- Intervenção do Bem-Amado Sri Aurobindo -
“O que você é sempre será definido pelo que você acredita, pelo
que você experimenta e pelo que você vive, no aspecto limitado como no aspecto
ilimitado. Enquanto houver identificação não pode ali haver Liberdade, mesmo
que vocês sejam Liberados. Isso chama-se apego.”
~ VISÃO AMPLIADA DE SI MESMO ~
Eu sou SRI AUROBINDO.
Irmãos e Irmãs na humanidade, acolhamos, mutuamente, na Paz.
Eu intervenho, enquanto Melquizedeque do Ar, pois é a mim que compete, por minha posição em meio à Assembleia dos 24, o privilégio de me comunicar com vocês, muito além das palavras e da Comunhão, pelo próprio fato da instalação do Selo Micaélico, em meio a seu Canal Mariano, para dialogar, com vocês, além das palavras.
Minha intervenção será dividida em duas partes: a primeira consiste no que eu tenho que dar a vocês, referente ao resultado da aplicação do Selo Micaélico, nesse período, e a segunda será destinada a responder a suas interrogações, em relação, justamente, ao que eu lhes tiver dito.
O resultado do Selo Micaélico (além do fortalecimento do Antakarana coletivo e individual) vai adicionar ainda mais Graça do que o que lhes foi deixado perceber ou viver, até agora, realizando, de algum modo, em vocês, a Fusão dos Éteres, entre o Éter alterado da Terra e o Éter da Eternidade.
Essa situação que os coloca, de alguma forma, em reunificação com seu Corpo de Estado de Ser, irá permitir justapor, em vocês (embora isso seja simples de expô-lo e de exprimi-lo desse modo), a consciência ordinária, a consciência do Estado de Ser, e o Absoluto.
Naturalmente, os elementos referentes ao medo ou ao Amor foram comunicados a vocês por várias Estrelas.
Isso também foi abordado pelas várias intervenções recentes de nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV).
O que vai acontecer (e eu falarei, se vocês quiserem, unicamente de seus eventos Interiores), vai deixar-se perceber, na consciência, pela Graça de MIGUEL e de MARIA, se vocês estão em situação de Abandono a sua Eternidade, ou de resistência a sua Eternidade, além do medo e do Amor, e além do que é experimentável.
***
Ser-lhes-á possível, durante esse período, perceber, de maneira cada vez mais clara, sua modalidade de Ascensão, assim como sua capacidade para viver, ou não, os estados Finais da consciência, ou mesmo o Absoluto, se isso já não tiver ocorrido.
Preliminarmente, convém definir que o que vocês encontram é a Liberdade, e que essa Liberdade é uma Liberdade total do estabelecimento do que vocês São, aí onde vocês querem Ser.
Confirmando o que lhes foi dito: o Absoluto não pode ser uma busca, o Absoluto não pode ser de modo algum uma finalidade, nem mesmo ser desejado, já que o Absoluto (uma vez realizada, ou não, a investigação da refutação) irá colocá-los, de algum modo, frente ao que eu acabo de dizer: resistência à Eternidade ou Abandono à Eternidade.
Tudo o que está combinado a uma forma, mesmo em meio aos Mundos Unificados, não divididos, não separados, acompanha-se de uma localização da consciência.
Essa localização é Livre, ela não é confinante (como é sobre esse mundo), mas ela deixa-se continuar uma certa forma de experiência, uma certa forma de estado.
Apreendam-se bem de que não há evolução, através desses estados, nem mesmo progressão, mas, muito mais, um estado Interior de experimentação, desejado ou não.
A resistência à Eternidade é seu direito mais estrito, assim como o Abandono à Eternidade, mas isso não pode ser um e outro.
Eles não podem se suceder no tempo e o que se é deixado perceber, durante esse tempo, é precisamente um esclarecimento individual sobre seu estabelecimento.
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A reunificação da Trindade, em vocês, coloca uma equação a vocês e uma única.
Essa equação não pode ser apreendida, nem mesmo definida, de maneira lógica, intelectual ou mental.
Por outro lado, ela decorre, diretamente, da observação do estado da pessoa na qual vocês estão.
A personalidade marcada pelos apegos: esses apegos podem ser felizes ou infelizes, mas, em um sentido ou outro, eles contribuem para a manutenção de uma forma limitada ou, em todo caso, de uma forma prioritária em meio aos Mundos Unificados.
A observação do que se acontece, em vocês, em sua parte mais simples (aquela da personalidade cotidiana de todos os dias), é, durante esse período que foi aberto ontem, o melhor meio de apreciar, em seus comportamentos e em suas próprias emoções, o lugar que vocês ocupam, quanto ao seu futuro, uma vez que a Liberação tenha sido totalmente concluída.
A resistência à Eternidade sempre irá se refletir pela manifestação do que é chamado de emoção, seja qual for a natureza dessas emoções.
Qualquer emoção, e isso foi explicado de diferentes modos, mantém um vínculo.
Sendo bem incisivos, vocês podem, olhando para si mesmos, simplesmente observando a existência ou a não existência de emoção, em relação a todos os setores de sua vida, determinar sua aptidão para não resistir à Eternidade.
Em segundo lugar, sua capacidade para viver uma forma de obliteração da consciência da pessoa (quer vocês denominem isso sono ou desaparecimento da percepção do corpo, ou de uma parte do corpo), de maneira privilegiada nos Alinhamentos, em suas noites, reflete também sua capacidade para estar desapegado do Efêmero e, portanto, para não resistir à Eternidade.
Eu direi, entretanto, que não é eliminando o objeto ou a pessoa envolvida em uma emoção que a emoção é transcendida.
A objetividade de seu olhar é um distanciamento, de algum modo, de vocês mesmos, propiciando-lhes ver suas próprias reações aos estímulos desse mundo, sejam eles quais forem.
De sua capacidade para não reagir, para não ser implicado, para não ser afetado, decorre a localização de onde vocês estão.
Vocês irão constatar, aliás, bem depressa, que qualquer emoção, mesmo em uma natureza que eu qualificaria de feliz ou de agradável, no que lhes dá prazer, é portadora, em si, de um freio e de uma resistência à Liberdade e à Liberação.
Como Melquizedeque do Ar, e como em minha última encarnação sobre essa Terra, eu fui, precisamente, confrontado com esse mecanismo de Fusão dos Éteres no Interior de minha pessoa, nos momentos finais de minha vida, propiciando-me apreender o próprio sentido do medo do Abandono final e me permitindo, por minha posição atual e por minha experiência, falar-lhes com a maior adequação.
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Esse período, denominado “último trimestre”, por MARIA, é capaz de deixar-se ver (além das diversas revelações do Apocalipse, referindo-se também a seu Ser Interior, a suas Linhagens e a tudo o que havia sido escondido sobre essa Terra, sobre os elementos que eu não irei retornar) o que vai ser mostrado a vocês, sobretudo, vocês mesmos, de algum modo, como um observador suficientemente desapegado do que acontece no cenário de sua vida, para poder apreciar os diferentes componentes restantes.
É nessa vivência particular, deixando-se por vezes viver como exterior a vocês mesmo, ou, em todo caso, existindo em meio a duas consciências, às vezes sobrepostas e às vezes distanciadas, que vai acontecer o esclarecimento mais importante sobre vocês mesmos, e sobre as resistências, ou não, presentes em vocês.
O objetivo de minhas palavras é então atrair sua consciência sobre esses mecanismos e ver a extensão de suas próprias emoções, sejam elas quais forem, de seus próprios estados de agitação, em relação à Paz e à Tranquilidade que conferem a Unidade, o Estado de Ser, o Si como o não Si, por oposição ao Eu e ao que é limitado.
Dessa observação de vocês mesmos, tornar-se-á cada vez mais fácil para vocês (sem fazer intervir, de modo algum, o mental ou a reflexão lógica e cartesiana) ver precisamente aí onde vocês estão e, precisamente, ali aonde vocês irão.
Isso irá permitir a muitos de vocês perceberem, a um dado momento, que não há objetivo, nem sequer evolução, mas simplesmente um problema de colocação em um estado ou em outro, ou o desaparecimento de todo o estado nominado de Último.
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O Último, como vocês sabem, denominado Parabrahman ou Absoluto, acompanha-se, não de uma percepção, não de uma fé ou de uma certeza, mas de uma evidência, em relação à Maya, em relação às estruturas ilusórias e à vivência ilusória da pessoa, da personalidade e do conjunto desse mundo.
É um espaço onde não existe qualquer identidade, qualquer Ser e qualquer não Ser, que não pode ser definido com palavras, mas que leva a experimentar um estado de não questionamento, de não interrogação, de não visualização, de não Vibração.
A resistência à Eternidade (que é, eu os lembro, seu direito mais estrito e sua Liberdade mais fundamental) será vista, do mesmo modo: é o lugar onde existem questões, interrogações.
É o local onde a consciência parece se harmonizar prioritariamente com a reflexão e a lógica, mais do que com a própria Luz.
De maneira extensa, nós lhes dissemos que a Luz era Inteligência e o conjunto das respostas, coisa que não pode perceber a personalidade, em meio ao mental, e ainda menos no nível das emoções.
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O período que se desenrola não pede, da parte de vocês, um trabalho sobre a identificação de qualquer medo, ou de qualquer apego, mas simplesmente para ver claramente e aceitar o que é visto, em vocês, referindo-se a vocês.
Pois o máximo de Tranquilidade, quando a hora chegar, não irá resultar de uma agitação para mudar os medos ou as emoções, mas, muito mais, para estar em seu lugar correto em função do estado atual, durante esse último trimestre.
O Si, o Estado de Ser, a Presença e a Última Presença, sempre se acompanham, fora dos Alinhamentos, de meditações e de estados Interiores, da persistência da atividade, de questionamentos e interrogações, assim como do retorno de algumas emoções, mesmo essas emoções sendo qualificadas de exaltação à Luz.
A própria presença dessas emoções, mesmo as mais felizes, é um obstáculo à Paz, à Tranquilidade e ao Absoluto com forma.
Novamente, não considerem isso como uma evolução, nem mesmo como um trabalho, mas, muito mais, pelo que isso é: um posicionamento deixando-se ver o que vocês São.
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Aquele que está Liberado não pode experimentar a mínima emoção, ele não pode, tampouco, experimentar qualquer questionamento referente ao futuro ou, até mesmo, a suas origens.
Elas são reveladas a ele espontaneamente, sem qualquer procura.
É o papel da Inteligência da Luz e do toque final aplicado pelo Selo Micaélico.
Eu chamo sua atenção para a facilidade com que vocês irão se ver.
Ver-se não implica em qualquer julgamento, nem em qualquer condenação de si ou do outro, mas, muito mais, aí também, em uma aceitação do que é visto, com Clareza.
E o que é visto com Clareza, com uma Clareza cada vez maior, será e irá decorrer diretamente do Choque da Humanidade e do Choque Individual, termo que, enquanto São João, eu havia nominado de Julgamento Final, sem quaisquer das conotações pejorativas empregadas pelas diversas religiões.
Esse Choque da Humanidade e esse Choque, se pudermos dizer, entre o Éter rarefeito da Terra e o Éter de sua Eternidade (assimilável, em parte, à justaposição do Duplo e do corpo físico), é capaz de despertá-los, de revelar-lhes tudo isso, sem qualquer intervenção, sem qualquer filtro mental.
O que é observado e o que será observado, não implicam mais um trabalho, no sentido de uma melhoria ou de uma progressão, mas, muito mais, um trabalho sobre a aceitação.
Pois, quanto mais a aceitação do que é visto estiver aí, mais será fácil para vocês, quando a hora chegar, de superar o que resiste, de alguma maneira.
Aí se situa a Clareza, aí se situa a Precisão e aí se situa sua própria Transparência a vocês mesmos, ou seja, realmente perceber, durante o Choque da Humanidade, sua distância existente entre a consciência dividida e separada e a consciência da Unidade ou, ainda, a Última Presença.
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Lembrem-se, durante esse período, do elemento mais fundamental (explicado de diferentes modos e por diferentes intervenientes, seja qual for seu posicionamento atual): a presença, ou não, de emoções ou do mental, irá decorrer de sua capacidade para ver o jogo do mental e o jogo das emoções.
Para, no momento oportuno (sejam quais forem as resistências, ou não), acolher, de algum modo, a Eternidade, com a mesma facilidade, a mesma disponibilidade.
De maneira perfeitamente lógica e em conformidade com todos os ensinamentos dos diferentes Yoga, quer seja o Yoga que eu expliquei durante minha vida (o Yoga Integral), quer seja nos Yoga mais antigos ou nos Yoga mais modernos, o que se é deixado ver coloca-os, precisamente, no que será seu lugar além desse mundo.
Isso irá colocar em aplicação a lei de Atração e de Ressonância e a própria Lei da Graça, já que a Graça não pode ir, em caso algum, ao encontro de sua consciência, seja qual for essa consciência.
Seus diversos Alinhamentos serão momentos privilegiados do encontro dos Éteres.
MARIA lhes deu diferentes sinais.
Na vida comum, serão possíveis os elementos que serão comunicados à consciência, nas sincronias e nas circunstâncias de sua vida, seja o que for que vocês fizerem, ou não, para experimentá-los, vocês mesmos, aí onde vocês Estão.
Lembrem-se também de que, naquele momento, convém não julgar, pois qualquer julgamento irá implicar uma distância e um afastamento da Luz.
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É, portanto, a Tranquilidade e a Paz, a capacidade para ser observador do que acontece, sem julgamento, que irá iluminar sua consciência e que serão, de algum modo, experiências de aprendizado referentes ao momento coletivo anunciado por MARIA.
A presença do Manto Azul da Graça é um dos elementos que também permitem instalar, eu diria, de maneira mais sensível e mais perceptível, a Última Presença.
As circunstâncias da vida de vocês vão levá-los a estar aí onde vocês Estão, colocados (como isso foi explicado para a Onda da Vida, no nível dos primeiros chakras) frente às circunstâncias da vida da personalidade (ou seja, no nível do terceiro chakra), colocados cara a cara e frente ao que pode ainda existir como apego, refletindo-se pela emoção e pela atividade mental.
O reajustamento ocorre sozinho, desde que a emoção ou o mental seja reconhecido como tal, e não por qualquer ação do “eu” ou da personalidade.
Esses mecanismos estão diretamente ligados ao Ar e ao Fogo, o Ar sendo o Elemento que permite ter uma visão panorâmica, ampla e global, do que atua, seja no nível que for.
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Essa aprendizagem específica dos mecanismos da consciência limitada e da consciência do Si são realmente os elementos, durante esse tempo, que serão capazes, de algum modo, de fazê-los apreender, além do intelecto e de alguma emoção, o que vocês São, na Verdade.
Vocês devem se lembrar de que, naqueles momentos, não há lugar para emitir qualquer julgamento, para considerar qualquer progressão, mas para aceitar ver claramente o que é.
Eu diria que isso resulta de uma ação lógica da Aliança do Fogo, mostrando-lhes justamente essa visão ampliada de si mesmo, em seus aspectos limitados, como em seus aspectos não limitados.
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Eu proponho a vocês para viver um momento de conexão por sua Presença conjunta e eu lhes darei, depois, a palavra para eventuais questões referentes especificamente ao que eu disse.
Preliminarmente, vivamos isso.
... Compartilhamento da Dádiva da Graça ...
Irmãos e Irmãs na humanidade encarnada, se houver necessidade de fornecer esclarecimentos suplementares, eu os escuto.
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Pergunta: aceitar serenamente as emoções permite ir à 3ª Dimensão Unificada ou à 5ª Dimensão?
A aceitação das emoções significa que há emoção.
Se houver emoção, há apego, quer seja à pessoa, quer seja a esse tipo de vida em carbono.
Será então para a 3ª Dimensão Unificada.
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Pergunta: então não é mais tempo de transcender seja o que for?
Meu Irmão, não é questão de transcender.
Isso não é um trabalho.
É a própria aceitação disso, de vê-lo tal como isso é, que pode permitir a Última Graça da qual lhes falou MARIA.
Mas, para isso, não é preciso, de maneira alguma, nutrir uma emoção ou nutrir o mental.
Não rejeitando, já que isso está aí, mas se colocando, de maneira deliberada e resolutória, em meio ao observador.
A 3ª Dimensão Unificada, ou o Absoluto, ou sua Morada Estelar: não há nem valorização, nem hierarquização, nisso.
Há apenas a expressão do que vocês São.
Dessa maneira, então, você não pode dizer aceitar emoções (portanto, viver emoções) e aceitar, ao mesmo tempo, outra coisa do que seu estado Vibratório.
Eu o lembro, entretanto, de que o que é denominado 3ª Dimensão Unificada, 5ª Dimensão ou outras Dimensões, ou Absoluto, não pode ser, em caso algum, um objetivo.
Enquanto você considerar isso como um objetivo, há distância.
Isso será ainda mais verdadeiro entre a consciência do corpo físico e a consciência do Estado de Ser.
Eu irei acrescentar ainda que, definir o Absoluto ou o Estado de Ser como uma finalidade, um objetivo, ou uma meta, seguramente os afasta, ainda mais certamente do que resistir, durante esse período.
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Pergunta: o que é que mantém o que somos já que isso não é nem objetivo, nem vontade, nem evolução?
“O que você é”?
Você fala do que e de quem?
Da parte limitada ou da parte ilimitada?
O que você é sempre será definido pelo que você acredita, pelo que você experimenta e pelo que você vive, no aspecto limitado como no aspecto ilimitado.
Enquanto houver identificação não pode ali haver Liberdade, mesmo que vocês sejam Liberados.
Isso chama-se apego.
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Pergunta: se formos Absoluto, será que há uma razão para conectarmos com as origens estelares?
Nenhuma, mas, sendo Absoluto, você não está mais identificado com uma forma e você é, então, todas as formas e todas as Dimensões e a própria FONTE.
O Absoluto jamais será uma exclusão: é uma inclusão.
Mas, como foi dito, nenhum conceito, nenhuma palavra, e ainda menos nenhuma consciência, pode falar do Absoluto.
Você não pode, portanto, de maneira alguma, conceituar isso.
Enquanto houver conceituação ou consciência, há erro.
O apego à experiência mantém a experiência.
Simplesmente, o nível da experiência nunca mais será separado.
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Pergunta: observar bem as emoções sem julgá-las leva a não mais ter emoções?
Não.
É a mudança de posicionamento.
Eu bem especifiquei que observar suas emoções leva ao que vocês são, e ali aonde vocês irão.
Só o Abandono total do Si libera as emoções.
A emoção é vivenciada como uma identidade e uma reação própria à pessoa.
Como então sair de uma pessoa, ainda observando suas emoções?
Eu insisti muito sobre o fato de que haveria uma conscientização, uma percepção, cada vez mais clara, entre, se você preferir, a lagarta e a borboleta, como uma sobreposição temporal deixando-se ver, no mesmo panorama: a lagarta, a crisálida e a borboleta.
O apego resulta de sua Liberdade.
Mas, apreendam-se bem de que, durante esse período, em particular, quando se exprime e se manifesta uma emoção, ela resulta sempre de um apego a algo ou a alguém.
O apego é uma ligação da experiência.
É isso que deve ser visto, mas vê-lo não o faz, necessariamente, mudar de olhar e abandonar o Si.
Muitos elementos foram comunicados a vocês, referentes ao Abandono do Si.
Conforme foi especificado pelas Estrelas recentemente, viver as Comunhões permite-lhes liberarem-se de suas emoções, pois isso não é um trabalho dirigido contra as emoções, mas situando-se muito além das emoções.
Dessa Comunhão, ou conexão, ou Fusão, resulta a Liberação.
Em nenhum caso a Liberação pode ser uma ação realizada por vocês.
É justamente, e precisamente (mais do que nunca, nesse período), exatamente o inverso.
Pois, em última análise, quem quer ser Liberado quando jamais poderá sê-lo?
É a própria pessoa.
Esquematizando: uma pessoa jamais pode ser Liberada porque uma pessoa permanece uma pessoa dependente de uma forma, de uma memória, de uma experiência e de uma série de mecanismos de funcionamento que estritamente nada têm a ver, e sem qualquer comparação possível, com o funcionamento do que não é uma pessoa.
A observação, clara e precisa disso, é uma conscientização.
Querer agir contra essa conscientização seria um erro.
Mas eu repito que vocês têm a Liberdade total para se colocarem aí onde vocês estão.
Mas a Liberdade não consiste em dizer: “eu tenho como objetivo o Absoluto, a Última Presença ou o Si”, porque isso é a expressão de uma vontade pessoal.
E o obstáculo fundamental à Liberdade é, justamente, a vontade da pessoa, já que a vontade, como foi explicado, mantém, de maneira persistente, as linhas de predação.
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Pergunta: a Última Graça de que MARIA falou é a capacidade para Abandonar o Si no momento Final?
Não unicamente, já que os apegos ou as emoções estão presentes para aqueles que, hoje, não estão estabelecidos além de todo o estado, no Absoluto com forma.
Enquanto houver a percepção de uma identidade, de ser uma pessoa, de uma limitação, apenas poderá existir apego e emoção ou, se vocês preferirem, medo, o que dá no mesmo.
O Amor não conhece o medo.
Qualquer amor impregnado de medo não seria o Amor, mas um apego.
O Amor, no sentido Vibral, concede a Morada da Paz Suprema.
Como é que, na Morada da Paz Suprema, mesmo no estado quase ordinário, poderia existir a mínima apreensão, a mínima dúvida, o mínimo medo, a mínima projeção?
Eu os remeto, para isso, aos testemunhos das Estrelas.
As experiências que vocês realizaram, durante um ano (denominadas Comunhão, Fusão e Dissolução, Encontro com os Duplos, Encontro com o Impulso Metatrônico, Encontro com CRISTO), tiveram um único objetivo: fazê-los apreciar as distinções entre sua consciência limitada e a parte ilimitada de vocês.
O encontro de seus Éteres (assim como a Fusão dos Éteres da Terra) visa fazê-los ver, claramente, os mecanismos.
A lógica da pessoa é querer assumir a responsabilidade do que é observado, do que fez sofrer, ou do que torna feliz.
Mas se encarregar disso não é deixar a Luz assumir e transmutar e transfigurar a matéria.
De sua capacidade para desaparecer, enquanto consciência, em seus Alinhamentos (quer sejam individuais, coletivos e conjuntos com a Terra ou realizados em grupo: não existe qualquer diferença), de sua capacidade para desaparecer do efêmero, resulta e resultará sua nova localização.
A primeira etapa é a observação do mental e das emoções que podem se manifestar, nesses momentos de Alinhamento, vivenciados como animados por eles mesmos, sem qualquer interferência com sua consciência: isso leva, rapidamente, à Última Presença.
Mas enquanto vocês ficarem sujeitos a suas próprias emoções e a seus próprios questionamentos mentais, se isso ocorrer, preferencialmente, nos momentos Interiores, isso irá lhes mostrar que vocês ainda estão submetidos a sua pessoa.
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Pergunta: a prática da refutação é ainda relevante?
A relevância é diferente para cada um.
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Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
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Irmãos e Irmãs na humanidade, eu lhes agradeço por sua Presença e eu saúdo sua Eternidade.
Até logo.
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Mensagem do Bem-Amado SRI AUROBINDO no site francês:
23 de setembro de 2012
(Publicado em 24 de setembro de 2012)
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Tradução para o português: Zulma Peixinho
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