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Intervenção de Jiddu Krishnamurti -
“A permanência do Si, e, portanto, o apego ao Si, por si só, vai criar as condições propícias à eclosão de novas leis, como foram representadas pelos ensinamentos que apareceram no século XX e com os quais, por experiência, eu deixei de me solidarizar bem rápido.”
~ O APEGO AO SI COMO
FERROLHO DO EGO ESPIRITUAL ~
Meu nome é
IRMÃO K.
Irmãos e
Irmãs, estabeleçamo-nos se vocês o quiserem, na Paz, na escuta e na Vibração.
De fato, minha
presença requer de vocês, uma atenção e uma vigilância.
Eu não vou
tentar fazê-los aderir a um ponto de vista, mas sim fazê-los reconsiderar
certos pontos de vista que estão em curso sobre esta Terra.
Nós vamos
falar, se vocês o quiserem, dos elementos que explicam certo número de
elementos, qualificados de espirituais, e que, nesta Terra, estão muito
precisamente desviados e alterados.
Isso
necessita, da sua parte, de uma escuta com o Coração e, eventualmente, se isso
não os convencer, de reler atentamente as palavras que eu pronunciei.
Nós vamos
falar de um assunto que é importante, não tanto para sua Liberação (a qual está
adquirida), mas que, eu o espero, neste período de tempo particular, permitirá
a muitos Irmãos e Irmãs entregar-se à evidência, à lógica e, sobretudo, à
Verdade.
Este tema é,
precisamente, o apego ao Si enquanto ferrolho do ego espiritual.
Muitos
elementos foram assentados, com força, por aquele que se nomeia BIDI (ndr: ver
suas intervenções na seção “mensagens a ler”) (1).
Evidentemente,
se vocês vivem o que diz BIDI, a questão não se coloca para vocês.
Mas, obviamente, se vocês não o vivem, é
muito lógico que isso coloque problema e questionamento.
Isso não
coloca nem problema, nem questionamento (mesmo se vocês não o vivem), se vocês
captam, eu diria, a Vibração e a Consciência.
Contrariamente
para os Irmãos e Irmãs que estão engajados em um caminho relacionado com um
domínio religioso, um domínio espiritual, um domínio que eu qualificaria de
ensinamento, de iniciático, assim como de desenvolvimento pessoal.
***
O ser humano
encarnado, do seu ponto de vista, está submetido à sua própria história, a um
conjunto de crenças, a um conjunto de organizações (quer ele o queira ou não),
e a um conjunto de estratégias, que foram construídas à medida de suas
experiências na encarnação.
Existe uma
ignorância total do que pode ser a Vida, além do seu próprio mundo, além da
esfera astral, no qual alguns desencarnados, ou espíritos, estão suscetíveis de
lhes falar.
Há uma
problemática essencial: enquanto vocês estão limitados na percepção de vocês
próprios, fora deste mundo e fora da encarnação, não há, efetivamente, nenhum
outro meio senão criar certos modelos.
E nós todos
passamos por aí.
Quer esses
modelos sejam religiosos, quer eles sejam mais ocultos ou iniciáticos, ou esotéricos,
eles todos se baseiam em duas palavras chaves, que são a fé e a crença.
E nos princípios escondidos que sustentam este
mundo, por meio de um princípio de causalidade, no seu sentido e na sua
aceitação a mais ampla.
Da mesma
maneira que existe um sistema de ensinamento denominado educação, que não visa
nada mais senão formatá-los segundo regras estabelecidas no nível social,
existem, da mesma maneira, “autoridades” (e coloco esse termo entre aspas)
espirituais, cordatas em lhes apresentar certo número de elementos que vão,
pelo menos, explicar suas vidas.
E fazê-los
espelhar, ou crer em uma evolução, uma transformação, em meio a este mundo,
permitindo-lhes acessar, mais tarde, a algo que será possível, quando vocês
estiverem suficientemente purificados das problemáticas pessoais, o seu karma
(ou qualquer outra coisa, segundo o modelo religioso ou o modelo espiritual).
***
Todo o mundo
conhece, é claro, o princípio da existência de um corpo, de uma personalidade,
eventualmente de uma alma (da qual nada pode ser conhecido, nem visto, nem
percebido, nem pensado, nem medido), e bem mais longe, um espírito, que seria,
de algum modo, o Atman, o princípio
de Unidade, do qual cada consciência humana viria, e para onde ela deve
retornar, após um trabalho de purificação, de conhecimento e de evolução.
É claro,
nenhum desses ensinamentos, nenhuma dessas religiões, estão aptos (e isso é
muito lógico) a lhes falar de outra coisa senão deste mundo, senão de promessa,
senão de um futuro.
Se vocês
olharem atentamente (qualquer que seja o ensinamento: religioso, filosófico ou
espiritual), jamais há a descrição de outra coisa a não ser dos mundos
intermediários, chamados de astral ou, segundo as tradições, o Bardo Thödol,
por exemplo (o Bardo, que é esse mundo intermediário onde permanecem as almas,
antes de reencarnar).
É claro, vão
lhes falar de mundos que são similares e sobrepostos ao mundo humano, com as
cidades cheias de luz, a disposição de mundos que não são tão diferentes como o
da Terra, com, no entanto, um sentimento de maior coloração e de maior leveza.
Os seres que
permanecem nesses espaços (quaisquer que sejam os nomes que eles levam a suas
moradas) estão persuadidos em dever trabalhar para levá-los a viver, como eles,
em seus domínios etéreos, onde as regras de vida seriam sensivelmente as mesmas
que aquelas que existem neste mundo.
Mas
desembaraçadas de tudo aquilo que pode degenerar, de maneira evidente, sob os
significados, para o humano em encarnação, através do sofrimento, das doenças,
e todas as anomalias desta sociedade, dita moderna.
***
Mas vocês
notarão que, tanto BUDA, quanto as religiões, no seu conjunto, quanto os
modelos iniciáticos mais recentes, nenhum é suscetível de lhes falar do que há por
atrás dessas construções de luz.
E isso é muito
lógico porque a maior parte das pessoas que estiveram encarnadas e que se apresentam,
hoje, como mestres denominados ascensionados, ou que se apresentam como seres
Realizados, e que se propõem a ajudá-los a viver uma transformação Terrestre
visando melhorá-los, considera, portanto, por ora e já, que vocês são
imperfeitos.
E que há em
vocês (sem explicá-lo a vocês) algo, que faria parte da evolução da
consciência, que lhes permitiria retornar ao Espírito.
Ora, se esse
Espírito já é perfeito, o que é que explica (ou motiva) um princípio que os
faria encarnar em um mundo limitado?
O que haveria
a experimentar, a beneficiar, a melhorar se, desde o início, se considera (e
eles o consideram) que o Espírito é perfeito?
Aí está a
questão fundamental.
O que é que
pode justificar que absolutamente nenhuma religião, absolutamente nenhum modelo
iniciático, é capaz de lhes falar, de lhes explicar, claramente e simplesmente,
o que representa a vida no nível do Espírito?
E eu não falo,
aí nesse nível, do Absoluto, da Consciência Unificada totalmente À FONTE, aos
estados multidimensionais.
***
Existe,
portanto, um sério problema neste nível.
Ainda mais
que, seja qual for o modelo, religioso ou iniciático, vocês têm sempre a
questão de uma “autoridade”, dita superior, depositária de uma autoridade, de
um poder, ou de uma ascendência sobre vocês, que pretende guiá-los, e
dirigi-los para algo de melhor, na condição, é claro, de que vocês sigam o que
é dado, na condição de que vocês se adaptem ao seu ponto de vista.
E isso é
aceito pelo humano, de modo (eu diria) geral, sem que nunca venha a se colocar
a questão de: por que o mundo, além deste mundo, seria perfeito?
E por que a
alma estaria sujeita a um princípio de evolução (de melhoria, de karma,
quaisquer que sejam os nomes que vocês queiram lhes dar) para retornar ao que
era, de fato, sua origem e seu início?
O que teria de
ganhar, o que teria de adquirir para retornar a esse estado original?
E quem é
responsável pela perda desse estado original, dessa originalidade, que faz com
que a Consciência seja independente, é claro, da carne?
***
Então, é
claro, vão lhes falar, e fazê-los espelhar um princípio de evolução, um
princípio de amor, um princípio de paraíso (e de inferno, é claro, que lhe é
consequência), e vão lhes apresentar um deus criador, que criou o humano e que
criou a consciência humana.
É claro, o
mundo, tal como vocês o vivem, viu a degenerescência de algumas de suas
crenças, em particular as crenças religiosas, baseadas unicamente na fé e na adesão
(sem discussão e sem contestação possíveis) a um deus criador e vingador, que
viria salvá-los ou puni-los (isso é conforme, conforme os períodos e conforme
as épocas).
Isso foi substituído, desde o início do 20º
século, por certo número de ensinamentos visando fazê-los conhecer as leis da
alma, os princípios da encarnação.
Prometendo-lhes
um estado de felicidade, após uma evolução, e após a compreensão de si mesmo.
Mas esse si
mesmo, é claro, não é em nenhum caso a compreensão e a vivência do Espírito,
mas antes, fazê-los aceitar que as leis da alma vão condicionar a experiência
da encarnação, da vida, ao longo de toda uma sucessão de aprendizagens,
chamadas de vidas anteriores, que vai se suceder e que vai levá-los a uma forma
de liberação da encarnação.
É claro, esses
ensinamentos são reais.
Eles são
retransmitidos, substituídos, de diferentes maneiras, e em particular através
de um ensinamento que, seja telepático, seja canalizado, vindo aí dessas
esferas, e dando-lhes elementos que lhes permitem beneficiarem-se, melhorarem
em seu caminho terrestre, e, portanto, evoluírem para um futuro melhor.
Sem, contudo,
falar-lhes (omitindo, voluntariamente, falar-lhes) do Absoluto, falar-lhes da
Última Presença, e dos estados de Samadhi
que não dependem de nenhuma circunstância anterior e, ainda menos, de uma
suposta evolução.
***
É claro, há
uma propensão, no ser humano, a sempre se submeter a uma autoridade.
E isso se manifesta desde o nascimento,
através de um modelo educativo parental, e escolar, em seguida.
E isso
continua, é claro, por meio do princípio de aprendizagem, por meio do princípio
de educação, em que há um mestre, depois os professores.
E o conjunto
da sociedade está então construído conforme um princípio piramidal, que eu
denominei ‘princípio de organização’ (ndr: ver sua intervenção de 20 de agosto
de 2012) (2), que obedece a certo
número de estratégias, onde existe sempre um ser humano, consciente, que é
suposto ser seu superior, pelo seu conhecimento, pela sua iniciação, pela sua
espiritualidade, ou de maneira legal.
Esse princípio
de autoridade é um princípio hierárquico piramidal.
Enquanto vocês
considerarem que existe um mestre, qualquer que seja, vocês estão submissos a
essa autoridade, quer vocês o queiram ou não.
Há algumas
semanas, nós lhes falamos das linhas de força que drenam, literalmente, a
energia vital dos corpos e das almas, em proveito daqueles que lhes apresentam
essas leis sociais, essas leis espirituais, seu superior hierárquico (ndr: suas
intervenções de 20 e 24 de agosto de 2012) (2).
E isso vai
muito longe, uma vez que diz respeito (eu diria) ao conjunto das relações
humanas, que lhes escapam, no momento, além do simples reconhecimento, da
simples comunicação ou da simples relação.
***
O problema da
liberdade é que não existe nenhuma Liberdade em meio ao conhecido: essa
Liberdade se exprime em meio a um contexto específico, qualquer que seja esse
contexto, quer seja familiar, social e mesmo espiritual.
Enquanto
existir um contexto, vocês não podem pretender a Liberdade.
Essa liberdade
está condicionada ao contexto, já que ela não pode se manifestar senão no
interior desse contexto, e exclusivamente no interior desse contexto.
Se vocês
olharem realmente a estrutura da sociedade, se vocês olharem realmente a
estrutura da religião, a estrutura de qualquer grupo social, o princípio
hierárquico está onipresente.
Portanto, é
claro, no nível espiritual, há uma palavra que vai retornar, o tempo todo, é a
palavra amor.
E é claro,
esse amor está colocado enquanto dogma, está colocado enquanto conduta, enquanto
manifestação de uma série de elementos, que vai, de algum modo, opor-se ao
princípio da personalidade.
E assim
coloca-se em balanço todo um princípio de culpabilidade, em relação à sua
personalidade, e em relação ao que seria desejável mudar, para se tornar um ser
de amor e um ser ascensionado, e se possível, um mestre.
Tomar o lugar
do mestre.
E isso lhes é
apresentado como uma evolução completamente normal, sem que ninguém possa
trazer-lhes a prova a mais formal de que isso existe, e de que isso os conduz
para onde pretende conduzi-los.
***
É claro,
existem leis sociais, energéticas, afetivas, de crenças e de fé, que vão (em
certa medida) permitir-lhes viver alguns elementos, que vão fazer parecer que
as paredes da prisão estão um pouco mais longe do que elas estão, em realidade,
e dar-lhes a impressão de um crescimento da consciência.
Enquanto vocês
estiverem submissos a um princípio de autoridade exterior, enquanto vocês
estiverem submissos a uma crença (mesmo que ela seja perfeitamente estruturada,
e sobretudo no plano espiritual), enquanto vocês estiverem submissos a uma
autoridade exterior ao que vocês São, em Verdade, vocês não podem pretender
nenhuma Liberdade.
O estratagema é muito bem feito.
Ele vai consistir em falar-lhes de amor e de luz, e
alimentar, de algum modo, sua alma, dando-lhes as leis da evolução da alma em
meio à personalidade: isso é chamado de karma.
Mas eu espero que vocês compreendam e aceitem, hoje,
que o karma só diz respeito à personalidade, que se reencarna de vida em vida,
mesmo que ela não tenha a lembrança, mesmo que ela não tenha a presciência.
***
Assim segue
esse mundo, onde todos os princípios de organização, de estruturação e de
evolução, lhes são, de algum modo, vendidos como inelutáveis, inexoráveis.
E onde ninguém
poderia, de maneira alguma, transgredir essas leis, que foram estabelecidas por
“eu não sei quem”.
Enquanto vocês
estão submissos a isso, em vocês não pode se colocar a interrogação última, não
pode se colocar, em vocês, a necessidade de Liberdade, a sede de Liberdade.
O que faria
com que um sistema social, espiritual, organizacional, assim como ligado à
encarnação, fosse limitado, no Conhecimento espontâneo do que existe do outro
lado, do que existe além dos mundos da encarnação?
É claro,
ninguém pode responder a esta questão.
Qualquer
lógica os faz espelhar um amor (para amanhã), os faz espelhar o karma (que é
necessário melhorar), e os faz espelhar que o ser humano é imperfeito, que o
ser humano deve mudar, se quiser ter esperança de um mundo melhor e viver de
modo melhor.
Mas quem,
entre esses ensinamentos, entre essas crenças, lhes fala do Mundo do além?
A não ser com
palavras veladas como, por exemplo, o fez O CRISTO, como, por exemplo, o fez O
BUDA, ou ainda, alguns ensinamentos tradicionais (que vocês encontram, por
exemplo, e é apenas um, entre os sufis).
Enquanto existir o mínimo princípio de autoridade,
enquanto existir a mínima submissão a um dogma, enquanto existir a necessidade
de se adaptar a um modelo criado pelo homem, ou de se submeter a uma
“autoridade” dita espiritual, vocês não podem experimentar, de modo algum, o
que vocês São, em Verdade, além de todo o confinamento ligado ao corpo, à alma,
ou a qualquer outra esfera de vida que possa lhes ser conhecida.
***
É necessário,
portanto, de alguma maneira, admitir o princípio de confinamento.
É necessário, portanto, aceitar ver esse
confinamento.
Não para
descrever os mecanismos, não para esperar poder desfazer as razões e as consequências,
mas, bem mais, para ver as coisas tal como elas são.
Existiu, pelo
mundo, e em todas as culturas e tradições, certo número de seres que tiveram
acesso à Luz, além de qualquer organização, além de qualquer hierarquização, ao
que é chamado de Absoluto.
Certamente que
em número muito mais restrito do que aqueles que puderam viver um acesso ao que
nós denominamos, com vocês: o Si, e o Eu Sou.
O apego ao Si é, justamente, o que levou alguns seres
a esse princípio de falsificação, os quais se mantêm nas franjas superiores do
astral, persuadidos de terem chegado, eles mesmos, à Liberação.
Ora, a Liberação, a partir do instante em que se deixa
este mundo, não pode estar sujeita a nenhuma limitação, a nenhuma forma, e a
nenhuma imperfeição.
O que fez
então com que esses seres (tendo vivenciado, realmente, processos energéticos,
processos de Consciência, durante sua encarnação) se reencontrassem, de algum
modo, do outro lado da encarnação, estruturando acontecimentos, estruturando
cidades, estruturando mundos?
Que, eles
também, apresentam suas próprias leis, suas próprias regras, e onde existe uma
submissão a uma forma (mesmo se essa forma for livre, muito menos densa do que
a sua)?
O que é que
explica que os seres e as consciências, humanas, puderam reencontrar-se fixados,
de algum modo, em meio a um modelo evolutivo que é, em resumo, sobreposto e
similar ao que se passa sobre a Terra (certamente, mais leve)?
Simplesmente,
o que eu denominei: o apego ao Si.
***
A Realização
do Si, a abertura do que são nomeados os chakras (e em particular, o que é
nomeado o 3º olho, o que é nomeado o despertar da Kundalini) os impulsiona imediatamente em um universo extremamente
colorido, cujas descrições foram em grande número.
Deixando-se
encontrar seres, deixando-se encontrar algumas consciências.
Dando-lhes
referências, em que aparecem luzes, essas luzes, estão representadas na maior
parte das imagens, dos desenhos ou das pinturas, que foram realizadas por
aqueles que estiveram em contato com elas.
Então,
apresentam-lhes seres, que seriam portadores de virtudes, de funções, de raios,
e que administrariam, em alguma parte, da vida sobre a Terra, e dirigiriam a
evolução sobre a Terra, para um melhor, para uma civilização de amor, uma
civilização onde todas as regras seriam harmoniosas, e onde todos os
sofrimentos da Terra seriam melhorados, ou mesmo desapareceriam.
Mas em nenhum
momento, mais uma vez, esses seres são capazes de lhes definir o que quer que
seja, além de suas próprias esferas de eleição que se situam, então, nas partes
mais altas do astral.
Esse foi o
caso há até alguns anos, até o momento em que um certo princípio de Dissolução
da matriz astral, permitiu limitar essa influência particular de desvio da Luz.
***
A Luz é sua
natureza e sua Essência.
Enquanto
existir um sentimento de associação a uma forma (ainda que através do despertar
da Kundalini, ainda que através da
ativação dos chakras), vocês ficam dependentes de uma série de formas, de uma
série de luzes, que, em nenhum caso, são a Liberdade.
É nesse
momento, chamado de nível dos poderes espirituais, que vai se manifestar uma
série de consciências (elas também confinadas) para fazê-los aderir, é claro,
ao seu caminho.
Para fazê-los
aderir, e fazê-los concordar com todos os pontos de vista comuns ao princípio
de evolução.
É, de fato,
extremamente difícil de compreender e de admitir, para um ser humano na
encarnação, que absolutamente não existe nenhuma lei de evolução, na perfeição
da Criação (quaisquer que sejam as Dimensões, quaisquer que sejam os Universos,
e quaisquer que sejam os Multiversos).
***
A ausência de
fundamento, a ausência de vivência do que se situa além dessas esferas,
condiciona e confina o ser humano em um sistema de valores e de crenças que vai
levá-los a tentar melhorar progressivamente.
O objetivo
desses ensinamentos, é claro, é sempre apresentar-lhes a finalidade como sendo
deus, como sendo o amor, e como sendo a fraternidade.
Existe,
portanto, uma sensibilidade particular, do ser humano na busca, dessa noção de
amor, de fraternidade e de evolução.
É muito
difícil de entender que isso não existe, que jamais existiu, e que jamais
existirá, em outro lugar a não ser na mente daqueles que o conceberam.
Mas que em
nenhum caso, aquilo pode corresponder a qualquer Liberação.
Quaisquer que
sejam as leis observáveis, qualquer que seja a ilusão do tempo que se desenrola
sobre esse mundo, aqueles que vivem o Absoluto podem dizê-lo: não existe nenhum
tempo e nenhum espaço.
Existem formas
mutáveis.
A Consciência
não tem de ser atribuída a uma forma fixa, a um princípio de identificação, a
um princípio de evolução insignificante: isso corresponde, de maneira
definitiva, a um confinamento.
***
Então, é
claro, enquanto eu digo, isso não ficará para vocês, enquanto vocês não o viverem
por vocês mesmos, senão, aí também, como uma crença.
Mas esta crença
é perigosa, por que ela leva o ser humano a se colocar a questão da Liberdade,
da Autonomia, da Liberação do conhecido, e, sobretudo, sobretudo, encontrar-se,
realmente, no Amor.
Que não é nem
um ideal, nem uma projeção, nem um melhoramento, nem um princípio de
fraternidade, mas, bem mais, a própria natureza, como vocês sabem, do que vocês
São, além de qualquer aparência, além de qualquer encarnação, e além de
qualquer Plano intermediário.
Como o que
seria perfeito (desde a Essência, desde a primeira manifestação) teria
necessidade de percorrer os mundos da encarnação, cada vez mais densos, cada
vez mais sofridos, cada vez mais separado e dividido, para reencontrar, um dia,
o que ele era, ao partir?
Qual seria o
saber, em relação ao Absoluto?
Qual seria o
saber em relação à Luz Vibral?
Ninguém pode
trazer a resposta a essa questão, por uma razão que é muito simples: ela não
existe.
Vocês são
perfeitos, desde a origem.
Somente,
exatamente, a criação dessas leis, ditas de evolução (reflexos das crenças
desses ditos indivíduos tendo realizado o Si) os confinou, de maneira ainda
mais sutil no nível espiritual, em relação ao que vocês São, em Verdade.
***
O interesse
não é absolutamente crer no que eu digo, mas sim, verificar por vocês mesmos.
Entretanto,
isso não pode ser verificável, e isso não se verifica, se, anteriormente,
vocês, pela sua Atenção e sua Intenção, rejeitarem para longe de vocês o
conjunto desses ensinamentos.
Somente o
Amor, a Humildade, a Simplicidade, a Transparência, são capazes de fazê-los
descobrir a Verdade.
Tudo o que é conhecido, absolutamente tudo o que é
percebido por vocês (nesse mundo, como nos Planos que eu nominei de “astral”)
não têm nenhuma realidade no Plano do Absoluto.
Eles não existem mesmo.
Eles são apenas projeções da consciência: um conjunto
de consciências tendo realizado projeções comuns, tendo imaginado, tendo
suposto leis de evolução que existem apenas nessas consciências.
O mundo é
perfeito, desde o início.
Não há nem
expansão, nem contração.
A ilusão de um
movimento está, justamente, ligada à ilusão do tempo no qual vocês vivem.
A partir do
momento em que a ilusão do tempo e do movimento é criada, segue-se um princípio
de distanciamento, que vai ele mesmo conduzir, dele próprio, à criação de certo
número de leis, que não existiam anteriormente, que vão reforçar as crenças,
reforçar o confinamento, e reforçar a ilusão de qualquer evolução, e de qualquer
mestria que seja.
***
Nossa
situação, quando nós nos denominamos Anciãos, ou Estrelas, ou ainda os
Arcanjos, é somente uma reunião de Consciências, tendo por único objetivo
favorecer a sua Liberdade, favorecer a sua Liberação, a fim de fazê-los cessar
de crer, ou de aderir, ao que pode ser sugerido a vocês.
A única maneira
que nós encontramos (quer seja em meio ao Conclave dos Anciãos e das Estrelas,
quer seja em meio ao Conclave Arcangélico, como em meio à Confederação
Intergaláctica dos Mundos Livres) tem sido levar sua consciência à noção de
Vibração, à noção de Consciência Vibral, até levá-los ao ponto que vocês
conhecem, que é a Liberação da Terra, o nascimento da Onda particular, nomeada
Onda da Vida.
Essa Onda da
Vida foi descrita, de maneira extremamente velada, nos ensinamentos originais e
primordiais, referindo-se a uma Onda se propagando, efetivamente, desde os pés,
e que permitia conectar, de maneira efetiva, com a Terra.
Não segundo os
princípios viciados e alterados, onde desde que um ser humano queira escapar do
condicionamento, qualquer que ele seja, lhe diriam que ele não tem os pés na
Terra: os pés estão sobre a Terra, as Raízes estão no Núcleo Cristalino, e em
nenhum outro lugar.
A recuperação
das suas verdadeiras Raízes abre-os ao Absoluto, e os faz viver o Último estado,
além de qualquer estado.
***
Enquanto isso
não foi conscientizado, vivido, e atualizado, vocês permaneceram submissos ao
princípio do confinamento, qualquer que seja sua função.
O apego ao Si é certamente, hoje (como para essas
consciências que estão confinadas, elas próprias, em meio às esferas astrais),
o princípio mais importante a ultrapassar e transcender.
O apego ao Si representa exatamente o inverso do
Abandono do Si.
Foi explicado,
de diferentes maneiras, que o apego ao Si resulta, é claro, do medo da
Dissolução, do medo da perda da própria consciência (quer seja no nível da
personalidade, ou do Si, que foi vivido e integrado).
A permanência
do Si, e, portanto, o apego ao Si, dele próprio, vai criar as condições
propícias à eclosão de novas leis, como foram representadas pelos ensinamentos
que apareceram no 20º século, e com os quais, por experiência, eu deixei de me
solidarizar bem rápido.
Enquanto
existir, acima de vocês, alguém que lhes diga o que é necessário fazer, para
vocês se adaptarem às leis que foram criadas por ele mesmo, pretextando-as
criadas por um deus hipotético, isso apenas vai confiná-los e limitá-los
novamente, ainda que essa esfera não seja unicamente a esfera da sua vida, ou
da sua encarnação.
***
A Liberdade e
a Autonomia não podem ser encontradas, e vividas, a não ser na condição de
vocês renunciarem, real e formalmente, a tudo o que não é da sua experiência.
Enquanto vocês aderirem à experiência de outro,
vocês não são Livres.
Enquanto vocês
seguirem quem quer que seja, vocês não são Livres.
A única
Liberdade é realizar, sozinhos, o que vocês São, e nessa solidão há o mundo
inteiro, as Dimensões na sua totalidade, e o Amor mais puro, mais Absoluto, mais
Vibral, que vocês jamais cessaram de Ser.
Dessa maneira,
então, como lhes disse BIDI, trata-se simplesmente de um ponto de vista.
Ou o ponto de vista que se exprime por meio do
corpo e da personalidade, e isso dá o que é chamado de ego.
Ou ele se
exercendo por meio do acesso à impermanência do Si, à imanência do Si, a não
divisão da Consciência unificada (denominada Unidade ou Si, ou Eu Sou), que já
é, é claro, para aquele que não o vive, um objetivo que se poderia qualificar
de mágico ou de magnífico (mas, isso não é, em nenhum caso, qualquer finalidade).
***
Enquanto
existe esse apego ao Si, o princípio de confinamento está sempre presente.
Há, de algum modo, a vivência da Consciência
Vibral da Unidade: a Consciência percebe, naquele momento, que ela não está
separada, como ela o acreditava em meio ao ego.
Ela percebe as
ondas, ela percebe as energias, ela percebe a abertura dos centros energéticos,
ela realiza o Si, mas, no entanto, essa não é a finalidade.
O perigo é,
efetivamente, parar nesse nível, e construir novas leis confinantes, resultantes
da observação e da própria percepção desse nível da Consciência.
Esse nível da
Consciência é apenas um estágio do que vocês São, mesmo ele parecendo como mais
amplo, e indiscutivelmente mais realizado e luminoso do que aquele que cabe sob
seus sentidos habituais, ele não é a Verdade.
Ele não é em
nada qualquer finalidade, na medida em que jamais houve partida, e jamais houve
chegada.
***
Extrair-se
disso, já é olhar para isso.
Não com
julgamento, não com desdém, mas aceitar a eventualidade de que isso é apenas
transitório.
É a vocês (e
mais uma vez, somente a vocês) que cabe se desembaraçar de tudo o que os mantém
no confinamento.
Entretanto,
vocês sabem muito bem que vocês não podem fazê-lo pela própria lei de ação e
reação.
E aí reside a
maior das ilusões, que foi a de fazê-los crer que resolvendo as consequências
de todas as ações passadas, vocês iriam poder se liberar dessas ações passadas:
não existe nenhuma liberação possível em meio ao confinamento, pois, como
imaginar que a menor das ações que vocês criaram, em um tempo muito antigo (na
linearidade do tempo), chegaria a solucionar-se?
Como o
conjunto das ações que vocês acionaram poderia, um dia, solucionar-se?
A trama é tão
bem feita, e tão complexa, que não há nenhum meio de desfazer o novelo, tanto
vocês se dirigindo à consciência do ego, como à Consciência do Si.
***
Esse apego ao Si representa, de algum modo, um
ferrolho, e ele é o ferrolho do ego espiritual.
Eu disse ego espiritual e não orgulho espiritual.
O ego
espiritual consiste, simplesmente, em ter uma pessoa tendo vivido o acesso a
uma Vibração particular, tendo contatado a energia particular que chega sobre a
Terra há uma trintena de anos.
Essa época de
30 anos foi largamente antecipada, e fechada a sete chaves, aí também, por
aqueles que criaram os ensinamentos, ditos espirituais, da alma.
De modo a
evitar, exatamente, que o ser humano encontre sua Liberdade, mais
frequentemente, e contra a vontade deles, sem sabê-lo eles mesmos: não há nada de pior do que um zarolho
que guia um cego.
Ora, esses
seres são zarolhos.
Eu não falo da
visão dos olhos, mas eu falo da Visão do Coração, da Visão Real do que é o
Amor, pela Vivência do Amor, e a Essência do Amor.
É claro,
existem princípios de humanismo.
É claro,
existe, realmente, uma vontade de servir, daquelas consciências, como das
consciências humanas que aderem a esses princípios e a essas leis de evolução.
E, aliás, é
extremamente sedutor e fascinante voltar a vida (quando a vida de um indivíduo
se volta) da sua pequena pessoa para o conjunto dos Irmãos e das Irmãs.
E esse,
evidentemente, já é um primeiro passo.
Mas jamais
considerem esse primeiro passo como o Último passo porque, de fato, na
Realidade, não existe nenhum passo.
Exceto os Véus
que vocês se colocaram, que foram colocados, pela projeção da consciência, do
conjunto de consciências, em meio a um sonho comum.
***
É a participação nesse sonho comum que dá a ilusão de
uma substância, a ilusão de uma realidade, e a ilusão de uma evolução.
Enquanto vocês não estiverem Liberados dessa maneira
de ver, vocês não poderão ter acesso à Liberação do Si em meio ao Absoluto.
É necessário, efetivamente, Abandonar o Si.
É necessário,
efetivamente, uma vez que o Eu Sou está realizado, ir além do Eu Sou.
Como lhes diria
BIDI, é necessário constatar que o Eu Sou, inscrito no corpo em que vocês
estão, na consciência em que vocês estavam anteriormente, amplia o seu ponto de
vista (que lhes dá a viver a não separação, a Unidade, o Eu Sou, a Alegria),
mas isso não é, em nenhum caso, uma finalidade.
Como vocês o
sabem, o conjunto da Terra será Liberado, mas as condições das crenças que
vocês mantiverem, no momento da Liberação, serão (de algum modo) condicionantes
para um eventual Futuro, ou um eventual Destino.
Ou, em todo
caso, se eu puder me exprimir assim, para ser Livre, totalmente ou não.
Existe então
uma maneira de proceder.
Isso foi
comunicado a vocês, de modo extremamente preciso, por BIDI, e diz respeito ao
princípio da investigação e da Refutação.
***
Portanto, ali
nesse estado, vocês constatam que alguns de vocês tocaram a Última Presença, outros
tocaram o Absoluto (se pudermos exprimir assim), e outros parecem, mais uma
vez, fixados nesse apego ao Si.
Esse é o
ferrolho do ego espiritual.
O que eu posso
acrescentar a isso, é que há efetivamente, além dos medos, um apego, além da
sua forma, à existência em meio a uma forma.
É, de fato,
extremamente difícil, assim como impossível, conceber existir fora de uma
forma, como fora de um tempo e de um espaço: somente o Absoluto o revela.
Ora, viver o
Absoluto não é uma Passagem.
Viver Absoluto
é refutar tudo o que não é a Verdade Absoluta.
O que passa,
portanto, pela eliminação de todas as verdades relativas.
O que passa,
portanto, pela cessação da ação e reação, mesmo em sua vida ordinária.
O que quer
dizer não reagir.
O que quer
dizer agir estando desapegado de qualquer fruto dessa ação, estando desapegado
de qualquer eventualidade de reação.
***
Isso vai
colocar, de algum modo, as bases da sua própria Liberação.
Enquanto vocês
estão submissos a um ensinamento, enquanto vocês não vivem vocês mesmos os
efeitos, no nível Vibratório (quaisquer que sejam as energias que se
manifestem), vocês não podem pretender a Liberdade.
Há muito
poucos dias, um outro Ancião deu-lhes os elementos que correspondem, eu diria,
como ele o disse, aos sintomas e aos sinais que acompanham a Passagem à Última
Presença, que prefigura, de algum modo, o Absoluto (ndr: ver as intervenções de
SRI AUROBINDO de 22 de agosto e 1º de setembro de 2012) (3).
O apego a uma
forma, qualquer que ela seja, decorre diretamente do confinamento vivido em
meio a este mundo, e em meio às esferas nomeadas astrais, do outro lado do que
é nomeado a morte.
Mas nem a
vida, nem a morte, são a Verdade.
Vocês São
Absoluto, não existe nem vida, nem morte.
Existe
simplesmente o Amor, em meio ao Absoluto que É (se eu puder dizer assim) a
verdadeira Vida.
Não há nada
para melhorar, crer nisto é já uma crença.
Mesmo se
existe, efetivamente, em meio à personalidade como em meio ao Si, uma espécie
de progressão, de melhoramento e de amplificação, que faz crer que a finalidade
se encontra nesse nível: isto é estritamente impossível.
O apego ao Si,
além de qualquer medo presente em meio à personalidade, representa, portanto,
esse ferrolho do ego espiritual, que é uma Última etapa.
Que é uma
Renúncia: quaisquer que sejam as palavras que tenham sido empregadas (que seja
o Sacrifício, a Ressurreição, a Renúncia), não há outra maneira a não ser
perceber claramente que o Eu Sou não é em nenhum caso o Último.
O Eu Sou é a
prefiguração, o Eu Sou é a penúltima manifestação.
Enquanto o Eu
Sou não é rejeitado, no sentido simbólico, enquanto ele é percebido como a
última identidade, é-lhes feito exatamente conforme a sua Consciência: o que
quer dizer que vocês não podem passar ao outro lado de qualquer Véu, e de
qualquer ignorância.
***
Todo sistema
de conhecimento, qualquer que ele seja, e isso foi muito largamente explicitado
pelo Arcanjo JOFIEL no ano de 2008 (ndr: ver intervenções na seção “mensagens a
ler”) (4), deve-se tomar com pinças,
e deve ser experimentado, e em finalidade, rejeitado.
Tudo o que nós
lhes demos (o conjunto das Vibrações, o conjunto dos Yogas, o conjunto das
informações) tem somente um único objetivo: conduzi-los a este ponto, este
ponto que começou a se revelar no início deste ano.
Vocês estão no
momento em que a Terra, que vive a sua Liberação, deve viver as consequências
da sua própria Liberação, que é a sua Translação Dimensional.
Essa Translação
Dimensional é também a de vocês.
Se vocês
aceitarem que não pode existir a menor solução de continuidade entre a
personalidade, o Eu Sou, este mundo, o mundo astral, e o novo mundo.
Não é uma
Passagem, é bem (como lhes foi explicado) uma Transubstanciação.
Não se pode
comparar isso a uma faixa de frequências: vocês evoluem em uma faixa de
frequências, a próxima faixa de frequências não é absolutamente sobreponível à
antiga faixa de frequências.
Não há solução
de continuidade, não há sobreposição, não há Passagem, no sentido em que se
pode entender, como uma continuidade: há o desaparecimento, e reaparecimento.
Enquanto isso
não for conscientizado, enquanto isso não for realizado, pelo acesso ao
Absoluto, pode haver apenas a crença em um mundo melhor, a crença em um mundo
em que tudo vai continuar, de maneira mais leve.
Que isso seja
em outros Planos, isso não pode existir.
***
Qualquer
forma, no nível dos Mundos Unificados multidimensionais, jamais está fixada.
A Consciência
(como nós lhes dissemos) não está jamais localizada, de maneira formal, em meio
a uma forma, em meio a um tempo, em meio a uma Dimensão, mas se exprime de
maneira conjunta, no conjunto das Dimensões.
Vocês podem
dizer, neste mundo, que isso é possível?
Vocês podem
dizer que aqueles que têm lhes colocado os preceitos de alguns ensinamentos,
concernentes às leis da alma, lhes falaram desse acesso multidimensional?
Não, eles
estão efetivamente fixados em uma forma.
Nós, Anciãos,
não estamos absolutamente fixados na menor forma.
Sem entrar em
detalhes, a maneira como nós nos exprimimos, hoje, mesmo se existe uma
Embarcação dos Anciãos, corresponde a um mecanismo que está diretamente
religado, ao que eu nomearia a ultratemporalidade.
Isso quer
dizer a capacidade de estar presente neste tempo, como em outros tempos, não
havendo nenhuma solução de continuidade, em nosso espaço como no seu espaço (e
isso, de maneira cada vez mais próxima, perceptível pelo seu Canal Mariano).
Mas, apesar
disso, nós não buscamos vender-lhes nenhuma organização, nenhuma hierarquia,
nenhuma estruturação, em meio em não importa qual mundo.
Nós lhes
falamos, cada vez mais frequentemente (após uma etapa, eu diria, de formação
Vibratória), para ser o que vocês São.
Além de
qualquer autoridade, além de qualquer condicionamento, além de qualquer
projeção, e de qualquer ideia preconcebida sobre o que vocês São.
Nós lhes
falamos, portanto, da Liberdade, e certamente não ao conhecimento da
personalidade, e certamente não ao conhecimento do que é nomeado a energia, ou
qualquer outra coisa.
Nós
simplesmente atraímos sua atenção sobre os Pontos de contato que se
desenvolveram, na mesma medida, entre esse corpo que vocês habitam e o Corpo de
Estado de Ser (ndr: abordados na série “protocolos”) (4).
***
Hoje, na hora
em que certo número de elementos do Céu e da Terra se conjuga, em vocês, como
na superfície deste mundo, como em meio ao mundo astral, é tempo de realizar o
que vocês São, além de qualquer Realização da pessoa, e além de qualquer Si.
Viver o Manto
Azul da Graça, viver o Canal Mariano, e, sobretudo, viver a Onda da Vida, são
os elementos formais que lhes permitem identificar sua Liberação em curso.
Além da personalidade, se vocês vivem o Si
(manifestado, eu os lembro, pela Alegria, pelo Fogo do Coração ou pelas Coroas
Radiantes do Coração e da cabeça, e eventualmente pelo despertar da Kundalini), enquanto o Canal do Éter,
pela Onda da Vida, não estiver revestido de Partículas de Onda da Vida (que são
também as Partículas Adamantinas, um pouco diferentes), vocês não podem ser
Liberados, e vocês não podem viver a Liberação antes do momento da Liberação
final da Terra.
Ainda é necessário que, em sua consciência
(seja no nível da personalidade, ou instalado em meio ao Si), haja a
eventualidade e a possibilidade, sem o buscar, de Ser realmente o que nós lhes
dissemos, quer dizer, Absoluto.
***
Existe, portanto,
uma Última Revolução da sua Consciência a ser efetuada.
Quer vocês
chamem de Abandono do Si ou apego ao Si, isso lhes mostra simplesmente,
enquanto vocês não são Absoluto, o que se desenrola em meio à sua pessoa, como
do Si, que não é nada mais senão a sua adesão às crenças ultrapassadas, não
tendo nenhum sentido para o que vocês São, na Eternidade, quer dizer, Absoluto.
Eu os convido
então a se colocarem a questão, não de crer ou de não crer, mas, sim, de
realizar, segundo a posição em que vocês estão, ao que vocês aderem.
Vocês aderem a
um princípio de Liberdade?
Vocês aderem a
um princípio de evolução?
Vocês aderem
às ligações familiares, ou aderem a suas Linhas Estelares?
Vocês aderem
ao seu medo, ou vocês aderem ao Amor?
Vocês aderem
ao condicionamento?
Ou vocês
aderem ao que é não condicionado, e não nascido?
Daí decorrerá
a vivência, ou não, do que vocês São, em Verdade, além de qualquer finalidade,
e do que vocês sempre Foram.
***
Enquanto vocês
considerarem, na menor parcela da sua consciência (que seja do Si ou da
personalidade), que há algo a melhorar, enquanto vocês considerarem que há algo
a mudar, que põe uma distância entre o que vocês São e o que vocês projetam
ser, vocês estão submissos às leis do confinamento.
Assim,
portanto, se vocês forem capazes, no espaço de um instante, de deter qualquer
princípio de crença, qualquer princípio de adesão a qualquer lei que seja, se
vocês forem capazes, no tempo de um instante, de não estarem mais submissos ao
passado e ao futuro, e ainda menos ao tempo presente, de se extraírem de
qualquer definição (temporal, espacial, corporal, da alma, ou do que quer que
seja além disso), a perda total de qualquer identidade e de qualquer
identificação os fará viver, de maneira instantânea, o que vocês São, além de
qualquer Véu e de qualquer ilusão.
É necessário
ainda, para isso, aceitar a eventualidade.
É necessário
para isso, fazer calar todo sinal e sinais, vindo da pessoa como da alma.
Foi ao que nós os convidamos, durante estes
anos.
É ao que a
Terra vai convidá-los também, de maneira muito mais persuasiva do que as
simples palavras, ou do que as simples Vibrações chegando da Luz Supramental ou
do Núcleo da Terra.
***
Dessa maneira,
então, se eu lhes digo: “vocês estão prontos?”, não é uma questão de qualquer
preparação, mas sim de um estado de ser além de qualquer ser, de qualquer
pessoa, de qualquer identidade, de qualquer casualidade e de qualquer evolução.
Se vocês
chegarem a se dessituar, a se deslocalizar, o que não seria senão na
consciência e no mental, no Si como na personalidade, não há nenhuma dúvida de
que, de maneira extremamente rápida, eu diria até mesmo brutal, vocês
encontrarão a natureza profunda, real e autêntica, do que vocês São, além de
qualquer aparência, de qualquer evolução, de qualquer alma e de qualquer corpo.
***
Eis o que eu
tinha que emitir, que, em resumo, reforça (eu espero) tudo o que eu pude dizer,
durante esses anos.
Se houver em
vocês interrogações, questões em relação a isso, complementares, eu quero bem
demorar-me com vocês, com grande prazer.
***
Nós não temos perguntas,
agradecemos.
***
Irmãos e Irmãs, eu lhes rendo Graças pela sua escuta benevolente.
Eu proponho um
momento de Fusão com o Duplo KI-RIS-TI, eu rendo Graças, mais uma vez, pela sua
escuta.
... Compartilhando a doação da Graça ...
Eu lhes digo
até breve.
************
1 - Mensagens de BIDI
*
2 - IRMÃO K (20.08.2012 e 24.08.2012)
*
3 - SRI AUROBINDO (22.08.2012 e 01.09.2012)
*
4 - *PROTOCOLOS PRIORITÁRIOS*
***
Mensagem do
Venerável IRMÃO K no site francês:
02 de setembro
de 2012
(Publicado em
04 de setembro de 2012)
***
Tradução para
o português: Ligia Borges
***
Edição: Zulma
Peixinho
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