- Intervenção da Estrela AL -
“O Amor é a
Unidade. O Amor é a Verdade. Vocês não podem manifestar o Amor se não estiverem
na Unidade, se não estiverem alinhados, se não estiverem centrados. O Amor é um
estado permanente.”
~ A Magia
do Amor ~
Bem-amados filhos do Amor e da Luz, eu lhes aporto todo o meu Amor.
Eu sou MA
ANANDA MOYI.
Ontem, eu
lhes dei os jogos e os gestos que lhes correspondem como indivíduo, para tentar
aproximá-los e tocar o instante da Unidade, a Unidade da presença de sua
Verdade.
Hoje,
gostaria de conduzi-los, em dois tempos, à magia do Amor.
O Amor é
algo que é voltado para si e voltado, do mesmo modo, para o outro, qualquer que
seja esse outro.
Vocês serão levados a experimentar, a viver, no olhar do outro, essa dimensão do Amor.
Além das
ferramentas com as quais vocês trabalham, que são os cristais, além dos gestos
que eu lhes dei, além da radiação do Anjo, vocês vão praticar o Amor, o jogo do
Amor, em minha vida chamado o jogo do Senhor.
Em que o
ser humano é o Amor?
Obviamente,
em seu coração, em sua Luz, em sua Verdade.
Mas onde
transparece mais o Amor é no olhar.
Antes
mesmo de entrar na ação, na compaixão, no gesto e no serviço, o olhar diz tudo.
Ele diz o
Amor, ele diz o ódio, ele diz a compaixão.
É esse
jogo que vocês vão praticar, em alguns instantes.
(Ndr:
referência a exercícios propostos aos estagiários).
Mas,
antes disso, vamos jogar os jogos de palavras em relação com o Amor.
Falar do
Amor é uma coisa, praticar o Amor é outra coisa, entretanto, os conceitos e as
palavras do Amor são, também, elementos que podem, de algum modo, enganar o
mental e atraí-los, aproximá-los do centro de seu ser, aí, onde se manifesta o
Amor.
***
Então,
vamos abrir, de maneira temporária, um espaço de questionamentos sobre o Amor.
Bem-amados
filhos do Amor e da Luz, eu espero suas questões, suas interrogações sobre o
Amor.
Isso nos
dará a ocasião, intelectualmente, verbalmente, de jogar o jogo do Amor, antes
de entrar na radiação do Amor, um pouco como o Anjo mostrou-lhes, mas em sua
dimensão humana, porque o Amor existe, é claro, na terceira dimensão, na
dimensão encarnada.
Vocês
estão, aliás, aqui, para realizá-lo sobre a Terra, mas o Amor não tem sua Fonte
na terceira dimensão.
A Fonte
do Amor situa-se no mais profundo de seu ser, mas, também, no mais profundo dos
Céus e da Terra, mas é preciso revelá-lo, é preciso pô-lo em evidência, é
preciso vivê-lo, é preciso, dele, impregnar-se.
Existem
numerosos métodos, numerosas técnicas que visam fazer nascer, fazer eclodir
esse Amor, manifestá-lo e vivê-lo.
Eu lhes
disse, também, que o Amor é vibração.
O Amor
apresenta certo número de virtudes.
Eu lhes
assinalarei a adequação entre o Amor, a Luz e a vibração e atrairei sua atenção
ao fato de que todo ser vivo é a manifestação encarnada do Amor.
O Amor é,
também, doação, o Amor é, também, partilha, é a isso que eu os convido, nessa
tarde, em seu lugar.
Amor, que
eu gostaria de partilhar com vocês, mas que, em um segundo tempo, vocês
partilharão entre si.
Essa
prática do Amor portado ao outro, além dos sexos, além das idades, além de
coisas comuns a partilhar na encarnação, é algo que é uma oferenda que lhes
permitirá viver as etapas ulteriores que eu lhes proporei.
De fato,
como alguns seres disseram-lhes, o Amor é, primeiro, uma revelação a Si.
Em
seguida, o Amor deve irradiar o mundo.
O Amor
deve ir nos dois sentidos: trata-se de um vai e de um vem.
É a isso
que eu os convido, mas, primeiro, permaneçamos nos jogos de palavras sobre o
Amor.
Então,
bem-amados filhos, eu lhes dou a palavra.
Exprimam,
em suas palavras, o Amor.
***
Questão:
para mim, o Amor é uma expressão do ser, no sentido divino.
Essa é
uma afirmação correta, querido filho.
A
expressão verdadeira do ser é Amor.
A
expressão do ser autêntico, não travestido pelo ego, pelos desejos, pela
emoção, os impulsos, as paixões é Amor.
A
expressão desprovida de julgamento do outro, desapegada do olhar portado pelo
outro, exprimida sem intenção outra que não amar é Amor.
***
Questão:
o Amor deveria permitir-nos irradiar a alegria. Mas não há muita alegria no
mundo.
O mundo vive as dores do parto.
Vocês estão no fim de uma Idade Sombria, chamada, na tradição Vedântica,
de Kali Yuga, o fim da Idade das
Trevas, mas é nas profundezas dessa Idade das Trevas que o Amor deve ser
encontrado e germinado.
É nessas condições mais difíceis, na escuridão mais sombria que
a alquimia do Amor se desenvolve.
Isso é, ao mesmo tempo, um desafio e uma realidade.
O Amor
deve observar-se ele mesmo, porque se trata, efetivamente, da busca da
encarnação, distanciar-se e separar-se, ele mesmo, do que não é o Amor, ou
seja, do mundo, de seus combates, de seus conflitos, de suas perversões.
É apenas
sendo encontrado nessas condições laboriosas, difíceis, que ele pode
estabilizar-se e eclodir e crescer em beleza, em harmonia e em felicidade.
A alegria
não é desse mundo, a encarnação não é alegria.
A
encarnação pode ser prazeres, experiências, mas, em momento algum, ela
desemboca na alegria.
A alegria
é um ato de Amor consigo mesmo, de felicidade interior e, no entanto, é nessa
ausência de Amor, manifestada na encarnação pela maioria dos seres humanos, que
se deve encontrar o Amor.
É nesses
espaços de solidão, nesse espaço em que tudo é distância que cabe a vocês fazer
nascer o Amor que está em vocês.
***
Questão:
pode-se dizer que o Amor humano é como um grau do Amor inicial?
Não se
trata de grau, de hierarquização do Amor.
O Amor é
Um.
O que
vocês vivem e chamam amor da família, de seu trabalho, de coisas bem-feitas, de
seu país, de uma árvore, de uma flor são apenas reflexos.
Certamente,
pode haver muito amor – no sentido humano – na observação de uma flor ou no
olhar de um ser amado.
Mas esse
amor é uma apropriação.
Eu espero
que vocês vivam, no que eu vou pedir para fazer nesses jogos do Amor, daqui a
pouco, que vocês compreendam e vivam a diferença entre o amor, tal como se pode
vivê-lo em uma família, do Amor que vocês chamam incondicional que, de minha
parte, eu teria tendência a chamar de Amor, simplesmente, porque esse Amor,
simplesmente, é o único Amor.
As outras
palavras chamadas amor são apenas graus diversos de posse, de prazer, de
compensação, mas não são Amor.
O estado
de ser no Amor é um estado de alegria indescritível.
Essa
alegria indescritível que vocês chamam de Samadhi,
é isso o que vocês vivem quando amam um filho?
É isso o
que vocês vivem quando amam uma peça de música?
É isso
que vocês vivem olhando uma flor?
Além
disso, o Amor derrama-se, naturalmente, sem intenção, sem ação.
Eu lembro
que é um estado do ser, um estado do ser sublime, que transcende os limites da
encarnação para desembocar na transdimensionalidade do ser.
Então, o
que vocês chamam de amor manifestado através da afeição, manifestado através do
prazer não é o Amor.
***
Questão:
o Amor que flui da fonte, se se procurar «distribuí-lo», o Amor não existe
mais?
Convém
respeitar uma lógica.
Essa
lógica é encontrar o Amor em si.
A partir
do momento em que vocês não encontraram o Amor em si e distribuem o Amor, ele
é, sempre, manchado.
Certamente,
a devoção, o Bakti Yoga é um dos
modos de chegar ao Amor após uma vida chamada de «serviço».
A oração,
a meditação, a retirada do mundo são, também, vias para o Amor.
Mas
lembrem-se de que, hoje, o Amor está aí, ele bate à porta, ele pede para
entrar.
Vocês
apenas podem aproximar-se do Amor através do serviço, através da doação de si,
porque essa doação de si, se é concebida como algo que devam fazer para
encontrar o Amor, não permitirá, jamais, ao Amor eclodir.
Em
contrapartida, uma vez que vocês tenham encontrado o Amor, a Fonte, naquele
momento e, espontaneamente, vocês se orientam para o serviço.
Não há
esforço de vontade, esforço intelectual, isso é uma evidência, isso flui da
Fonte.
Mas isso
necessita, obviamente, de encontrar a Fonte, anteriormente.
Eu lhes
proporei, na segunda parte, além da troca de palavras, jogos ou exercícios
simples, se quiserem, em toda transparência, que lhes permitirão, gradual ou
espontaneamente, encontrar isso.
***
Questão:
o estado de Amor não seria, de fato, um estado de Unidade?
O Amor é a
Unidade.
O Amor é a
Verdade.
Vocês não
podem manifestar o Amor se não estiverem na Unidade, se não estiverem
alinhados, se não estiverem centrados.
O Amor é
um estado permanente.
O Amor
pode estar ligado, de uma maneira ou de outra, a algo e, naquele momento, isso
não é mais o Amor.
O Amor
que flui da Fonte, o Amor Unidade, o Amor Verdade é como uma fonte sem fim, que
jorraria de vocês para inundar o conjunto da criação.
Encontrar
a Unidade, encontrar sua Fonte é ser capaz de fazer o Amor a si mesmo, dar-se o
Amor a si mesmo.
Isso
necessita de superar a dualidade.
Isso
necessita de superar as oposições.
Isso
necessita de superar as convenções e as regras fixadas por vocês mesmos e pelos
outros.
Isso se
encontra no espaço sagrado interior.
***
Questão:
o Amor é a Luz manifestada?
O Amor é a
Luz.
A Luz
manifestada é, necessariamente, Amor.
Eu não
falo da luz física.
É feita,
aqui, referência à irradiação do Amor.
A
irradiação do Amor é uma Luz.
Essa Luz
não queima, jamais, ela aquece aqueles que a aceitam, é claro, porque o Amor,
para aqueles que o recusam, pode ser uma arma de dois gumes.
O Amor
não é inocente.
O Amor é
a energia elementar e original dos mundos.
O Amor é
assimilável a essa irradiação contínua e permanente que sai do ser, uma vez que
ele esteja realizado.
***
Questão:
como realizar esse Amor?
Pelo
silêncio interior.
Pelo fato
não de controlar, mas pelo fato de abandonar-se.
Isso é
extremamente fácil no período em que vocês vivem.
Esforços
consideráveis necessitavam, anteriormente, de várias vidas para conseguir
transpor essa porta, mas, hoje, vocês têm uma chance.
Vocês
vivem em um mundo no qual a Luz derrama-se para vocês.
Basta
acolhê-la, deixá-la irradiar.
Simplesmente,
como eu disse, as construções mentais, afetivas, sociais, as diversas
construções que vocês empilharam impedem o Amor de eclodir.
Mas o
Amor vem para vocês.
Isso é
profundamente diferente do que nos tempos passados, quando era preciso fazer o
esforço de ir para o Amor.
O
movimento é diferente.
O sentido
do movimento é diferente.
***
Questão:
o Amor é a Luz e o Amor é a alegria. Como isso se articula?
A alegria
é o Amor.
A Luz é o
Amor.
A alegria
é Luz, ela irradia o ser que a manifesta.
Essas
palavras são, como vocês dizem?..., sinônimas e complementos.
Atingir a
alegria é atingir o Amor.
Atingir a
Luz é atingir a alegria.
Vocês não
podem estar na Luz e estar sem alegria.
Vocês não
podem estar no Amor e estar sem Luz.
A partir
do momento em que a Fonte é encontrada, a alegria derrama-se e a Luz
derrama-se.
***
Questão:
se se fizer do Amor um objeto, busca-se manipular esse objeto.
A partir
do momento em que vocês consideram o Amor como um objeto, isso é uma posse.
***
Questão:
sendo oriundo da Fonte do Amor, por que estamos separados dela?
Porque
vocês tinham uma missão.
Essa
missão era a de preencher de Amor a matéria, era a de espiritualizar, de tornar
vivo algo que não estava, inteiramente, e, portanto, iluminar a criação dessa
dimensão na Luz do Amor.
Não há
melhor condição para o nascimento e o desabrochar do Amor do que as condições
que vocês vivem, atualmente, e que, no entanto, parecem-lhes tão difíceis, tão
afastadas, tão separadas da realidade da qualidade do Amor.
***
Questão:
o Amor é uma expressão da Fonte Universal. Sabendo que temos, todos nós, uma
centelha dessa Fonte Universal em nós, como fazer crescer essa centelha?
Ela não
tem que crescer.
Quem diz
«crescer» diz cultura, diz processo gradual.
O Amor é
um estado de Graça que sobrevém, a um dado momento.
Ele deve
germinar e, assim que germina, ele eclodiu e já está realizado.
O Amor
não é um processo gradual.
Vocês não
irão gradualmente para o Amor.
O Amor é
um fenômeno brutal, que transcende totalmente os limites do ser, no momento em
que ele se revela.
Assim que
nasce, ele é, imediatamente, adulto.
Não há
gradação nesse Amor.
Ele é ou
não é.
Não há
cultura, não há fenômeno progressivo.
Há um
antes e um depois do estado de Amor.
A partir
do momento em que vocês encontram o Amor em si, a matéria que os constitui e
aquela que se aproxima de vocês transcendem-se por si só.
A matéria
deve espiritualizar-se e ela apenas se espiritualiza graças ao Amor, graças à
Luz e graças à vibração.
Encontrar
o Amor, fazer jorrar o Amor é transcender-se si mesmo.
Transcendendo-se
si mesmo, a transcendência da matéria torna-se possível.
***
Questão:
aproxima-se do fim dessa missão?
Todo
mundo ali chegará.
A Luz e o
Amor têm todo o tempo.
Os ciclos
repetem-se, indefinidamente.
A
linearidade do tempo no qual vocês vivem, para além da encarnação, não existe.
O que é
reportado para amanhã ou para outro ciclo é sem importância.
A
finalidade de qualquer encarnação é a Luz e o Amor.
Então,
sim, jamais há derrota, há apenas atrasos e falhas que se transformam, sempre,
no fim desse ciclo ou em outros ciclos, pela revelação do Amor.
***
Questão:
a transcendência da matéria de nosso corpo é o que é chamado de transfiguração?
Sim.
O Amor
transfigura tudo.
O Amor
muda tudo.
O Amor é
tudo.
O Amor
está por toda a parte.
Só o
olhar do homem desviado do Amor não vê, com seu espaço limitado, que um ato de
não Amor reserva, nele, o potencial de Amor.
É nisso
que inúmeros seres disseram para jamais julgar, porque o que pode parecer, com
um olhar não Amor, como um ato abjeto e profundamente injusto,
transformar-se-á, sempre, a um dado momento, em um caminho de Amor.
Isso não
sofre qualquer exceção.
Simplesmente,
a escala de tempo, trazida à sua encarnação, aparece como impossível e é, de
fato, possível em vários ciclos.
A
ausência de julgamento é, também, uma chave essencial para chegar à Unidade.
O
julgamento participa do intelecto, participa de um olhar portado, que atribui
um valor a um evento, um ato ou uma pessoa.
A partir
do momento em que vocês atribuem um valor, vocês saem da Unidade.
Isso é
difícil aceitar, mas há, exatamente, o mesmo valor em um crime quanto no Amor.
Simplesmente,
a escala de tempo não é a mesma.
O crime
vai levar éons e éons, ciclos e ciclos, antes de transformar-se em Unidade e em
Amor.
Os
diferentes Mestres que se encarnaram sobre esse planeta, quer eles sejam Avatares
ou seres realizados em curso de encarnação, estão aí para lembrá-los disso.
E, a
partir do momento em que vocês portam um julgamento sobre um ato, qualquer que
seja o evento ou a pessoa sobre a qual seu olhar é levado, vocês saem da
Unidade e se afastam do Amor.
O não
julgamento é fazer ato de não violência, porque o julgamento é violência.
E não são
vocês, seres de Amor e de Luz, que julgam, mas, efetivamente, seu mental,
unicamente ele.
Porque,
mesmo seu afetivo, mesmo suas emoções são controladas, de maneira inconsciente,
por seu mental, mental que escapa de sua consciência, que age por ele mesmo,
para a divisão e a separação.
***
Questão:
como quebrar a fechadura do mental?
Os
preceitos disso são simples, eles foram enunciados em todas as tradições, por
todos os seres realizados: não julguem.
Aquele a quem
vocês nomearam Cristo disse: «para nada serve querer tirar o cisco do olho de
seu vizinho se você não vê a trava que está em você».
Portar um
julgamento, afirmar uma Verdade é um ato de separação e não um ato de Unidade.
Aí está,
já, algo que é preciso praticar, ao nível de sua consciência, para não mais
exercer.
A partir
do momento em que há julgamento de valor que é, certamente, indispensável em
alguns comportamentos de sua vida, se vocês continuam a adotar isso no mundo
espiritual e nas práticas espirituais, quaisquer que sejam, vocês entram na
dicotomia, entram na dualidade.
Isso é o
primeiro elemento.
O segundo
elemento é aprender a controlar sua palavra, aprender o silêncio, aprender a
não exprimir outra coisa senão o Amor.
Isso fará
parte de alguns de seus exercícios, quando de seus dias.
Não
julgar, não abusar da palavra são, já, dois preceitos importantes.
Saibam
que cada palavra que vocês pronunciam, que porte uma coloração de valor ou de
julgamento, afasta-os em cem passos do Amor.
Enquanto
uma meditação aproxima-os um passo do Amor.
As
palavras são os inimigos do Amor.
O Amor
não tem necessidade de palavras, ele se lê no olhar, antes de ler-se, mesmo,
nos atos e nas condutas.
***
Questão:
por que se deve pôr o Amor na matéria, se a matéria é uma condensação do Amor?
A matéria
foi criada por uma exteriorização do Amor, isso é exato.
Vocês
devem transcender a matéria, o que não quer dizer pôr o Amor que já está ali.
Isso quer
dizer, simplesmente, revelá-lo, e vocês apenas podem revelá-lo através de seu
olhar e de seu estado de ser.
É isso a
espiritualização da matéria.
Tudo,
absolutamente tudo, na criação, é Amor, em graus diversos de revelação.
Mas
vocês, como seres humanos, têm um lugar privilegiado, que é aquele de ser um
intermediário e de ser, também, um catalisador.
Quer
dizer que, graças a vocês e por vocês que deve revelar-se esse Amor da matéria.
Vocês
podem muito bem ter um veículo cujo tanque está cheio de gasolina.
Obviamente,
se ninguém gira a chave e aciona o motor de arranque, esse automóvel não
avança.
É a mesma
coisa para a matéria.
Vocês
devem pôr na estrada, por seu próprio despertar ao Amor, a realidade do Amor da
matéria.
A
matéria, tal como vocês a conhecem, na qual deve nascer o Amor humano, é uma
projeção do mental e do pensamento do Pai e nada mais.
Vocês
semearam, por suas vidas e suas encarnações, nesse mental divino, a aparência e
o corpo que apresentam hoje.
Vocês
fizeram isso pelo sentido da missão e sentido do sacrifício.
Esse
corpo é ilusório.
Só é
eterna a coisa que vocês não veem e que está em seu interior.
É isso
que deve emergir de sua própria matéria e revelar-se.
***
Questão:
é desejável, para isso, recorrer aos seres de Luz de outros planos, por orações
ou, até mesmo, por rituais?
A Luz
está entre vocês.
Ela se
dirige para vocês já há vários anos.
Então,
por que chamar algo que já está aí?
Vocês
devem chamar-se a si mesmos.
Vocês
devem amar-se a si mesmos, mesmo se os acompanhantes diversos e variados
estejam aí para facilitar o movimento.
Obviamente,
nós podemos ser um afluxo de Luz suplementar, mas se, hoje, vocês pusessem um
ser humano que não está pronto ou que não tem vontade diante da Luz, ele nada
veria.
Então, o
trabalho essencial é um trabalho interior.
A oração,
a devoção é um estado permanente, a partir do momento em que vocês tenham
encontrado o Amor, mas o Amor não pode desencadear-se do exterior.
A
germinação pertence apenas a vocês mesmos, mesmo se as ajudas, as Luzes
exteriores venham confortá-los na existência dela.
Vocês
podem experimentar o Amor de Cristo, o Amor de uma presença divina, vivê-lo,
realmente, junto de um ser realizado, de um ser de Luz sem se tornar, contudo,
um ser realizado.
Isso faz
parte da experiência.
A
reminiscência da experiência deve ser realizada no interior de si, para criar
uma alquimia que permitirá a explosão do Amor.
Eu repito
que o Amor não é um processo gradual.
A
compreensão, sim, porque a compreensão do Amor chega a convencer, na
finalidade, o mental separado e dividido, de que há apenas uma única solução,
que é o Amor.
Entretanto,
mesmo tendo feito a escolha do Amor, isso termina em um beco sem saída, como
vocês dizem, porque, mesmo tendo percebido que a solução está aí, não é, por
isso, que a solução ecloda e exploda.
A
compreensão intelectual, a compreensão mental, a compreensão emocional, a
própria vivência do Amor de Cristo para si jamais conferiu o despertar ao Amor.
Aquilo de
que eu falo não é a compreensão intelectual do Amor, não é a aceitação da
realidade última do Amor.
Aquilo de
que falo é a realidade da vivência do Amor, o que é, fundamentalmente, outra
coisa.
***
Questão:
o despertar do Amor pode ocorrer pela descida do Espírito Santo?
Sim.
O
Espírito Santo é Amor.
Acolher o
Espírito Santo confere a iniciação, a transfiguração.
Isso lhes
permite viver o Amor em um estágio que corresponde à iluminação do mental.
Mas, eu
repito, isso, para ser vivido e irradiado integralmente, deve ser ancorado ao
nível do centro da Fonte, ao nível do coração.
Lembrem-se
de que o Amor, aquele de que falo, é um estado de ser, é um estado de Radiância
extrema, de Vibração acelerada que os põe em estado orgástico permanente, em
estado de gozo total e permanente.
O que
alguns chamam, em sua tradição Ocidental, fazer o Amor no sentido carnal
propicia, o tempo de um relâmpago, esse gozo, mas este, por Essência, não pode
durar.
Ele dura,
unicamente, a partir do momento em que se junta ao coração.
***
Questão:
aqueles que já atingiram a quinta dimensão estão nesse estado orgástico
permanente?
Vocês absolutamente
não estão estabilizados, no momento, no que chamam de quinta dimensão.
Se esse
fosse o caso, vocês não poderiam nem trabalhar, nem falar, nem se mover, nem
comer.
Vocês
estariam em um estado de Samadhi
permanente.
Vocês
estariam centrados nesse estado de contentamento e de felicidade.
***
Não temos
mais perguntas. Agradecemos.
***
Aí está,
bem-amados filhos da Luz, o que eu tinha vontade de partilhar com vocês quanto
ao Amor.
Eu lhes aporto toda a minha bênção de mãe, todo o meu Amor, e eu lhes digo até muito em breve.
************
Mensagem
da Amada MA ANANDA MOYI no site francês:
https://issuu.com/ultimasleituras/docs/43-ma_ananda_moyi-9_aout_2008-artic
09 de
agosto de 2008
***
Versão do
francês: Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com
***
Transcrição
e edição: Zulma Peixinho
************
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