- Intervenção da Estrela
PROFUNDEZ -
“Contentem-se em Ser, em viver o que a vida lhes deixa viver, no efêmero, estando conscientes de que vocês não são isso.” / “E eu lhes digo: não, vocês não estão sonhando. Não, vocês não estão projetando nada. Não, vocês não estão imaginando nada. Essa é a estrita Verdade de quem vocês São: esse Absoluto, esse indescritível Amor.”
~ CASAMENTO MÍSTICO: DOAÇÃO DO AMOR ~
Irmãos e
Irmãs na humanidade, eu rendo Graças por sua Presença nesse espaço.
Eu sou
TERESA, uma das Estrelas, digamos, em ressonância com PROFUNDEZ.
Eu estou na
junção do Elemento Terra e do Elemento Água, a Água que fecunda a Terra, a Água
que entra nas profundezas da Terra a fim de vivificá-la.
Eu sou também, por tê-lo expressado em várias ocasiões, o Caminho da Infância, da Pequenez, aquela que pretende ser insignificante e ignorada, aqui, não em um paradoxo de querer desaparecer, mas porque, muito jovem, em minha última encarnação, após uma experiência particular vivenciada durante minha infância, eu percebi que havia dois mundos.
Esse mundo
onde havia seres, como eu, seres para amar mais ou menos, seres com os quais
havia ligações da carne, de sangue e depois havia a religião, algo que era
misterioso, mas que não era visível.
Para uma criança,
é muito desagradável nada ter a ver com coisas que são faladas o tempo todo, em
sua família.
A partir do
momento em que eu vivenciei meu primeiro encontro com esse outro mundo,
pareceu-me evidente que esses dois mundos eram separados, independentemente do
que diziam aqueles oficiantes da igreja, independentemente do que diziam meus pais,
meus irmãos, especificamente minhas irmãs, já que meu irmão morreu muito jovem.
Eu jamais
pude imaginar outra coisa, e pensar outra coisa, para ter acesso a esse outro
mundo, havia como um princípio de vasos comunicantes e eu não podia ser
qualquer coisa, aqui, se eu quisesse, em minha cabeça de criança, obter alguns
favores desse Céu, a fim de, se fosse possível, Viver bem depressa esse Céu.
Como eu
disse mais tarde, antes de partir a esse lado de onde eu me expresso, eu dizia
que eu passaria meu Céu fazendo o bem sobre a Terra, através de uma série de
sinais.
Muitos seres
humanos puderam concretizar esses sinais.
***
Desde o
início desse dia, minhas Irmãs lhes falam desse Casamento Místico, dessa
Aliança Sagrada, desse Sacramento Supremo na Unidade, na Verdade, em CRISTO, no
Absoluto.
Minhas Irmãs
lhes falaram, ao mesmo tempo, das condições e
das manifestações dessa
Onda da Vida, em vocês.
Minha Irmã
GEMMA ainda lhes deu, há pouco tempo, as observações para manter, de algum
modo, a fim de viver o Absoluto, esse Casamento, desposar CRISTO, desposar o
Absoluto.
A Onda da
Vida, como foi enunciada por GEMMA, pouco antes de mim, é um movimento
ascendente que vem, de alguma forma, completar um movimento descendente.
A descida do
Espírito Santo, a descida da Luz fecundou a Terra, fecundou sua carne, em seus
recantos, eu diria, mais íntimos, aí onde se encontram, não somente os últimos
apegos à personalidade, mas, sim, todas as coisas que estão, no nível da
humanidade, inscritas em uma noção de pecado (seja qual for a religião, seja
qual for sua cultura), aí onde se encontram inscritas as dúvidas, aí onde se
encontra inscrita, não os apegos, mas a apreensão Final, aquela da morte, é
claro: a grande interrogação e o grande enigma.
Ir a essas
profundezas é bem mais do que aceitar ver, como dizia o Comandante (ndr: O.M.
AÏVANHOV), suas próprias Sombras, não mais colocá-las sob o tapete, vê-las.
Ir a essas
profundezas está além disso, é apreender-se de que, no Absoluto, tudo o que, no
nível do limitado da pessoa e da experiência da carne, aqui sobre esse mundo,
pode parecer como ferida, como falta, como tragédia ou como felicidade, tudo
isso faz parte da mesma ilusão, da mesma coisa que vocês denominam e que eu
denomino com vocês, agora, efêmero.
Tudo isso
não tem qualquer sustentação no tempo nem na Eternidade.
***
A única
experiência que vocês qualificariam de mística pôde ocorrer, em mim, na idade da
infância e, então, deixar essa marca indelével, essa necessidade de voltar a
ser de novo o menor dos seres humanos aqui, ainda uma vez, para ganhar Graças
de CRISTO.
Naturalmente,
isso me consumiu: eu fui consumida de Amor, durante minha frágil vida, até
morrer, como vocês talvez saibam, até sair desse mundo, muito jovem.
***
Hoje, nesse
mundo, nesse tempo em que vocês estão, vocês não têm mais que se consumir de
Amor, mas Ser o Amor.
É sobre essa
última etapa que lhes falaram os Arcanjos, os Anciãos, e algumas de minhas
Irmãs.
Essa última
etapa, se pudermos chamá-la assim, não é um final, ela é, realmente, um
Coroamento que vem pôr fim a todas as ilusões, mesmo àquelas que estavam
escondidas, enquanto tabu, em todas as suas profundezas, inscritas na carne
humana, ou seja, no DNA, nisso que vocês chamam de cérebros mais antigos.
É, então, algo
de que não podemos escapar, apesar de nós mesmos: essa noção de pecado, essa
noção de culpa, essa noção de fraqueza da carne, de corrupção.
Mesmo se, em
última análise, tudo isso for apenas uma ilusão, participando tanto da ilusão
como da manifestação da Alegria.
Chega um
momento em que, quando vocês aceitam entrar em suas profundezas (não para ver
as sombras, também tão ilusórias como o que vocês podem ver por outro lado): é
o momento em que vocês deixam de resistir, é o momento em que vocês rendem as
armas, é o momento em que vocês se tornam de novo como uma criança e que vocês
dizem, de qualquer forma: “que a Tua Vontade seja feita e não a minha”.
É o momento
em que vocês se rendem diante, ao mesmo tempo, da enormidade e do absurdo mesmo
de tudo o que representa esse mundo.
Eu repito a
vocês, quer essa vida seja a mais feliz, a mais simples ou a mais dolorosa,
isso estritamente nada muda para a problemática da Profundez.
***
O Casamento
Místico, hoje, vem fecundar vocês.
Quem se casa
é, em última análise, nada mais senão vocês mesmos: vocês mesmos no efêmero,
indo vocês próprios para a Eternidade.
Esse momento
notável que é oferecido a vocês, pois isso é uma das Doações do Manto da Graça,
representa a Doação do Amor de CRISTO, a Doação do Absoluto.
Dessa Doação
do Amor, cabe a vocês apreender-se, na totalidade, como um cordão que lhes é
trazido, em seu peito, na mais profunda das desordens como de todas as
alegrias.
Ir até o
mais profundo, não para ali discernir o que é Sombra, o que é resistência, mas,
sim, para largar a dúvida, a apreensão, o medo, o medo dessa carne perecível e para
vencê-lo.
Não por
qualquer vontade, mas, sim, como foi dito e repetido, pela ação, ao mesmo
tempo, da Luz, de sua Inteligência e, sobretudo, doravante, pela ação do Manto
Azul da Graça.
Porque, naquele
momento, vocês irão realmente viver esse Absoluto.
Vocês irão
constatar que há, em vocês, um estado diferente de tudo o que pôde ser
experimentado.
Vocês irão
constatar que tudo o que havia de peso, de corpo, de densidade, não existe mais
para vocês: vocês entram nas esferas da leveza e essa leveza não é simplesmente
a Alegria, nem simplesmente um estado de beatitude.
É muito mais
do que isso, e isso é oferecido a vocês.
Não há
qualquer barreira, não há qualquer obstáculo, não há nada entre vocês e Isso:
apenas a dúvida.
Isso está
muito além dos últimos apegos, já que é o Último apego, não unicamente o medo
do Desconhecido ou da morte, mas o medo da Transcendência dessa carne
perecível.
***
A Ascensão
acontece, para vocês que estão presentes sobre esse mundo, nesse mundo, em sua
carne.
E é essa
carne, denominada ilusória, que deve Transfigurar, que deve Ascensionar, com ou
sem essa carne mais condensada.
Entretanto,
o Casamento Místico os faz descobrir uma passagem obrigatória que é aquela de
suas próprias profundezas, que não é senão a última morte.
O que eu
chamei de Porta Estreita, de Caminho da Infância, nada mais é, de qualquer
modo, do que esse Abandono total de tudo o que foi encontrado, de tudo o que
foi vivenciado, de tudo o que foi experimentado.
Vocês nada
têm que reter.
Apreender-se
do cordão e apreender-se do Absoluto, é, indiscutivelmente, deixar todo o
resto.
E quem mais,
melhor do que a criança, pode realizar isso: tornar-se como uma criança,
abandonar toda a veleidade, pois não há nada para conquistar.
Abandonar
toda a experiência, pois não há nada para experimentar.
Abandonar
todo o estado, pois todos esses estados são apenas transições para esse Último.
***
Então, a
Onda da Vida, tendo rompido, de alguma forma, as últimas dúvidas, os últimos
apegos além dos apegos, vai deixar-se emergir, em vocês, desde as zonas mais
profundas, desde o pé, desde essa zona chamada de inferior.
Tudo o que
foi tratado de primeiro chakra (na carne), de segundo chakra (tudo o que se
referiu ao poder), explode na cara.
Então, é
claro, quando somos uma criança como eu, somos incapazes de colocar palavras
como Deleite, e ainda como Êxtase.
E, no
entanto, vocês que têm a experiência, por sua vida (dessa vida que vocês
levaram ou que vocês levam), é exatamente isso.
Mas esse
indizível é muito mais do que é vivenciado em meio à limitação.
Atingir as
profundezas não é descer.
Atingir as
profundezas é apoiar-se em tudo para ser Tudo, é não ser mais nada, propiciando
o ímpeto da seiva da Vida, propiciando o ímpeto da Onda da Vida, dessa Onda
entusiástica que sobe e que os percorre, permutando, de algum modo, esse Canal
do Éter, esse Caminho Sagrado situado ao longo da coluna vertebral e que não
está mais, nem atrás, nem à frente.
Não há mais
antes.
Não há mais
depois.
Não há mais
atrás.
Não há mais
nada senão essa Onda.
***
A Profundez
é, certamente, o último obstáculo, porque, é claro, a Luz sempre é concebida (e
principalmente quando se é criança) como um ideal, como uma perfeição, como
algo inacessível nesse mundo e que, talvez, seria acessível segundo as ações
realizadas.
É assim que
eu tinha compreendido isso quando criança: todas essas noções de dúvida, de
proibição, de pecado, todas essas noções limitantes, frustrantes, não
existiriam mais, uma vez liberada da carne, nos braços de CRISTO.
Então, é
claro, apesar de serem representações, para mim, isso permitiu realizar meu
Pequeno Caminho, isso permitiu viver com toda a serenidade o fato de deixar esse
mundo.
Embora ainda
ligada, no sentido mais profundo, ao que restava de minha família, às minhas
irmãs, a CRISTO, eu dei esse passo, aquele de superar esse medo, porque a
partir do momento em que vocês superarem o medo, a partir do momento em que
vocês superarem esse choque quando lhes disserem, quando vocês sentirem que vão
desaparecer, vocês irão se aperceber, naquele momento, de que quanto mais vocês
desaparecem, menos vocês desaparecem, que quanto mais tudo se extingue, mais
tudo se inflama, e é somente naquele momento que a Onda da Vida pode,
efetivamente, apreendê-los e arrebatá-los.
A morte,
naquele momento, não é absolutamente, nem para temer, nem para projetar.
***
O
desaparecimento do efêmero, enquanto conservando, no momento, essa forma que
vocês têm, deve ser, ao contrário, muito mais fácil, mas é o mesmo sentimento,
aquele dessa dúvida, aquele desse último apego à carne, ao que é perecível, é
isso que a Onda da Vida vem realizar.
Então, isso
lhes pede não uma armadura de guerreiro, isso lhes pede não para combater e não
para debater, isso lhes pede, simplesmente, para escapar, independentemente da
maneira.
Isso lhes
pede, simplesmente, para aquiescer à Luz, aquiescer ao Absoluto, aquiescer a
CRISTO, independentemente do que se manifesta em sua consciência,
independentemente do que se manifesta nesse corpo, independentemente do que se
manifesta na personalidade ou mesmo naquele que contempla a Luz.
O que arriscar?
O que temer?
O Absoluto é
tudo.
Ele é Amor.
Ele é Luz.
Esse mundo
não o é.
Tudo, na
encarnação, quer seja o pior dos assassinos, quer seja o Caminho da Infância,
quer seja seu caminho pessoal, tudo, sem qualquer exceção, eu digo bem sem
qualquer exceção, tem a mesma capacidade para ultrapassar.
Vocês não
podem julgar um caminho, pois esse caminho é pessoal.
Cada caminho
pessoal é diferente e todos os caminhos, em última análise, apenas podem levar
ao Absoluto e à Eternidade.
***
Compreender
isso é aceitar ainda suas próprias dúvidas, não para dar-lhes mais peso, mais
realidade, não para ali se apegar, mas, bem mais, para vê-las pelo que elas
são: coisas que passam.
Como lhes
disseram minhas Irmãs, um pensamento pode passar.
Então,
quando vocês oram, quando vocês meditam, vocês podem ter pensamentos salutares,
mais pensamentos ou muitos pensamentos, mas não importa.
Porque, se
vocês aproveitam, aí também, o tempo para se colocar, mesmo na contemplação da
Luz (nisso que nossos Irmãos e Irmãs chamam de Si, como os Arcanjos), então, no
Si Luz, como no Eu Sombra, há Transcendência.
Há uma
Transcendência a partir do momento em que todo sentido de todo Eu, todo prazer
ou todo desprazer os faz refletir, mas entender, de algum modo, seu próprio
absurdo, pois todos nós sabemos, sobre esse mundo, que nenhum prazer é eterno,
nenhum desprazer é eterno, nenhuma vida é eterna: tudo passa por ciclos, tudo
passa por experiências.
Então, qual
experiência pode alterar, realmente, esse outro mundo que é perfeito, que é o
Amor, a Graça, que é repleto de Anjos, de Seres de Luz.
***
A partir
desse instante, o Manto Azul da Graça vai agir em vocês.
Porque ele
vai dar, não a espera nem a esperança, mas ele vai deixar-se viver, realmente, ver
(interiormente e na profundez) o absurdo total de tudo o que não é Amor.
O Amor não é
a dúvida.
O Amor não
é, nem o sofrimento, nem o prazer.
O Amor não é
a Alegria.
Ele é muito
mais do que isso.
O Amor é a
própria natureza do que todos nós somos, sem qualquer exceção, quando todos os
Eu do parecer, quando todos os Eu que nós mantemos (ou rejeitamos) se extinguem,
porque eles aparecem como o que eles são, absurdos.
Mas isso não
os designa a rejeitar, a desviar-se de nosso caminho de Luz, mas, bem mais, a
compreender que, finalmente e em última análise, não há nem caminho, nem
Sombra, nem alegria, nem dor, porque tudo isso vem do efêmero.
Essa sede de
Eternidade, essa sede de Unidade, ainda uma vez, ela está, ela também, inscrita
em todas as consciências, sem qualquer exceção, desde a partícula mais
elementar até o conjunto dos Universos, dos Multiversos, das Dimensões.
Esse
princípio é o mesmo, imutável, inalterável, de toda a Eternidade, em todo o Criado
e no Incriado.
É isso que
nós somos.
***
Então, é
claro, ir para as profundezas não é ir para o escuro, não é ir para o inferno
outro que aquele no qual todos nós fomos confinados, é ir ao encontro do
Absoluto: Transcender o Si, Transcender o Eu Sombra ou o Si Luz, ir para esse
indizível, viver esse indizível porque, assim que há o encontro, não pode mais
ter perda, não pode mais ter separação.
Tudo o que é
verificado e percebido naquele momento, coloca-os definitivamente com CRISTO,
ou seja, “sobre esse mundo, mas não desse mundo”.
As ilusões
desaparecem, resta apenas a certeza desse Absoluto, a certeza desse Inefável
Êxtase.
Esse é o
Casamento Místico.
Ter
consciência, mesmo se isso ainda não foi vivenciado pela Onda da Vida, traz a
certeza de que, no momento oportuno, no momento Último desse mundo, vocês irão
vivê-lo.
Então,
definitivamente, nada há que temer.
Só o que sua
consciência pode projetar (quer seja na pessoa como naquele que contempla a
Luz) tem o mesmo jogo e o mesmo papel: distanciá-los, em alguma parte, de sua
natureza e de sua Essência.
Mas quando
vocês descobrem a Verdade, aquela que o Arcanjo ANAEL denominou Verdade
Absoluta, vocês apenas podem ser o Absoluto.
Vocês nada
podem ser do que acontece, nada do que nasce, nada do que perece, vocês nada
podem ser do que vocês creem, do que vocês definem.
Vocês não
são quaisquer de suas projeções.
Vocês não
são qualquer tempo, nem o passado, nem o futuro.
Vocês não
são qualquer espaço e, sobretudo, qualquer forma.
***
Viver o
Absoluto leva a viver a ausência de limites, mesmo se a consciência estiver
inscrita em uma forma, seja ela qual for.
Vocês vivem
a consciência que é um tempo e que esse tempo não é a Eternidade, ainda menos o
Absoluto.
Então,
naquele momento, como já lhes disseram minhas Irmãs, vocês encontram a Paz,
porque vocês são a Paz.
Vocês
encontram a Felicidade, porque vocês são a Felicidade.
Vocês são às
vezes o que está em cima, o que está embaixo: não há diferença.
O Casamento
Místico é consumado.
Ele foi
consumado, de algum modo, pela Água da Vida, pelo Fogo de seu Coração.
Vocês não
são, naquele momento, nem o Fogo, nem a Água, nem o Ar, nem a Terra.
Vocês se
tornaram o Éter, o que subtende os mundos, as Dimensões, as manifestações, o
que está presente por toda a parte, absolutamente por toda a parte.
***
O tempo da
Graça, o Manto Azul da Graça que é colocado em vocês, que é vocês, é, de alguma
forma, esse impulso Último, esse Apelo insistente da Luz para viver, enfim, sua
Natureza e sua Essência, para não mais interessar-se, simplesmente, pelo que é
superficial, pelas atividades desse corpo ou de seus pensamentos, mesmo se, é
claro, isso não os dispensar, em certos casos, de realizar suas atividades
rotineiras.
Independentemente
do que a Luz faça, de qualquer modo, sendo Absoluta, nada pode alterar o
Absoluto.
Quer vocês
possam fazer ou quer vocês não possam mais fazer, a Luz supre a todos.
Se vocês
soubessem o quanto essa frase, durante minha infância, surpreendeu-me e quantas
vezes ela me foi repetida (nos evangelhos, quando CRISTO dizia): “será que o
pássaro se preocupa com o que ele vai comer amanhã?”.
E eu me
dizia, ainda criança: “mas o pássaro não é um ser humano, o pássaro não
construiu tudo o que nós construímos, nós, humanos. E então o pássaro estaria,
em sua despreocupação, finalmente, mais perto da Verdade? Ele seria a
Verdade?”.
Há muito
tempo, desde meu acesso ao que eu sou, eu compreendi que essa frase era a
estrita Verdade.
Naturalmente,
alguns podem viver essa frase pela vontade do ego, mas não é disso que eu falo.
Disso,
então, que eu falo, é o Caminho da Infância, ou seja, de que naquele momento,
na infância, há despreocupação, espontaneidade.
Há o que ainda
não foi alcançado pelas obscuridades (assim denominadas) desse mundo, pela
carne, pelas afecções, pelas feridas.
***
A Onda da
Vida faz de vocês, ou irá fazer de vocês, seres da Verdade e do Absoluto,
regenerados por sua própria natureza.
Lembrem-se
de minhas palavras.
Seja qual
for a Onda da Vida que os percorrer, ou não, vocês irão vivê-la.
Só a dúvida
pode frear, mas não pode extinguir, pois nada pode extinguir o Absoluto.
Nada pode se
substituir a Ele.
Então, em minha
maneira de trazer a Onda da Vida, para vocês, não há palavras como podem ser
empregadas por minha Irmã GEMMA, mas não importa.
Se vocês
penetrarem além das palavras, além de uma compreensão, vocês acabam vivendo a
Essência do que eu lhes digo, ou vocês irão vivê-lo.
Não há
tempo.
O que
ocorre, nesse momento, sobre a Terra, é a Ascensão da Terra.
Mas, no
entanto, vocês não conhecem a verdade ou a realidade do agenciamento desse
tempo ilusório em que vocês estão.
Nós sempre
lhes dissemos, e principalmente os Anciãos, que vocês haviam trabalhado para
aliviar o fardo da dúvida, do sofrimento, da experiência.
Hoje, vocês
estão no estágio em que vocês irão descobrir ou irão viver a própria ilusão da
experiência, pois muitas coisas foram realizadas, e nós lhes rendemos Graças
pelo que foi realizado.
Mas, hoje, a
Ascensão da Terra é real e efetiva.
Então, o
ego, a pessoa, irá sempre questionar para saber se haverá os ‘3 dias’, se
haverá o Apelo de MARIA.
Mas que
Apelo mais belo pode existir do que a Doação da Graça a si mesmo, muito além de
MARIA, muito além de CRISTO, muito além de nossa apresentação?
Se o Manto
Azul da Graça (que sinaliza o Despertar da Terra, de sua Eternidade) pode
evitar todo o resto, então, que assim seja.
Por que
querer imaginar, projetar, pensar que tudo isso será difícil, que a Porta
Estreita é uma Porta difícil de atravessar?
Ela é
difícil de atravessar para o ego, para a pessoa, com tudo o que a congestiona,
todas as ilusões, todas as Crenças, todas as certezas também.
Mas a Onda
da Vida alivia seu fardo.
Ela vem
liberá-los de tudo isso.
Vocês não
tenham dúvida.
Vocês não
estão limitados a nada.
Sejam
Simples.
Sejam essa
Infância.
E o Reino
dos Céus será seu, pois não há outro Reino, não há outra Verdade.
A Onda da
Vida que eu transmito, através dessas poucas palavras, é também testemunho.
Mas eu dou
testemunho do que e de quem?
Simplesmente
de vocês, de cada um de nós, do que nós somos, no Absoluto.
Aí está o
que a Estrela PROFUNDEZ tinha para dar a vocês: uma outra faceta de vocês
mesmos, desse prisma perfeito, desse Absoluto total.
***
Em geral, eu
prefiro fazer meus milagres (como eu os denomino, de preferência, eu diria) a
título individual.
Quando uma
alma, um corpo, quando um espírito ou quando uma pessoa, sem qualquer crença,
pede para mim, então eu sempre respondo com a rosa.
Isso todos
vocês sabem, para aqueles que estão interessados em minha curta vida.
Não há
condição de crença, não há qualquer condição.
Eu
intervenho a partir do momento em que a Comunhão pode ser estabelecida.
Não há
qualquer condição limitante no pedido.
Há apenas
aquele que é, de algum modo, na hora de seu pedido, para tornar-se de novo como
uma Criança que se dirige a uma outra Criança, além de qualquer preconceito,
além, até mesmo, do próprio pedido, de sua satisfação.
Hoje, as
Núpcias Místicas, essas Núpcias de Luz que vocês vivem, levam-nos a viver
estados incomuns em sua fase de instalação.
Vocês
guardam a lembrança de suas deslocalizações, de seus sonhos (que não são
sonhos), mas, também, do que pode, às vezes, ser projeção em um ideal, no que
poderia ser a Onda da Vida, como ela vai mudar, em última análise, alguma
coisa.
Todas essas
abordagens são por vezes incentivo e dúvidas.
Vão cada vez
mais para a Simplicidade.
Vocês nada
têm que reivindicar, porque vocês São isso, de toda a Eternidade.
Vocês nada
têm que pedir, na realidade, porque vocês são o Todo.
Assim que
vocês se aproximam desse estado de Graça, imediatamente, vocês estão em
Comunhão.
Então, quer
seja com uma personificação de TERESA, quer seja com uma Estrela, quer seja com
um Ser de Luz, ilustre desconhecido desse mundo, o princípio é o mesmo.
Há apenas a
parcela limitada que busca identificar, denominar, dar um nome a uma forma que,
de fato, não tem forma.
Essa é a
lógica humana: não há que rejeitá-la, há simplesmente que estar lúcido e,
realmente, apreender-se de que vocês nada são de tudo isso.
***
Pergunta: de onde
vem a impressão, durante um sonho, de viver realmente uma outra vida?
Minha Irmã,
eu penso que muitos Anciãos, particularmente os orientais, explicariam isso
muito melhor do que eu.
Até agora, e
do que eu compreendi também (e de minha vivência no Absoluto), aqui, sobre esse
mundo, vocês têm a consciência ordinária, aquela que realiza suas ocupações mais
simples como as mais complexas.
Vocês têm
uma consciência chamada de sono que é, na realidade, uma ausência de
consciência.
Vocês não
estão mais nesse mundo.
Vocês não
são mais essa pessoa.
Onde vocês
estão?
E depois,
nesse sono, nessa a-consciência, há momentos de sonho.
Quando vocês
saem do sonho, pela manhã, até agora vocês sabiam que vocês tinham sonhado.
A
particularidade desses tempos é que, seja qual for esse sonho, vocês não sabem
mais quando vocês sonham.
Será que
vocês sonham quando vocês estão acordados ou será que vocês sonham quando vocês
sonham?
Eu
responderia a vocês, nos dois casos: “vocês não estão, nem em um, nem no
outro”.
Então, é
claro, isso pode ser desconcertante para o ego, para a pessoa, e mesmo para o
Si, porque há um basculamento, de algum modo.
O que é
real?
O que é
irreal?
Até agora, o
sonho parecia como irreal e, para alguns de vocês, a maneira de fazê-los largar
suas últimas dúvidas é tornar, de alguma forma, seus sonhos mais vivos do que sua
vida, para perceberem que tanto um como outro, de fato, são apenas ilusão, são
apenas projeção.
Assim age a
Onda da Graça.
Ela prepara
vocês.
Obviamente,
há, também, mecanismos de deslocalização.
Então, é
claro, quando vocês retornam, o cérebro vai dar as imagens.
Por exemplo,
vocês estão em um barco: ele vai fazê-los ver um barco, um avião, um automóvel.
Vocês encontram
seres que vocês conhecem, na vida desse mundo, e vocês os reconhecem, mas não
são os mesmos.
É lógico que
não são os mesmos.
E isso não
são sonhos, tampouco, até o momento em que vocês mantiverem a continuidade da
consciência.
Não haverá
mais alternância de acordar, no sentido da consciência de vigília, e de sono.
Não haverá
mais diferença entre o sonho e a realidade ordinária, porque ambos são a mesma
ilusão.
Vocês
estarão lúcidos.
É isso que
está por vir.
Alguns
Irmãos e Irmãs chamados, eu creio, de primitivos, dizem que esse mundo chega ao
fim, que os tempos do sonho terminam e que, de fato, o sonho foi acreditar nessa
vida.
Se tanto é
que isso não seja um pesadelo.
Mas mesmo o
mais belo dos sonhos não é a Verdade.
***
Pergunta: há um
trabalho a fazer para acompanhar a Ascensão da Terra?
Sobretudo nada acompanhar.
Sobretudo
nada fazer.
Sobretudo
nada querer.
Porque nada
do que pode ser empreendido (pela personalidade, ou pelo Si) pode levar ao
Absoluto.
Contentem-se
em Ser, em viver o que a vida lhes deixa viver, no efêmero, estando conscientes
de que vocês não são isso.
Estando
lúcido sobre tudo o que nós lhes dissemos, há algumas semanas.
Todo o resto
irá se estabelecer por si só.
***
Nós não temos mais
perguntas. Nós lhe agradecemos.
***
Queridos
Irmãos e Irmãs na humanidade, eu nada mais tenho para acrescentar sobre a Onda
da Vida.
Eu nada mais
tenho para acrescentar sobre a Profundez.
Eu lhes
agradeço por terem permitido falar com vocês, por ter vivenciado com vocês isso
que alguns de vocês, aqui, agora, vivem, em Verdade.
E eu lhes
digo: não, vocês não estão sonhando.
Não, vocês
não estão projetando nada.
Não, vocês
não estão imaginando nada.
Essa é a
estrita Verdade de quem vocês São: esse Absoluto, esse indescritível Amor.
Vocês são a
Onda da Vida e eu os aperto, todos vocês, em meu Coração, que é o seu Coração.
Até breve.
************
Mensagem da
Amada TERESA DE LISIEUX no site francês:
https://issuu.com/ultimasleituras/docs/07-therese_de_lisieux-10_mars_2012-
10 de março
de 2012
(Publicada
em 12 de março de 2012)
***
Tradução
para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
************
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