TERESA de LISIEUX - 15 de outubro de 2012 - Autres Dimensions

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- Intervenção da Estrela PROFUNDEZ - 






 ~ O Efêmero e a Eternidade ~


Eu sou TERESA.
Irmãs e Irmãos em encarnação, aqui e em outros lugares, permitam-me, inicialmente, estabelecer minha Presença, em seu canal, a fim de viver um momento de Comunhão previamente ao que eu tenho que dizer a vocês, enquanto Estrela, esta noite.
Eu os convido então para vivermos, juntos, este Espaço.

... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...

O que eu vou exprimir, entre vocês (além de minha Presença e por minhas palavras), inscreve-se em uma sequência lógica do que eu já pude lhes dizer, e também nas palavras que eu tive quando que eu percorria essa Terra, enquanto criança e garota.
Isso se refere, é claro, à Humildade, à Simplicidade e à Profundez.
Isso se refere, sobretudo, a essa passagem do Efêmero da vida (aqui, sobre essa Terra) à Vida Eterna: o que é possível de realizar, enquanto sendo Efêmero nesse corpo.
Eu vou, falando de minha experiência, colocar de novo isso, no final de minhas palavras, no contexto específico que vocês vivem hoje sobre a Terra.
Passar do Efêmero ao Eterno é, certamente, seu objetivo, se vocês aí estiverem, seu objetivo, se vocês me lerem e se vocês me ouvirem.
Todos nós sabemos, quando nós nascemos sobre essa Terra (sejam quais forem nossas crenças, sejam quais forem nossas experiências, seja qual for nosso meio, nosso país, nossa cultura), que essa vida onde nós nascemos termina um dia.
Todos nós sabemos que nós nascemos nesse Efêmero.
Naturalmente, algumas Irmãs, alguns Irmãos se contentam e vivem sua vida sem se perguntarem sobre qualquer Luz.
E esta vida, aliás, pode ser tão harmoniosa, se não mais plena, até mesmo, do que aquela que alguns Seres tendendo ao Eterno.
***
Mas todos, sem exceção, independentemente de nossas crenças e de nossas experiências, nós levantamos, em nós, essa pergunta, um dia ou outro.
Esta pergunta, eu levantei e eu a vivenciei muito jovem.
Alguns vivenciam este questionamento, por vezes com ansiedade, perguntando-se o que pode existir do outro lado do véu.
Evidentemente, muitos Irmãos e Irmãs, por muitos anos, sobre essa Terra, transmitiram a vocês a experiência deles desse ‘além do véu’.
Eles saíram do corpo e eles tiveram acesso a algo que parecia infinitamente mais vivo, infinitamente mais Vibrante e, sobretudo, preenchido de um Amor que nenhum corpo pode conhecer.
 É claro que ler esses testemunhos, assim como escutar minhas palavras, jamais irá substituir sua própria experiência, sua própria vivência.
Minhas palavras destinam-se simplesmente a chamar sua atenção para a Profundez, para a Humildade e para a Simplicidade, onde vocês estiverem.
Foi dito que existem muitas Moradas na Casa do Pai.
 Que existem várias Dimensões e vários Universos, muitas formas de vida.
Que a consciência é complexa e que nós, sobre essa Terra, quando nós nascemos, nós não sabemos o que fomos antes e nós não sabemos, tampouco, o que seremos depois.
Nós não podemos nos fiar, até o momento em que nós fizermos a experiência, em escritos, em histórias, em experiências, e ali aderir, acreditando ou não.
Além da crença, o que eu tive a oportunidade de viver, muito jovem, é que a partir do momento em que essa pergunta foi suscitada em mim, eu me inclinei (de forma espontânea, pelo meu meio ambiente) para a vida de CRISTO, para a vida de MARIA, tal como nos contam os Evangelhos, sem me perguntar sobre sua veracidade.
***
Nesses questionamentos de menina e de garota, a um dado momento, o que eu chamo de Fé e de Simplicidade da Humildade, fez com que eu descobrisse a realidade dessa Eternidade.
Não como um objetivo, mesmo se efetivamente eu pude dizer, muito cedo, que “eu passaria meu Céu fazendo o Bem sobre a Terra”.
Além disso, o que eu vivenciei desencadeou em mim, muito jovem (além de todos os encontros como vocês vivem hoje), o sentimento extremamente profundo de que havia apenas uma única solução para essa vida na qual nós aparecemos um dia e para a qual, um dia, nós iremos dizer adeus, de maneira definitiva: isso era, efetivamente, de eu pender para o Amor.
Pender para o que nós denominamos um Salvador, não tanto como alguém que ia me salvar, mas, bem mais, como modelo de um caminho a seguir, de uma imitação, a fim de se aproximar do que foi prometido como o Reino dos Céus.
Foi um clique que ocorreu em mim, e esse clique alegrou minha alma.
Eu expressei isso com palavras de criança, mas esse regozijo prosseguiu ao longo de minha vida.
Sejam quais forem os sofrimentos de minha doença, seja qual for, até mesmo, a dureza do que eu pude viver no Carmelo, jamais se afastou de mim essa certeza, que não era uma crença, mas que era o resultado da Fé e da Humildade.
Confiante no meu Amor e crente do que eu Era nesse Efêmero de corpo que eu vivia, eu encontrei ali um júbilo, eu encontrei ali uma facilidade, independentemente do que chegava ao meu corpo (que talvez vocês saibam disso), independentemente dessa doença e dessa languidez que me enfraqueciam.
Em nenhum momento, com o sofrimento desse corpo, com as vexações vivenciadas, o sentimento de faltar alguma coisa apareceu na minha vida.
***
O que eu realizei, cada um pode realizar, além dos títulos e funções que me foram conferidos pelas autoridades temporais.
Cada um de vocês tem a mesma capacidade, eu já expliquei isso.
Para isso, é preciso tornar-se de novo com uma Criança, tornar-se de novo Humilde e Simples, considerar-se ignorante e considerar, como uma verdade essencial, que todo o conhecimento que vocês poderiam ter desse mundo onde nós somos encarnados, não poderia lhes dar qualquer representação ou qualquer imagem do que é chamado de Além ou de esferas eternas.
E daí nascem as crenças, daí nascem as faltas, o sentimento de ser incompleto.
Daí nascem todas as buscas e todas as procuras que vão levar a maioria dos Irmãos e das Irmãs a experimentar adesões, sejam elas quais forem, a fim de procurar, no mundo, causas, sentidos, significados e explicações.
O Caminho da Infância e da Humildade é exatamente o contrário.
É não procurar qualquer sentido, qualquer significado, qualquer justificativa.
É instalar-se bem além do Efêmero, enquanto estando em um corpo Efêmero.
Instalar-se em sua própria Eternidade.
E todos nós temos a mesma Eternidade.
E todos nós temos a sensação de que nós precisamos procurar e encontrar alguma coisa.
Isso me parecia extremamente difícil.
Mesmo os ensinamentos da Igreja (além dos Evangelhos), pareciam-me árduos, pareciam-me complicados.
Então, eu decidi, muito jovem, fazer o mais Simples.
E foi justamente essa decisão de fazer o mais Simples, na Humildade mais total, no fato de não ser Nada, que me apareceu a Verdade indizível.
Isso ocorreu muito jovem, antes mesmo que se manifestassem os primeiros sinais de MARIA ou o meu primeiro (o que, agora, eu posso assim denominar) Êxtase, mesmo se, naquela idade, eu não podia compreendê-lo (em frente de um elemento religioso, entretanto, em uma catedral).
***
Mas, além disso, hoje vocês têm uma oportunidade incrível: é que nós estamos ao lado de vocês, nós estamos muito mais próximos de vocês do que eu mesma pude viver com CRISTO ou com MARIA.
É esse clique que muda tudo, e, este clique, há apenas vocês para obtê-lo.
Mas, para isso, é preciso realmente se tornar Humilde.
 Tornar-se Humilde e Simples é, sobretudo, ter confiança no que eu denominei a Divina Providência, ter confiança na Graça, para instalar-se na Graça.
Vocês não podem reivindicar a Graça, estar instalados na Graça e na Paz e, ao mesmo tempo, combater seja o que for ou quem for.
Há apenas a Humildade e a Simplicidade que permitem superar, eu diria, esse antagonismo permanente, esse sofrimento presente na vida encarnada, que todos nós conhecemos, a um dado momento ou outro.
Enquanto vocês acreditarem que vocês podem, vocês mesmos, sair das dificuldades da vida (o que é muito louvável para o Efêmero), vocês irão fracassar, um dia ou outro, pelo encontro de seu próprio fim e pelo encontro de obstáculos inerentes a qualquer luta, a tudo o que vocês podem construir por seu próprio esforço, ou mesmo pelo seu coração.
Ao passo que, quando vocês optarem, realmente, por deixar a Graça se expressar, em vocês, vocês nada mais decidem: o que significa que vocês nada mais façam, mas, definitivamente, vocês aceitam não ser Nada, entrar nessa famosa Pequenez de que eu falei.
E é justamente nessa Pequenez que se descobre o Todo e o Amor de CRISTO, o Amor do Príncipe Solar e, sobretudo, a Eternidade.
A Eternidade não se encontra fugindo do Efêmero.
A Eternidade não pode ser encontrada negando a vida, mesmo nas condições de sofrimento ou de dificuldade que todos vocês podem conhecer, que todos nós conhecemos.
É o momento, justamente, em que vocês cessam de resistir, o momento em que vocês compreendem que há coisas muito mais amplas do que esse corpo que vocês habitam, do que essa vida que os percorrem, que revelam, a vocês, a Luz e o Amor.
CRISTO foi meu modelo.
Ele representa um arquétipo, uma meta, um objetivo, não como aquele que virá tomar a minha alma e evitar qualquer sofrimento, mas, bem mais, esse princípio de Luz, esse princípio que vocês nomeariam, hoje, a Fonte ou o Absoluto, e que permite desaparecer para se tornar isso.
Então, é claro, naquela época, nós falávamos de Desposar CRISTO.
Hoje, vocês têm os Duplos, os Encontros que vocês realizam conosco.
Deem-se conta (eu tive a chance de dizer isso a vocês, eu repito esta noite): eu vivenciei um único Encontro com MARIA.
Vocês vivem isso todos os dias, em suas noites, em suas Comunhões, em seus Alinhamentos.
Vocês têm a oportunidade de perceber e de sentir o que os rodeia, o que está ao redor de vocês, ou seja, Nós, do Além, que estamos aí.
***
Então, é claro, no nível do Efêmero, sempre existe, nesse corpo e nessa vida que nós levamos sobre a Terra, uma necessidade de saber, e essa necessidade de saber irá permanecer sempre infinita, pois, essa necessidade de saber, é sem fim: é uma busca que jamais cessa.
Ao passo que, na Pequenez, na Humildade, na Simplicidade, no Caminho da Infância, tudo se torna Luminoso, tudo se torna Transparente.
Vocês permanecem nesse corpo e, no entanto, vocês já estão no Céu, no Paraíso, e isso é suficiente para fazer desaparecer todas as angústias.
Isso é suficiente para fazer desaparecer todos os sofrimentos, aqueles que estão, justamente, ligados ao que é Efêmero.
O sofrimento apenas vem do Efêmero, apenas vem do desaparecimento, apenas vem da falta e da perda, que todos nós conhecemos, quer seja de um de nossos pais, de um de nossos filhos, de uma pessoa próxima ou de uma situação.
Pois a falta nos põe frente à nossa própria fragilidade, ao nosso próprio estado de incompleto e de insuficiente.
 Então, se agora vocês aceitarem, não se submeter seja ao que for, mas aceitarem que as leis desse mundo, onde colocamos nossos passos, nada têm a ver com as leis da Eternidade (pois se as leis fossem as mesmas, não haveria Efêmero), o Efêmero irá se tornar Eternidade, imediatamente.
É evidente que as leis desse mundo não são as leis da Verdadeira Vida, do mundo do Além, como eu dizia.
“Fazer o Céu na Terra” não é unicamente trabalhar no sentido do que foi prescrito por uma religião, ou ditado pelo princípio de Amor: é, muito mais, aceitar a evidência.
É esta aceitação que é mais difícil, pois a Humildade, a Simplicidade, o Caminho da Infância, parecem privá-los, em um primeiro momento, de seus meios de ação e de suas possibilidades de vida, justamente, sobre esse mundo.
***
Mas, ainda uma vez, como muitas Irmãs lhes disseram: qual é a sua prioridade?
Será que a sua prioridade é fazer persistir o Efêmero, nas condições mais apropriadas, mais fáceis, evitando ou fugindo das tristezas e das alegrias desse mundo?
Ou será que é, em meio ainda a esse corpo e a essa vida, nesse corpo que vocês habitam, ver que há algo na Profundez que está aí e que sempre esteve aí?
É a revelação dessa Presença Eterna que confere a Alegria, a Paz, e que principalmente lhes permite viver a vida que vocês têm que viver, sem se questionar.
Porque vocês sabem, justamente, naquele momento, que vocês são Eternos, e que o que afeta o Efêmero não pode de maneira alguma afetar o que vocês São, na Eternidade, no Reino dos Céus.
Isso os tira de um grande peso porque, até o momento em que nós lutarmos para levarmos nossa vida a bom termo, até o momento em que nós considerarmos que a vida é uma luta e um sofrimento (o que é, na verdade, muitas vezes o caso), bem, não há lugar para a felicidade.
A felicidade não é desse mundo, mas, certamente, ela existe na Profundez de vocês.
***
Todos nós somos Eternos, e a Eternidade nada tem a ver com o Efêmero.
Eu compreendi (embora naquela época eu não tenha podido expressar em palavras, como eu estou fazendo hoje) que a partir do momento em que nós nos entregamos à Luz, a partir do momento em que nós aceitamos que nós estritamente Nada somos, nesse corpo, então se revela a Verdade.
A Verdade não é a crença em um deus, a crença em uma igreja ou em outra coisa.
A Verdade é, justamente, a sua Eternidade, e ela pode transparecer pela Transparência, pela Humildade, pela Simplicidade, pelo Caminho da Infância, nessa vida, e de maneira instantânea.
Ainda mais que, nesses tempos que vocês vivem, vocês realmente têm a possibilidade (através de nossas Comunhões, de nossos Contatos) de perceberem que existe algo muito mais leve, muito mais alegre e profundamente diferente do que vocês talvez conheceram nas alegrias e nos sofrimentos de qualquer Irmão e Irmã que está na encarnação.
A Liberação, ela está aí.
Isso não significa escapar desse mundo, mesmo ele vivendo uma transformação importante.
Isso não significa fugir de qualquer responsabilidade.
Mas é, sim, aceitar que a Graça ou a Divina Providência possa guiar nossos passos de maneira muito mais segura, muito mais eficaz.
E assim que isso for realizado, então, como por milagre - e isso é um -, o sofrimento desaparece instantaneamente.
Vocês não reagem mais às emoções.
Vocês não reagem mais ao que lhes parece injusto, mas vocês colocam sua confiança total no que vocês São, além da aparência.
***
Então, é claro, hoje as palavras são um pouco diferentes: vocês falam da Maya, vocês falam da ilusão, vocês falam de chakras, mas sabendo que existe, em cada um de nós, quando estamos sobre a Terra, um lugar que está no centro do Coração, onde se encontram todas as respostas, onde se encontram todas as evidências.
Mas, para isso, é preciso aceitar esta Humildade e esta Simplicidade.
Ou seja, aceitar que, seja o que for que vocês compreenderem desse mundo onde vocês estão (mesmo não conhecendo as engrenagens mais sutis, mesmo na mecânica da alma), com os conhecimentos que efetivamente lhes são dados, de maneira muito mais intensa, muito mais importante do que na minha época, quando eu estive encarnada sobre esta Terra, será que isso os satisfaz?
Será que o fato de conhecer tudo o que vocês conhecem leva-os a encontrar a Liberdade e a Liberação?
De modo algum.
Pelo contrário, isso acentua, eu diria, a sensação de buscar algo, de procurar alguma coisa e, até mesmo, a sensação de falta.
Em um primeiro momento, efetivamente, qualquer procura de sentido vai levá-los a explorar os conhecimentos que lhes são acessíveis.
Mas todos os conhecimentos que vocês puderem empregar, na vida de vocês, não irão lhes dar qualquer elemento sobre o que é a pós-vida, sobre o que é o além.
Reflitam por dois segundos: será que o fato de conhecer tal meio de conhecimento, será que o fato de conhecer a astrologia, será que o fato de conhecer tal arte divinatória, deixa vocês feliz?
Isso lhes garante, isso lhes dá, durante algum tempo, a sensação de comandar sua vida, de comandar seu destino.
Mas será que isso lhes dá informação sobre o além?
Será que isso lhes dá informação sobre a Eternidade?
Não.
Todos esses conhecimentos apenas estão relacionados com esse mundo.
Então, é claro, existe, através do simbolismo, uma capacidade da mente humana para tentar se conectar com as coisas e para crer que, porque foi dito que “o que está em cima é como o que está embaixo”, se vocês conhecerem o que está embaixo, vocês irão conhecer o que está em cima.
Isso é totalmente falso.
É, justamente, apenas abandonando qualquer pretensão de conhecimento, é, justamente, tornando-se como uma criança (ou seja, instalando-se no Aqui e Agora, nesse famoso ‘instante presente’ que não depende de qualquer circunstância, de qualquer conhecimento e, sobretudo, de qualquer anterioridade) que vocês encontram a Paz e a Liberdade.
***
Como lhes disseram minhas Irmãs Estrelas: a Morada da Paz Suprema não depende de qualquer circunstância, de qualquer conhecimento.
Não existe qualquer elemento favorecedor, exceto, justamente, tornar-se de novo como uma criança, “permanecer Tranquilo”, admitir que nós Nada somos quando nós estamos nesse Efêmero, e que, no entanto, nós somos Eternos.
Então, se esta Eternidade não está inscrita no Efêmero, onde ela está?
Ela está no Amor.
Mas não no amor como nós gostaríamos.
Ela não está em um amor ideal que nós buscamos, mesmo em CRISTO.
Mas ela está, realmente, neste Abandono total de tudo o que faz, justamente, a vida da nossa personalidade, da nossa encarnação.
Mas é preciso não confundir uma renúncia com uma deserção.
Renunciar à pessoa não significa desertar a pessoa, isso não significa suicidar-se, ou recusar a vida.
Mesmo se as circunstâncias da minha época me levaram a querer entrar, muito jovem, no Carmelo, isso foi para me aproximar de CRISTO: não foi para fugir da vida, mas, sim, para me aproximar do que eu poderia nomear, hoje, o meu ideal.
Hoje, vocês têm uma oportunidade inesperada: é que os seus contatos e os seus estados de consciência levam-nos a viver coisas diferentes e lhes dão, em algum lugar, uma maior clareza.
Mas esta clareza nada fará se vocês não aceitarem tornar-se de novo humilde, ou seja, renunciar, real e concretamente, a tudo o que vocês acreditam manter.
Pois, quando nós somos Efêmeros, nós nada mantemos, ou, então, nós o mantemos apenas durante o tempo da nossa vida.
Tudo o que nós mantemos desaparece na nossa morte e, disso, vocês sabem.
Vocês nada levam.
Nós nada levamos, quando nós morremos.
Nós levamos somente o que nós Somos, e o que nós Somos nada tem a ver com o Efêmero que nós vivemos, mesmo se nós ali estivermos inscritos.
***
As circunstâncias deste mundo atual (vocês sabem, MARIA disse a vocês) atingem uma marca terminal.
Mas esse terminal é apenas um Renascimento, esse terminal é apenas a Promessa, a Promessa do Amor Eterno de encontrar nossa Natureza Eterna.
Então, se em vocês o medo se manifestar, quem é que tem medo?
É o Efêmero que sempre terá medo.
O Eterno não pode ter medo, já que ele se encontra em si mesmo.
Na Humildade, não pode existir medo.
O medo é a representação e a manifestação do apego, a si mesmo, em meio à pessoa, do apego às nossas próprias ilusões Efêmeras.
Então, nós construímos coisas que vão nos permitir sermos confrontados com nossos próprios medos.
Mas nossos medos não são próprios de nós.
Eles apenas reproduzem, justamente, a perda deste saber do que nós Somos, antes, e do que nós Somos, depois desta vida.
Então, é claro, eu sei que há meios de encontrar, hoje, o que nós chamamos de vidas passadas, eventualmente, de se projetar no futuro.
Mas conhecer tudo isso não vai ser de qualquer ajuda.
Seja quem for que vocês tenham sido, seja o que for que vocês esperem no futuro, a Eternidade não está inscrita no futuro desta Terra, tal como acontece atualmente.
É, efetivamente, sedutor crer que há uma continuidade em algum lugar.
O Efêmero sempre irá acreditar nisso.
Ele sempre vai acreditar que este Efêmero poderá prosseguir sozinho e se manter sozinho.
E, no entanto, todos nós sabemos que isso é estritamente impossível, já que o nosso Efêmero está limitado pelo nascimento e a morte.
Ser liberado de todo o peso e de todo o medo é uma prova de grande Humildade, e não de coragem.
***
A Humildade significa simplesmente aceitar este Efêmero, em todos os seus componentes: os seres que nós amamos, eles vão desaparecer um dia, ou nós iremos desaparecer, e, então, haverá sofrimento porque nós desaparecemos ou eles desapareceram.
Este sofrimento afeta apenas o Efêmero.
Ele não está inscrito na Eternidade.
A Eternidade, vocês sabem, é uma Paz, uma Alegria, um Êxtase, onde não pode existir o mínimo medo.
O medo é apenas a secreção, como lhes disse um interveniente, uma química, de seu cérebro (ndr: BIDI).
O Coração não conhece o medo, pois o Coração é Eterno.
Somente o Efêmero conhece o medo.
E o Efêmero tem necessidade de segurança.
Então, ele procura se conhecer, ele procura conhecer as leis deste mundo.
Mas nenhuma lei deste mundo vai lhes dar acesso às leis da Verdadeira Vida, além deste mundo.
A Humildade, por outro lado, coloca-os, de imediato, neste estado de satisfação total.
Eu sei que alguns Anciãos lhes falaram disso, através do Tudo e do Nada.
Eu digo a mesma coisa, em outras palavras, mas isso exprime a mesma Verdade.
É preciso não ser Nada, para ser Tudo.
E ser Nada, não é a negação da vida.
Ser Nada significa realmente tomar consciência de tudo o que é Efêmero, no mundo onde vocês estão.
Quer seja, ainda uma vez, até mesmo, um amor perfeito, ele irá acabar, necessariamente, um dia ou outro, pela morte de um ou do outro.
E então, naquele momento, aparece a privação e o sofrimento.
***
O Coração jamais irá fazê-los conhecer a privação e o sofrimento, pois o Coração é suficiente em si mesmo.
É aí onde se encontra a Eternidade.
E o que cinge o Coração, o que ali guia, eu diria, é a Humildade e a Simplicidade.
Ou seja, a capacidade, de algum modo, para ver-se pelo que se é, neste corpo Efêmero: ou seja, algo que apenas passa.
Enquanto que o Amor, ele, jamais passa.
Esta aceitação não é simplesmente um ato de fé ou um ato de crença.
É bem o que permite, realmente, a Liberação.
É bem, realmente, o que permite, hoje, o que vocês nominam, não somente de Pai ou A FONTE, mas este estado de Felicidade total.
O simples fato de vivê-lo uma vez é suficiente para quebrar todos os muros e todas as barreiras, todos os medos que foram colocados pela própria pessoa, pelo próprio Efêmero deste mundo.
Então, se vocês quiserem estar na Alegria, se vocês quiserem estar na Paz permanente, se vocês quiserem realmente Comungar conosco, instalem-se nesta Paz, instalem-se na Humildade, instalem-se no que muitas Irmãs e Irmãos orientais chamaram de Desapego, chamaram de fim da Ilusão, de Liberação.
Mais uma vez, não é uma prática que vai levá-los a isso.
Simplesmente, é apenas a convicção profunda de que só a Humildade e a Simplicidade vão levá-los ao que vocês São, realmente.
Aceitar isso (pelas circunstâncias específicas que vocês vivem) irá fazê-los encontrar, instantaneamente, o Duplo, irá fazê-los encontrar, instantaneamente, MARIA e MIGUEL (se isso já não tiver ocorrido), e, sobretudo, irá instalá-los, de maneira definitiva, fora de todo o medo.
Porque, naquele momento, vocês alcançam a Eternidade, e o Efêmero não pode mais lutar, não pode mais resistir, esperando, ele, aproximar-se desta Eternidade.
***
Vocês São a Eternidade inserida no Efêmero, e não o contrário.
A Humildade os leva a isso.
É desfazer-se de todos os conhecimentos supérfluos.
É manter apenas o essencial.
E o essencial é o Amor.
Mas não o amor como vocês concebem, como vocês vivem, mesmo sendo preciso vivê-lo com seus pais, com seus filhos, com os seres que lhes são caros.
Mas, muito mais, este Amor além de qualquer ideal, este Amor Vibral (como dizem alguns Anciãos).
A Humildade é a maior das chaves porque esta chave lhes permite, instantaneamente (e principalmente nas circunstâncias específicas que vocês vivem), instalar-se em sua Eternidade (seja o que for que se torne este Efêmero), e de não mais serem afetados pelo que se refere ao Efêmero, ou seja, os medos, as dúvidas, as resistências.
Como lhes diria um dos intervenientes (ndr: BIDI), isso é um ponto de vista, mas não um ponto de vista da cabeça, é um ponto de vista daí onde vocês se colocam, que se deixa ver as coisas, e viver as coisas, de maneira totalmente diferente: ou no medo, ou no Amor.
Outras Irmãs Estrelas lhes disseram que, em última análise, tudo se resumia no medo e no Amor: isso é efetivamente verdadeiro.
É ou o medo, ou o Amor.
E não pode ser os dois.
Então, quando o Amor está aí (não aquele que vocês creem, não aquele que vocês projetam), mas quando ele está aí, realmente, vocês o sabem em seu Coração, não como uma crença.
Mesmo não tendo as palavras para exprimir todos esses sentimentos que hoje vocês têm mais chance de expressar, a partir do momento em que eu vivenciei isso, nunca mais a mínima dúvida pôde se apresentar a mim, apesar do sofrimento, apesar da doença, apesar de alguns aborrecimentos vivenciados.
Isso não tinha mais qualquer espécie de importância porque eu tinha o essencial e, para ter o essencial, foi preciso deixar todo o supérfluo, foi preciso renunciar a todo esse supérfluo.
Não para não vê-lo, mas para compreender o alcance do que significa esta palavra - Efêmero -, e esta palavra - Eternidade.
Quando vocês compreenderem o alcance dessas duas palavras, vocês já deram um grande passo para sua própria Humildade.
***
Quando vocês aceitarem que vocês são mortais neste corpo, que nada do que existe de vocês, hoje, poderá subsistir (exceto o que vocês criaram, no Espírito e na Verdade), então isso irá liberá-los instantaneamente de todos os pesos.
Isso não é uma visão da mente ou uma consideração filosófica, mas é realmente a Verdade do que é para viver.
E nos tempos específicos nos quais vocês estão instalados, desde a Liberação da Terra, isso está aberto para cada um.
Mas, para isso, é preciso que reconheçam a estreiteza do Efêmero.
Para isso, é preciso que reconheçam o supérfluo de todos os conhecimentos que vocês poderiam ter, sobre vocês ou sobre o mundo.
Isso não significa que eles vão desaparecer.
O que vocês adquiriram, no Efêmero, permanece adquirido, mas é um outro ponto de vista.
É aceitar que, seja o que for que vocês conheceram, seja o que for que vocês fizeram, quer vocês tenham casado ou procriado, isso pertence ao Efêmero e nada de Eterno pode estar inscrito nisso, exceto, efetivamente, o Amor.
Mas não o amor que vai se apropriar, mas este Amor de CRISTO, este Amor Vibral, este Amor da Luz, este Amor do Amor, que vai colocá-los em um contexto onde a Humildade e a Simplicidade tornar-se-ão o único caminho possível para ali se manter.
E ali se manter é, efetivamente, soltar todo o resto.
É ver, realmente, que tudo o que vocês creem ter, como foi dito, de fato, vocês têm.
E enquanto vocês não tiverem soltado tudo, então, vocês não podem descobrir o que vocês São, na Eternidade, porque o que vocês mantêm de um lado, não pode ser mantido do outro lado.
É assim.
É quando vocês compreendem isso (que tudo o que escapa a vocês é, justamente, a Verdadeira Vida, quando vocês estão encarnados) que, naquele momento, vocês entram, não em uma recusa da vida, não em uma fuga, mas, sim, em uma aceitação deste Efêmero pelo que ele é.
E aí, todos os medos desaparecem.
***
Vocês não têm que se opor.
Vocês não têm que lutar.
Vocês não têm que compreender.
Vocês não têm que dissertar.
Vocês têm, simplesmente, que deixar trabalhar a Graça.
E ela age, e ela irá agir, cada vez mais, gradualmente e à medida que vocês mudarem este famoso ponto de vista, que vocês se desidentificarem, gradualmente e à medida que vocês tiverem vivenciado, talvez, todos esses episódios de Comunhão, de Fusão, de Dissolução.
Tudo o que lhes foi proposto, há alguns anos, aproximou-os deste momento da Humildade que corresponde à passagem da Porta Estreita: é o Caminho da Infância.
E, aliás, CRISTO disse: “ninguém pode penetrar no Reino dos Céus se não tiver se tornado como uma criança.”.
Ou seja, ter a instantaneidade da criança, ter a despreocupação da criança.
Pois aquele que está instalado na Humildade não se preocupa nem com o amanhã, nem com nada relacionado a este mundo.
E, no entanto, ele ali está, ele ali não renuncia.
Ele renuncia, simplesmente, em manter qualquer coisa em meio a este mundo.
Se vocês compreenderem isso, vocês irão vivê-lo instantaneamente, cada vez mais.
O que explica também porque Ele tinha dito que “os primeiros seriam os últimos, os últimos seriam os primeiros”.
Pois a Graça, como isso foi apresentado por MARIA, o Manto Azul da Graça também, tem esta virtude.
É que a qualquer momento, em meio a este Efêmero, em meio a este corpo e a esta vida que vocês levam, a partir do momento em que vocês se voltarem, real e completamente, para a Humildade e a Simplicidade, bem, a Porta Estreita é atravessada por si só e o Coração que vocês chamam de Ascensional é constituído por si só.
Se vocês aceitarem isso, vocês irão descobrir, por vocês mesmos, a Verdade do que eu digo esta noite.
Minhas palavras não irão se estender e, enfim, eu lhes proponho, de novo, com toda a Humildade, na Simplicidade, para viver um momento de Fusão entre nós.
***
Permitam-me, novamente, apresentar-me a cada um de vocês e viver, sem nada esperar, isso.
Vocês nada têm que fazer, nem que pedir minha Presença, já que Ela está aí, a partir do momento em que vocês se abrirem para mim.
Eu já estou aí aberta para vocês.
E, nesta Simplicidade, nós poderemos viver, juntos, este momento.
Então, eu lhes peço para fechar os olhos, para descruzar seus braços e suas pernas.
E simplesmente assim, sem nada esperar, sem nada aguardar, deixar trabalhar a Graça de nossa Fusão.
Desde já, eu rendo Graças por sua escuta.
E nós iremos viver isso, agora.

... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...

Esses mecanismos de Fusão estão diretamente em ressonância com a Humildade.
Eles são levados a generalizar-se, em vocês, durante nossos contatos, e durante seus contatos entre vocês.
Assim se instalam a Beatitude e a Certeza.
Assim se instala a Eternidade.

***

Eu vou terminar com essas palavras: abusem da Humildade e abusem da Simplicidade.
Não é por nada que esses são os dois Pilares mais importante do Coração.
Irmãs e Irmãos na humanidade, na encarnação, todo o Amor de meu Coração e de CRISTO os acompanhe, pois Ele É o que vocês São.
Aceitem minha Bênção.

... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...

Até logo.


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Mensagem da Amada TERESA DE LISIEUX no site francês:
15 de outubro de 2012

***

Tradução para o português: Zulma Peixinho

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