O.M. AÏVANHOV - 15 de abril de 2007 - Autres Dimensions

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- E BEM, CAROS AMIGOS... -



Bem, caros amigos, estou extremamente contente por encontrá-los, pela primeira vez, aqui, e poder dar respostas às questões que concernem à sua evolução.
Então, primeiramente, deixem-me apresentar-lhes todo o meu amor e todas as minhas saudações, e vamos tentar fazer um pouco do caminho juntos, para ajudá-los em suas evoluções espirituais, que é a coisa, certamente, para a maior parte de vocês, a mais importante, atualmente.
Então, se quiserem, eu lhes dou a palavra.

***

Questão: pode-se conhecer a missão de vida?

Vocês têm, todos, o mesmo caminho, o caminho não é fazer isso ou aquilo, realizar isso ou aquilo, estar ativo nisso ou naquilo. Vocês estão, sempre, no lugar em que é preciso, no momento em que é preciso, mas o caminho que vocês devem tomar, agora, é o mesmo, para todo mundo, ou seja, é pedido, simplesmente, para adquirirem o que é chamado de mestria, a mestria de sua vida, a mestria do que vocês são para ascender, real e praticamente, à sua Divindade interior.
Então, é extremamente importante, para isso, alinhar-se consigo mesmo, fazer calar o ego, deixar exprimir-se a Divindade interior que está em vocês.

Isso é totalmente independente, eu diria, da orientação que vocês vão tomar, seja ao nível profissional, ao nível afetivo, ao nível relacional etc., etc.. O mais importante é encontrar sua serenidade interior, eu diria, mesmo, sua alegria interior e, sobretudo, abrir, para receber essas energias que são derramadas em abundância sobre este planeta.

A Luz é, mais do que nunca, cada vez mais importante. Então, é preciso dirigir-se em seu caminho para algo que vai dar-lhes uma forma de serenidade, uma forma de alegria interior, algo que vai permitir-lhes reencontrar a Divindade que vocês são, essa é a coisa a mais importante.
Então, eu poderia dizer, também, que se trata de um caminho interior, ou seja, de algo que está em relação com sua Luz interior. Então, isso corresponde ao que se chama a mestria. Grande palavra!
Como se chega a encontrar a mestria? Soltem, para encontrar a mestria, ou seja, abandonem todas as veleidades do ego que quer apropriar-se, que quer traçar-se um caminho, porque é um caminho que ele vai encontrar, entre aspas, valorizando, ou seja, algo que vai levá-lo a mais espiritualidade, que é uma palavra importante, mas a espiritualidade está no instante, ou seja, na capacidade que tem uma alma, no instante do momento presente, de encontrar a Divindade e, para isso, é preciso soltar. Soltem todas as vontades pessoais: «eu quero isso, eu quero aquilo, eu quero ir aqui».

Deixem fazer e deixem imprimir-se em si a Divina Providência, ou seja, a capacidade para deixar trabalhar o Divino em vocês e, para isso, também, independentemente do soltar, é preciso aprender também a soltar com os medos, porque os medos são, certamente, o obstáculo mais importante para a realização de sua Divindade interior.

Então, compreendam, efetivamente, que esse caminho é o mesmo para todo mundo. Hoje, é-lhes solicitado, qualquer que seja o lugar que vocês ocupem ao nível social, ao nível afetivo, não é começar algo de novo, é, sobretudo, encontrar, no instante presente, essa famosa fluidez, essa Divindade interior, essa unidade interior que lhes permitirá ser, realmente, vocês mesmos, e isso passa pela mestria. Mestria igual a soltar e abandono de medos, esse é o mesmo caminho para qualquer pessoa.

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Questão: por que, quando nossa vida é a de ajudar os outros, isso também provoca dúvidas, medos?

Cara amiga, em relação ao que eu vejo, através de seus casulos de Luz, a ajuda ao outro é importante, mas é preciso colocar-se, primeiro, a questão do porque isso é importante. Então, certamente que há o que vocês chamam de feridas afetivas, que estão aí e que traduzem, certamente, períodos de falta ou de dificuldades afetivas em alguns momentos da vida. Então, frequentemente, quando se tenha vivido esse período de falta afetiva, em alguns períodos, obviamente, não se tem vontade que isso aconteça aos outros. Então, nesses casos, é-se mais levado, obviamente, a ajudar aos outros, é na lógica humana, mas isso faz parte, também, do caminho espiritual.
Então, ajudar ao outro é algo que pode fazer-se de diferentes modos, mas, já, olhar o outro, sorrir para o outro é, já, uma ajuda ao outro.

Então, agora, será que isso deve tomar uma forma profissional? É importante, para isso, definir se é algo que vem das profundezas da alma ou se é, unicamente, para responder a um sofrimento. Os dois, obviamente, possuem um objetivo, eu diria, um pouco diferente e, quando se trata de uma necessidade vital da alma, é preciso lançar-se de cabeça, eu diria, nessa demanda da alma.

Então, agora, quando é ligado a esse período de vazio afetivo que sobreveio na experiência da encarnação, é preciso, já, em um primeiro tempo, efetivamente, compreender os mecanismos que conduziram a querer, a todo custo, ajudar ao outro, querer amar o outro, talvez, para não estar em face da própria ferida de falta afetiva. Nesses casos, a ajuda pode ser extremamente proveitosa para o outro, mas não é por isso que a ferida interior vai curar.
Então, tanto em um caso como no outro, é importante, primeiro, limpar diante de sua porta, ou seja, compreender, curar, superar, transcender a ferida afetiva. Isso pode fazer-se de muitos e muitos modos, é claro, mas é, certamente, uma diligência capital, que participa, também, da própria mestria interior, ou seja, não se pode encontrar a mestria interior ajudando ao outro, mesmo esquecendo-se no outro, isso, é preciso ser um grande místico para fazer, é preciso chamar-se Mãe Teresa, por exemplo, mas não há muitas Mães Teresa sobre a Terra. Pode-se dar, amar, apenas se se ama a si mesmo, totalmente, é claro; sem isso, continuará, em algum lugar, essa ferida, que se agravará com os anos.

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Questão: o que você pensa da astrologia?

A astrologia é um meio de conhecimento, é um meio de apreensão dos mecanismos do universo ao nível da pessoa em encarnação. A astrologia é extremamente importante, mas é preciso não perder de vista que não é necessário fazer da astrologia algo que seria preditivo ou algo que seria determinado, porque a liberdade da alma está além de imposições e de influências astrológicas. Além disso, ao nível planetário, há predestinação ligada aos movimentos planetários, às passagens de cometas que representam os seres cósmicos.
Mas, ao nível individual, é como para o Sol, vocês são livres de pôr-se ao Sol e queimar-se, de proteger sua pele com cremes ou entrar no interior da casa para não sofrer a influência do Sol. Então, no nível dos planetas de astrologia e de influências astrológicas, é exatamente a mesma coisa que é preciso compreender, ou seja, que isso não é inevitável.

É como a doença, é preciso aceitá-la ou recusá-la, o que não quer dizer que a astrologia não seja correta, isso quer dizer, simplesmente, que não é preciso fazer dela uma ferramenta de determinação e de determinismo. É algo que deve ser como todo o resto: transcendido e superado.

Então, pode-se conceber a astrologia como um meio de conhecimento, em um primeiro tempo, de influências astrais que vêm impactar-se na encarnação. Mas não é preciso, absolutamente, permanecer aí. É preciso, sobretudo, ver como afastar todos esses condicionamentos.
O ser humano é um ser de liberdade, vocês têm dificuldade para crer nisso, porque passaram milhares de anos e centenas de encarnações a viver condicionados, condicionados pelo lugar no qual vocês vivem. Disseram-lhes que vocês eram seres feitos de matéria, disseram-lhes que eram seres condicionados pelos pais, pela educação, pelo meio no qual vivem e, bem, tudo isso é falso. Tudo isso é o passado.
Enquanto vocês aceitarem esses condicionamentos, ficam prisioneiros desses condicionamentos.

Então, a astrologia de nascimento é, também, um condicionamento, um condicionamento, certamente, desejado pela alma em sua descida na encarnação, mas que aprisiona a alma. É importante que o ser humano reencontre sua liberdade total, a liberdade que eu chamei a mestria, na preliminar, é, também, o meio de superar todos os condicionamentos.

Então, vocês não podem passar sua vida a estudar todos os seus condicionamentos, porque eles existem há milênios e vocês não podem encontrar a Luz assim.

Jesus dizia «busquem o reino dos céus, e o resto ser-lhes-á dado em acréscimo»: é, certamente, a coisa mais importante a fazer.


Então, busquem o Divino em vocês, busquem a fluidez em vocês, busquem a mestria, abandonem-se, soltem, em relação à sua vontade pessoal, aí está a solução. Agora, o importante é ser si mesmo.

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Questão: como encontrar o verdadeiro lugar nessa vida?

E é o que o lugar, cara amiga? É uma questão que eu lhe coloco. O que é que você chama de lugar?

Então, é aí que eu quero chegar: é preciso, quando se tem a impressão de não estar em seu lugar, é preciso, já, definir o que não está em seu lugar. Quando se está em uma situação na qual não se está na fluidez? Quando não se está no sentimento de alegria interior?


É preciso, já, definir o que não se é, o que não se quer, o que não se suporta, senti-lo, no mais profundo de seu ser o que isso gera e, depois, obviamente, é preciso pedir a ajuda: «que sua vontade seja feita e não a minha». Isso pode ser a oração, pode ser a súplica, pode ser a invocação, mas é preciso pedir a ajuda.

Não basta dizer «eu não me sinto em meu lugar» e, depois, açoitar-se, porque isso nada muda, tudo isso. É preciso ter a coragem de liberar-se dessas cadeias. Então, é preciso pedir a ajuda, é tão simples assim. É preciso dirigir-se, você mesmo, aos seus guias, assim que o silêncio interior é feito.

Então, efetivamente, é mais agradável quando isso passa por outro alguém, isso obriga a não fazer os esforços, si mesmo, mas é preciso fazê-los, si mesmo.

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Questão: poderia falar das multiplicações dos sismos sobre a Terra?

A Terra está dando à Luz. Eu já disse que havia uma revolução no nível dos Elementos, seja o Ar, seja a Água, o Fogo, a Terra e, em breve, o Éter.

Vocês entraram nos períodos de agitação intensa, tanto ao nível interior como exterior, é o período no qual se deve encontrar a mestria, é o período em que a Terra vibra, treme, desembaraça-se de parasitas para preparar seu fenômeno de ascensão, assim como o ser humano deve soltar, para encontrar a mestria, para abandonar-se à mestria, para ascensionar, se tal é seu desejo.

Então, o que vocês observam e que vão observar nas semanas que vêm é, obviamente, tudo o que foi anunciado há extremamente muito tempo, quando restará apenas o importante, o essencial, ou seja, o amor, e não todo o resto que vocês construíram na terceira dimensão. Isso vai estender-se em alguns anos, muito poucos anos.
Então, não é preciso ter medo, ao contrário, é a chegada e a vinda do amor e o desaparecimento de tudo o que não é amor autêntico, verídico, de tudo o que é elucubração mental, intelectual, emocional, tudo o que vocês construíram por medo (seguros disso, seguros daquilo), bem, tudo isso não existe mais. Pôr o dinheiro no banco, porque são eles a quem vocês deram seu dinheiro, porque vocês têm medo de guardá-lo, bem, tudo isso não existe mais.
Tudo o que foi construído pelas forças da sombra deve desaparecer, todas as sombras no interior de vocês devem desaparecer, a sombra não pode coexistir com a Luz.

Esse era o caso no que vocês têm vivido há centenas de vidas, mas, em breve, isso não será mais possível.


Deve haver separação entre a sombra e a Luz, porque, em outras vibrações, outras dimensões, não há mais lugar para a sombra, a Luz está por toda a parte. O que vocês vivem no interior é o reflexo do que vocês veem no exterior.

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Questão: pode-se fazer-se ajudar por um defunto da própria família?

Mas por que ir procurar a ajuda com os desencarnados, mesmo se eles estiverem na Luz? A ajuda vem de si mesmo, ela vem de uma atitude interior de mestria. É preciso parar de contar com desencarnados ou com os membros da família, mesmo se os amamos, mimamos.
Hoje, vocês chegam a uma nova dimensão de vida, na qual, mesmo se Cristo seja importante, a Luz seja importante, são vocês mesmos o Cristo, são vocês mesmos a Luz. A única diferença entre vocês e eu é que vocês não creem nisso e não o sabem, ainda, mas nós somos, todos, Luz.
Então, a partir do momento em que vocês consideram, sempre, a Luz como exterior a vocês, como vocês querem tornar-se Luz? É preciso aceitar a Luz em si.

Vocês são Luz, de toda a eternidade, e vão, de algum modo, recusar vê-la, pela necessidade da emoção, pela necessidade da encarnação, pelas necessidades da família, pelas necessidades de outra alma, da qual vocês tem a responsabilidade.


Vocês aceitaram desviar-se da Luz, mas vocês são, de toda a eternidade, Luz, mas é essa herança que é preciso redescobrir hoje.

Bem, caros amigos, espero revê-los um desses dias. Eu lhes aporto todo o meu amor, toda a minha bênção e espero ter sido de alguma ajuda ao seu caminho.
Então, vou, agora, retirar-me. Recebam todo o meu amor, e eu lhes digo até breve, talvez.


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Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
15 de abril de 2007

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Versão do francês: Célia G.

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Transcrição e edição: Andréa Protzek e Zulma Peixinho


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