- Intervenção da Estrela AL -
“Tudo o que o ser
humano manifesta e exprime, desde as esferas aparentemente mais áridas -
relativas ao dinheiro, à organização da vida - é também a expressão dessa falta
de Amor e, também, a expressão do que foi realmente seccionado. O que foi
seccionado foi a livre circulação do Amor, o que nós chamamos de Comunhão. A
impossibilidade, por razões diversas, de Comungar, vai induzir um medo por si
só.”
~ O Amor, a Graça e a Vida ~
Eu sou MA ANANDA MOYI.
Irmãos e Irmãs
encarnados, eu lhes dou minhas Bênçãos.
Eu vou falar livremente,
de acordo com o que eu vivi, quando encarnada, e tentar fazê-los viver e, além
disso, fazer ressoar, em vocês, o Amor, a Graça e a Vida.
A Vida, onde quer que ela
exista, é Amor.
Não poderia existir a
mínima vida sem Amor e, no entanto, na superfície desta Terra, o que é deixado
se ver é tudo, exceto o Amor, pelo menos em uma aparência.
Muitos elementos, entre
Irmãos e Irmãs, entre nações, entre grupos não parecem, à primeira vista,
expressar o amor.
Então, como tentar
compreender, apreender, como o que é observado não reflete e não exprime a Vida
e o Amor.
A guerra, qualquer que
seja, entre dois seres, duas nações ou dois grupos, visa, em princípio,
destruir a vida, negá-la.
E, no entanto, isso
estritamente nada muda no que nós somos: Amor.
A vida nem começa, nem
cessa na morte.
A vida está por toda a
parte.
Ela está, ao mesmo tempo,
na própria expressão da consciência, da não-consciência e no encontro de tudo o
que é possível como interação, como troca, mesmo se a aparência for o oposto
disso.
***
O ser humano na
encarnação passa sua vida procurando o Amor e o que diz respeito ao Amor, seja
através de religiões, através de um trabalho.
É muito raro encontrar um
ser humano que, em algum dos setores habituais da vida sobre esta Terra, não
experimente o Amor.
E, no entanto, o que pode
parecer oposto ao Amor é, na realidade, apenas a falta de Amor e, a partir daí,
a procura desse Amor, do qual todos nós estamos privados, em certa medida, ao
mesmo tempo estando vivos.
Então, é claro, existem
tantas variedades de Amor quanto de humanos.
Existe, aliás, e nós
todos sabemos disso, quando estamos nessa carne, uma paleta infinita de amor.
Nós temos dado, há anos,
outra ideia, outra concepção e outra Vibração do Amor.
Esse Amor, que é denominado
frequentemente incondicional, mas que é bem mais do que isso, que é, como eu o
dizia, a própria Vida.
Todos os comportamentos -
que são manifestados por nossos Irmãos e nossas Irmãs, por grupos, por nações -
que aparentam ser contrários ao Amor, são apenas o reflexo do medo.
Esse medo é, ele mesmo,
apenas o reflexo de algumas manifestações ligadas ao vazio, à ausência, à
necessidade de proteger-se e à necessidade de não sofrer.
***
Então, como explicar que
essa necessidade de não sofrer, geralmente, exprime-se justamente pelo
sofrimento?
Porque existe um círculo
vicioso.
Porque o amor, qualquer
que seja, em todas as suas declinações, na superfície deste mundo, jamais
poderá preencher, de maneira definitiva, o que nós somos: esse Amor, essa
essência de Amor e essa Vida.
Quer dizer que essa vida
é ruim?
Não, nenhuma vida é ruim.
Existem, simplesmente,
circunstâncias que afastam do Amor e que têm por nome: medo, avidez, falta, que
resultam, eles mesmos, de uma incompreensão, de uma forma de ruptura do Amor
que nós somos e bem além dessa passagem entre a vida e a morte sobre esse
mundo.
Tudo o que o ser humano
manifesta e exprime, desde as esferas aparentemente mais áridas - relativas ao
dinheiro, à organização da vida - é também a expressão dessa falta de Amor e,
também, a expressão do que foi realmente seccionado.
O que foi seccionado foi
a livre circulação do Amor, o que nós chamamos de Comunhão.
A impossibilidade, por
razões diversas, de Comungar, vai induzir, por si só, um medo.
Quem não se lembra de
ter, diante de si, alguém que é amado e que, no entanto, não nos compreende,
não parece responder à nossa expectativa, não comunga conosco?
Porque, é claro, o Amor
jamais estará em qualquer palavra e, eu diria mesmo, em um comportamento,
porque o Amor é a nossa natureza.
Ele deveria, muito
logicamente, existir e se manifestar, independentemente de qualquer palavra, de
qualquer relação, de qualquer compreensão ou incompreensão por palavras ou
comportamentos.
E, no entanto, todos nós
sabemos que esse não é frequentemente o caso, porque o Amor sempre é procurado
através de uma falta, através de um medo, através de uma insuficiência.
Porque o amor, tal como
nós o definimos, quando estamos encarnados, é, em geral, a expressão de uma
falta, a expressão de uma projeção, como se a essência que somos não fosse
visível e nos fizesse, sem exceção, buscar, no exterior, esse Amor.
Qualquer que seja a
relação que se estabeleça - quer seja a mais amorosa, a mais romântica, quer
seja a mais autêntica - ela faz, em última análise, apenas refletir a
insuficiência e a incompletitude, que está presente em cada um de nós.
***
O exemplo de minha vida,
e de tantas outras, mostrou que a fonte do Amor estava, antes de tudo, no
coração, ou seja, em si mesmo.
E que apenas se podia
amar se já se tivesse encontrado este Amor, em si.
E que o amor que
projetamos é apenas o reflexo do que, justamente, nós não encontramos.
E nós falamos, então, de
complementaridade, nós falamos, então, de satisfação: esse amor é sempre
condicionado e condicional, porque ele deve responder a uma expectativa, ele
deve responder a uma aspiração (encontrada no outro, em uma arte, em um grupo,
em uma filiação, não importa).
Essa forma de amor sempre
será condicionada, porque ela não pode ser estabelecida na Comunhão.
E a Comunhão apenas pode
se estabelecer a partir do momento em que você mesmo encontrou, em seu Coração,
a natureza de quem você É.
Não através de uma
história, não através de relações, mas, bem mais, com o reconhecimento do seu
próprio Coração, da nossa própria Essência.
A partir do momento em
que você se encontrou, o Amor escoa e flui de você mesmo, deixando-se viver
relações bem mais profundas e bem diferentes daquelas que se deixam viver na
falta, de qualquer relação humana ou de qualquer relação de paixão ou com um
objeto, que não está em concordância com esse amor vivido no coração.
A partir do momento em
que um ser humano, um Irmão, uma Irmã, encontra si mesmo, ele irradia,
manifestamente, esse Amor, sem ter necessidade de procurar outro amor, e a
magia faz com que, naquele momento, o Amor flua dele, assim como flua daquele
que está à sua frente e que, tampouco, não tem qualquer falta.
O que eu quero dizer com
isso é que, se a essência do Amor estivesse presente, em cada um de nós, na
encarnação, não haveria mais qualquer problema de relação, qualquer problema de
guerra, de competição, de predação ou de incompreensão.
É a falta e o medo que
criam todas as desarmonias, todas as guerras.
***
Foi dito, em vários
textos: «você amará o seu próximo como a si mesmo».
E, se vocês olharem
objetivamente, irão constatar que vocês apenas podem dar o que vocês
encontraram em si.
Qualquer que seja a
roupagem que vocês derem a isso, qualquer que seja a expressão que vocês lhe derem,
vocês apenas podem dar o que vocês são.
Vocês não podem dar o que
vocês não são, isso é impossível.
E é dessa falta, dessa
incompletitude - que está presente em vocês - que decorrem todas as abordagens
amorosas, sem exceção.
A partir do momento em
que vocês são preenchidos do Amor de si mesmos, e não nessa pessoa, mas no
sentido mais autêntico, não pode existir a mínima projeção de expectativa, a
mínima projeção de falta, a mínima interrogação, porque, de algum modo, vocês
substituíram a relação pela Comunhão.
E essa Comunhão não se
importa, em última análise, com as faltas do outro, quer elas sejam aparentes
ou escondidas, porque o que emana de vocês, naquele momento, não pode, em caso
algum, ser alterado por uma relação, qualquer que seja (de dependência, de
filiação ou, até mesmo, no amor mais equilibrado).
Enquanto vocês não
encontrarem si mesmos em sua natureza do Amor, vocês apenas farão reproduzir
situações de falta que, inexoravelmente, irão se expressar por desequilíbrios,
porque eles são pré-existentes pelo próprio fato da falta.
***
Alguns de seus
provérbios, no ocidente, dizem: «a caridade começa por si mesmo».
Como vocês podem esperar
encontrar, em outro lugar que não em si mesmo, algo que os satisfaça, enquanto
não perceberem o que vocês São, e que o conjunto de todos os outros Irmãos e
Irmãs, das outras situações, já está em vocês?
É impossível encontrar uma
satisfação: no máximo, ela irá de um dado momento de sua vida até o fim de sua
vida.
E vocês parecem eternos,
mas sabem que esse amor jamais é eterno, porque ele se dissolve após a morte.
E aí se produz,
novamente, a falta, a insuficiência, o sentimento de perda, o sentimento de
abandono e de ter perdido algo de essencial.
Isso é profundamente
diferente se vocês forem, vocês mesmos, a própria natureza do Amor.
Se vocês se encontrarem,
jamais poderá existir, através de um desaparecimento, seja ele qual for, um
sentimento de falta.
O amor é, portanto, no sentido
mais humano, o reflexo de uma falta, o reflexo de um medo, de uma
insuficiência.
Quando o Amor mais
autêntico está aí, ele se basta por si só.
Não é por isso que ele se
fecha, muito pelo contrário, é, justamente, naquele momento, que ele é liberado
e pode, efetivamente, emanar do Ser para qualquer Ser.
E esse Amor é chamado de
incondicional.
Ele apenas faz expressar
a realidade do Amor, que está além de qualquer relação, mas que se estabelece -
como vocês o vivem, talvez, agora - em diversas Comunhões que vivemos com
vocês, que vocês vivem entre si, e que passa das palavras, que passa das
faltas, porque há uma completitude possível, e presente, de cada lado.
***
O Amor é o motor da vida,
ele é o agenciamento da vida, ele é, disso, ao mesmo tempo, a justificação, o
pretexto e o fundamento.
Então, o ser humano
procura - frequentemente, no outro, ou em outros lugares, em outras Dimensões -
o Amor que é ele mesmo.
Como vocês sabem, há uma
forma de restrição ao amor: o simples fato de perder a consciência entre a vida
e a morte, e a morte e a vida, não permite encontrar uma continuidade.
Não há, aliás,
continuidade de pessoa: no máximo, existe uma continuidade através do que foi
nominado de Karma.
E, no entanto, todos os
seres que escaparam desse corpo, por uma razão ou por outra,
conscientizaram-se, realmente, da natureza do que eles são.
Mesmo sem ir muito longe,
fora desse corpo, mesmo sem ir muito longe, fora dessa Dimensão, o Amor é
onipresente.
É como se a carne, nesse
mundo, fosse um amortecedor, um freio que impediu de viver a realidade do Amor,
tal como algumas experiências podem dá-las, propiciá-las.
Mesmo na carne, há sempre
a noção de buscar um complemento, e nós todos sabemos que esse complemento -
quando encontrado - dura apenas alguns instantes.
Porque, se ele durasse
eternamente, não teria qualquer necessidade de reproduzir-se na carne, ele
estaria presente em todos os tempos.
***
Então, obviamente, o que
é que faz com que essa humanidade, nessa carne, esteja sempre nessa falta,
nesse medo?
É, obviamente, a
dificuldade para amar si mesmo, mas não se amar como pessoa, amar-se como Princípio
da Vida.
Entretanto, esse Princípio
da Vida foi justamente alterado em algum lugar, uma vez que, geralmente, nenhum
ser humano, salvo exceção, até agora, não tinha a possibilidade de viver essa
natureza de Amor.
Então, obviamente,
através dessa falta, dessa insuficiência, todas as relações - quaisquer que
sejam - farão apenas expressar uma idealização ou uma projeção de falta que tem
necessidade de ser preenchida.
Mas todos nós temos muita
dificuldade para encontrá-la no outro, qualquer que seja a relação.
Enquanto permanecermos no
nível de uma relação de falta, jamais essa falta será preenchida.
Então, é claro, existem
amores tão fortes que, quando vocês dão todo o seu amor, quando se projetam,
totalmente, no que vocês dão ao outro, pode parecer estarem preenchidos de algo
que vem pôr fim às privações.
Esse amor, qualquer que
seja o seu aspecto, jamais poderá durar além de certo tempo, pois,
efetivamente, existe uma exaustão dessa projeção.
Ninguém pode estar
permanentemente nessa projeção, sem se exaurir.
Ninguém pode estar
permanentemente nessa doação de amor, sem ele próprio se exaurir.
***
E, depois, há o exemplo
de pessoas que foram capazes de dar e de ser esse amor permanentemente, e,
frequentemente, o que elas disseram foi que eram alimentadas por um Amor que
vinha de outro lugar, mas de outro lugar que não do coração delas, mas,
simplesmente, que o coração estava repleto de Amor, sem que houvesse
necessidade de justificação, sem que houvesse necessidade de relações, sem que
houvesse necessidade de expressar qualquer sofrimento ou qualquer falta.
Isso foi profundamente
verdadeiro, para muitos místicos, em sua forma de adoração à Luz ou a um
personagem que tivesse vivido esse Amor, que o tivesse manifestado.
Naquele momento, para
aqueles seres, o Amor não tinha necessidade de ser projetado, porque ele
emanava, espontaneamente, deles mesmos, além de qualquer vontade e além, até mesmo,
da noção de fazer o bem, porque eles eram o Bem, e porque o que irradiava deles
não tinha necessidade de ser justificado, de ser mostrado ou demonstrado.
Então, é claro, no estado
desse mundo no qual vocês vivem e, talvez, com o que vocês tenham vivido, as
coisas são profundamente diferentes.
Porque o Amor
incondicional, o Amor Vibral, de algum modo, permitiu-lhes conectar com a
natureza profunda da Vida e, hoje, talvez, vocês vivam estados de Graça, mais
ou menos intensos, mais ou menos pronunciados, mais ou menos evidentes.
***
A partir do momento em
que vocês encontraram, sem ter procurado, a partir do instante em que vocês
reconhecem o que vocês São, o Amor está aí.
Não há qualquer fraude
desse mundo que se mantenha.
Não há qualquer limitação
desse mundo que possa impedi-los de encontrar o que vocês São, quaisquer que
sejam as circunstâncias, mesmo as mais penosas, de uma vida humana.
E, aliás, nós todos
sabemos que é nos momentos mais difíceis, nos momentos de grande sofrimento,
nos momentos de grande perda que um ser humano é capaz, geralmente, de
manifestar o que ele É, além de qualquer artifício.
Porque, naqueles
momentos, os mecanismos de projeção são aniquilados.
Porque, naquele momento,
todos os sonhos - tudo o que havia sido construído por uma razão importante -
parecem devastados e destruídos.
E é, no entanto, nesses
momentos, que eclode o verdadeiro Amor, aquele que não depende de qualquer
circunstância, nem exterior nem relacional.
***
Os Irmãos e as Irmãs que
viveram experiências denominadas «às portas da morte» trouxeram a lembrança
desse Amor que se tem além do visível, ilustrado por um grande Ser, por um
membro da família que morreu ou, ainda, pelo que está atrás de tudo isso, ou
seja, o Sol, a Luz.
Então, é claro, a
lembrança da experiência, em si mesmo, mesmo a mais imponente e a mais potente,
não é a causa da mudança dessas pessoas, desses Irmãos, dessas Irmãs que
viveram isso.
E, no entanto, fica
nelas, além da lembrança, essa emanação de Amor tão específica, que não depende
de qualquer contexto e, sobretudo, de qualquer vazio Interior, de qualquer
sofrimento, de qualquer medo, de qualquer perda.
Isso, nós todos
conhecemos ao nosso redor.
E depois também há seres
que, por uma razão ou por outra, se encontram a emanar esse Amor e a viver o
que são denominados Graças, Êxtases, Samadhi, que não dependem de
qualquer circunstância exterior, e simplesmente de uma circunstância Interior.
Esses Seres são então
capazes, sem decidi-lo, sem querê-lo ou sem desviar-se disso, de emanar,
permanentemente, essa qualidade específica de Vida que é o Amor autêntico,
incondicionado e incondicional.
***
Cada vez mais, hoje,
Irmãos e Irmãs despertam para essa Verdade e vivem isso.
Isso é feito através de
uma série de balizas.
Essas marcações, vocês as
conhecem: são os Pilares, são as Vibrações, são o que acontece no nível do que
é chamado de energia, de Vibração, de consciência.
A consciência é Amor, ela
mesma.
E, no entanto, as guerras
estão sempre muito presentes, no entanto, os conflitos estão sempre muito
presentes.
As coisas mudam, porque,
para aqueles de vocês que vivem os contatos conosco, vocês sabem, efetivamente,
que o que vocês vivem nada tem a ver com um amor condicionado ou condicionante,
vivido sobre esse mundo, mesmo no laço mais forte existente entre uma mãe e seu
filho: não há comparação com o que vocês podem viver na Comunhão.
Isso ocorre e é cada vez
mais frequente.
Vocês o constatam, tanto
em si como ao seu redor, aliás, vocês estão aqui para isso.
É importante aceitar,
antes de poder irradiar, que o único Amor possível situa-se no Interior de Si,
e que, quanto mais a pessoa que vocês creem ser se apagar (através de um choque,
através de um processo), mais esse Amor pode ser irradiado, pode ser
manifestado.
É como se a ausência de
interação com a natureza do que nós somos, limitando-se (por uma razão, desta
vez, exterior), impedisse qualquer alteração do que irradia.
É nessas circunstâncias
que acontecem os acessos ao Si, ao Despertar, à Realização.
É nesse nível que
acontece o Samadhi, a Paz.
***
E depois, nós temos
falado da Morada da Paz Suprema, que é esse estado, e que vem transcender tudo
o que pode ser conhecido, em qualquer amor projetado, como em qualquer amor
encontrado em si e irradiado.
É, ainda, algo mais que
remete além do humano e que, no entanto, permanece, totalmente, humano.
Então, é claro, tudo isso
pode parecer experiências, tudo isso pode parecer muito complexo, muito
difícil, principalmente através das experiências da vida desse lado.
Existe, contudo, a
possibilidade, hoje, de não mais ser afetado por nada desse mundo, sem,
contudo, dele desviar-se, sem, contudo, condenar esse mundo, mas, justamente,
nele estando, seja como for.
Ninguém disse que era
fácil, mas, em todo caso, é o que muitos de vocês experimentaram ou continuam a
experimentar, ou mesmo a viver: esse Amor não condicionante, porque ele
não é o reflexo de uma falta, mas é o reflexo do que foi conhecido no Si,
redescoberto no Si, e que permite, portanto, uma irradiação, além de qualquer desejo,
além de qualquer falta projetada fora de Si.
Isso é o Amor, porque é a
vida.
E, quando a Vida é
encontrada, a Graça está aí.
Quaisquer que sejam as
palavras que vocês colocarem, é sempre esse mesmo sentimento de ser pleno e de
que nada mais pode esvaziá-los.
Essa plenitude, quer
vocês a chamem de Alegria, de Samadhi, de Shantinilaya,
resulta realmente disso, ou seja, dessa plenitude, desse sentimento de ser
completo, de nada mais ter que fazer senão amar.
Porque, a partir do
momento em que o Amor servir a algo de lógico (uma filiação, uma relação com um
filho, com um pai, uma relação de casal), esse amor será sempre uma projeção.
Ele encontrará, apenas
muito raramente, o equilíbrio.
Então, existem casais que
passam toda a vida neles, mas isso não é o Amor Vibral, é um amor que encontrou
um equilíbrio estável, e vocês sabem, muito bem, que isso está longe de ser o
mais frequente e longe de ser o mais fácil de viver para todo mundo.
***
E depois, hoje, vocês são
capazes de estabelecer Comunhões, quer seja com outros Irmãos e Irmãs, conosco,
as Estrelas, os Anciões, os Arcanjos, com o Sol e com a Terra.
Tudo isso possui
diferentes nomes, tudo isso lhes foi explicado.
E quando isso ocorre em
vocês, mesmo se não for permanentemente, deixa-os viver algo de diferente, no
qual a necessidade de projetar um amor, a necessidade de amar (no seu sentido mais
nobre) não existe mais, porque vocês São Amor.
Sendo Amor, vocês não têm
necessidade de amar na projeção: basta simplesmente Ser, deixar sua natureza se
manifestar.
Aliás, através desse ato
de deixar manifestar sua natureza, é que acontece, mais facilmente, aquilo de
que falamos incessantemente há algum tempo, que é o Abandono: Abandono à Luz, Abandono do Si, ou
seja, o momento em que a vontade do Eu não existe mais.
E vocês todos sabem que
há pessoas que procuram o Amor, permanentemente, e outros que nada procuraram.
Mas, enquanto houver uma
busca do Amor, vocês não podem Ser Amor.
De fato, é como se o
processo ocorresse ao contrário.
A falta induz essa procura,
a procura induz uma projeção, a procura de um ideal (eu repito, seja uma pessoa
ou uma profissão ou o que quer que seja mais) para nutri-los.
E o que os nutre e os
preenche vem, efetivamente, do exterior, nesse caso.
Mesmo se vocês sentirem o
seu coração, por alguém, por algo, se vocês olharem, de maneira objetiva, vocês
irão ver, efetivamente, que é sempre a mesma coisa: qualquer que seja a
expressão desse amor, qualquer que seja o objeto desse amor, há, em última
análise, sempre subjacente, uma falta, uma necessidade de completar, uma
necessidade de interagir, também.
***
Isso é profundamente
diferente do que é vivido quando sua natureza se revela a vocês, porque,
naquele momento, a fonte de Amor é vocês mesmos.
Não há mais que se
colocar a questão do Amor para dar.
Não há mais que se
colocar a questão de saber se amamos ou não, porque o Amor é a sua natureza e
não é mais nem uma projeção, nem uma ocupação, nem um ideal.
É apenas este Amor que é,
se eu puder dizer, autêntico, porque ele não depende, justamente, de uma causa
exterior: ele não depende de uma relação, ele não depende de uma pessoa, não
depende de ninguém.
Ele é o que vocês São.
Então, naquele momento,
não há mais esforço a fazer, não há que se ocupar com nada: vocês se tornaram,
realmente, o que vocês São, naquele momento, o Amor emana de vocês como ele é,
ou seja, a sua natureza.
E o que é vivido, naquele
momento, através de seres, através de situações, de ocupações não tem mais, de
modo algum, o mesmo sabor, não tem mais, de modo algum, a mesma coloração de
algo a preencher, de algo que falta.
O que vocês vivem,
naquele momento, é profundamente diferente.
***
E, no entanto, apesar
disso, frequentemente o ser humano tem necessidade de se completar, porque o
corpo é assim feito, aqui, sobre este mundo, ele é incompleto.
Basta falar de
complementaridade, de olhar para a própria constituição dos corpos, para dar-se
conta de que um é feito para o outro, mesmo no nível da carne,
independentemente dos sentimentos, independentemente, até mesmo, da natureza
dos sexos.
Tudo isso representa, em
última análise, apenas algo que só exprime uma falta.
E, em contrapartida, no
momento em que vocês descobrem ou redescobrem a natureza que vocês São, então,
naquele momento, não existe mais sentimento de incompletitude, mesmo se houver relações,
ainda, mesmo se existir uma necessidade de não estar só, mas é profundamente
diferente, porque a fonte do Amor é vocês mesmos e, aí, vocês estão prontos
para Comungar, consigo mesmo e com o outro e, também, para irradiar esse Amor,
sem desejá-lo, em tudo o que vocês tocam, em tudo para o que vocês olham.
Aí, não pode existir
qualquer falta, não pode existir qualquer traição, qualquer incerteza, e vocês
apenas podem dar, lembrem-se, o que vocês encontraram.
Vocês não podem dar o que
não adquiriram, mas não «adquirir» no sentido de possuir, não «adquirir» no
sentido de guardar para si, mas, efetivamente, reconhecer a natureza da Vida, a
natureza da Graça, a natureza do Amor que é, de fato, a única natureza
possível.
Naquele momento, vocês
vão constatar - e o constatam cada vez mais, nesta época específica na qual
vocês estão encarnados - que, obviamente, as regras do jogo, se pudermos
dizê-lo, não se expressam do mesmo modo em todos os níveis.
Existem muitas coisas que
são chamadas de progresso, que são chamadas de evolução que, sem falar da
realidade delas, refletem, em todo caso, a modificação do jogo amoroso, e eu
entendo por jogo amoroso não unicamente o jogo entre dois seres, mas o jogo
amoroso em toda a vida.
Enquanto o jogo amoroso
for baseado no que eu chamei de medo, de sofrimento, de perda, ele não pode ser
saciado.
A partir do instante em
que o jogo amoroso se expressar no momento em que vocês reconheceram o que
vocês São, pelo Fogo do Coração, pela Coroa Radiante, por inúmeras coisas que
lhes foram longamente explicadas, então, vocês irão observar que, naquele
momento, as coisas mudam, porque não existe mais privação.
Existem, é claro,
interrogações sobre o próprio sentido da vida, existe um questionamento que
pode envolver outros medos, quer se refiram ao trabalho, aí também, ao medo da
falta, ao medo de não ter o que comer, de não ter teto.
***
Quando o Amor emana de
vocês que encontraram sua natureza, tudo se torna diferente, porque serão
enunciadas leis que os fazem sair da ação/reação permanente, quer seja o que
vocês denominaram Fluidez da Unidade, sincronias, leis de Atração e de
Ressonância.
Quando vocês são Amor, o
Amor vem a vocês.
E esse Amor se expressa,
não unicamente através de pessoas ou de situações agradáveis, mas tudo o que é
necessário, para vocês, então, é provido, porque é exatamente o que acontece,
se vocês forem Amor: nada pode faltar, seja o que for que acontecer no exterior
ou no Interior, tudo irá lhes aparecer e será vivido do modo mais correto, sem
falta e sem medo.
Isso quer dizer, também,
e ilustra o que nós lhes dizemos: que há apenas duas coisas, o medo
ou o Amor.
O medo que reflete,
unicamente, a falta, a insuficiência e os diversos medos.
E o Amor, é claro, que é,
não o oposto do medo, nem mesmo a outra vertente, mas que é, efetivamente, a expressão
de algo que foi encontrado.
Tendo encontrado a Vida,
a Vida encontra vocês.
E as circunstâncias de sua vida vão ocorrer diferentemente.
É impossível, para aquele
que vive o Amor no seu Coração (no sentido mais Vibral), que tem acesso
ao Samadhi, poder exprimir a mínima falta, a mínima incompletitude
e o mínimo medo.
É nesse sentido que nós
lhes dizemos, sempre: medo ou Amor, porque frequentemente vocês têm a
impressão de que os dois coexistem: um dia, há o Amor, outro dia, há o medo.
Mas, quando o Amor está
aí, não pode existir o medo.
Não pode existir o
sofrimento, qualquer que seja, no psiquismo ou no corpo, pois, seja o que for
que ocorrer na cabeça, no corpo, nas relações, o Amor está aí.
Em vocês, mesmo se algo
terminar uma relação, o que quer que seja, se vocês se reconheceram no Amor,
nada pode faltar.
Se algo faltar, então,
isso os remete às suas próprias faltas, e ao que vocês projetaram dela, através
de um ideal, através de uma necessidade ou de uma privação.
Seja uma necessidade, uma
falta, um desejo ou um ideal, nada estritamente muda no que isso é.
Enquanto o Amor permanecer,
para vocês, uma investigação, ele fará apenas refletir uma falta.
Ao passo que, para vocês,
se o Amor estiver em outro lugar que não no Aqui e Agora, mesmo através de uma
busca espiritual, vocês acabam se afastando de si mesmos.
***
O Amor, como foi dito de
diferentes modos, não tem que ser procurado, uma vez que é o que nós Somos.
De fato, é preciso,
simplesmente, perceber o que nós Somos.
E, quando percebemos o
que Somos, mais nenhuma falta pode sobrevir.
Nós estamos bem longe, eu
lhes garanto, da abordagem comum, no ocidente como no oriente, da evolução de
relações entre os homens e as mulheres, entre os homens e as mulheres e a
sociedade, ou, até mesmo, nas relações supostas de serem as mais duradouras,
como as relações ligadas ao sangue, ao DNA, à família.
Existe, portanto, um
mal-estar: é que, enquanto o humano não estiver voltado para si mesmo, não para
procurar-se, mas, efetivamente, para manifestar o que ele É, tudo o que for
manifestado no exterior será insuficiente, deficiente.
Isso é normal.
Outros disseram: «busquem
o reino dos céus, e todo o resto ser-lhes-á dado».
O reino dos céus está
dentro de vocês, são, portanto, efetivamente vocês que precisam procurá-lo, não
como uma busca no exterior, em um conhecimento qualquer, em uma relação
qualquer, mas, sim, encontrando a natureza que nos anima e que nós somos.
Realizando isso, todas as
contrariedades desse mundo nada irão representar, pois, progressivamente e à
medida que esse reconhecimento ocorrer, o conjunto de circunstâncias da vida
vão estar em harmonia com isso.
E isso se refere,
absolutamente, a todos os setores, porque o Amor é Abundância, ele jamais pode
ser privação.
***
Então, é claro, existem
situações nas quais um grande sofrimento pode fazer aparecer o Amor.
Mas, justamente, o Amor
aparece nesses casos de sofrimento porque há um vazio tão intolerável que o
Irmão, a Irmã para quem isso acontece pode apenas encontrar, em si, o recurso.
E, isso, não se encontra,
ele emerge, a partir do momento em que vocês não procurarem mais.
Geralmente, quando eu
falo de eventos traumáticos, pode tratar-se da perda de uma pessoa próxima, de
um trabalho ou de algo que seja julgado como importante, que tem valor para
aquele que vive isso, e que desapareceu.
Como diz um
interveniente, frequentemente, mudem de olhar, aceitem que vocês são Amor,
porque essa aceitação, não essa crença, vai refletir-se pela plenitude
(ndr: BIDI).
E, nessa plenitude, há espaço
para todos, uma vez que essa plenitude jamais pode se esgotar.
Ela não depende de
circunstâncias exteriores, ela não depende do sentimento de gratificação que
vocês possam obter, mas depende apenas de vocês mesmos, não em um confinamento,
mas em uma verdadeira abertura, que não é mais a projeção de uma falta ou de
uma insuficiência.
***
Então, naquele momento,
vocês descobrem a Liberdade.
Vocês não têm mais
necessidade de amar ou de não amar.
Vocês descobrem que o
Amor é sua natureza, tudo se torna profundamente diferente.
É isso, a Liberdade que
leva à Liberação.
Essa independência, essa
autonomia, está em ressonância direta com a Liberdade e com o Amor.
É isso que vocês devem
realizar, não procurar, não compreender, mas viver, uns e os outros.
Nós lhes dizemos que a
compreensão de nada serve, ela é apenas justificativa para o mental, ela é
apenas cálculo, ela é apenas lógica.
O Amor não tem que ser
lógico: ele É, simplesmente.
Enquanto vocês puserem a
lógica à frente, isso corresponde a uma falta.
Enquanto vocês puserem
uma organização à frente, isso, também, corresponde a uma falta, porque o Amor,
em sua espontaneidade, não tem que estar em uma lógica ou em uma razão.
Ele é o que é expresso de
mais natural no mundo, porque, eu repito, é o que nós Somos.
Mesmo a guerra não
aniquila o que nós Somos.
Mesmo a morte não pode
aniquilar o que nós Somos.
E isso é justamente o que
nós somos, que é Amor.
***
Enquanto vocês projetarem
no exterior (através mesmo de uma busca, qualquer que seja), vocês irão manter
a falta, vocês jamais irão preenchê-la.
E isso, a sua vida, e
tudo o que é humano, representa isso.
Enquanto o humano não for
humano, enquanto ele não reencontrar sua natureza, toda a sua vida será
submetida ao que é denominado ação/reação, e a ação/reação mantém a
perpetuação.
A ação/reação mantém o
que vocês chamam de livre arbítrio, que não é a Liberdade.
E, assim, de reação em
reação, de busca em busca, o ser humano se afasta, cada vez mais, da sua
natureza.
É essa exteriorização da
consciência, através dessa busca, que cria a aparência da falta do amor, que
cria as guerras, que cria as insuficiências, as rupturas, as chantagens.
Não há alternativa senão
a de encontrar si mesmo.
Então, é claro, a época
que há para ser vivida, e que vocês vivem, está nessa diferença de que o Amor
chegou para vocês, ele veio despertá-los.
Muitos despertam, hoje, e
descobrem - um pouco como ao acordar, pela manhã - que eles despertam de um
pesadelo no qual tudo era falso, no qual o sentido de valores foi completamente
redistribuído.
Mesmo isso não sendo
chamado de Amor, é o Amor que age.
Enquanto o Amor estiver
ausente, sempre haverá competição, sempre haverá comparação, sempre haverá falta
e insuficiência, e sempre haverá o medo.
***
Quando o Amor está aí,
tudo se transforma, tudo se torna diferente.
A Liberdade torna-se
real.
A Autonomia torna-se
real.
Não pode existir
insuficiência.
E, naquele momento, os
medos que estiverem presente, quaisquer que sejam, desaparecem, inteiramente,
porque nada há para preservar.
Quando a natureza do Amor
é reencontrada, a Vida flui dela mesma.
Quaisquer que sejam as
circunstâncias, não podem existir privações no Amor, mesmo se vocês não tiverem
o que comer, mesmo se não tiverem teto.
É a ausência de Amor que
os faz buscar, ativamente, preservar-se dessas desventuras.
Mas, quando o Amor é
encontrado, como dizia CRISTO: «será que o pássaro se preocupa com o que ele
vai comer amanhã?».
O Amor não se preocupa
com nada.
Ele é Vida.
Ele é a Verdade e, quando
vocês estão sob essa Verdade, a ação/reação desaparece, ela é substituída pela
Graça, e a Graça é atuante, ela fará tudo para que sua vida seja a Vida.
A abordagem é
profundamente diferente.
Em um caso, há projeção.
No outro caso, há Acolhimento
e Doação.
É um ou o outro.
Não há alternativa e vocês
vão vivê-lo, se já não viverem isso, porque as circunstâncias desse mundo vão
fazer com que esse mundo fique perante ao que ele construiu, em relação às suas
faltas.
Tudo o que é o progresso
moderno, tudo o que foi desenvolvido e construído - tanto na matéria como na
cabeça - tinha por função apenas evitar a falta, conferir o que vocês chamam de
conforto.
Conforto que vocês
obtiveram no ocidente (ou, em todo caso, nos países ricos).
Mas de que vale esse
conforto se houver a falta?
De que vale esse conforto
se não houver reconhecimento do Amor?
Estritamente, de nada
vale, porque ele os apaga, ele os entorpece, ele os anestesia, e os afasta do
que vocês São.
E isso cria uma avidez, e
isso faz com que a alma vá buscar experiências que possam satisfazê-la, através
do outro, através de um filho, através de uma profissão, através de uma
atividade, qualquer que seja.
***
Quanto mais o Amor crescer
e quanto mais o Amor emanar e irradiar de vocês, menos isso pode preocupá-los.
E, quando vocês chegarem
ao Final, vocês continuarão Amor, e todo o resto desaparece.
Foi o que eu manifestei,
em alguns momentos, na minha vida e, no entanto, talvez vocês saibam disso, eu
fui casada, eu tinha muitas pessoas ao redor de mim.
Todas essas pessoas que
vinham se nutrir, não de mim, mas do Amor, porque havia uma ressonância que era
criada.
É claro, nem todos
tiveram a ressonância suficiente para reencontrar o que eles eram, porque as
faltas e as projeções criam, de algum modo, uma barreira que se torna cada vez
mais rígida, porque ela é construída sobre o medo e o medo se torna rígido.
Ela impede o Amor que nós
Somos de se expressar.
Então, é claro, enquanto
vocês olharem a falta, vocês procuram preenchê-la.
Enquanto vocês olharem o
objeto do seu desejo, vocês procuram possuí-lo.
Mas, se vocês fizerem
cessar tudo isso, então, o Amor está aí.
Não aquele que vocês
querem, não aquele que vocês esperam, mas aquele que sempre esteve aí, no meio
do seu peito.
Hoje, ele se descobre,
cada vez mais facilmente, porque as circunstâncias querem isso, vocês sabem.
***
Então, eu apenas posso
convidá-los a viver, não conforme os seus desejos, não conforme as suas faltas,
mas conforme o Amor e conforme a Graça porque, na Graça, há a Vida, e a Vida
jamais irá lhes faltar, o que quer que vocês tenham que viver.
É sempre o mental, a
falta, que vai induzir ações de preservação da ilusão, através da segurança,
através de laços que vocês criam, através de invenções, através de criações.
Tudo isso, de fato, é
destinado apenas a projetar o seu próprio amor e a mascarar a falta da natureza
que nós todos Somos.
Assim há, portanto,
também, nesse nível, uma espécie de Reversão e de inversão.
O apelo da Luz, hoje, é o
de fazê-los viver isso.
Então, sejam quais forem as circunstâncias de sua vida, não se queixem, não as rejeitem, porque sua
visão inscreve-se, geralmente, apenas na emoção do momento ou na compreensão
intelectual e lógica do que vocês tinham e do que não têm mais.
Com o passar do tempo, vocês vão constatar, por si mesmos, e todos vocês fizeram essa
experiência, que o que lhes faltou, um dia, através de uma perda e de um luto, sempre termina por desaparecer.
E qual é o agente que o
faz desaparecer?
O tempo.
Porque a falta sempre
está inscrita no tempo.
O Amor não está inscrito em
um tempo.
Ele os faz escapar das
consequências do tempo.
O amor Vibral: o Amor que
se doa.
Reflitam nisso, porque
esses mecanismos estão operando, absolutamente para tudo.
Entretanto, hoje, o que
acontece e o que irá acontecer, cada vez mais, é que vocês são regados na Fonte
e na Natureza do que vocês São, quer vocês nomeiem isso Supramental, Onda da
Vida, Êxtase, Samadhi, Shantinilaya e suas várias
declinações, isso não tem qualquer tipo de importância.
Tudo isso é apenas um
convite para darem-se, vocês mesmos, ao que vocês São, para nada esperarem,
porque, quando nada se espera, tudo está aí, não há falta.
***
Nós somos, todos nós, o
Amor, a Vida e a Graça, o Caminho, a Verdade e a Vida.
Sem qualquer exceção.
Somente os filtros e os véus,
as experiências do passado, os traumas, a falta, o medo, afastam-nos disso.
Então, há apenas o Amor
para se preencher.
Há apenas o Amor para ser
o que nós Somos, de maneira infinita, além desse tempo, como de qualquer tempo.
Esse Amor, quando é
encontrado, não pode ser limitado, não pode ser seccionado e não desaparece com
a morte.
Porque vocês encontraram
o que vocês São: vocês são a Eternidade.
Antes, em momento algum
vocês podiam viver isso, vocês podiam apenas supor ou imaginar.
Mas, a partir do momento
em que o Amor estiver realmente aí, vocês são a Totalidade, vocês são o Todo.
***
Aí estão os elementos que
eu desejava trazer-lhes e que decorrem, talvez, não do que acontece agora, mas
do que eu realmente vivi na minha encarnação passada.
Aí está o essencial, pois,
se vocês aceitarem olhar, objetivamente, vocês irão se aperceber de que,
realmente, é a única Verdade.
Ela não é relativa, ela
traduz o Absoluto de todas as relações, e de tudo o que pode existir sobre este
mundo e em outros lugares.
O que difere nos outros
mundos, nos mundos que nós denominamos Unificados ou Multidimensionais, é que a
expressão do Amor não é contaminada por nada, freada por nada: não há nem
opacidade, nem cálculo, nem lógica, nem razão, nem apego.
Há Liberdade total de
movimento, de ressonância, de Comunhão.
Não há qualquer
confinamento possível, ao passo que tudo o que foi construído sobre esse mundo,
há muito tempo, obriga a separar, a confinar.
Isso é visível, até mesmo,
nos modos de vida.
Isso é visível em tudo o
que se deixa ver, em tudo o que se deixa experimentar neste mundo.
Olhem, claramente, e
vocês irão compreender, naquele momento, vocês irão apreender que o Amor não é
algo que se tome, nem que se troque.
O Amor é Doação, porque a
Vida é Doação e porque a Vida é a Graça.
Reencontrar a Graça,
viver a Graça e o Êxtase é a essência da sua Natureza, ou seja, que vocês se
encontraram.
Encontrando-se, vocês
encontraram o resto do mundo, vocês encontraram o Amor.
***
Eu terminei minha
intervenção.
Estabeleçamo-nos, se vocês
quiserem, todos juntos, nessa Doação, nesse acolhimento, no Amor que nós Somos,
além de qualquer consideração, além de qualquer expectativa, de toda a
projeção, de toda a esperança, até mesmo, simplesmente instalando-nos nesse
tempo presente, que não depende de qualquer tempo e que, portanto, escapa do
tempo.
Assim é o Amor, assim é a
Verdade.
MA ANANDA MOYI ama vocês,
porque é a Natureza dela.
Vocês me amam, porque é a
sua Natureza, sem cálculo e sem condição, sem suposição.
Eu os amo.
Até breve.
************
Mensagem da Amada MA
ANANDA MOYI no site francês:
21 de julho de 2012
***
Postado por Célia G.
***
Transcrição e edição:
Andrea Cortiano e Zulma Peixinho
************
0 comentários:
Postar um comentário