SRI AUROBINDO - 24 de março de 2012

- Intervenção do Bem-Amado SRI AUROBINDO -

~ INSTALAÇÃO NO ABSOLUTO ~

Eu sou SRI AUROBINDO.

Irmãos e Irmãs, aqui, nessa encarnação, antes de falar alguma coisa, vivamos juntos um momento de Comunhão na Graça.

... Compartilhamento da Doação da Graça ...

Irmãos e Irmãs, eu venho entre vocês, enquanto Melquizedeque do Ar, para exprimir uma série de elementos referentes ao que vocês talvez já vivam e que se inscreve, perfeitamente, no que eu pude escrever e dizer durante minha última encarnação, assim como há 2.000 anos, sob o ditado de CRISTO (ndr: o Apocalipse ditado a João), com relação aos tempos da Revelação, aos tempos do que eu denominei, então, a descida do Supramental, permitindo Despertar e Revelar a Terra, assim como vocês mesmos, hoje, para viver o que é para viver.

Eu acrescentaria, antes de começar, um elemento relacionado, justamente, ao que é para viver, ao que é essencial para integrar em vocês.

Independentemente do que eu pude escrever, independentemente do que eu pude viver, independentemente do que eu posso, hoje, dizer a vocês, inscrevendo-se na sequência lógica do que eu havia escrito, vocês devem apreender, compreender, que não há estritamente ninguém a seguir, nenhum conhecimento a aplicar.

O que deve guiar, hoje, mais do que nunca, o que vocês têm que viver é, justamente, a experiência que vocês vivem.

Nenhuma vivência anterior, nenhum testemunho anterior, pode suprir ou substituir o que vocês vivem.

***

A Liberdade, a Liberação, o Si, o Despertar ao Supramental (em última análise, sejam quais forem as palavras, e elas são muitas, que podemos ali lapidar), devem permanecer um mecanismo vivenciado intimamente.

É apenas aceitando viver, de maneira íntima, o que lhes é oferecido por vocês mesmos, que chegará um momento em que vocês poderão testemunhar o que é a Verdade.

Mas dar testemunho da Verdade deve fazê-los compreender que nenhuma Verdade pode ser exterior, nem ser vivenciada no exterior de vocês mesmos.

Esse corpo é o Templo Sagrado onde se realizam suas próprias Núpcias Místicas.

Somente alguns testemunhos podem simplesmente chamá-los, mais intensamente, não para seguir o testemunho, mas, sim, para instalar-se, vocês mesmos, em Sua Presença ou no Absoluto.

O ser humano tem a peculiaridade, enquanto não instalado nos estados inabituais da Consciência, de sempre querer seguir uma autoridade exterior.

Aí está o perigo, é claro, porque enquanto vocês seguem alguém (como foi dito), vocês não podem viver o que vocês têm que viver.

Nada existe no exterior de vocês que seja desejável.

***

Mais do que nunca, hoje, a Onda da Graça (que é a resposta à descida do Supramental) chama-os para instalar-se em Sua Inteireza, em Sua Vivência, em Sua Experiência, além de qualquer palavra.

Somente quando vocês aquiescerem ao que vocês têm que viver, na totalidade, é que a experiência pode ser concluída.

Vocês devem apreender-se, também, de que esse término é profundamente diferente para cada um.

Mas o processo é delimitado.

Eu distingui, de algum modo (em minha obra do Yoga Integral e da descida do Supramental), uma série de elementos.

Existe, ao longo de toda a história e, sobretudo, no século XX, um número incalculável de testemunhos, em todas as culturas, do que é possível viver, manifestar e, de algum modo, recriar, pela ação e pela Inteligência da Luz e, de hoje em diante, pela Onda da Vida.

Que nasceu, eu os lembro, no centro da Terra e que ali renasce.

***

Esse prefácio sendo colocado, eu prossigo sobre alguns elementos mais recentes, e não ligados a uma história (ainda há 2.000 anos), não à minha vivência em minha última vida, mas, sim, ao que vocês podem viver (hoje, na totalidade) porque não pode existir, em meio ao que é para viver, qualquer limite exceto o seu próprio.

A finalidade, se tanto é que for uma, mas, digamos, Final, para vocês, nesse mundo, nesse tempo, é viver o que eu chamaria de União Mística ou Casamento Místico.

Esse Casamento Místico culmina, inevitavelmente, na instalação no Absoluto.

Esse qualificativo de Absoluto pode, efetivamente, representar, para a consciência limitada, um terror ou uma ilusão.

Apenas através da experiência (quer vocês aceitem, ou não, viver) é que vocês poderão verificar, de algum modo, a validade do que lhes é proposto pela Terra, pelo Sol e por nossos Irmãos e Irmãs que (em sua última encarnação ou ao redor de vocês, hoje) vivem, na totalidade, esse processo.

Esse processo propicia-lhes viver um estado que é o único estado concebível, que é a instalação na perfeição, não humana, mas na perfeição da Vida.

Essa simples palavra, Êxtase, é, naturalmente, para a personalidade e mesmo para o Si, um mecanismo estranho, pois remete, inevitavelmente, a tudo o que se relaciona, de perto ou de longe, ao nascimento, à vida, à morte e, é claro, à sexualidade.

O tabu mais profundo, mais atravancado, do ser humano na encarnação, é, justamente, o que é chamado de morte, porque a morte assinala, de maneira efetiva, para aqueles que estão nesse mundo, o desaparecimento do que morre nesse mundo.

Há, é claro, cada vez mais testemunhos de uma vida após a morte, de uma Consciência que perdura além da ilusão do desaparecimento, da perda, de um ente querido.

Esse mecanismo de morte está profundamente, e de maneira indissolúvel, ligado à sexualidade e à procriação.

A sexualidade, como a procriação, relevam de um processo, aí também, alquímico, que vai permitir (através da união de dois corpos, de duas consciências, de duas almas, seja qual for o nível onde isso se situar) o aparecimento, nesse mundo, da vida.

Vida por essência efêmera já que inscrita, justamente, entre o tempo desse nascimento e o tempo da morte.

***

A pessoa, a personalidade, sempre estará inscrita, nesse mundo, entre um início e um fim.

Esse mundo é, por essência, além mesmo do princípio chamado de falsificação, dual, dual porque tudo evolui segundo leis específicas, tanto para o grão de areia, como para a consciência humana, como para qualquer mecanismo vital.

Essas leis (quer sejam denominadas Karma, Ação / Reação) são, por essência, efêmeras, porque toda ação irá provocar uma reação.

Mas essa reação não é, ela tampouco, duradoura, e se inscreve em um princípio chamado de retribuição.

Isso se refere apenas a esse mundo.

Esse princípio de Dualidade não pode, absolutamente, ser aplicável além dos limites da Dualidade.

Nesse sentido, vários seres humanos vivenciaram, e vocês mesmos, aqui, processos sucessivos de despertar, instalando (em meio a essa dualidade que é esse corpo) uma série de elementos novos, realizando, hoje, na totalidade, o que eu tinha nominado de descida do Supramental.

Eu concebi, durante minha vida, que essa descida do Supramental iria permitir o aparecimento de um homem novo, aqui mesmo.

Um homem novo dotado de novas percepções e, sobretudo, extraindo-se, de alguma maneira, do princípio de competição, de Dualidade, inexoráveis, da vida.

Nos mecanismos que me permitiram viver (pois, em última análise, eu apenas transmiti minha própria experiência, sejam quais forem a majestade e a intensidade do que eu vivenciei), faltava, irremediavelmente, a resposta lógica da Terra que era a resposta desse corpo à sua própria iluminação.

Daí o perigo de reter apenas um ensinamento antigo, seja ele qual for, mesmo lhes parecendo o mais bem sucedido, o mais prestigiado, o mais correto.

A despeito de vocês lerem o despertar de BUDA, vocês não podem realizar a Budeidade.

A despeito de vocês lerem a vida de CRISTO, vocês não podem realizar o estado Crístico.

A despeito de vocês lerem somente o Yoga Integral, vocês não podem realizar o Supramental.

Pois, a partir do momento em que vocês aderirem a alguma coisa exterior a vocês, vocês colocam, vocês mesmos, as condições de seus próprios limites, que os confinam, evidentemente, e que os afastam da experiência.

***

O que se instala, hoje, resulta diretamente do que eu chamei de Fusão dos Éteres e do primeiro aparecimento da Luz Azul em seu Céu.

Esse primeiro Portal Interdimensional ia abrir, de algum modo, as Portas do Céu sobre a Terra e realizar esse Casamento Místico que se realiza em vocês, talvez, agora, há várias semanas ou mesmo antes, por experiência, mas experiência que não podia se manter pelo próprio fato dos limites da encarnação.

Hoje, isso é profundamente diferente porque a Terra foi fecundada, a Terra deu à luz e ela exprime em vocês, e ela imprime em vocês, a resposta ao Supramental, coisa que eu não podia ver nem vislumbrar durante minha última vida.

Quando muito, no Apocalipse, eu podia descrever essa expressão muito simples: “ houve Novos Céus e uma Nova Terra”.

Há, então, um princípio de regeneração, não mais simplesmente de transformação de um estado anterior a um novo estado, mais Luminoso, mas, sim, de Novos Céus e de uma Nova Terra.

Ou seja, que o trabalho, a experiência, que vocês conduzem (se tanto é que vocês a aceitam, na totalidade) deve levá-los a viver sob Novos Céus e sobre uma Nova Terra.

Não há, dito de outra forma, como podia sugeri-lo o que eu vivenciei durante minha última vida encarnada, solução de continuidade, de maneira alguma, entre o antigo e o novo, porque esse novo não é consequência de um antigo, mas, sim, a Transcendência total desse antigo.

***

Não existe qualquer base, em meio ao antigo, que possa servir para estabelecer o Absoluto.

O Absoluto é uma Liberação de toda a forma, deixando-se viver o que eu denominaria, na falta de outro termo, uma multilocalização onde a Consciência, o Ser, e a própria Onda da Vida que vocês podem se tornar, não podem ser assimilados, nem ser uma causalidade de alguma forma, de alguma pessoa ou de alguma individualidade.

Obviamente, as resistências próprias à pessoa (e tanto mais se essa pessoa, ela mesma, estiver em um caminho dito espiritual) representam o freio mais perfeito ao estabelecimento do Absoluto, porque o ego busca uma Transcendência.

Qualquer pessoa encarnada, procurando um sentido, vai aderir a uma série de conceitos, a uma série de vivências, que se inscrevem, definitivamente, no contexto do que o IRMÃO K chamou de ‘conhecido’ (ndr: ver a intervenção de IRMÃO K de 04 de agosto de 2011 (1)).

Mas, jamais, o desconhecido pode nascer em meio ao conhecido.

Há, efetivamente, alguma coisa que deve morrer, do mesmo modo que esse corpo que vocês habitam deve morrer um dia, para deixar aparecer um outro corpo, uma outra consciência.

Dito de outra forma, não há qualquer solução de continuidade, nem mesmo a esperança de uma continuidade, entre o ego e o Si, em um primeiro momento, e, posteriormente, entre o Si e o Absoluto.

Obviamente, o ego (construído sobre o próprio princípio de resistência e, portanto, do que eu denominei esse tabu Final que representa a morte e o sexo e o nascimento) vai tudo fazer para afastá-los da experiência do Absoluto, que não é uma experiência, nem um estado, mas, sim, uma forma (além da forma) Suprema [o Último], deixando-se viver, nesse corpo, por enquanto, um processo (que foi descrito, há muito tempo, em textos muito antigos, oriundos do Tantrismo, além de qualquer sexo) que é, justamente, a descoberta do Absoluto.

***

O Absoluto não pode ser buscado, ele não pode sequer ser conscientizado.

O domínio do Si é um domínio para conscientizar.

O domínio do Absoluto compreende e integra tanto a pessoa como o Si, e os Transcende.

Isso quer dizer, então, que há um fenômeno de descontinuidade levando-os a se estabelecerem, de algum modo, em algo que não é um estado efêmero (e, portanto, não inscrito entre o nascimento e a morte, não inscrito em uma esfera sexual) e que, no entanto, em alguns aspectos, pode ali ser semelhante já que tanto o nascimento como a morte, como o próprio ato sexual, são apenas uma reprodução limitada, de alguma maneira, do que é esse Êxtase.

***

O Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, realizam a União Mística do Céu e da Terra, esse mesmo processo que deve acontecer em vocês, se vocês o aceitarem.

Mas a aceitação de que falo é o que foi nominado de Crucificação e Ressurreição, em uma forma de Renúncia total.

Essa Renúncia, como foi dito, jamais é uma negação da encarnação, mas, sim, uma Transcendência total da encarnação.

Isso significa que, nesses tempos que são para viver, para vocês, encarnados, enquanto existir em vocês, como foi dito essa manhã por nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), o mínimo julgamento, em relação a vocês mesmos ou em relação a qualquer elemento desse mundo, ainda que apenas de sua própria encarnação, a partir do momento em que existir uma rejeição seja do que for, vocês não podem viver esse Último.

O Último apenas se instala (porque ele sempre esteve aí) a partir do momento em que vocês aceitarem o próprio princípio de Transcendência.

E lembrem-se de que a Transcendência não oferece qualquer solução de continuidade entre esse corpo, essa pessoa, esse ego, essa personalidade, esse Si, esse indivíduo que vocês acreditam ser.

E, no entanto, nada do que é limitado, em última análise, desaparece realmente.

Mesmo se houver (em sua terminologia, hoje) uma forma de reconfiguração ou de redefinição, isso é apenas o ponto de vista, de algum modo, do que é, justamente, limitado e que não pode acreditar, mesmo no momento de sua morte, em seu próprio desaparecimento.

Nós nos aproximamos, aí, dessa resposta da Terra ao Supramental, do que acontece, ou não, no momento, nesse Templo, porque não há outro local onde isso deve acontecer.

***

É uma experiência, muito além de qualquer experiência, que apenas pode ser vivida quando há aceitação total de tudo o que é a vida sobre essa Terra.

Porque é apenas na aceitação total de sua própria vida, de seu próprio campo de experiência e de vivência que pode, no final, realizar-se o Supremo.

O Supremo, de muitas maneiras, vai representar, mesmo para o Si, uma loucura, uma espécie de autodissolução, de autodestruição.

Há, efetivamente, uma autodissolução, uma autodestruição, mas nada mais do que está destinado, justamente, a morrer um dia, ou seja, esse corpo, ou seja, essa consciência.

Como Uma das Estrelas lhes disse e como Outros Anciãos lhes disseram, vocês não podem apreender-se do Último, vocês não podem sequer compreendê-lo, vocês apenas podem vivê-lo (ndr: diversas intervenções de 17 de março de 2012, especificamente).

Mas, vivê-lo, é um mecanismo íntimo que está, justamente, ligado à aceitação, Total e incondicional, da encarnação.

Essa Transcendência da carne é, na totalidade, o que realiza a Ascensão.

Era a etapa, eu diria, já que agora vocês a viveram, de impulso a esta resposta.

A Ascensão é apenas um ‘sim’ (absoluto, franco, sincero, grandioso, total) ao Êxtase, à Onda da Vida (como vários Anciãos lhes disseram antes que eu voltasse a falar hoje, ou os Arcanjos) para estar inteiramente além do ser, além da Consciência.

Vocês não podem ser uma pessoa, vocês não podem ser um indivíduo, vocês não podem ser uma história, e viver o Último.

Entendam bem por aí que todos, aqui como em outros lugares, não têm que forçar, nem que desejar, porque cada lugar que vocês ocupam é o seu lugar correto.

Enquanto o Si, o Despertar era um objetivo, o Absoluto não pode sequer ser definido como algum objetivo.

Vocês são a Onda da Vida ou vocês não o são.

Vocês serão isso ou vocês não vão sê-lo.

Mas em nenhum momento vocês devem aderir, de maneira exterior.

***

O Último e o Absoluto são expressos, é claro, nesse corpo, pelo que foi convencionado chamar de manifestações.

Essas manifestações, como foi explicado, surgem na parte mais inferior desse corpo em contato com a Terra, ou seja, nos pés.

Aparece, em seguida, uma série de mecanismos (que lhes foram descritos durante alguns dias) levando ao nascimento da Onda da Graça, fazendo-os viver essa União Mística com seu próprio Duplo, como com qualquer ser humano, sem distinção de sexo, de idade ou de qualquer crença, a partir do momento em que essa outra Consciência (ou parecendo como tal) viver, ela também, a experiência além da experiência.

Obviamente, no olhar do ego, no olhar do Si, isso é um ultraje, uma ofensa à sociedade, um descaso pela vida (tal como ela é concebida em meio à pessoa como ao Si) porque há, realmente, uma Transcendência Total fazendo-os passar do conhecido ao desconhecido.

Mas esse desconhecido é sua natureza, como é nossa natureza, de cada um de nós.

Quer vocês a rejeitem, quer vocês a aceitem, quer vocês a desejem, seja qual for seu posicionamento em relação à Onda da Vida, ela É, com sua Presença ou sem sua Presença.

Qualquer vida que chegar, seja em Novos Céus, seja na Nova Terra, seja em outras Dimensões, inscreve-se, de maneira muito lógica, na própria existência e na própria penetração da Onda da Vida.

***

O Casamento Místico põe fim a toda a ilusão.

Ele põe fim à pessoa, à personalidade, à individualidade e ao Si.

O Si é apenas, em última análise, o espelhamento do ego que se completa em sua própria contemplação, levando-me a escrever muitas coisas.

Naturalmente, a partir do acesso ao Si, sem mesmo falar do Casamento Místico, há um testemunho que é dado.

Esse testemunho, a partir do momento em que vocês completarem o processo (que isso se refira ao Si ou à Onda da Vida), é colorido, necessariamente, por sua própria experiência.

O importante é não influenciar uma outra consciência.

A única maneira de não influenciar é, obviamente, não julgar e amar, de maneira incondicional e total.

Não há alternativa.

Enquanto vocês fizerem distinção entre seu filho e o filho do outro, entre sua mãe e a mãe do outro, enquanto vocês fizerem a mínima distinção entre aquele que está desviado do caminho e aquele que vive a Comunhão entusiástica com vocês, vocês não podem se instalar, de maneira definitiva, nesse Absoluto.

Há, é claro, uma mudança de olhar, se pudermos assim falar.

A Fusão dos Éteres, quando ela é realizada nessa carne de vocês, quando vocês a acolhem sem buscá-la, quando vocês a deixam subir, a Transcendência, real, efetiva, do nascimento e da morte, da sexualidade, torna-se real.

Ela se torna, aliás, sua única e exclusiva realidade, sua única e exclusiva verdade e, no entanto, vocês ainda estão inscritos em um corpo de carne, mas a alma finalizou seu período de retração.

Ela pode, então, se dissolver, assim como o Espírito, dando-lhes, de maneira definitiva, uma forma de passaporte para Ser no não ser.

***

O Absoluto, o Último, é um estado de deleite, permanente e total, onde nenhuma sombra do ego, nenhuma sombra do Si, pode interferir ou alterar a Onda da Vida.

O Casamento Místico leva-os a realizar, muito além do acesso Multidimensional, o que eu nominaria de Transdimensionalidade onde vocês estão presentes, do mesmo modo, com a mesma intensidade, a mesma não-Presença, na pessoa que não existe mais, no Si que não existe mais, no Sol que não existe mais, e em qualquer outra consciência vivendo isso.

Vocês estão além da existência.

Vocês estão além da consciência.

O Casamento Místico dá-lhes a única imortalidade autêntica, já que não se inscreve mais, unicamente, entre o nascimento e a morte, não se inscreve mais, unicamente, na possibilidade de viver uma Unidade efêmera em meio ao ato sexual, mas se deixando viver, permanentemente, isso.

Muito em breve, irá se expressar, nesse Canal, uma nova Presença que levou ao seu término, na totalidade, o Absoluto (e, ainda uma vez, a expressão “levou ao seu término” não quer dizer grande coisa), que, de algum modo, aceitou (contrariamente a nós todos, Anciãos) dissolver o Si para ver o que havia por trás: o Absoluto.

***

Hoje, não existe mais condição (senão sua própria condição) que possa se opor ao Absoluto e ao Último.

A testemunha é a Onda da Vida que vem abrasar o que era chamado de Kundalini, que nós chamamos, hoje, de Canal do Éter porque atapetado de Partículas Adamantinas, abrasando as três Lareiras e o conjunto do corpo, de maneira anterior ao abrasamento do Sol e da Terra, dessa Dimensão.

Aqueles que viram um fim irremediável do mundo e de sua pessoa são apenas aqueles que estão inscritos, efetivamente, na única realidade possível de sua pessoa, não vivendo nem o Si e, menos ainda, o Absoluto.

Isso não é nem um julgamento, nem uma crítica, mas, sim, um estado de coisas.

Quem vocês são?

Aonde vocês vão?

Quem vocês eram antes de nascer?

Quem vocês eram antes de viver essa ronda permanente de encarnação e de desencarnação sobre esse mundo?

Evidentemente, nós lhes demos os elementos: origem estelar, origem Dimensional, as Quatro Linhagens.

Houve A FONTE, houve os Arcanjos, houve os Anciãos, as Estrelas.

Houve as Coroas.

Houve o seu Coroamento.

E mais, além de tudo isso, quais são as perguntas que permanecem em vocês?

Pois a pergunta que permanece em vocês apenas reflete, em última análise, a falta de soluções.

Mas a solução sempre esteve aí, presente, à disposição.

A Terra está Liberada, o Sol está Liberado, como eu disse há algum tempo.

Tudo está consumado, como disse o nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV).

Se vocês atingirem (se eu puder empregar essa expressão) o Absoluto e o Último, o que o mundo irá propiciar a vocês?

Pois vocês terão se tornado, na totalidade, esse mundo, muito além desse mundo, tal como é visto com o olhar da pessoa ou da individualidade.

Então, é claro, o ego sempre irá colocar as questões comuns da vida.

O Si sempre irá colocar as questões de como expressar, da melhor forma possível, a vivência, e de como pôr em forma o que escapa às formas desse mundo.

***

O Absoluto nada quer pôr em forma.

Ele é, simplesmente, a manifestação tangível da transcendência, possível e realizada, sobre essa Terra, nesse corpo que não é mais seu.

Obviamente, é muito desagradável, e o será cada vez mais, para o ego como para o Si, viver esse Êxtase Místico, esse Casamento Místico, essa União Mística, seja nesse corpo, como foi dito, seja com uma folha da grama, com uma árvore, com o Sol, com um planeta, com A FONTE.

Existirá sempre um princípio inscrito ainda no sentido da Presença da encarnação, alterado, falsificado ou não, que é a perda, justamente, da encarnação.

IRMÃO K (ndr: intervenção do IRMÃO K de 17 de março de 2012 (2)) lhes disse e repetiu: aquele que queria que lhe falasse da outra margem apenas expressou seus próprios medos, porque, como conhecer a outra margem sem ali irem vocês mesmos?

Mas a outra margem não é um deslocamento.

Ela sempre esteve aí, inscrita em sua Presença, na condição (ainda uma vez, de maneira figurada) de que sejam mudados o ponto de vista e o olhar.

Essa viagem é uma viagem sem retorno, porque não há retorno possível à Ilusão quando a Verdade eclodir, totalmente.

Vocês são o Amor, como foi dito, ainda há pouco tempo, pelo Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL de 03 de março de 2012 (3)).

Vocês são a Eternidade, a Beleza.

Os qualificativos são incalculáveis, mas todos eles se referem, não à sua pessoa, não ao seu Si, mas, sim, à realidade que ainda subtende sua Presença na carne.

Esse absoluto e indizível Amor, esse absoluto e indizível Êxtase permanente, fazendo-os dizer que vocês dão o Amor à Criação, o Amor a cada um, o Amor a vocês mesmos, pois vocês não são mais nada senão isso.

Evidentemente, estando em um corpo, vocês não rejeitam esse corpo, vocês aceitam tudo, tanto a alegria como o sofrimento, pois nem a alegria é sua natureza, nem o sofrimento é sua natureza essencial.

***

Ninguém pode atravessar essa Porta em seu lugar.

Vocês estão sós, totalmente sós, para a Passagem, porque, depois, a solidão não pode existir.

Esse é justamente o final pelo fato de se sentirem solitários, cujo melhor reflexo, é claro, é o medo, porque o medo da morte é, de maneira inabalável, totalmente lógico, o único sentido de sua presença aqui, nesse corpo.

O Absoluto ainda dá mais medo do que a morte porque Ele integra o nascimento e a morte em uma outra Verdade, ela também absoluta, não sendo mais, portanto, uma verdade relativa, comparável a outra coisa.

Mas a Verdade absoluta (independentemente de qualquer comparação, independentemente de qualquer referência, independentemente de qualquer outro caminho) é sua própria experiência.

É preciso superarem, se essa for sua escolha, qualquer explicação, qualquer trabalho, o que fez dizer a alguns Anciãos que nada há para fazer a não ser ficar tranquilo, ficar em Paz e deixar, efetivamente, a Onda da Vida subir e levá-los a nenhum outro lugar senão a vocês mesmos, mesmo se o ego chamar isso de outro modo, mesmo se o Si negá-lo.

O Absoluto e o Último são, portanto, além dessa Graça, um estado de Êxtase que não conhece de jeito algum o limite do corpo, de jeito algum o limite de uma relação com o outro, nem mesmo de uma relação com o Sol.

Esse estado do Absoluto, de algum modo, basta-se a ele mesmo porque ele é a Totalidade.

Enquanto Totalidade, ele integra, transcendendo-as, as partes.

Nenhuma parte pode estar consciente dessa integralidade, mas a integralidade engloba as partes.

***

O Êxtase Místico, desde a terceira sessão do Manto Azul da Graça, apenas aguarda vocês e vocês sozinhos.

Vocês nada podem levar ao Absoluto da Graça.

Vocês nada podem perder no Absoluto da Graça.

Vocês nada podem projetar no Último.

Essa revolução, de qualquer modo, final, da Consciência, é o próprio objetivo de sua Ressurreição, da União do Céu e da Terra, de seu masculino e seu feminino, seja Interior ou exterior, seja entre vocês e todas as partes, já que cada parte se descobre, ela mesma, absoluta, da mesma forma que vocês.

No mais, podem existir elementos a praticar, não para ascender ao que é impossível ascender por qualquer prática, mas, bem mais, visando acalmar tudo o que não seja o Absoluto: o medo, a própria morte e o nascimento, porque nada pode morrer e nada pode nascer no Absoluto.

E é justamente o que é terrível para a pessoa e mesmo para o indivíduo.

O que é para viver, nesse momento, para cada um, é o Choque da Humanidade, e eu diria que, para cada um de vocês, é o Choque do Humano, levando-os a passar, de algum modo, não do humano ao Supra-humano, não somente do mental ao Supramental, não de uma vida antiga a uma nova vida, mas, sim, para se tornar a vida em sua totalidade, além de qualquer restrição e de qualquer limite.

Vocês são esse Absoluto.

Vocês são essa Onda da Vida.

Vocês são tudo o que nós lhes dissemos, uns e outros, há várias semanas.

Naturalmente, não é fácil para aquele que escreve o contexto de sua vida em uma série de limites (sociais, familiares, afetivos, espirituais).

O Absoluto não tem limite.

Ele é, por essência, Ilimitado e Desconhecido.

Isso pode ser desconcertante.

É nesse sentido que isso é um Choque.

Esse Choque que é vivido em meio à Humanidade (desde a Liberação da Terra e especialmente agora que vocês mesmos podem viver, na totalidade, não a experiência do Absoluto, mas se instalar no Absoluto) leva, é claro, a Terra a começar esse processo em sua própria carne, seja no nível da Natureza, como lhes foi detalhado por ANAEL (ndr: intervenção de 17 de março de 2012 (4)) ou ainda por SNOW (ndr: intervenção de 17 de março de 2012 (5)), há uma semana, seja no Céu ou nas profundezas da Terra, refletindo-se pelos Sons do Céu e da Terra e pelo que eu havia denominado, à época, as Trombetas do Apocalipse.

***

O Apelo de MARIA nada mais é senão a generalização desse processo, total e final.

Ele está a caminho.

Alguns de vocês talvez já tenham vivenciado momentos do Apelo, íntimo e pessoal, onde uma Voz os chamou por seu primeiro nome, onde, em determinados momentos, seu corpo não responde mais e, no entanto, vocês estão Lúcidos.

Esse mecanismo de estase individual é bem real.

Ele vai se tornar coletivo, não tenham dúvida.

Mas, mesmo nesse momento coletivo, nessa União e nesse Casamento Místico coletivo, é preciso apreenderem-se de que vocês estritamente nada têm que recear, que temer, que esperar, porque vocês estão exatamente em seu lugar correto, vocês estão exatamente aí onde vocês devem estar, na idade que vocês devem ter, nas funções e nos papéis que vocês têm desempenhado e mantido.

***

A Onda da Vida não tem necessidade da pessoa, ela não tem necessidade do Si, ela não tem necessidade do mundo, ela É.

Então, vocês irão me dizer, como se instalar no que não podemos buscar?

Bem, agora, fazendo cessar toda a busca, fazendo desaparecer todos os objetivos, fazendo desaparecer sua própria Consciência, de sua própria pessoa, de seu próprio Si, tudo isso que não é Eterno, tudo isso que não é Desconhecido.

Como foi dito por Outros Anciãos, não é questão de lançarem longe de vocês todas as ideias limitantes, mas, sim, real e concretamente, de transcendê-las.

Mas, transcendê-las, não é uma ação inscrita justamente em meio ao limite, mas, sim, nesse Abandono Último que não é o Abandono à Luz, mas, sim, o Abandono do próprio Si.

Se vocês forem para a outra Margem, se vocês viverem a outra Margem, então, a melhor testemunha é esse estado de Êxtase permanente aparecendo, em um primeiro momento, por intervalos, por momentos, e que é destinado (seja o que for que pensar a pessoa ou o Si) a se tornar a única Verdade.

Obviamente, a pessoa ou o Si sempre irá recusar esse Absoluto.

É preciso muitas vezes ali provar, mas ele não pode perceber, nem desejar, nem mesmo esperar que isso se torne definitivo.

E, no entanto, esse Absoluto é definitivo.

Ele é definitivo no sentido em que ele é, exatamente, o que sustenta e que permite cada experiência, cada vida, aqui como em outros lugares.

Ele subtende e permite até mesmo a incriação.

Ele sustenta cada consciência e cada não consciência.

Então, se a Onda da Vida tiver percorrido vocês na totalidade ou não, ainda, afirmem , afirmem totalmente o que vocês vivem, nada escondam, porque vocês são a testemunha viva, como dizia o Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL deste dia (6)), do Caminho, da Verdade e da Vida.

Como o Caminho, a Verdade e a Vida não poderiam testemunhar, por sua Presença e por suas palavras, sobre o que ela é?

Nenhum limitado, nenhuma pessoa, nenhum Si, nenhuma oposição, tem valor para o Absoluto, nem mesmo tem efeito, já que ele engloba, justamente, também isso.

***

O Absoluto não é uma palavra, nem um objetivo.

É a União Mística do Céu e da Terra onde tudo se torna, mais do que nunca, evidente, inteiro, Ilimitado.

É isso aí, então, esse Último, em andamento, em vocês.

Mais uma vez, se pudermos falar de finalidade, é para se instalarem, de algum modo, nesse Ilimitado que é Êxtase, Deleite permanente da Onda da Vida.

Há, também, um efeito cumulativo.

Alguns falaram que quando a asa de uma borboleta se quebra, todo o Universo estremece.

Quando um ser limitado vive o Ilimitado ele alcança o mundo inteiro simplesmente por sua Presença, por sua Presença em meio ao limitado desse corpo, ele não é mais esse corpo.

Quanto mais vocês forem em grande número, em termos individuais, para viver a Onda da Vida e para se instalar no Êxtase, mais o processo do Choque da Humanidade verá reduzida sua duração.

Aliás, instalados no Absoluto, nada mais há senão o Absoluto.

Vocês podem continuar a viver sua vida, seja ela qual for, manter o papel que vocês desejarem, mas vocês não são, nem essa vida que vocês vivem, nem esse papel.

Isso muda profundamente já que é uma transcendência, levando-os e conduzindo-os a instalar o Amor mais incondicional que for.

Vocês não podem julgar, vocês não podem deixar de amar seja quem for.

O mesmo olhar será dado a seu filho como ao filho do outro.

Não poderá mais haver diferença entre aquele que os odeia e aqueles que os querem bem.

Eles fazem parte da mesma essência, não em uma crença, não em uma projeção, mas, sim, na realidade do que é vivenciado, no mesmo Êxtase, na mesma Paz, na mesma Verdade, porque vocês não poderão mais comparar seja quem for ou seja o que for, em vocês, com alguma coisa do outro ou com alguém.

Isso não é tampouco uma aniquilação, nem uma uniformização, é bem mais do que isso, mas, obviamente, o ego vai ali se opor ferozmente.

Eis o que eu tinha que dizer hoje, enquanto Melquizedeque do Ar, portador da Luz Azul.

***

Em minha última encarnação, eu falei e escrevi sobre o pássaro azul.

Aqueles que quiserem ler o que eu escrevi, naquele momento irão compreender, mesmo eu não tendo tido acesso integral à Onda da Vida, já que naquele momento a Terra, propriamente falando, não estava Liberada.

Em seguida, inscrevi a descida do Supramental em uma perspectiva futura.

Mas, a partir do momento em que se inscreve essa descida do Supramental em uma perspectiva futura, já não se está presente em si mesmo e, de algum modo, está mentindo para si mesmo.

Assim é e assim foi para todos nós, Anciãos.

Independentemente da mestria que pudemos ter tido em nossa última vida (do Sopro, da Consciência, do Amor), nós também fomos chamados de Mestres.

Mas, o que significa ser um Mestre, para o Absoluto?

Estritamente nada.

Se vocês se apreenderem de minha última frase, vocês irão compreender que nada podemos controlar, nem ser Mestre seja do que for, porque a Onda da Vida e o Êxtase são a Natureza principal, até mesmo, de tudo, de absolutamente tudo.

***

Estão aí as palavras que eu tinha para dizer.

Depois de mim vai intervir o Arcanjo ANAEL que estará aí, eu diria, de algum modo, mais para responder às suas perguntas sobre o que eu acabei de enunciar.

Ainda uma vez, não forcem si mesmos, vocês não podem forçar a Onda da Vida, vocês não podem questioná-la, vocês não podem interrogá-la, vocês apenas podem Ser, porque isso já está aí.

Eu lhes peço para honrar a Graça, a Graça de sua Presença, aqui e em outros lugares, a Graça do que a Onda da Vida trouxe para mim, para exprimir, aqui.

Irmãos e Irmãs, no Amor e pelo Amor, além de qualquer contingência e de qualquer forma, eu lhes proponho o Azul.

Eu lhes digo até muito em breve.

... Compartilhamento da Doação da Graça ...

Até logo.

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1 – IRMÃO K (04.08.2011)

http://www.portaldosanjos.net/2011/08/irmao-k-4-de-agosto-de-2011.html

2 – IRMÃO K (17.03.2012)

http://www.portaldosanjos.net/2012/03/irmao-k-17-de-marco-de-2012-autres.html

3 – ARCANJO URIEL (03.03.2012)

http://www.portaldosanjos.net/2012/03/uriel-03-de-marco-de-2012-autres.html

4 – ARCANJO ANAEL (17.03.2012)