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Intervenção de Jiddu Krishnamurti -
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A interrogação, interrogar-se a si mesmo, corresponde diretamente a um elemento que é introduzido na Consciência ou no corpo, que é diferente do que eu chamaria de costumeiro.
Há, entre vocês, alguns tendo percepções físicas correspondentes a essa Porta, sem, no entanto, saber que isso podia se chamar a “Porta posterior de CRISTO”, ligada à Transparência.
Meu Irmão, isso não pode apreendê-lo.
Resumidamente, nós podemos dizer que existem duas formas de humildade.
O Ilimitado não pode ser apreendido enquanto não tiver Humildade.
Querido Irmão, poderia dizer que isso faz parte de seu desafio.
É evidente, seja qual for a idade, que a partir do momento em que os princípios de Atração e de Visão forem transcendidos, não pode existir a mínima busca de complementariedade no exterior de si.
Irmãos e Irmãs humanos encarnados nesse corpo, eu rendo Graças à nossa comunicação e eu peço para honrar a presença de nossa Graça conjunta.
~ A Liberdade e o
Espírito ~
Meu nome é IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, eu rendo Graças à sua Presença,
neste espaço.
Eu tenho a oportunidade, neste dia, de dar
continuidade a uma série de elementos que eu comuniquei, girando, todos eles,
em torno da Liberdade e do Espírito.
Eu lhes expressei uma série de elementos
referindo-se, primeiramente, ao Eixo ATRAÇÃO / VISÃO e, em seguida, elementos
importantes para viver e compreender os problemas que ocorrem atualmente sobre
esta Terra, nesta Dimensão.
Essas palavras que eu empreguei e explicitei são a
Liberdade, a Autonomia, o Conhecido e o Desconhecido.
Eu gostaria, hoje, não de acrescentar elementos
diferentes, mas, principalmente de dialogar com vocês em relação, justamente,
ao que eu pude dizer sobre essas palavras e situando-as, de novo, em relação ao
que lhes foi comunicado, aí também, há pouco tempo, ou seja, ontem,
referindo-se à Unidade, ao Amor, à Luz, a fim de permitir-lhes, por todos os
enfoques possíveis, viver o que é para viver, para vocês e para cada um, nesse
momento, sobre esta Terra.
***
A penetração do Espírito ou do Supramental neste
mundo, está, como vocês vivem, talvez, em sua fase final, possibilitando, além
das palavras e dos conceitos, descobrir e viver a Liberdade, a Autonomia.
Tornar-se Livre, tornar-se Autônomo, viver o Si, a
Unidade, o Amor e a Luz, levando-os, pela Consciência e por suas vivências, a
reposicionar-se (de maneira, por vezes, inédita) no desenrolar de sua vida e da
vida, de maneira geral.
Deste modo, então, em relação a essas palavras que
eu pronunciei e ao que eu expressei, nós iremos, então, nos comunicar em
relação a isso.
Isso será, para mim, a oportunidade de ajustar,
talvez, alguns elementos que eu já dei referentes a tudo isso.
Então, na Paz e na quietude, nós iremos, juntos,
avançar nesta partilha que, eu espero, será proveitosa para vocês.
E, além das palavras que vocês irão pronunciar e
que eu irei pronunciar, poderá inscrever-se em um espaço comum de Comunhão,
permitindo-lhes, efetivamente, viver o que eu poderia denominar a Vibração da
Liberdade, a Vibração da Autonomia.
Fazendo-os sair do confinamento do Eixo ATRAÇÃO /
VISÃO (ATTRACTION / VISION).
Permitindo-lhes, de algum modo, revelar a Luz na
Consciência, no corpo, a fim de interrogar, mais do que questionar, vocês
mesmos, sobre o sentido do que está prestes a ser vivido e sobre o sentido e a
finalidade do que está prestes a ser transformado na Consciência, em seus
corpos, em suas vidas e sobre este mundo.
Dessa maneira, todos juntos, nós devemos prestar
atenção ao que nós temos a nos dizer, uns e outros, sobre esse plano, através
do plano em que vocês estão e nosso plano.
Possibilitando, certamente, a um número crescente
de Irmãos e de Irmãs encarnados, dar-se conta do que se vive, a partir do
momento em que a consciência der simplesmente um passo para sair de seu condicionamento,
de seus limites.
Então, Irmãos e Irmãs, eu os convido a este diálogo
e eu os escuto.
Pergunta: qual é a diferença entre
interrogar-se e se questionar?
A interrogação, interrogar-se a si mesmo, corresponde diretamente a um elemento que é introduzido na Consciência ou no corpo, que é diferente do que eu chamaria de costumeiro.
Há, então, uma forma de novidade, um elemento
inédito, que virá modificar o equilíbrio da consciência habitual.
Esta interrogação abre as portas, não do mental, mas,
sim, da própria Consciência, pois a Consciência vai se interrogar,
literalmente, não para encontrar uma explicação, mas para viver, de maneira
mais conveniente, com mais Intenção e Atenção, o que foi proposto pela Luz.
Tomemos um exemplo simples (e eu recorro, no que me
concerne, ao corpo): nós lhes falamos (e, em particular, desde a intervenção de
METATRON) da Porta posterior de CRISTO.
Há, entre vocês, alguns tendo percepções físicas correspondentes a essa Porta, sem, no entanto, saber que isso podia se chamar a “Porta posterior de CRISTO”, ligada à Transparência.
Entretanto, sem mesmo ter a explicação (já que isso
foi uma explicação), eles não tinham a percepção e podiam se interrogar sobre o
sentido do que era vivenciado, não no sentido tradicional, ação / reação, mas,
bem mais, pelo que era trazido por esta sensação corporal e pelas modificações
inerentes do comportamento, ou da Consciência, daí resultantes.
Para a interrogação referente a um ponto percebido
ou a uma zona percebida, no nível do corpo, a consciência humana apercebe-se de
que, antes mesmo de ter a explicação, e desde que ela se interrogue sobre o
sentido do que é vivenciado, isso não remete, necessariamente, a uma
perturbação do corpo, mas está correlacionado, assaz facilmente, a uma série de
modificações da própria consciência.
O questionamento remete ao mental e à ação / reação
e, portanto, a uma causalidade inscrevendo-se no conhecido.
Ao passo que a interrogação vai bem além da
resposta apresentável ou apresentada, no conhecido, mas faz interrogar sobre um
sentido ligado, justamente, ao Desconhecido, tal como eu abordei.
Dessa maneira, questionar-se sobre uma dor nas
costas, entre as omoplatas, irá remetê-los à possibilidade de uma perturbação
desse corpo (artrose, má posição na cama, má movimentação, alteração pulmonar
ou cardíaca).
Enquanto que a interrogação os faz considerar, quer
vocês queiram ou não, uma origem não conhecida e não física, para, no entanto,
uma manifestação dita física.
A interrogação os remete a um sentido que está além
do conhecido e que corresponde, muito exatamente, à ação do Supramental: a
ação, como dizia UM AMIGO, do plano de la Città, na energia comum
ou na energia vital.
O sentido da interrogação é profundamente diferente
do sentido do questionamento, porque o questionamento recorre a uma resposta
pela razão, pela lógica cartesiana.
A interrogação recorre a uma resposta ou, em todo
caso, a uma busca de sentido, escapando à razão e escapando a um aspecto
lógico, cartesiano, mas tomando sua origem, justamente, no Supramental.
Eis o que eu quero dizer com isto.
A interrogação os remete
ao Desconhecido.
O questionamento os
remete ao Conhecido.
É por esse próprio princípio que a Consciência se
transforma e que, como dizia e expressava UM AMIGO, vocês poderão passar do eu
ao Si.
Há, digamos, um pouco mais de uma geração, a
passagem do ego ao Si ocorria de maneira extremamente brutal, por uma
experiência particular que culminava em uma reversão, súbita e abrupta, da
Consciência, em um momento perfeitamente reparável, denominado “abertura do
Coração” (qualquer que fosse o elemento causal), mas que resultava, em última
análise, em uma revolução e em uma mudança da Consciência, totalmente
fulgurante.
Para vocês todos, e para a maioria de vocês que
estão aqui e que irão ler minhas palavras e que vivem processos de Consciência,
vocês sabem, pertinentemente, que, para vivê-lo, a Consciência procede por
toques sucessivos, e que esses toques sucessivos realizam, de alguma forma, um
mecanismo de Reversão final de Passagem da Porta Estreita, como foi dito, de
maneira, muitas vezes, progressiva e não brutal.
Isso está ligado ao modo de penetração da Luz.
No que se refere, por exemplo, aos Anciãos, tendo,
todos eles, vivenciado a Unidade durante sua vida, o processo foi abrupto.
Havia um antes e um depois.
E, para vocês todos que vivem, hoje, nesse tempo,
essas transformações, vocês sabem pertinentemente que, talvez, houve, em sua
vida, um antes e um depois.
Mas que cada dia foi constituído de um antes e de um
depois, porque a penetração no Desconhecido acontece, em vocês, de maneira
progressiva.
Isso realizou as Núpcias Celestes, isso realizou o
que foi denominado, ontem, a Fusão dos Éteres, no nível do corpo, com uma
espécie de limiar de saturação permitindo o basculamento, se pudermos dizer,
final, da humanidade.
A diferença principal também está situada no
próprio sentido da Vibração e da própria energia.
Assim, no século passado, há mais de uma geração
(quer isso tenha me referido, quer isso se refira a UM AMIGO ou ao Mestre RAM,
por exemplo), houve uma espécie de fulgurância que estava ligada a um movimento
da energia, que eu qualificaria de ascendente, ligada ao despertar da Kundalini que,
de algum modo, vem abrasar o Coração e realizar o Despertar do Coração.
As coisas são profundamente diferentes nos últimos
trinta anos, já que a polaridade da energia não é mais uma energia ascendente
(mesmo se ela se tornar agora), mas é a Luz que, realmente, chegou até vocês.
Não havia, como dizer, brutalidade nesta ação, já
que ela foi cumulativa, progressiva, saturante, mas se estendendo, como vocês
veem, em um tempo que, em última análise, será inferior a 30 anos, já que se
estende, como foi dito, entre o mês de agosto de 1984 e o mês de julho de 2012
desse calendário.
Deste modo, então, este período de tempo permite
realizar uma descida da Luz, do Supramental, por uma abordagem progressiva.
Fazendo com que o processo de iniciação da Luz, em
meio à consciência humana, ocorra em uma série de etapas e não mais de maneira
fulgurante.
Como durante o Despertar da Kundalini,
conforme foi descrito por alguns mestres, ao longo dos séculos, tanto no
oriente como no ocidente, mesmo se a fraseologia não for a mesma, mas
reenviando ao mesmo processo, brutal e instantâneo, do Despertar da Kundalini.
Há, então, dois movimentos energéticos e
Vibratórios: um que é um movimento de ascese pessoal, purificando
suficientemente o que é chamado de ego e permitindo o abrasamento da Kundalini.
Isso se referia a um número extremamente limitado
de consciências humanas encarnadas.
Enquanto que hoje o processo, como vocês sabem, é
por vezes individual e coletivo.
E é, então, progressivo: uma progressividade
estendendo-se até quase uma geração.
Eis o sentido, se vocês quiserem, da diferença que
pode existir entre o que era possível, há mais de 30 anos, e o que se tornou
possível, doravante, de maneira cada vez mais patente, de maneira cada vez mais
evidente (em todo caso, para aqueles de vocês que vivem esses processos).
Obviamente, aquele que não for referido por esses
processos de transformação (mesmo progressivos, no momento) pode ser
considerado como adormecido ou prisioneiro de um sistema de crenças, de
condicionamentos.
E nós não temos que nos colocar a questão da liberdade
de cada um de se liberar de suas próprias crenças, de seus próprios
condicionamentos.
Simplesmente, há, no tempo antigo (se pudermos
nominá-lo assim), uma noção de rapidez, alguma coisa que fulminava.
Ao passo que, muitas vezes, vocês lembram que a
imersão de sua Consciência, hoje, na Luz, ocorre por um movimento descendente
e, agora, subindo.
Mas a iniciação não é passada por uma purificação
do ego, depois por um acesso ao Coração, mas, bem mais, por uma descida do que foi
chamado de Supramental, ou Espírito Santo, ou a Shakti que,
pouco a pouco, perfurou a bainha dos chakras e modificou, pouco a pouco, gradativamente,
a Consciência.
O objetivo é criar um mecanismo de aclimatação.
O mecanismo de aclimatação é essencial, a partir do
momento em que o processo não é mais individual, mas se refere, quer queiramos
ou não, a alguns indivíduos e, então, ao que podemos chamar de fenômeno
coletivo ou global permitindo, de algum modo, como foi dito, realizar uma
propagação da Luz, passo a passo, de Consciência a Consciência, pela própria
Inteligência da Luz, e porque, também, o número de seres humanos que ancoraram
a Luz e que revelaram a Luz e que desvendaram a Luz, possibilitou isso, de
maneira muito mais fácil, e permitindo limitar as consequências da irrupção
total da Luz, em meio à consciência limitada, e em meio a um mundo que não
conhece a Luz.
Eis o que eu posso dizer.
***
Pergunta: quando uma pessoa alcança o
Si, como o ambiente pode reagir?
Meu Irmão, isso não pode apreendê-lo.
O entorno que não vive isso vai considerar como uma
pura loucura, como uma saída da realidade ordinária.
A comunicação irá se tornar, necessariamente, cada
vez mais difícil, cada vez mais tensa, entre aquele cuja consciência está
centrada nesse mundo e aquele cuja Consciência, enquanto estando nesse mundo,
já não é mais deste mundo.
Isso se reflete pelo que foi chamado (e que irá se
refletir de maneira cada vez mais fulgurante e violenta) pelo que o bem amado
SRI AUROBINDO denominou choque da humanidade.
O choque da humanidade está naturalmente ligado à
revelação da Luz e à diferença de vivência da Luz entre aqueles que integram a
Luz (e que aceitam os efeitos, que eu denominaria, hoje, mutagênicos) e aqueles
que recusam, na totalidade (pois é sua liberdade), a Luz.
Tanto que, há mais de uma geração, quando o
processo de Despertar do Coração se referia a um ser que se isolava do mundo ou
que se tornava adepto ou discípulo, ele não estava incomodando, porque esta
pessoa não podia transformar o mundo, de qualquer maneira.
Hoje, não são vocês que transformam o mundo por
qualquer vontade, mas, sim, pela propagação e pela multiplicação da Luz e pela
ancoragem da Luz, em um número de Irmãos e de Irmãs cada vez mais considerável
(que causam dificuldade, para esses seres).
Pois a negação da Luz é possível até certo nível.
Mas chegará um momento em que a intensidade da
presença da Luz (quer seja em cada um, como no conjunto da Terra) irá provocar,
de maneira formal, uma separação total de duas humanidades.
Não é a Luz que cria a transformação e a separação,
obviamente, mas o comportamento de cada ser humano em relação à Luz: em sua
aceitação ou em sua recusa da Luz.
Dessa maneira, então, o ambiente (quer seja
familiar, profissional, afetivo, social) vai implicar, de qualquer modo, um
medo ou uma recusa, porque efetivamente há uma ameaça.
A irrupção do Desconhecido é sempre um perigo para
aqueles que recusam o Desconhecido, para aqueles que recusam sair dos esquemas
estabelecidos, do conjunto de crenças.
Entretanto, vocês sabem (por vivê-lo), para alguns
de vocês, que o desdobramento da Luz se reflete pelo desaparecimento total de
todas as crenças.
O ser humano se transforma de um ser de crenças e
de submissões, em um ser de Liberdade, de Autonomia e que não tem mais crença
alguma.
E, naturalmente, mais nenhuma crença, para aquele
que vive na crença, representa a ausência de ortodoxia e a ausência de
segurança.
E não há nada mais insuportável, para o ser humano,
do que se sentir inseguro, em todo caso, enquanto ele não vivenciou a Luz.
Deste modo, então, nenhum ser humano pode apreender
o que acontece para aqueles que vivem o processo Vibratório, enquanto eles
mesmos não fizerem a experiência.
Então, é claro, eles vão usar uma linguagem que
lhes é conhecida, em meio às suas crenças.
Quer eles chamem isso de posse e quer a negação
passe por uma forma de denúncia, quer a negação passe por uma separação.
Mas não é a Luz que separa.
Pelo contrário, é o conjunto de seres humanos que
se desvia, de alguma forma, no momento, da Luz, porque isso representa,
efetivamente (para as diversas esferas de vida do ser humano), um imenso
perigo, já que o ser humano que vive a Luz está totalmente liberado de qualquer
condicionamento, de qualquer crença, de qualquer passado e de qualquer futuro.
Assim, então, ele escapa à lógica da personalidade,
ele escapa à lógica do conjunto de crenças da humanidade, sejam elas quais
forem.
O domínio da crença
pertence à personalidade.
O domínio do Si, da
Unidade, do Coração, nada tem a ver com crença.
Aliás, a Abertura do Coração se reflete pelo
desaparecimento, mais ou menos brutal, mais ou menos progressivo, do conjunto
das crenças, tanto que isso não é experimentado.
Pois o Coração dá acesso à Verdade, além de
qualquer questionamento (mesmo na interrogação), já que o Espírito que é tocado
compreende perfeitamente e vê, mesmo se ele não puder exprimir a trama lógica,
que o conjunto do que é confinante, em meio a este mundo, representa, em última
análise, um conjunto de medos que foram domesticados.
Dessa maneira, então, vocês não podem modificar o
ambiente.
A partir do momento, aliás, em que vocês procuram modificar
o ambiente, vocês saem instantaneamente da Luz.
Pois a Luz é um estado de Ser.
Ela não é a vontade de mudar o mundo, já que a
vontade de mudar o mundo se inscreve, de maneira definitiva, em um sentido de
melhoria de alguma coisa.
Ao passo que aquele que vive o Coração sabe, pertinentemente,
que a Luz e o Coração não são desse mundo e que nada há para melhorar na
perfeição da Consciência do Coração.
Não pode mais existir projeção da Consciência,
melhoria ou busca, mesmo no sentido espiritual, já que o Espírito foi
encontrado.
Não há, então, que aplicar qualquer receita ou
qualquer Luz, sobre algo que rejeita a Luz.
***
Pergunta: poderia desenvolver sobre a
humildade?
Resumidamente, nós podemos dizer que existem duas formas de humildade.
Uma humildade mental (que está ligada a princípios
religiosos adotados) onde a humildade vai consistir, por um esforço de vontade,
em tornar-se humilde, em silenciar, compelido pela vontade, o conjunto das manifestações
ligadas às regras desse mundo (que são denominadas, como vocês sabem, predação,
competição), para entrar em um modelo religioso ou em um modelo de crenças,
seja qual for.
E existe uma Humildade natural da Consciência que
descobre a Luz e vive a Luz e que, pouco a pouco, por esta efusão da Luz e por
esta realização da Luz, por meio de toques sucessivos, vai fazer compreender as
palavras de CRISTO para serem vividas diretamente: “vocês não podem servir a
dois mestres ao mesmo tempo”, “vocês não podem estar sobre esse mundo, nesse
mundo e estar fora deste mundo”.
Vocês não podem, ao mesmo tempo, reivindicar o eu e
viver o Si.
Há, então, naturalmente (pela efusão do Supramental
e pela transformação, mais ou menos progressiva, da consciência), um
desaparecimento total da noção do eu.
Não como uma imposição, mas, sim, como uma
evidência da Luz, onde enquanto houver uma apropriação (de um corpo, de uma
família, de um papel, de uma crença), bem, simplesmente, o ser não é Livre.
Abrir o Coração é tornar-se Livre é não rejeitar
nada nem ninguém, mas aceitar que cada um viva sua liberdade, mesmo se a
liberdade for oriunda, diretamente, das crenças e dos confinamentos.
Assim, viver o Coração não é a vontade de
transformar o mundo, ainda menos a vontade de agir na vontade de bem, como foi
transmitido por alguns ensinamentos espirituais que apenas são ensinamentos
espirituais da alma se opondo, na totalidade, à concretização do Espírito, ou
seja, à transformação desse mundo pela Luz.
Existe, em meio à personalidade, um desejo de
aperfeiçoamento, mas que irá se exprimir sempre através desse mundo e sempre
através da personalidade.
A personalidade jamais irá permitir, por um
conhecimento exterior, viver o Coração.
Somente a partir do momento em que a personalidade
se apagar, realmente e com consciência, a partir do momento em que vocês não
participarem do jogo da predação, dos apegos, das crenças e dos confinamentos,
sejam quais forem, é que a Luz do Coração, a Luz Vibral, pode realmente se
instalar.
E isso apenas ocorre, efetivamente, por essa Humildade
que é a compreensão de que vocês não podem ser Luz, nesse mundo, enquanto
estando sobre este mundo.
E de que a Luz não é desse mundo e que ela visa,
justamente, fazê-los sair desse mundo, por uma transmutação desse mundo, por
completo.
Não desejando transformá-lo, mas se transformando,
vocês mesmos, pela ação da Luz, ou seja, pela Porta da Humildade ou da UNIDADE
(o que é a mesma coisa), conduzindo à Simplicidade e à Passagem da Porta
Estreita.
Deste modo, então, a verdadeira Humildade é, de
algum modo, a conscientização de que a Verdade não é desse mundo e que vocês
não podem encontrar qualquer verdade, mesmo oculta, em meio a este mundo, que
lhes permita encontrar a solução, de alguma forma, do que vocês são, neste
mundo.
Por mais que vocês conheçam todos os mistérios desse
mundo, por mais que vocês conheçam o conjunto de suas vidas passadas, por mais
que vocês conheçam a verdadeira história desse mundo, por mais que vocês
conheçam o conjunto dos mecanismos e das engrenagens de todas as crenças e de
todos os condicionamentos, isso jamais irá torná-los Livres.
A única coisa que os torna Livre é a Liberdade do
Espírito e, portanto, deixar se estabelecer, em si, o Si, ou seja, o Espírito.
Mas isso não pode ocorrer, de forma alguma, por uma
busca exterior, e enquanto vocês estiverem submissos à crença de que explorando
tal domínio ou outro domínio, mesmo oculto, mesmo esotérico, mesmo mágico,
vocês jamais poderão sair da Ilusão.
Enquanto vocês acreditarem ser dependentes de um
ser, vocês não podem ser Livres, seja ele quem for.
Enquanto vocês estiverem apegados, vocês não podem
ser Livres.
Então, é claro, existem pilhas e montes de
ensinamentos que, de algum modo, procuraram dar-lhes os mecanismos de
funcionamento psicológico, psicoespiritual, se pudermos chamá-los assim, de
compreensão dos mecanismos invisíveis.
Mas a compreensão jamais irá lhes dar acesso ao
Espírito, enquanto não houver Humildade.
E a Humildade é, justamente, como foi dito em
várias ocasiões, Abandonar-se à Luz.
Mas enquanto o eu, a personalidade, quiser se
apropriar da Luz para obter uma vantagem qualquer, ela não poderá viver a Luz.
É isso que vocês estão prestes a viver, por
pequenos toques, mais ou menos pronunciados, que os coloca frente às suas
escolhas e que os coloca frente à compreensão dos mecanismos, por sua vivência
direta, do que é o Coração e do que ele não é.
O ser humano sempre teve tendência, quando ele está
confinado, de recriar regras ainda mais confinantes, para ele próprio se sentir
seguro já que a personalidade, é claro, é construída sobre a falta, sobre o
medo, sobre o efêmero.
Esta personalidade vai sempre buscar elementos de
segurança, quer seja em um casal, em um trabalho, no dinheiro, em tudo o que
faz a vida, sobre este mundo de predação e de competição.
Mas CRISTO lhes disse: “o meu Reino não é desse
mundo”.
E vocês não podem descobrir o Reino do Espírito, de
maneira alguma e de modo algum, enquanto vocês aderirem a este mundo.
O que não quer dizer sair desse mundo, mas, sim,
mudar a própria Vibração da Consciência, não por um desejo, mas, bem mais, por
um Abandono e uma Renúncia.
Isso corresponde também ao que disse CRISTO (a
Passagem da Porta Estreita): “ninguém poderá penetrar no Reino dos Céus se não
se tornar de novo como uma criança”.
E uma criança, em princípio, no caso ideal, não tem
qualquer crença senão aquela do instante presente.
***
Pergunta: qual é a relação entre
Ilimitado e Humildade?
O Ilimitado não pode ser apreendido enquanto não tiver Humildade.
Enquanto houver a necessidade de explicar, de
questionar, enquanto houver uma necessidade de apropriação ou de compreensão, é
apenas a personalidade que se exprime.
A personalidade é condicionada e limitada.
Ela não pode, então, de qualquer modo e de qualquer
maneira, conhecer e viver o Ilimitado.
Apenas no fim do limitado que o Ilimitado pode ser
vivido.
O Ilimitado corresponde, do mesmo modo, à Unidade
e, do mesmo modo, à Humildade.
O Ilimitado é não mais ser dependente de um corpo.
Como lhes disseram muitos Seres despertos (no nível
do Coração): eles não são esse corpo e, no entanto, eles habitam este corpo.
Este corpo é um Templo.
Mas o Templo nada é se ele estiver vazio.
Enquanto vocês se identificarem com esse corpo,
enquanto vocês se identificarem com essa pessoa, com esse papel, seja ele qual
for, vocês estão na limitação e no limitado.
O Ilimitado é o Coração.
E vocês não podem viver o Coração sem passar pela
Porta Estreita.
A personalidade, através de seus jogos,
denominados mental e emocional, vai exatamente fazê-los
crer no contrário.
E é aí que reside o conjunto dos ensinamentos que
vocês chamam de espirituais.
Durante minha última encarnação, eu me elevei
bravamente, porque não existe mestre algum, seja ele qual for, que seja capaz
de abrir-lhes o Coração.
Há, então, nesse nível, mesmo se isso jamais foi
dito, uma necessidade de controlar e de subjugar, por aquele que exerceria esta
autoridade, dita espiritual, sobre outro ser humano.
Vocês não podem dar a Liberdade para alguém.
A Liberdade se cria, em si, justamente, pelo acesso
ao Ilimitado.
Mas, para isso, é preciso renunciar ao limitado.
Disso que falo é um mecanismo de Consciência, de
onde vai resultar uma série de comportamentos, uma série de observações, uma
série de interrogações, levando a viver o Ilimitado.
O Ilimitado não depende de qualquer
condicionamento, nem de qualquer localização, espacial ou temporal.
O próprio do limitado é estar localizado em um
corpo, em uma vida, em uma memória.
O Ilimitado não pode ser de forma alguma limitado,
justamente, pelo que limita a encarnação.
O Espírito, o Si, não tem que ser criado, já que
ele existe de toda a Eternidade.
Ele é independente de qualquer tempo e de qualquer
localização.
Jamais a personalidade, sejam quais forem seus
esforços, pode realizar o Si.
É apenas, justamente, no momento específico em que
o Si se revelar, que o eu vai se apagar.
Mas, em nenhum momento, o eu pode pressionar a Luz,
mesmo se, para isso, vocês falarem a língua dos Anjos.
Como diria, eu creio, São Paulo: vocês podem
conhecer todos os mistérios do Universo, isso não significa, no entanto, que
vocês irão viver o Coração.
Pois as leis do Espírito, eu repito, não são as
leis desse mundo.
A quebra de confiança, por assim dizer, foi crer
que as leis do Espírito eram as leis do corpo ou as leis da alma.
Não há qualquer sobreposição possível entre as
duas.
Não há analogia possível entre as duas.
***
Pergunta: quando vivemos com alguém
que recusa a Luz, qual atitude que devemos tomar?
Querido Irmão, poderia dizer que isso faz parte de seu desafio.
Não há resposta uniforme.
Não há resposta global para esse processo, pois
cada situação e cada relação são diferentes.
Mas é evidente, como eu disse, que, cada vez mais,
a oposição irá se tornar total e cada vez mais frontal, com aquele que recusa a
Luz.
O paradoxo sendo que aquele que vive a Luz não pode
se opor, pois, se não, ele recai na Dualidade.
Ele apenas pode Irradiar e Ser.
Então, é claro, isso irá se refletir,
inevitavelmente, por algumas transformações das relações.
Mas isso será feito, não por uma vontade pessoal,
mas, sim, pela própria Inteligência da Luz.
Dessa maneira, então, se a antinomia e a oposição
forem bastante importantes, a Luz, na condição de vocês a deixarem agir, virá
transformar, de maneira por vezes considerável, uma determinada relação.
Não são vocês que agem, não são vocês que decidem,
mas é a evidência da própria Luz que vai criar o que deve ser criado, para que
cada um possa viver sua Liberdade.
Sua liberdade limitada ou sua Liberdade Ilimitada.
É preciso, naquele momento, colocar-se as questões
corretas: por que vocês estão nessa situação?
Mas esta questão não deve girar constantemente no
mental como um problema de decisão quanto ao que vocês têm que fazer nessa
relação, mas, bem mais, aí também, aquiescer à Luz, não reagir, mas se
fortalecer no Ser.
Se vocês se fortalecerem no Ser, pelo Abandono e
pela Renúncia, vocês irão constatar que o que era difícil torna-se cada vez
mais fácil, tanto para um como para o outro.
Lembrem-se: quando vocês morrem, vocês não levam
seus filhos, vocês não levam seu dinheiro, vocês não levam seu cônjuge.
Vocês nada levam.
Por que isso deveria ser de outra forma no
desdobramento coletivo da Luz?
Cabe a vocês colocarem a questão, a única questão:
o que, em vocês, os impede, devido ao que vocês vivem, não de pôr fim, mas,
sim, de deixar a Luz agir para trabalhar no sentido de sua própria
Inteligência, mais do que decidir como se comportar?
Aí está, para vocês, o que eu nominei de desafio
para conscientizar.
Pois a Inteligência da Luz (quer seja em alguma
situação, em alguma relação) tem apenas um objetivo: simplificar a Consciência
e a vida para vocês, mesmo se isso lhes parecer árduo, complicado, difícil.
Isso apenas parece árduo, difícil e complicado para
o olho da consciência limitada e fragmentada, ou seja, para a consciência da
personalidade.
Assim que vocês aceitarem remeter-se à Inteligência
da Luz, vocês irão constatar, por vocês mesmos, que as coisas vão no sentido do
Abandono à Luz, da facilidade, da Fluidez e da lei da Graça, da lei da Atração
(e não mais segundo o princípio da Dualidade, isto é, da ação / reação).
Na realidade, as situações, os seres, mesmo nas
relações mais próximas, apenas estão aí para fazê-los, de algum modo,
compreender e viver o que é a ação / reação, a fim de não mais ser submetido à
ação / reação e entrar na ação da Graça, ou seja, abandonar os jogos da
personalidade (seja em uma relação afetiva, social, profissional, ou em
qualquer tipo de relação ou de interação).
Lembrem-se: independentemente do que vocês viverem,
passar do limitado ao Ilimitado, passar do eu ao Si, da consciência fragmentada
à Consciência Ilimitada, não pode acontecer, integralmente, enquanto vocês
tiverem a impressão, ou a vontade, de agir contra alguma coisa.
Como foi dito, vocês estão, nesse momento,
exatamente no lugar que devem estar para viver o fim de localizações, isto é, o
fim de toda a fragmentação.
Alguns são crianças, outros são idosos.
Alguns são aposentados, outros estão à procura de
emprego.
Alguns estão sozinhos, outro vivem em casal.
Todas as circunstâncias de sua vida e, então, de
sua personalidade, estão aí apenas para interrogarem-se sobre o que vocês estão
prestes a viver.
Não para ali voltarem incansavelmente na ação /
reação, mas, sim, como eu disse, como um desafio para solucionar.
Esse desafio não exigindo uma razão, mas, sim, um
Abandono à Luz.
Pois a Luz, como foi dito, será sempre, e de longe,
superior à personalidade, superior em Inteligência, superior em Evidência e
superior em Alegria.
***
Pergunta: enquanto homem, não mais
sentir desejo sexual pela mulher, mas ver a mulher mais como uma mãe, como uma
irmã, seria um indicador de que vamos para o Si?
É evidente, seja qual for a idade, que a partir do momento em que os princípios de Atração e de Visão forem transcendidos, não pode existir a mínima busca de complementariedade no exterior de si.
Isso não contradiz a noção de casal.
Mas a relação de casal se torna profundamente
diferente, pois ela não tem mais como base uma busca de segurança, ela não
precisa mais se expressar de modo sexual, ela não precisa mais se expressar
através dos jogos de sedução ou através de suposições arriscadas, como foi
chamado, no nível das leis da alma, de chamas gêmeas ou de almas irmãs (que
apenas existem no fantasmagórico de alguns seres que são viciados em concepções
que eu chamaria de Luciferianas).
Já que o Espírito é completo por si só, já
que ele contém todos os outros, por que haveria necessidade de esperar uma
complementariedade ligada a um sexo oposto?
Naturalmente, vocês não podem forçar o corpo de
desejo.
E, como eu falei, a um dado momento, gradualmente e
à medida da penetração da Luz (bem além das Coroas Radiantes, como é o caso
atualmente, pela Fusão dos Éteres), é evidente que o homem, no sentido mais
nobre, absolutamente não terá mais necessidade de buscar qualquer coisa no
exterior de si.
Será o mesmo para a mulher.
Nas Dimensões Unificadas (e mesmo no que é chamado
de 3ª Dimensão Unificada, que não é mais falsificada), a sexualidade não
existe, a família não existe, a necessidade de comer não existe.
As circunstâncias de vida, mesmo nos Mundos em
carbono, ditos Unificados, não têm estritamente nada a ver com este mundo.
Este mundo é um mundo falsificado pelo Eixo ATRAÇÃO
/ VISÃO, onde o conjunto desta matriz apenas se mantém pela existência do que é
chamado de corpo de desejo.
Deste modo, a relação homem-mulher, com base em um
sentimento de ausência de completitude (mesmo a mais harmoniosa), apenas
expressa a ação da personalidade.
Não há, no entanto, absolutamente que buscar uma
solidão, seja ela qual for.
Mas, simplesmente, o homem ou a mulher que vive a
Unidade não pode ter as mesmas necessidades, nem os mesmos desejos, daquele que
vive na personalidade.
Não há mais casal, no sentido em que vocês
vivenciaram nesse mundo.
Há uma amizade, há um companheirismo, há uma
relação de reciprocidade na Liberdade total de um e de outro.
Isso é especialmente verdadeiro nos casais.
Enquanto vocês quiserem forçar o outro a fazer
alguma coisa, vocês retiram a Liberdade dele e, portanto, vocês não podem viver
a Unidade.
Isso não é algo, aí também, para adotar como regra,
mas algo que deve se estabelecer na evidência da Vibração e na evidência do
Coração e na evidência da Unidade.
Obviamente, há interrogação pois, para a
personalidade, assim que o desejo desaparece (quer seja de comer, pois alguns
não têm mais necessidade de comer, quer esteja ligado às necessidades sexuais),
é claro, a ausência de desejo remete ao medo: medo do abandono, medo da falta,
em relação ao outro.
Como é que o Espírito (que é perfeito) e o Coração
(que está aberto) poderiam conceber a falta de alguma coisa?
Isso não é uma privação e não deve resultar de uma
privação, ligada à vontade, mas, sim, estabelecer-se como um estado de fato, em
ressonância com a instalação da Luz.
Todos vocês vivem coisas semelhantes, sem, no
entanto, falar exclusivamente da esfera sexual.
Todos os desejos ligados ao Eixo ATRAÇÃO / VISÃO
(que mantém esse mundo e essa Ilusão) desaparecem, necessariamente, assim que a
Porta Estreita começa a ser atravessada, assim que a Transparência começa a
aparecer em sua vida.
Como poderia ser de outra forma?
Vocês não podem ter frenesi e viver a Unidade.
Isso desaparece, naturalmente, do campo de sua
Consciência.
Vocês não podem ter uma avidez, seja ela qual for,
e manifestar a Unidade.
Eu os lembro de que a Unidade, o Coração, o Si, é
doação total, Transparência total e restituição.
Dessa maneira, então, é perfeitamente lógico e
usual que o conjunto dos afetos, ligado ao corpo de desejo, modifica-se, de
maneira extremamente importante, quanto mais o tempo disponível sobre esta
Terra transcorrer.
Para dar um exemplo: imaginemos um casal em que os
dois vivem o Fogo do Coração e que persistiria em estabelecer, ou a querer
estabelecer, um desejo sexual.
Eles teriam que constatar, rapidamente, que há uma
forma de incompatibilidade, pelo aquecimento Interior extremo, pois não se pode
mais, vivendo o Fogo do Coração, fazer nascer o fogo do desejo.
Pois, naquele momento, há uma dissimulação da Luz,
e o Fogo do Espírito é muito mais aquecedor, eu diria, do que o fogo da
personalidade.
Resultaria, então, em um mecanismo chamado de
inflamação, tanto no nível dos centros inferiores, como (isso seria ainda mais
perigoso) no nível do chakra do Coração, podendo levar a processos extremamente
lamentáveis.
Agora, mais uma vez, vocês nada têm que restringir
e nada que forçar.
Ali onde vai ocorrer o problema é quando um dos
dois está mais adiantado em relação ao outro.
Mas isso é lógico, isso corresponde à ação direta,
não de sua vontade, mas da Luz.
Eu os lembro de que no nível das leis matriciais do
confinamento, o principal obstáculo ao Espírito foi chamado de lei do karma.
Já que vocês estabelecem laços, através das ações e
das reações que existem desde a Eternidade, fazendo-os crer que vocês irão
reparar alguma coisa (através do estabelecimento de uma relação) ou pagar
alguma coisa (em relação a uma ação cometida em um tempo remoto ou antigo).
Acontece que os seres que vocês estimam, hoje
(marido, mulher, filho, pai), são, exatamente, os seres com quem vocês tiveram
os piores problemas em vidas passadas, mesmo se, hoje, a relação lhes parecer a
mais harmoniosa.
Mesmo isso lhes parecendo inconcebível, nos Reinos
Unificados, nos Mundos Unificados, o conceito de família (tal como ele é
compreendido e vivenciado nesse mundo), os laços de sangue, não podem existir.
É o mesmo para os laços da carne, já que o Ilimitado
não pode ser constrangido por nada pertencente a esse mundo e a esse corpo de
desejo.
Tudo é em função de seu ponto de vista: aquele da
personalidade ou aquele do Coração.
Assim mesmo, os conceitos que foram aceitos pela
totalidade dos seres humanos (sejam quais forem sua religião e sua
consciência), como o conceito de sobrevivência ou de perpetuação da espécie, é
apenas a habilidade de algumas consciências, que os confinaram, para perpetuar
o próprio confinamento.
E isso é chamado de vida, de procriação, que não
tem absolutamente qualquer existência nos Mundos Unificados.
O problema da consciência humana confinada é que
ela é persuadida de que vai recriar as mesmas regras e as mesmas vidas, nos
Mundos Unificados: o que é impossível.
Isso toma parte no que nós abordamos entre o
conhecido e o Desconhecido.
Enquanto suas convicções, espirituais, do Espírito,
resultarem simplesmente de sua experiência, em meio a esse mundo, vocês não
podem viver a Unidade.
***
Nós não temos mais perguntas, nós
lhes agradecemos.
***
Irmãos e Irmãs humanos encarnados nesse corpo, eu rendo Graças à nossa comunicação e eu peço para honrar a presença de nossa Graça conjunta.
Eu lhes digo, então, até uma próxima conversa.
... Efusão Vibratória ...
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Mensagem do Venerável IRMÃO K no site francês:
27 de novembro de 2011
(Publicado em 28 de novembro de 2011)
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Tradução para o português: Zulma Peixinho
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