Série de textos escritos por Jean Luc Ayoun durante seu acesso ao Absoluto
*EMBRIAGADO DE AMOR* - 27.03.2012
Como um fluxo impetuoso você me arrebata todo dia além de cada dia, toda noite, a cada dia desta efêmera vida você me faz provar a sua indizível Verdade.
Onde é o seu limite? Onde é o seu fim? Cada sopro me dá mais do que o sopro anterior, como será o meu amanhã? Como seria a sua ausência? Impossível de percebê-lo, de pensá-lo, você me instala no seu eterno presente, nesta certeza, neste seu próprio deleite, como depois eu ainda estar distante de você, distante apenas do momento anterior que ainda não passou, e no qual você me faz desaparecer no seu âmago.
É você meu amado ou minha amada, você é diferente do que eu vi, como eu poderia ousar afastar-me de você, para ver você? Você que faz desaparecer todo abismo entre você e eu!
Como dizer o seu indizível, como ser você? Aí onde nem você, nem eu estamos separados, aí onde você me mantém, você me libera. Aí onde você me libera, você me possui no abraço infinito do seu sopro. Vida onde cada minuto é sagrado, cada sopro consagra o nosso casamento, você é a Vida, você é a eternidade que queima tudo o que não é você, você apreende a beleza sem prendê-la, você é a onda que vem aniquilar até mesmo o pensamento de um sofrimento, você é plena e pleno, nenhum vazio pode pôr você à prova, nenhuma falta pode sequer ser suposta. Eu devo dizer que você é o meu Amor? Eu devo nomear você assim? Eu devo adorar você que é adoração? O que eu posso dar mais a você senão o Sim infinito para a sua presença?
Cada outro irmão e irmã tornam-se você, quer goste ou não, porque você tem a eternidade para existir em cada vida, o casamento místico é a doação que você oferece a cada Um de nós que se doa a Você, indizível Amor, indizível união e deleite, muito além de qualquer corrupção possível porque você é incorruptível, a sua pureza não pode ser ornamentada do que quer que seja mais senão do Puro, você é União e Liberdade, inconcebível para o Ego que apenas pode lograr.
Tanta beleza anuncia o fim de qualquer confinamento, de tudo o que não é da sua essência, da sua natureza, você nos dá a Dádiva da Graça, oferecendo para nós o êxtase em partilha, os sentidos, as carnes glorificadas, você nos mostra o Caminho da arte amorosa, muito além de qualquer convenção ou regra humana, você sopra e atiça o Fogo do nosso desejo por você, por nós, saciado para sempre, então nós dançamos em você, um no outro, sem reservas, sem sombra de medo, você é o que nós somos, honremos o que nós somos: a Graça, a beleza, o êxtase infinito de todo compartilhamento do Amor. DESFRUTEM.
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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