Série de textos escritos por Jean Luc Ayoun durante seu acesso ao Absoluto
*NO AMOR PARA O AMOR* - 05.04.2012 - Série de textos escritos por JEAN-LUC AYOUN durante seu acesso ao Absoluto
Cada momento interior, cada instante em que há meditação, a Onda cresce e toma todo o espaço, deixando-se viver a eternidade e a certeza de que isso permanece eternamente a única verdade a existir e a viver, nada é mais concreto e denso do que isso, este Absoluto, que se deixa ser tudo, a partir de um ponto de vista qualquer, a partir de algum corpo, não existe qualquer barreira possível para o Absoluto, todas as áreas do possível e do impossível são a minha morada, eu sou Um com tudo, e com cada um, aqui como em outros lugares, nenhum elemento pode escapar a esse todo Último, o êxtase é a sua expressão no corpo como em qualquer envelope, pondo fim a qualquer possibilidade de isolamento e de confinamento, até mesmo os momentos ditos exteriores tornam-se esta mesma dança da Onda, a mesma dança Última do êxtase e da íntase.
Aquele que compartilha a Onda vive exatamente as mesmas Fusões, os mesmos Encontros, nada mais pode ser conhecido ou vivenciado no relativo de uma pessoa, de um Ego, que é ainda um vetor do Absoluto, um vetor desse todo, desses encontros extáticos com cada um e cada uma, nenhum tabu pode obstruir a Onda da Vida, ainda menos impedi-la de se revelar a cada dia um pouco mais, fazendo-nos entrar em uma indizível vivência da Graça e de maravilhas inéditas. Tudo se torna ato de criação, tudo é encontro, tudo é tão vivo e pleno de Alegria, nada pode escapar a isso, e, aliás, quem gostaria de voltar a Antes disso? Mesmo na pior das hipóteses, isso é simplesmente impossível!
A Onda percorre, a cada oportunidade, este corpo, deixando-se a ele viver uma Fusão perpétua com tudo o que não estava até agora presente para ele, este corpo templo da Presença, glorificada nela e por ela, tudo é tão grande, tão pleno, tão evidente, tão intenso, que nenhum pensamento pode considerar alterar ou deformar isso, nenhum elemento, mesmo a morte do corpo jamais poderá parar o que está aí, a eternidade está instalada para sempre, bem distante dos limites de qualquer corpo, de qualquer tempo e de qualquer consciência!
Nenhum testemunho pode realmente dizer isso na totalidade, nenhum olhar pode compreendê-lo, só aquele que ali mergulha sabe disso, vivendo-o ele também, o espaço onde não há nem você nem eu, mas, sim, todos nós, no mesmo ímpeto da Vida, no mesmo Amor, na mesma Luz. Tudo é boda no Absoluto, tudo é comunhão e união, tudo é intenso deleite, intensa exuberância e majestade, isso é o fim de todo efêmero, o fim de todos os medos, o fim de tudo.
Morte de toda ilusão, o Absoluto é a nossa única natureza, o nosso único objetivo, jamais deixado, jamais extinto, presente além de toda presença, de toda vida como não vida... O Amor é certamente a sua definição mais próxima, um amor incondicionado e incondicional, não personalizado e, no entanto, tão pessoal, um amor indizível que só o êxtase pode ser, por sua vez, a sua expressão.
A simplicidade evidente do Absoluto, do que nós somos além do Eu Sou, é desconcertante para aquele que ali se instala, e extremamente improvável para aquele que está fortalecido no Ego ou no Si, como falar sobre o que apenas pode ser descoberto se aquele que duvida ali mergulhar? Como lhe falar sobre o indizível? Como testemunhar de outro modo senão cantando, dançando, registrando seu louvor infinito, sua marca suave que é abraço libertador!
Se o mundo soubesse da sua própria vaidade, da sua própria inadequação, do seu pálido reflexo que representa, entretanto, a sua beleza inefável, o que é este mundo, de fato, diante do Absoluto? O que é nosso Ego, nossa vida aqui efêmera diante disso? Ser cada vez menor aqui, ser Absoluto por toda parte, o que mais desejar? O que pedir?
Nada mais existe senão esta Onda do Absoluto que canta o Último e a sua grandeza, que faz mais do que ser a sua harpa vibrante e amorosa, do que ser ele ao mesmo tempo, muito além do tempo que passa, além de qualquer referência, de qualquer identidade, amar para estar ébrio, embriagado, para não mais saber o que dizer, pensar, sentir ou experimentar. DESFRUTEM.
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fonte: http://absolultime.xooit.fr/t5584-Recueil-des-textes-ecrit-par-Phenix.htm
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com/
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