Questão: poderia nos falar de categorias de almas?
Eu não empreguei a palavra categoria, eu empreguei a palavra filiação, empreguei a palavra origem, eu não falei, absolutamente, de categoria, a palavra não é, absolutamente, adequada.
Há almas de origem diferente, mas o Espírito e a finalidade são únicos.
Nós temos, todos, o mesmo Espírito, multiplicado ao infinito, é a centelha divina.
Agora, a alma tem uma polaridade; a polaridade é ligada não a um grupo, mas a um tipo de trabalho que deve ser realizado, tanto na encarnação como em outros planos intermediários.
Não há interesse algum em definir um plano de alma.
Não há hierarquia aí.
Há, simplesmente, uma polaridade do trabalho a fornecer, mas, também, uma tonalidade, eu diria, em relação com a vibração da alma que pode ser, efetivamente, diferente, de acordo com as filiações que são diferentes.
A filiação está em relação com a origem planetária, já.
Nem todas as almas veem desse Sistema Solar, sobretudo neste período.
Eu diria que unicamente cinquenta a setenta por cento das almas vêm dessa origem solar.
As outras vêm de outros sistemas solares, ao nível de sua fonte de alma, eu esclareço, e não de Espírito.
Há, também, um trabalho de alma que é diferente, segundo a polaridade da alma.
Há almas cuja polaridade é a de encontrar a Luz na matéria.
Há outras almas que têm o trabalho de encontrar a Luz na Luz.
Há outras almas que estão aqui para fazer o equilíbrio entre a matéria e a Luz.
Isso não pressagia qualquer evolução mais ou menos importante.
As almas têm polaridades, o que não existe ao nível da centelha, obviamente.
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Questão: poderia nos falar de almas irmãs e de almas gêmeas?
É um assunto extremamente complexo.
Houve inúmeras intervenções de forças obscuras que procuraram fazê-los crer que vocês não podiam encontrar sua filiação divina se não estivessem emparelhados ou associados a outras almas, mas vocês são associados a milhares de almas.
Por que associar-se, unicamente, a uma só alma?
Vocês são irmãos e irmãs, associados na encarnação.
Suas almas, mesmo se não vêm da mesma Fonte, vêm do mesmo Espírito.
Então, por que privilegiar e pôr relações onde elas não existem?
Há almas que vêm, de fato, de uma dicotomia, ou seja, uma alma, a um momento, pôde dividir-se em duas almas, mas essa divisão não tem qualquer razão para reproduzir-se na encarnação.
Então, por vezes, isso dá situações um pouco cômicas, nas quais pessoas pensam que, para encontrar sua realização, devem encontrar sua alma irmã, sua alma gêmea, sua metade, como se diz, mas não há processo assim.
O homem deve procurar sozinho o caminho da Luz.
Então, vocês estão todos conectados uns aos outros, mas não especialmente a uma alma.
Vocês encontram, a cada extremo da estrada que fazem, almas que já encontraram em outras situações, em outros espaços ou outros sistemas solares.
Não há relações que sejam irremediáveis e fixas, mesmo quando as almas se dividem, porque é um processo que existe.
Não é por isso que vocês devam encontrar essa assim chamada metade da alma, já que cada alma é completa, na totalidade e na unidade.
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Questão: e sobre as «velhas» almas?
Há almas que entraram em manifestação nessa terceira dimensão desde os tempos antigos, que participaram, inteiramente, desse ciclo de encarnação na terceira dimensão que é de cinquenta e dois mil anos.
Outras almas, em contrapartida, fizeram a experiência da encarnação nesse planeta há muito pouco tempo.
Mas não são, necessariamente, as mais evoluídas, aquelas que estão aí há muito tempo.
Nada a ver entre a juventude de alma e a evolução.
Há almas muito velhas que não são sábias, de modo algum, e há almas mais jovens que são muito sábias.
A maior parte das crianças a quem vocês chamam índico, cristal ou diamante são crianças que viveram muito poucas encarnações.
São almas jovens para esse plano e, no entanto, elas são muito mais velhas quanto à origem de Espírito.
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Questão: é verdade que se pode viver tempos diferentes em planos diferentes?
Isso não é uma teoria, é a realidade.
À noite, quando dormem, vocês partem para outras Dimensões.
Há seres encarnados que são capazes de veicular a consciência em diferentes planos vibratórios, em diferentes corpos sutis, como vocês dizem, em diferentes casulos, e podem ter diferentes vidas em múltiplas Dimensões.
Isso é complicado pelo fato de que o que vocês chamam, aqui embaixo, de fluxo linear do tempo, absolutamente não existe, fundamentalmente.
É apenas a ilusão da precipitação da alma na encarnação, há cinquenta e dois mil anos, que, pela experiência da divisão, os faz crer que vocês vêm de um passado para ir a um futuro.
Mas o tempo não se desenvolve de modo linear, mas cíclico.
O tempo nada tem a ver com algo que vem de um passado e que iria para um futuro.
Há algumas almas que são capazes de experimentar Multidimensões, que podem ir muito longe.
Vocês podem viajar no tempo, no espaço e nas Dimensões, ao mesmo tempo.
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Questão: não é contraditório com os princípios da reencarnação?
A reencarnação é algo de extremamente recente nos princípios desse planeta, porque foi criada quando da descida em encarnação de terceira dimensão no qual vocês são submetidos, efetivamente, ao que chamam lei de ação/reação.
Mas a lei de ação/reação não é nem imutável nem presente em todos os universos, ela é específica dessa terceira dimensão.
Inúmeros seres humanos são capazes, hoje, de escapar dessa lei de ação/reação.
É completamente estúpido crer que vocês estarão submissos até o fim de suas vidas às reações de suas ações, porque é um círculo sem fim.
A única coisa que vocês têm a fazer é passar da ação/reação para a ação de graça, ou seja, entrar no princípio Crístico.
Naquele momento, vocês não terão mais necessidade de estarem submissos à ação/reação.
Há uma ação/reação que existe, ainda, por pouco tempo, sobre este planeta, uma vez que a ação/reação faz parte da densificação de terceira dimensão há mais de cinquenta mil anos, em todo caso, no mundo de superfície.
Ela é diferente nos outros mantos e nas outras vibrações da Terra.
Então, não creiam que a ação/reação seja imutável.
Mesmo os tibetanos, quando escreveram sobre o carma, disseram, efetivamente, que é uma ilusão crer que vocês vão pagar até o fim de seus dias as reações de suas ações.
O Pai está além de tudo isso.
A Luz está além de tudo isso.
Isso são leis extremamente enquadradas que correspondem a um ciclo preciso da humanidade e nada mais.
Esse ciclo de humanidade no qual vocês vivem, de momento, representa nada, absolutamente, em relação ao conjunto de dimensões.
É um acidente de percurso, eu diria.
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Questão: como desenvolver a intuição?
A intuição é ligada ao olhar interior, que é ligado à visão, à previsão, à capacidade de ver por trás do que é visto.
Então, há montes de técnicas de meditação, de focalização no terceiro olho, que é a causa da intuição, que vão permitir desenvolver a vibração nesse nível.
É, sempre, um problema de focalização de consciência.
Como eu disse ontem, para a energia do coração, aí, é a mesma coisa, para a energia do terceiro olho.
A visão é algo que se mantém e que se desencadeia.
Isso se desencadeia, em especial, através de respirações nasais alternadas não para fazer descer o sopro ao nível do hara, mas para fazer subir o sopro ao nível do cérebro.
Isso é uma técnica de pranayama, muito antiga nas tradições, que funciona muito bem.
Inspira-se por Ida e sopra-se por Pingala.
Narina esquerda inspira, narina esquerda expira e isso, focalizando a consciência no terceiro olho.
É uma técnica, há muitas outras.
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Questão: qual é a diferença entre Sananda e Cristo?
Cristo é Cristo.
É um princípio solar que existe em todas as humanidades encarnadas, que sobrevém a um dado momento, que permite a passagem para outra Dimensão.
É um princípio solar que permite transcender a dimensão de encarnação.
Sananda, Maitreya são palavras que foram dadas como instrutoras do mundo e que foram utilizadas, sobretudo, para portar o suporte vibratório, que nada tem a ver com Cristo e que quiseram assimilar, por excesso de linguagem, a Cristo.
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Questão: no entanto, existem fotos de Cristo com Sananda indicado como nome.
Isso é problema deles.
Quem conhece o verdadeiro rosto de Cristo, exceto aquele que O viu?
O que são todas as representações do rosto do Cristo que vocês têm?
Existem milhares delas.
É como a mamãe celeste: se vocês vão aos ortodoxos, eles vão representá-la como uma morena de olhos azuis, se vão alhures, vão representá-la com traços latinos.
Onde está a realidade?
Em contrapartida, a vibração do nome é uma realidade.
Cristo é uma vibração.
Sananda é outra vibração.
Maitreya é outra.
Eu posso explicá-lo intelectualmente, mas é a vocês que cabe sentir, no mais profundo de seu ser.
Com o que vocês estão em contato?
Quando vocês dizem «Cristo», o que acontece no interior de vocês?
Quando vibram Sananda, o que acontece no interior de vocês?
Quando vibram Maitreya, o que acontece no interior de vocês?
Onde está a verdade?
Onde está a autenticidade?
O importante é o que vocês pensam em seu coração.
Há seres que vão meditar em toda boa consciência em Sananda e que estarão em contato com Cristo.
Eles continuarão a chamá-lo de Sananda.
É problema deles.
Mas, a partir do momento em que o coração está puro, a energia Sananda não estará ali, é a energia de Cristo que estará ali.
Felizmente, isso funciona assim.
Mas por que querer, a todo custo, transformar os nomes?
Historicamente falando, Cristo é Cristo.
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Questão: que diferença você faz entre Jesus e Cristo?
Jesus é o personagem histórico que, nesse planeta, veiculou a dimensão Crística.
Cristo é o Logos Solar.
Lembrem-se de que, hoje, vocês devem, todos vocês, tornar-se Cristo.
A realidade de Cristo é o Sol, disso eu falei, longamente, em minha vida.
Mas, abuso de linguagem, quando eu digo Cristo eu falo também de Jesus, obviamente, o neófito que portou a Vibração de Cristo.
Há os que dizem que a Vibração de Cristo esteve presente nos três últimos anos da vida de Jesus, a partir do momento em que ele se retirou ao deserto até a crucificação.
Efetivamente, é uma verdade, mas ele era, entretanto, Jesus Cristo, assim que nasceu, mesmo se o princípio solar não estivesse ali, totalmente.
Historicamente falando, foi o primeiro.
Muitos seres humanos imitaram Cristo e se tornaram, portanto, Cristo.
O primeiro que deixou traços foi São Francisco de Assis, mas havia, bem antes, Apolônio de Tiane, que foi uma reencarnação de Jesus, que reportou, novamente, o princípio Crístico.
E outros seres que foram grandes taumaturgos portavam, totalmente, a energia de Cristo.
Mas, historicamente, quando se diz Cristo, trata-se de Jesus Cristo.
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Questão: as religiões vão poder, enfim, se unir para o acesso à quinta dimensão?
Então, aí, você sonha em tecnicolor, como se diz.
Você está sonhando na quinta dimensão, caro amigo.
Não creia que poderes seculares, que foram instaurados para que, sobretudo, o ser humano não encontrasse o Divino, possam, de repente, decidir que o ser humano deve encontrar o Divino.
Isso está presente tanto na igreja católica como junto aos judeus, como junto aos muçulmanos.
Especialmente hoje.
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Caros amigos, eu lhes digo boa noite.
Divirtam-se.
Tornem-se mais leves, não mais pesados, senão, isso para nada serve.
Então, não se sobrecarreguem com outras coisas que não o que é a vibração de seu coração e de seu ser essencial.
Eu lhes dou a minha Bênção e digo até uma próxima vez, talvez, e até breve.
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Mensagem do Venerável
OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
14 de julho de 2007
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Tradução para o português: Célia G.
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Colaboração de: André
Site Mestres Ascensos
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Transcrição e edição: Andrea Protzek e Zulma
Peixinho
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