-
Intervenção de Jiddu Krishnamurti -
“Nós esperamos (assim como as Estrelas, como nós, e como os Arcanjos) ter permitido à sua consciência se ampliar, se expandir e poder considerar ou viver o que está na outra Margem.”
“Escutem o que lhes
diz o som ouvido no nível do Canal Mariano. Alguns de vocês já foram Chamados.
Isso deve ser para vocês uma certeza interior que deve culminar em uma
pacificação cada vez maior de sua vida, assim como de suas interações em todos
os níveis, e em qualquer nível que seja.”
~ SIMPLESMENTE OBSERVAR ~
Meu nome é IRMÃO K.
Instalemo-nos, se o desejarem, na Paz.
Eu venho prosseguir, de algum modo, minhas duas
intervenções anteriores em relação às estratégias, às organizações.
E nós iremos, se quiserem, aplicar isso a esta
questão, fundamental nesses tempos: “quem vocês São?”, ou, se preferirem: “quem
eu Sou?”.
Dos elementos de resposta que vocês levarem a
esta interrogação se referindo a vocês, vocês poderão, com objetividade,
deduzir o que pode restar a descobrir no que vocês São ou no que vocês
acreditam Ser.
Eu não voltarei, é claro, ao conjunto dos
princípios da refutação e da investigação, mas, muito mais, neste instante
presente que vocês vivem, a olhar, da maneira mais clara possível, o que
existe, em vocês, quanto ao conteúdo desta questão e das respostas referentes a
quem vocês São.
A época atual, e particularmente aquela que se
revela agora, leva-os a reconsiderar o que poderia ser um Encontro, entre o que
é de natureza efêmera e mortal, e o que é de natureza duradoura, e, eu diria,
Eterna e Infinita.
Pois é bem, em última análise, disso que se trata:
de um Encontro entre o efêmero e o Infinito.
Este Encontro passa, é claro, por uma espécie
de interface com a consciência, quer a consciência seja aquela de um indivíduo
separado como aquela de um indivíduo Unificado, presente em meio a um corpo
perecível.
Ser levado a se colocar essa questão é levar, precisamente,
a se definir além de todo o finito, além de todo o definido.
Para chegar, em última instância, mesmo que
mentalmente, a se descobrir em meio ao Infinito.
Como eu tive a oportunidade de expressá-lo, há
alguns meses, aquele que não conhece a outra Margem, daí onde ele está, não
pode pretender falar da outra Margem.
Há apenas, efetivamente, a experiência da outra
Margem que lhes dá a presciência e o conhecimento do que se trata.
Enquanto vocês permanecerem na mesma Margem, e
enquanto vocês se definirem em relação ao conteúdo da Margem onde vocês estão,
de forma alguma vocês podem viver, nem conhecer, nem apreender, nem mesmo
definir o que é a outra Margem.
Eu estou prestes a falar para vocês do Encontro da
Margem onde vocês estão, e da outra Margem.
***
Naturalmente, como durante qualquer encontro,
existe um elemento, mais ou menos importante, de surpresa.
Lembrem-se, assim, de que eu não denomino isso nem
uma boa surpresa, nem uma surpresa ruim, mas, efetivamente, uma surpresa.
Ou seja, algo que vem apanhá-los, em um dado espaço
(definido por sua posição, em meio a um corpo, a um país, a uma nação, a uma
família, ou a algum papel) e que vem, de algum modo, irromper.
Levando-os a reconsiderar, de maneira quase
imediata e instantânea, o lugar em que vocês se situam, a fim redefinir-se, de
alguma forma, ou permanecendo em meio ao finito, ou se inserindo em meio a um
infinito que (seja qual for o aspecto perceptível, em um primeiro momento, no
nível dos sentidos como no nível da consciência) pode parecer, e vocês teriam
razão de chamá-lo assim, como intrusivo.
Mas, além desta intrusão, há, é claro, uma
modificação de equilíbrio, uma nova adaptação a fazer.
E o problema desta adaptação é que ela não pode se
satisfazer com nenhuma referência e com nenhum contexto, tal como lhes é
conhecido, deste lado dessa Margem.
Vocês irão me responder que é aparentemente
impossível ter a presciência (exceto no momento em que isso se desenrolar) dessa
intrusão.
Eu lhes responderia (como foi dito, em qualquer
tradição, e há muito tempo) que o reino dos Céus está dentro de vocês, e que é
ele que era preciso, de algum modo, buscar e encontrar, em primeiro lugar.
Se ele está dentro de vocês, ele não pode,
portanto, ser manifestado aí onde vocês estão, no exterior de vocês.
***
Eu fui também levado a especificar uma série de
elementos referentes ao exterior e ao Interior, em conformidade com o que foi
dito por outros Anciãos.
Do mesmo modo, todo problema vem dessa delimitação
entre o Interior e o exterior.
Naturalmente, quando nós estamos encarnados (e
enquanto a consciência não tiver, de qualquer forma, abandonado esta ideia,
esta manifestação de ser um corpo separado, confinado em algo que está separado
de outra consciência), não pode ali haver esse mecanismo onde essa distância e
essa separação vai desaparecer, como por um golpe de varinha mágica.
Eu tive a oportunidade, há vários meses, de
explicar também a vocês, pelo meu próprio caminho encarnado, que o sentimento
da perda e a própria perda, seja ela qual for, representa, além do choque
inicial, a ocasião inesperada de ceder à evidência e de superar os limites
impostos por esse corpo e por esse mundo, ou, em todo caso, por esse lado da
Margem.
Nós lhes dissemos também que era desejável que
muitos de vocês realizassem, de alguma forma, essa Liberação de vocês mesmos, a
fim de participar ativamente da Liberação da Terra.
Não como a expressão de uma vontade, mas mais como
a expressão de um Abandono total, justamente, ao que está na outra Margem.
Eu chego aí onde eu quero chegar: é, portanto,
colocando essa questão a vocês mesmos (“quem Sou eu?”), e conforme as respostas
que vocês forem capazes ou incapazes de ali dar, que vocês irão melhor definir sua
localização em relação ao que está chegando.
***
Observem, claramente, em vocês (antes mesmo de
refutar), quais são os elementos que surgem na consciência.
Existe também um outro elemento que vai
permitir-lhes aquilatar, eu diria, a intensidade de seu Abandono, quer seja à
Luz, e como vocês sabem, em seguida, do Si: se chegarem momentos (quer estejam
ligados às suas meditações, aos seus Alinhamentos ou a qualquer outra
atividade) em que parecem desaparecer, ou seja, se tornar impossível, a um dado
momento, definirem-se como pessoa, definirem-se em meio a um espaço,
definirem-se em meio a uma atividade (que isso ocorra durante um despertar,
pela manhã, que isso ocorra, de algum modo, não importa como, no desenrolar de
seus dias), eu lhes diria então que o que está ocorrendo é justamente, para
vocês, e de maneira ligeiramente antecipada, a irrupção do exterior no seu
Interior, ou o que foi denominado como tal.
Esse confronto acontece então, agora, em vocês.
Evidentemente, esse próprio confronto pode colocar
na Luz as últimas resistências, os últimos medos, levando-os por vezes a
comportamentos incomuns, mesmo em meio às suas definições enquanto personalidade
ou consciência separada.
Tudo isso não deve causar, de sua parte, qualquer
preocupação, mas, muito mais, uma compreensão e uma colocação na Luz do que
acontece.
***
De sua aptidão para extrair-se de um contexto
definido (não fugindo disso, mas, sim, nos momentos em que a Luz decidiu, ou
nos momentos em que vocês tenham, vocês mesmos, decidido), de sua capacidade
para se apagar totalmente de todas as experiências, ou de toda a presença a si
mesmo em meio ao “eu Sou”, irá refletir sua capacidade para viver o confronto,
e para garantir que ele não encontre, de alguma forma, uma distância importante
entre o que vocês creem ser e o que vocês São, na Verdade.
O que vocês São, na Verdade, nós o enunciamos, eu
diria, nós o repetimos muitas vezes, mas enunciá-lo não é o suficiente: não
basta saber uma coisa para considerar que ela foi adquirida.
Nós não estamos em um sistema de conhecimento
intelectual onde aquele que tem a mestria é aquele que justamente comanda os
elementos de uma matéria, de uma profissão, ou de uma relação.
Eu diria até que é exatamente o inverso: é
justamente a ausência de dominância que facilita, de algum modo, esse Encontro
e essa confrontação.
***
Como foi dito por BIDI, o conhecimento, no final, é
apenas uma ignorância.
Pois o conhecimento apenas pode direcionar ao que
lhes é conhecido, ao que pode ser conhecido, e que apenas pertence, portanto,
em última análise, a essa Margem, portanto, a esse mundo e a essa pessoa.
Esse tipo de conhecimento, evidentemente,
desaparece instantaneamente no momento do instante preciso em que vocês
desaparecem desse mundo.
Ele não pode ser, em caso algum, um suporte a
qualquer futuro, nem se situar em alguma parte na mesma Margem, mas, sim, na
outra Margem.
Existe então, nesse nível, uma forma de distância
importante.
Nós esperamos (assim como as Estrelas, como nós, e
como os Arcanjos) ter permitido à sua consciência se ampliar, se expandir e
poder considerar ou viver o que está na outra Margem.
Naturalmente, como vocês não podem se apoiar em
nenhum conhecimento de si mesmo, como vocês não podem se apoiar em nenhum
antecedente, nem em qualquer experiência, vocês não podem, portanto, definir-se
em relação a tudo o que vem de seu passado, a tudo o que vem de suas
experiências e, eu diria até, a tudo o que vem de suas Vibrações e de suas
Consciências Unificadas.
***
Então, como resolver a equação, como garantir que o
confronto e o Encontro possam acontecer nas condições mais propícias?
A primeira maneira é, efetivamente, verificar se
existe, em vocês, momentos ou instantes em que vocês desaparecem completamente
do tempo e do espaço, de sua identidade, de suas ocupações, isso refletindo, de
maneira importante, e sendo o marcador do que existe, em meio à sua
consciência, de manifestações que nada mais têm a ver com o ordinário da
consciência (quer esteja separada ou Unificada).
Ao se colocar essa questão, e observando e olhando
o que pode acontecer, o que pode se manifestar, vocês poderão, de qualquer
forma, ver o que lhes resta, não para percorrer, mas, muito mais, para
Abandonar, para realizar esse aspecto particular que nós denominamos: manter-se
tranquilo.
Na realidade, de sua capacidade para manter-se
tranquilo (ou seja, para extrair-se de sua ação/reação, como da ação/reação do
mundo), irá decorrer a facilidade ou a dificuldade com a qual vocês poderão
efetuar essa última Passagem.
***
Um outro elemento importante que, ele, nada mais
tem a ver com essa observação, mas, sim, com ver-se viver em sua vida
ordinária, não tanto para ver se você é moral, não tanto para ver se você é
social, ou se você é humilde, mas, sim, para observar-se em meio aos seus
comportamentos e às suas atitudes.
Se vocês chegarem, de algum modo, a penetrar no
instante presente e a levar sua vida da maneira mais serena, sejam quais forem
os acontecimentos que acontecerem, vocês podem, amplamente, estimar se vocês
estão, efetivamente, prontos para viver esse Encontro.
De sua capacidade para não se envolver, emocional
ou mentalmente, mesmo em relação a um problema recorrendo ao seu mental para
resolvê-lo: o seu não envolvimento e o seu distanciamento em relação à ação (ou
seja, estar realmente desapegado do fruto de suas ações), mostram-lhes, aí
também, um forte sinal referente à sua preparação para o Encontro.
É preciso, efetivamente, beneficiar-se das
circunstâncias que lhes são oferecidas, por sua estrutura de vida individual,
onde vocês estiverem nesse mundo.
Se vocês têm a oportunidade de poder ler o que eu
digo, é óbvio que vocês estão instalados confortavelmente em uma poltrona, em
uma casa e, portanto, que sua qualidade de vida (independentemente de seus
recursos) está em grande parte preservada.
Eu não vou, é claro, passar um sabão em vocês em
relação a uma criança que iria morrer de fome e que, evidentemente, não tem a
possibilidade de ter acesso a algo que, para vocês, parece-lhes totalmente
habitual e usual.
Nós não estamos aí para isso.
Mas é interessante, nessas circunstâncias mais
perfeitas, em que então vocês têm um teto, em que então vocês têm comida, de se
colocar a questão do que poderia acontecer se tudo isso desaparecesse, para
vocês, de um dia para o outro, não para qualquer pessimismo, mas, sim, para
ver, no nível da reação de sua consciência, onde vocês se situam, uma vez mais.
***
De sua capacidade para realizar o que a vida lhes
pede para realizar (seja qual for essa tarefa ou seja qual for essa pausa),
evidentemente, cada um de vocês encontra-se confrontado com situações que lhe
são estritamente pessoais, e que apenas são, em última instância, o cumprimento
de certa forma de preparação, na maioria das vezes inconsciente do que
consciente.
De qualquer forma, essa questão do “quem eu Sou?”
vai levá-los, efetivamente, a redefinir-se, a reposicionar-se, e é justamente
através desta re-disposição de vocês mesmos, eu diria (no Interior de vocês
mesmos e em seus ambientes) que vocês poderão avaliar, digamos, o que resta
para soltar, o que resta para Abandonar.
Tudo o que se manifesta, de maneira violenta, à sua
consciência, quer seja um medo, quer seja uma ruptura de equilíbrio, seja ela
qual for, como uma surpresa, o fato de se sentir surpreendido por alguém que
chegaria por trás de vocês, o fato de ter medo (por projeção ou por vivência)
de um elemento da natureza, de um animal, seja do que for, mostra-lhes, aí
também, de maneira evidente, o que lhes resta, a vocês, individualmente, para
soltar.
Não é questão de pedir a vocês, assim, para
empreender um trabalho (no sentido psicológico ou energético) sobre o que resta
para soltar, o que seria, nesses tempos específicos, um erro importante e uma
perda de tempo.
O importante é, bem mais, ver (com uma iluminação
do que está distante) o que está presente nesse corpo ou o que está presente em
sua cabeça e que pode representar uma forma de obstáculo à sua Liberação.
***
Evidentemente, trabalhar para sua liberação não é
trabalhar nos obstáculos para a Liberação, mas, sim, concentrar-se, de algum
modo, focar sua Atenção e sua Intenção unicamente no que é a Liberação, não
enquanto questão, mas enquanto princípio: voltar para si essa Liberação, não
considerar ou projetar o que pode estar na outra Margem, mas deixar a outra
Margem vir até vocês, pois, como nós reiteramos, a outra Margem já chegou a bom
porto.
Dessa maneira, então, não há esforço a suportar,
não há que trabalhar no que resiste: há apenas que observar o que
resiste, isso não é realmente a mesma coisa.
Em um segundo momento, resta-lhes observar o que as
circunstâncias de sua vida chegam a significar para vocês, chegam a deixar-se
viver.
Pois (durante este período, ainda mais do que
antes), o que se é deixado viver, e seja qual for este acontecimento, feliz ou
infeliz, segundo o sentido de sua pessoa, está aí apenas para, em última
análise, facilitar a Passagem para a outra Margem.
Essa questão é essencial, não como uma interrogação
sem fim, mental, que iria girar permanentemente em sua cabeça, mas, sim, para
permitir-lhes tomar uma forma de distância em relação ao que é efêmero, o que
vocês acreditam ser e o que vocês São, na Verdade.
Mesmo se vocês não viverem isso, é sensato sabê-lo.
***
Daí decorre toda a sequência que irá permitir-lhes,
quando o momento chegar e o instante chegar, não entrar em oposição, não
manifestar seus medos e suas resistências, e passar, com a maior facilidade,
para o seu Veículo ascensional.
O Veículo ascensional que (independentemente dos
nomes que lhe foram dados), hoje, chegou ao seu destino, permitindo-nos, por
outro lado, como vocês constataram, aproximarmo-nos, de maneira cada vez mais
íntima, de seu Canal Mariano e abordá-los, uns e outros, enquanto Duplo.
Isso reflete a iminência da última transformação.
Não há, portanto, como vocês sabem, nada a temer,
mesmo se o mental e suas experiências mentais passadas forem tudo fazer, assim
como a sociedade, para induzi-los em um modo de resistência, em um modo de
reações, em um modo de pânico e de medo.
É aí onde sua lucidez irá se tornar
essencial: simplesmente observar o que acontece, sem ali
participar, de uma maneira ou de outra, escutar o que lhes pede esse corpo nos
momentos em que é proposta uma estase, seja qual for a duração desta estase.
Escutem o que lhes diz o som ouvido no nível do
Canal Mariano.
Alguns de vocês já foram Chamados.
Isso deve ser para vocês uma certeza interior que
deve culminar em uma pacificação cada vez maior de sua vida, assim como de suas
interações em todos os níveis, e em qualquer nível que seja.
Evidentemente, o ser humano na encarnação (e todos
nós estivemos), é tentado a reagir a qualquer coisa, sendo mesmo o único
princípio de funcionamento desse mundo.
Mas, ainda uma vez, o funcionamento desse mundo
nada tem a ver com o funcionamento da outra Margem.
As leis são, eu diria, contraditórias e
incoerentes.
Vocês não podem, portanto, esperar apoiar-se em
nada que seja conhecido, para viver o desconhecido.
***
De sua faculdade para viver uma série de processos
Vibratórios, vocês podem, agora, situar-se aí onde vocês estão em relação a esse
Encontro a vir.
Sua capacidade para se estabelecer na Infinita
Presença, por sua própria ação, ou pela ação da Luz, no momento em que ela
apreendê-los, mostra-lhes aí também, e lhes dá um elemento importante
permitindo-lhes situar-se em relação a esse próximo Encontro.
O conjunto desses elementos, colocados de ponta a
ponta, vai dar-lhes, de qualquer forma, um panorama, uma cartografia, daí onde
vocês estão.
Lembrem-se de que esse “aí onde vocês estão” não
tem nem que ser julgado, nem que ser condenado, nem que ser exasperado porque,
tanto um como o outro, se houver isso, iria induzir em vocês, é claro, uma
reação em relação ao seu próprio estado.
Que essa reação seja da ordem de um medo ainda
maior, ou de uma satisfação pessoal, isso apenas iria permanecer elementos
egotistas e pertencendo apenas ao ego.
O mais importante será, portanto, olhar, de maneira
objetiva, para o que está aí, e para o que está aí em vocês, para o que atua em
vocês, como o que atua em seu ambiente.
Lembrem-se de que não tem que reagir, mas, muito
mais, que observar.
Daí resulta uma diferença fundamental, pois aquele
que reage mantém, eu diria, esse círculo vicioso e, em nenhum momento, solta e abandona o que, justamente, deve ser solto ou abandonado.
Só aquele que observa, de maneira lúcida e
consciente, o que acontece nele, vê, nele, uma oportunidade de dissociar-se (de
algum modo, de desapegar-se) do que justamente podia afetá-lo até agora.
Aí está a Inteligência da Luz.
E aí está a Inteligência da Consciência que se
dirige para sua Última Presença.
***
Se vocês respeitarem isso, e se vocês observarem
isso, vocês irão constatar bem depressa os efeitos, quer seja no nível dos
medos, quer seja no nível dos apegos, ligados ao seu passado ou às suas
próprias construções mentais, ou às suas próprias projeções no futuro.
Obviamente, estar frequentemente no Aqui e Agora é,
com certeza, um elemento importante que centra de novo instantaneamente a
consciência e a faz sair de seu quadro egotista para entrar na Presença, no Si
ou na Infinita Presença.
Não há outro modo de proceder.
Qualquer ação que fosse empreendida, hoje,
envolvendo a eliminação de um medo pelas vias mais consensuais, eu diria,
estaria fadada ao fracasso, pois vocês não têm mais tempo de realizar isso, e
porque o tempo não é mais para realizar esse tipo de operações, esse tipo de
trabalho que são apenas futilidade fazendo-os perder um tempo, importante e
essencial, que visa, eu lembro a vocês, a prepará-los para esse Encontro.
Da maneira que vocês viverem esse Encontro, quanto
à sua duração, irá resultar e originar, de algum modo, sua capacidade, maior ou
menor, para estar na aceitação e, portanto, para dizer “sim” ao que acontece.
***
Lembrem-se de que o Si, assim como a Última
Presença, são, de algum modo, as garantias de sua Liberação em condições, eu
diria, fáceis, mas, mesmo em meio a esta facilidade, podem existir elementos de
medos e de resistências que estão ainda inscritos (seja qual for a experiência
do si ou da Última Presença que vocês tiverem feito).
Só o Absoluto com forma irá evitar, de maneira
total e formal, qualquer risco do Choque, qualquer aparecimento de medos e
qualquer aparecimento de interrogações, quando o momento chegar.
As futuras intervenções dos Princípios MICAÉLICOS,
assim como do próprio MIGUEL, assim como de algumas Estrelas (que acontecem
neste período e que vão até a data que foi anunciada de 22 de setembro),
fornecem-lhes, de maneira considerável, as ajudas necessárias para se
perguntarem: “quem eu Sou?”.
E, sobretudo, para observar as respostas.
Lembrem-se de que isso não é, em nenhum caso, uma
introspecção, ou uma confissão, mas, sim, um olhar lúcido que é levado ao que
pode restar, em meio à consciência limitada pertencente a esse corpo e a esse
mental, podendo se manifestar de improviso durante seu Encontro.
Este não é um trabalho que vai operar no que
restringe, mas, muito mais, no que facilita.
Observem o que acontece, em todos os níveis.
Olhem se, em sua vida, há momentos em que vocês
desaparecem totalmente, que isso dure um décimo de segundo ou uma hora, a
consequência é a mesma: isso reflete, de maneira formal, sua capacidade, quando
o momento chegar, se isso já não ocorreu, para ser Absoluto.
***
Muitos sonhos podem também se manifestar ou, em
todo caso, visões particulares, ocorrendo preferencialmente à noite, e elas são
levadas a se generalizar porque elas lhes revelam, de maneira espontânea, suas
linhagens estelares.
Não deem ali mais importância do que isso.
Ter um sonho, ou acordar em plena noite vendo tal
animal, confirma para vocês sua filiação estelar.
Mas não façam disso nem uma procura, nem um
presente: simplesmente, vocês o vivem porque ela se revela.
Isso está ligado à ação dos Cavaleiros do
Apocalipse, em vocês, que, eu os lembro, estão ligados, eles próprios,
aos Hayoth Ha Kodesh, aos Elementos: cada um de vocês tem quatro
linhagens estelares e cada linhagem estelar se revela, nesse momento.
E o que é observado, naquele momento, nesse sonho
muito intenso ou sendo despertado à noite, dá-lhes os elementos de estabilidade
do Elemento em questão.
Isso se reflete, aliás, muitas vezes (se vocês
forem observadores), por percepções fortes no nível de algumas Estrelas,
reagrupadas em triângulo, no nível da cabeça, quer seja no triângulo da Água,
da Terra, do Fogo ou do Ar (ndr: ver o protocolo “As 12 Estrelas de Maria”) (1).
Vocês irão se lembrar, se vocês ficarem atentos, de
que nos momentos em que ocorrerem essas visões ou essas aparições ou esses
sonhos, um dos triângulos de sua cabeça trabalha de maneira mais intensa.
Não deem ali muita importância, mas eu lhes dou
isso como elemento de referência, pois, se uma das suas linhagens for revelada
(ou as quatro), isso é também um trunfo importante para o momento de seu
Encontro.
***
Eu rendo Graças por sua Presença e, portanto, por
sua compreensão, por sua aceitação.
Irmãos e Irmãs na encarnação, eu lhes apresento
todas as minhas homenagens e todo o Amor.
Eu lhes digo até uma próxima vez.
Que a Graça e o Amor sejam a sua Morada, a de todos
nós.
Até mais tarde.
************
1 - ‘As 12 Estrelas de MARIA’
[Protocolo]
***
Mensagem do Venerável IRMÃO K no site francês:
31 de agosto de 2012
(Publicado em 02 de setembro de 2012)
***
Tradução para o português: Zulma Peixinho
************
0 comentários:
Postar um comentário