de modo algum, a mesma coisa, porque vocês poderão encontrar milhares de lugares nos quais vocês têm dor e isso pode durar milhares de anos.
Seria uma ilusão grave crer que vocês vão, no espaço de uma vida – e eu não falo, sequer, de uma sessão ou de dez sessões, eu falo, diretamente, de uma vida – pôr o dedo por toda a parte em que isso dói.
Vocês jamais irão chegar a uma liberação, pondo o dedo onde isso dói, porque há muitos lugares nos quais isso dói.
O importante é pôr o dedo onde está o Pai, é a frase de Jesus, que eu repito todo o tempo: «busquem o reino dos céus, e o resto ser-lhes-á dado de acréscimo».
É muito sedutor, hoje, para a mente, com as diversas técnicas e métodos que foram desenvolvidos, querer compreender o que não é acessível à lógica pura, seja o que você chama de memória celular ou de outras técnicas – mesmo de medicina – que consistem em identificar as coisas invisíveis, impalpáveis e incognoscíveis, diferentemente, que não por esses meios.
Mas, eu repito, a análise desses sintomas é algo que não leva à liberação.
A liberação encontra-se através da frase de Cristo «busquem o reino dos céus, e o resto ser-lhes-á dado de acréscimo» e não através da análise de dores de todos os dias ou de dores de uma vida, porque isso pode tomar-lhes toda uma vida, ou mesmo vidas para decodificar tudo isso, e não é porque vocês irão decodificar o porquê de haver, em tal lugar, tal sofrimento, que vocês irão melhor.
Isso é uma armadilha, ainda uma vez, do que se chama de mental.
O mental mente-lhes, inúmeros seres disseram isso, o mental faz apenas isso, vocês jogam com o mental com essas técnicas aí, vocês se divertem com o mental.
Vocês têm a impressão de liberar pequenas coisas, têm a impressão de serem como Deuses, de compreender porque tal coisa não funciona e funciona depois, mas o que acontece, realmente?
É um trabalho puramente mental, mesmo se vocês se servirem da energia, o mental vai conduzi-los a glorificar-se, entre aspas, por encontrar tal sofrimento em tal lugar ou tal problema em tal lugar e porque tenho medo de sorrisos, ah, sim, compreendi, isso vem de tal momento em que eu vivi e vocês vão fazer atuar o mental, cada vez mais.
Mas é uma liberação, eu diria, totalmente ilusória.
Jamais qualquer doença, nem qualquer problema, puderam desaparecer assim.
***
Questão: em que minhas atividades de terapeuta participam do meu desenvolvimento espiritual?
Numerosos são os seres terapeutas, em especial, que imaginam que eles encontram a Luz levando a Luz para o outro, levando a iluminação para o outro.
É verdadeiro para o aprendizado, mas, em um momento específico, convém voltar-se para si e encontrar a sua própria Luz e não querer, a todo custo, prender-se ao outro para ali se olhar.
É importante compreender que o caminho para a sua própria Divindade não passa, absolutamente, pela ajuda ao outro, isso é uma crença ligada à personalidade, que quer colocar-se naquele que vai salvar a humanidade toda, inteira.
Houve um que fez isso para todo o planeta, e era o papel dele, não é, absolutamente, o seu.
Contrariamente ao que podem dizer as escrituras, vocês têm o dever de amar o seu próximo, mas amar não quer dizer socorrer, amar não quer dizer tratar, amar é considerá-lo como uma imagem do Pai, como vocês, nem mais, nem menos.
E, agora, você entra na etapa do seu caminho espiritual que deve fazê-la inclinar-se em sua própria Luz interior, através de si mesma e não através dos outros.
É algo que não pode passar pelo consciente ou pelo mental, é uma atitude do espírito que deve tornar-se como um segundo dogma da sua vida, ou seja, aceitar todos os prazeres que a vida dá no nível da materialidade, ou seja, aceitar descer nas profundezas da matéria, mas, também, ver, através de algumas feridas que foram vividas, as possibilidades de superação e não as limitações.
Não há regra precisa, mas digamos que se vá ajudar esse caminho através do fato de encontrar a própria Luz no interior e não no exterior, ou seja, a necessidade, como você a sente, agora, nesse momento, de voltar-se ainda mais para o seu interior, o que não quer dizer excluir-se do mundo, o que não quer dizer não mais ver ninguém, mas atribuir um lugar mais importante ao que acontece no interior de você, estar à escuta do seu ser interior, para ali encontrar a Luz.
***
Questão: em que as raivas interiores podem cortar do plano
Divino?
Bem, cara amiga, há algo de importante a compreender, e tudo o que é de natureza de manifestação de emoção é, necessariamente, algo que os corta da Divindade.
A Divindade não é uma emoção, é evidente que a emoção tem por objetivo fazê-los agir em um sentido ou no outro.
Em especial a raiva, que é uma emoção, visa deslocar o sistema interior, assim como a tristeza, assim como a apreensão, assim como qualquer outra emoção.
Não é por acaso que todos os místicos orientais disseram que, para encontrar a Divindade interior, era preciso fazer calar a raiva.
Depois, uma vez que se tenha encontrado o ser interior, efetivamente, a raiva pode se manifestar.
Olhem Jesus, por exemplo, quando ele expulsou os mercadores do templo e, isso, foi depois dos quarenta dias do deserto, depois que ele havia encontrado a totalidade da Divindade que Ele era.
Agora, é importante compreender que nenhuma emoção pode permitir-lhes aproximar-se da Divindade, mas, também, o excesso de uma emoção vai impedi-los de se aproximar do seu ser interior.
A raiva, o ressentimento, a tristeza, mas, também, o prazer, são elementos que vão impedi-los de alcançar a Divindade, porque a Divindade apenas se manifesta a partir do momento em que há a calma, ou seja, quando não há mais manifestação dos elementos no exterior da sua vida e, também, no interior de vocês.
Então, efetivamente, há filtros que são colocados, os filtros mais importantes são aqueles que vocês mesmos geram, de maneira consciente ou inconsciente, através do excesso de um ressentimento, do excesso de uma emoção, do excesso de preocupação no nível do mental que os afasta muito da Divindade.
O único problema que todos os seres humanos têm – e eu, também, antes de conhecer a iniciação, eu encontrei –, mas tranquilizem-se, é comum a toda vida humana, é que, enquanto vocês creem que a Divindade pode ser encontrada por um esforço do mental, por um esforço de consciência, vocês se enganam, porque a Divindade não se encontra no nível de consciência no qual vocês funcionam habitualmente.
Ou seja, jamais esperem encontrar o ser interior através do que vocês são, do que fazem, através do ser que constitui a sua personalidade.
A alma revela-se apenas quando a personalidade não existe mais.
A partir do momento em que vocês formularem um pedido, é a personalidade que o pede, não é, eu diria, a alma.
Portanto, não pode ali haver, eu diria, manifestação da Divindade interior enquanto o espaço e o tempo não pararam, ou seja, enquanto vocês se servirem do mental que vem do futuro, enquanto vocês se servirem de emoções que vêm do passado.
Então, obviamente, é muito divertido, muito tentador ter técnicas energéticas, técnicas mentais, técnicas emocionais que os fazem crer que vocês se aproximam do seu ser interior, mas, em momento algum, isso é possível porque, para encontrar a Divindade, é preciso que vocês acedam a outro estado de consciência, que é um estado de consciência puramente transcendente e que não se importa com a sua experiência passada, que não se importa com as suas construções futuras, que não se importa com a sua pequena personalidade, com os seus pequenos modos de funcionamento.
E isso não é pejorativo, simplesmente, eles são, efetivamente, pequenos.
O que eu quero dizer com isso é que, encontrar o ser interior, encontrar a sua própria Divindade necessita de fazer o silêncio, necessita de destruir, como dizia Krishnamurti, tudo o que está ao redor, ou seja, todos os modelos.
Encontrar o ser interior é encontrar a pequena porta estreita, aquela que leva ao coração e, para levar ao coração, é preciso fazer calar tudo o que não é do coração.
Aí está o que eu tinha a dizer.
Então, o ser interior, efetivamente, pode-se, por vezes, vislumbrá-lo, senti-lo, mas ele jamais se instala duradouramente, porque, se ele se instalasse duradouramente, vocês sentiriam algo de inefável, no qual vivem os grandes Mestres que estiveram encarnados sobre esta Terra, ou seja, o Samadhi, a alegria interior, a plenitude do conhecimento e, também, a onisciência.
Realmente, vocês acreditam que o que eu ensinei na minha vida eu o li nos livros?
Não, absolutamente.
É quando eu me conectava nessa esfera interior, nessa música interior que eu tinha acesso a toda a informação.
Então, agora, se vocês procurarem a informação através de técnicas e de métodos, isso prova, simplesmente, que vocês não estão no ser interior e que creem aproximar-se dele recorrendo a essas técnicas, mas vocês se afastam dele.
A Divindade encontra-se apenas no silêncio, o ser interior aspira apenas ao silêncio, aspira apenas à pureza.
No mental não há pureza, mesmo se as imagens forem muito belas, é um novelo, eu diria, sem fim, querer desenrolar o mental, isso pode ir muito longe, até perder o fio da sua alma.
Então, efetivamente, eu posso conceber que, para muitos de vocês que se lançaram em processos ligados ao mental, mas que se chamava de Divindade, isso pode ser muito perturbador.
Mas, viu-se um único ser humano manifestar a Divindade após esse tipo de trabalho?
Sejam lúcidos.
Viu-se um único ser no Samadhi após um trabalho como esse?
Que me mostrem.
***
Questão: poderia nos falar de Djwahl Khul?
Agora, aquele a quem vocês chamam Djwahl Khul, a que pertence ele?
Ele pertence à ordem de Melquisedeque, à ordem Crística, ou a uma ordem anticrística?
É preciso ver as coisas tais como elas são: a realidade do que se chamou de loja negra nos planos históricos.
É preciso remontar, agora, a bem antes mesmo do meu nascimento, ao fim do século XIX: havia, no Ocidente, duas correntes que se opunham, uma corrente de natureza Crística (que era ligada à ordem de Melquisedeque e que foi encarnada de maneira magistral por um grande professor e um grande Mestre que foi Rudolf STEINER) e, do outro lado, evidentemente, a contrapartida da Luz era a sombra (ela foi encarnada por Helena BLAVATSKY e, em seguida, por Alice BAILEY, que estavam na Inglaterra, enquanto STEINER, lembrem-se, estava na Alemanha).
E seguiu-se a isso uma batalha cósmica, terrestre, extremamente violenta, entre os defensores da ciência Crística com STEINER (1) e, do outro lado, os defensores da loja Oriental, que eram, assim dizendo, os Mestres da hierarquia, eles faziam parte da sombra.
E, hoje, qual é a finalidade?
É preciso ser razoável, a finalidade de Cristo é a de fazê-los realizar a sua Divindade interior, através da palavra Crística e através da sua própria Divindade, ou seja, ir para o desabrochar do seu ser interior.
O outro constrói elaborações mentais, tipicamente luciferianas, servindo-se, efetivamente, de uma mecânica que é totalmente correta e que está ligada, em especial, à astrologia esotérica e à psicologia esotérica, mas cuja finalidade é profundamente equivocada, ou seja, a finalidade é a de levá-los ainda mais ao mental e aos meandros do mental.
Não é porque as palavras empregadas não recorram à palavra Luz, não é porque as palavras empregadas não recorram, até mesmo, à palavra de Cristo, mas a finalidade, será que ela torna extremamente despertos os seres que seguem esses ensinamentos?
Então, olhem os seres que seguem o ensinamento de STEINER que, no entanto, não são, a priori, seres transcendentes, mas que seguem o ensinamento de hoje, o que vocês chamam de antroposofia, através do ensinamento, através da cultura, através da nutrição.
Eles estão, de qualquer forma, mais na Luz do que aqueles que seguem o ensinamento que chamamos de teosofia, que estão profundamente ao oposto.
Então, quando vocês falam de Mestres dos sete raios, saibam que se referem ao que se chama de loja negra e, unicamente, à loja negra.
Não há milagre e, sobre a Terra, há três forças e não mais do que essas.
Há as forças Crísticas, representadas pelos apóstolos de Cristo, pelos diferentes santos que houve em sua história, mas, também, pelos Mestres de sabedoria que estiveram encarnados em diferentes épocas, que estiveram em uma linhagem contínua de transmissão e de despertar da Divindade do homem.
Do outro lado, havia os Mestres, assim dizendo, de sabedoria que queriam fazê-los esquecer-se, através de palavras pomposas, através de ensinamentos esotéricos, por vezes, maravilhosos, queriam afastá-los da sua Divindade interior.
Isso pode parecer difícil de dizer, mas é a estrita verdade.
Então, há duas forças, as forças da ordem de Melquisedeque – que são ligadas ao Ancião dos Dias, que são ligadas a Abraão, a Moisés, a Jesus, a São Francisco e a outros – e, depois, do outro lado, há a mesma perpetuação, mas a filiação perde-se, obviamente, em fontes que não são luminosas.
Há uma confusão possível entre Cristo e Sananda, mas eu falo do Sananda da loja negra.
São seres que têm, como única vocação, fazê-los perder o fio condutor ao Cristo e à Divindade interior.
Agora, vocês podem aceitar isso ou não, mas é a estrita verdade.
Será que a sua vida se torna luminosa, frequentando esses seres?
Será que vocês se tornam seres desabrochados, transcendentes, irradiantes de Luz, aquecidos, que irradiam o amor ou não?
O ensinamento Crístico é profundamente desabrochante.
Agora, a finalidade não se vê através de algo tão simples.
Se todo ser humano tivesse a capacidade para sentir, instantaneamente, as forças luciferianas, a fim de diferenciá-las das forças Crísticas.
Em última análise, as forças Crísticas são desabrochantes, irradiantes.
As forças luciferianas fazem-nos perder a conexão com a matéria que vocês vieram aqui para espiritualizar.
O que chamamos de forças luciferianas não são forças que vão levá-los para o diabo – é, ainda, outra coisa, isso é a terceira força – agora, as forças luciferianas têm apenas um objetivo: é o de desprendê-los da matéria, ou seja, de fazê-los evoluir sem a matéria.
Qual é o melhor modo de fazê-los evoluir sem a matéria?
É dizer-lhes para desembocar em uma espécie de profundeza esotérica, intelectual, emocional, mas desprovida da conexão espiritual com a matéria, que evolui por aquele que gerou a encarnação há cinquenta mil anos, mas, também, pela linhagem Crística.
O ensinamento dos Mestres de Órion é extremamente importante em relação a isso.
Agora, jamais esqueçam que o nível de julgamento que vocês formulam é em função do nível no qual vocês estão, o que vai parecer-lhes, um dia, como bom, pode parecer-lhes, em dez anos, como algo de mau, de acordo com o seu nível vibratório.
O que não quer dizer que, se vocês sentirem algo de muito bom, que isso será bom, isso é muito difícil, são assuntos extremamente complexos.
Mas, em todo caso, o que vocês podem ter em mente é: quanto mais vocês evoluírem com as forças da Luz Crística, mais seu ser tornar-se-á irradiante.
Quando eu digo irradiante, é fácil de sentir as energias no nível da coroa, porque, de todos os modos, as forças da sombra passam pela coroa, elas não passam em outros lugares.
Por outro lado, uma coisa que jamais poderão as forças da sombra, é passar pelo coração.
O coração é o espaço sagrado interior e, se o seu coração não vibrar, se, quando vocês reencontrarem o Cristo, vocês não tiverem o coração que explode, significa que não é o Cristo, é tão simples assim.
Se vocês estiverem com um ser missionado pelo Cristo e sentirem o seu coração que se abre, aí, vocês estão frente à Verdade.
Em contrapartida, se vocês tiverem a impressão de estar na profundeza do ensinamento, mas o seu coração permanecendo seco, nada sentindo na região do coração, coloquem-se a questão.
Agora, se vocês forem guiados por Cristo, jamais haverá mais qualquer dúvida em vocês e é falso dizer que esse caminho espiritual – a descoberta do ser interior – possa levar anos.
Hoje, neste período de urgência, encontrar o ser interior pode fazer-se em cinco minutos, sim, mas na condição, primeiramente, de parar o mental, na condição, em segundo lugar, de parar as emoções e, três, de estar no silêncio interior e, quatro, de saber, sobretudo, quem vem a vocês, porque as entidades estão por toda a parte, por toda a parte.
Agora, muitos seres que canalizam essas entidades são seres de Luz que foram abusados, porque não tiveram a capacidade para fazer a diferença entre uma entidade de Luz que desce pelo sétimo chacra e uma entidade da sombra que desce pelo sétimo chacra, porque é exatamente a mesma sensação.
A única diferença situa-se no coração, não se situa nas palavras, não se situa na finalidade aparente do que é dito, mas na vibração da alma no nível do coração.
A corrente ahrimânica é a terceira força que não mencionei: são forças involutivas que mesmo o mais estúpido da Terra é capaz de discernir.
É aquela que leva a uma fossilização, a uma negação da vida e a uma fossilização da vida; é o que vocês veem todos os dias, no exterior, são as forças que procuram subjugar o homem à matéria para fossilizá-lo na matéria.
Essas são as forças que estão operando todos os dias ao redor de vocês, isso não coloca problema no nível de identificação.
***
Questão: poderia nos falar de Babaji?
Babaji foi um grande Mestre que eu encontrei durante a minha vida: foi um dos mais belos encontros que eu tive quando fui à Índia.
Babaji era um grande neófito.
Babaji – e outros, que eu encontrei durante esses dois anos que eu passei na Índia – o que eu posso dizer dele, simplesmente, é que era – e isso bastará – um ser de coração.
A partir do momento em que vocês encontram um ser de coração, o resto segue.
Sim, eu creio que se pode dizer isso: diferenciar um ser ou um Mestre da Luz Crística e um Mestre da Luz da sombra ou da luz luciferiana situa-se, unicamente, no nível do coração.
A diferença faz-se nesse nível.
Ela não se faz de acordo com a aparência física ou de acordo com as obras, porque é muito fácil, quando se tem dinheiro, criar – recorrendo ao dinheiro dos outros – hospitais, universidades e lugares para recolher os doentes; é muito fácil com o dinheiro dos outros.
A importância da obra não é essencial, o que é essencial é o que é transmitido pelo coração a outro coração.
Babaji fazia parte dessa linhagem.
***
Bem, caros amigos, eu lhes agradeço por essa discussão.
Vocês sabem como eu aprecio essas trocas entre nós.
Eu vou lhes dar toda a minha Bênção e, sobretudo, todo o meu Amor, para vê-los progredir para o seu interior, para essa Luz que é tão indispensável descobrir hoje.
Então, sejam abençoados e continuem seu caminho interior, eu lhes digo até breve.
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1 - "CIÊNCIA ESPIRITUAL" - Textos de RUDOLF STEINER:
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Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
09 de julho de 2006
***
Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Postado por Célia G..
***
Colaboração de André Meira - Site Mestres Ascensos
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Transcrição e edição: Andrea Cortiano e Zulma Peixinho
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