- E BEM,
CAROS AMIGOS... -
Bem,
caros amigos, estou extremamente contente por reencontrá-los.
Então,
agora, se quiserem, vamos, como de hábito, começar essas trocas que serão, eu
espero, aproveitáveis para sua evolução e aproveitáveis para seu caminho na
vida, eu diria.
Então,
podemos ir.
***
Questão:
poderia falar sobre o carma?
A lei de
ação/reação, tal como foi exprimida no budismo tibetano e, depois, retomada
pelos ocidentais, não corresponde, absolutamente, à realidade.
Então, a
palavra «superstição» corresponde, efetivamente, a algo de perfeitamente real,
ou seja, a alma humana está tão afundada na encarnação e na reencarnação, que é
persuadida de que deve pagar todas as ações do que viveu, progressivamente e à
medida de vidas.
Mas,
obviamente, isso tem sido vivido por todos os seres humanos, há milhares e
milhares de anos, enquanto, hoje, através, tanto de meu ensinamento como dos
ensinamentos que vocês recebem à esquerda, à direita, é evidente que a lei de
ação/reação (carma, como se chama), deve ser, imperativamente, substituída pela
lei que se chama de ação de graça, que foi inaugurada pela encarnação do
Cristo, que permitiu a todo ser humano, a título individual, eu diria, escapar
dessas leis de carma para entrar na lei de ação de graça.
Então, o
que é que isso quer dizer: passar da ação/reação à ação de graça?
Isso quer
dizer que, a um dado momento, no processo de elevação espiritual, torna-se
evidente que a vida – tanto nessa dimensão como nas múltiplas dimensões que
existem acima de vocês – é manifestação de amor, e o amor não conhece
ação/reação.
O amor
conhece apenas expansão infinita.
É o ser
humano, por suas encarnações sucessivas, que criou essa lei de ação/reação, que
é específica, eu diria, do que acontece nessa dimensão.
Mas, na
dimensão da alma, eu os tranquilizo, não há qualquer obrigação ligada a
qualquer retribuição de vir se encarnar para pagar os erros do passado.
Isso é
uma visão da mente.
Aliás,
inúmeros ensinamentos budistas tibetanos haviam compreendido perfeitamente isso
quando eles diziam que era uma heresia crer que se tinha que pagar tudo o que
se havia feito.
A partir
do momento em que se abre para a dimensão do amor, naquele momento, obviamente,
a lei de carma não existe mais e, portanto, sem exagerar, pode-se considerar
isso, efetivamente, como uma superstição.
O que não
quer dizer que não haja reencarnação, o que não quer dizer que não haja
retribuição, mas, simplesmente, a partir do momento em que a consciência
desperta à dimensão do amor e da Divindade, basta entrar na lei de ação de
graça, isso é ao nível individual.
Em
contrapartida, obviamente, ao nível coletivo, não é possível escapar, eu diria,
do que se chama o carma coletivo, ou seja, a retribuição, mas, desta vez, não
ao nível do indivíduo, mas ao nível da coletividade.
Obviamente,
se vocês fazem mal à Terra, a título coletivo, a Terra devolverá o que vocês
fizeram a ela, mas isso é outra coisa, é um carma coletivo.
Agora,
mesmo essa noção de carma coletivo, não se deve ver isso como algo de negativo,
é, sempre, uma questão de experiências, de experimentações e de crescimento da
quantidade de Luz que vocês são capazes de revelar, através das experiências.
Muito numerosas
vezes eu disse que, nos anos que vêm, vocês terão a enfrentar, a título
coletivo, certo número de eventos extremamente desagradáveis, quando se os vê
com o olhar da terceira dimensão, mas, quando se os vê com o olhar iluminado e
um pouco mais longe do que a ponta de seu nariz, apercebe-se de que as ditas
experiências correspondem, de fato, a um período de purificação, de
transformação e de elevação do nível de consciência.
Então,
obviamente, mesmo os orientais, quando falavam de carma, jamais disseram que
era algo de inexorável, de inevitável e de espantosamente mecânico; é tudo,
exceto isso.
E é ainda
mais verdadeiro desde o sacrifício do Cristo: o fato de verter seu sangue
permitiu o despertar de energias que vocês vivem, atualmente, e, sobretudo, o
nascimento do que se chama a ação de graça, que varreu todas as noções
cármicas.
Eu lhe
garanto, caro amigo, que nenhuma alma é obrigada a reencarnar-se, qualquer que
seja seu carma.
Entretanto,
é preciso, efetivamente, compreender que, quando se deixa a Terra com certo
número de atrações – por exemplo, atrações ligadas a noções de prazer
exagerado, de atrações de tipo materiais, obviamente – a alma tem muito mais
dificuldades no momento da morte para liberar-se desses diferentes impulsos,
paixões que puxam, ela mesma, a reencarnar-se.
Mas uma
entidade espiritual, mesmo aquela que se convencionou chamar de Senhor do Carma
– ou seja, os Lipikas cármicos, aqueles que vigiam pelo respeito dessa lei,
desde planos em que essa lei não existe – eles fazem apenas obedecer ao que
querem as almas.
A partir
do momento em que você chega a morrer em plena consciência, deixar esse mundo
completamente (não desengajado), mas completamente, na fé e na certeza da lei
de amor, naquele momento, a reencarnação torna-se totalmente hipotética, e
tanto mais que, ao nível coletivo, vocês se aproximam, durante esses sete
últimos anos, eu diria, de um processo de despertar que vai bem além da
terceira dimensão.
Vocês vão
deixar, pelo menos a maior parte de vocês, a escola de experiências na qual
estão há dezenas de milhares de anos.
Naquele
momento, será preciso substituir a lei de ação/reação pela lei de ação de
graça.
É
preciso, efetivamente, compreender que a Luz não tem necessidade de
reencarnar-se, e vocês são Luz.
Obviamente,
vocês construíram certo número de coisas que faz com que tenham criado
resistências à Luz, vocês criaram leis, como dizem os anjos, que fazem com que
vocês sejam, irremediavelmente, atraídos para o processo de reencarnação, mas é
uma armadilha que vocês mesmos construíram.
Em momento
algum a Divindade havia preparado tal plano em relação à terceira dimensão.
Então, os
jogos de emoções, essencialmente, os jogos de sofrimentos implicados aos outros
e a si mesmos faz com que vocês tenham gerado esse processo de reencarnação,
vocês, realmente, geraram-no, ele não foi criado pela Divindade.
Todos os
mundos que evoluem na terceira dimensão não são obrigados a passar por esse
processo de retribuição, no sentido cármico, sobretudo, a partir do momento em
que há conexa à Luz e à Fonte que vocês são.
Isso é
extremamente importante.
Então, o
carma é uma lei que foi, efetivamente, estudada de diferentes modos por alguns
movimentos, como o budismo tibetano, como na ayourveda, mas, em momento algum,
é algo de inexorável.
Ao nível
coletivo, isso vai tornar-se cada vez menos inexorável, porque a energia que
vem para vocês é uma energia que corresponde àquela que foi encarnada pelo
Cristo em Sua vida, que se chama a energia da ação de graça ou a energia, se
preferem, do éter, chamada, ainda, a energia da quinta dimensão e, na quinta
dimensão, não há carma, há apenas Luz e, também, Luz e expansão dessa Luz, não
pode haver processo ligado à sombra.
***
Questão:
se não há mais encarnação, qual é o interesse das experiências que vivemos
aqui?
Cara
amiga, essa experiência de encarnação, vocês a fazem há dezenas de milhares de
anos, então, se alguns de vocês têm vontade de prosseguir a experiência, é
problema de vocês.
Agora, se
vocês não têm vontade de escolher o absoluto, a felicidade espiritual, nada,
nem ninguém os forçará a ir para a Luz.
Se vocês
têm necessidade de fazer ainda mais experiências da separação, de tentar
encontrar, eu diria, a beleza da vida – que é real, na terceira dimensão –
através da experiência, do sofrimento e, ainda, afastar-se um pouco mais da
Fonte, isso é um problema individual.
Nada, nem
ninguém, os obrigará a parar seus ciclos de encarnação, mas, simplesmente, é
preciso compreender que tudo vem da unidade.
Então, a
unidade multiplicou-se, fragmentou-se, em múltiplas unidades que quiseram fazer
a experiência da separação para com a Fonte.
A própria
Fonte acompanhou essa vontade de fragmentação, de afastamento da Fonte, mas, a
um dado momento, é preciso, efetivamente, que ela retorne à fonte, isso não
pode ir cada vez mais nos processos de fragmentações, que conduzem ao que vocês
observam, hoje, sobre a Terra.
Agora, se
vocês querem prosseguir a experiência da terceira dimensão, se querem crer que
há um paraíso sobre a Terra a construir, vocês estão no erro fundamental, o
paraíso está ao nível da alma, ele não está ao nível da encarnação, nas
dimensões de terceira/segunda ou, ainda, mesmo, quinta, o paraíso está bem
além.
Então,
ninguém julgará se vocês querem continuar a experiência da dissociação, a
experiência da fragmentação, a experiência do jogo da vida, esse é seu caminho
pessoal, individual.
Ninguém
irá julgá-los.
É por
isso que os criadores dão-lhes, eu diria, toda latitude para fazer como bem
lhes pareça, vocês têm liberdade total.
Mas,
agora, cara amiga, compreenda, efetivamente, que o inferno é aqui, não é lá em
cima, não é na Luz.
Então, eu
posso conceber que algumas almas tenham necessidade de experimentar mais a vida
na terceira dimensão, mas o problema é que, hoje, vocês chegam a um período que
é um período extremamente capital na história da humanidade, que é um período
de escolha no qual o conjunto do planeta vai passar à quinta dimensão.
Então,
vocês têm liberdade de recusar e serem reciclados alhures, em uma possibilidade
de reviver o que vivem, no entanto, há cinquenta mil anos.
Eu posso
conceber que algumas almas não tenham, verdadeiramente, vontade de juntar-se à
Luz, é problema delas, mas é um problema que não vai ao sentido da evolução
prevista nesse planeta.
***
Questão:
como se pode ajudar alguém que não teria a consciência dos desafios dessa
diligência global em sua própria diligência evolutiva?
Então,
cara amiga, aí está uma questão extremamente importante, há vários modos de
responder, eu começarei pelo mais direto.
Por que,
a todo custo, querer ajudar alguém?
Esse é um
caminho pessoal, e o Mestre vem quando o aluno está pronto.
Se uma
pessoa decide não ver a verdade da Luz, é que o caminho dela não foi
suficientemente dissociado, separado para interessar-se por isso.
Não há
julgamento a ter em relação àqueles, eu diria, que são mais evoluídos, mais
avançados, mais abertos em um caminho e aqueles que permaneceriam atrás.
Ninguém
conhece a história de uma alma, completamente, o que quer dizer que algumas
almas já começaram, eu diria, um caminho de retorno para a Unidade, que é um
caminho que corresponde ao acesso a outros modos de vida, o que não quer dizer
fusão à Fonte, mas ser iluminado pela Fonte.
É de
outro modo diferente viver iluminado pela Fonte do que viver separado da fonte,
não é, de modo algum, a mesma coisa.
Agora,
querer, a todo custo, que um ser humano desperte, isso, é uma visão, eu diria,
um pouco egotista, porque quereria dizer que se quer, a todo custo, arrastar o
outro para onde se está.
Mas quem
sabe se o outro está, realmente, nessa demanda ou nessa necessidade?
Então,
demanda a mais direta que se pode fazer é, sobretudo, não se servir do mental,
de palavras, de pedidos ou de insistências – quer elas sejam afetivas ou não –,
para arrastar alguém ao caminho da Luz.
Em
contrapartida, é preciso compreender que, a partir do momento em que alguém
começa esse caminho para esse despertar específico há, necessariamente, uma
vibração que emana do ser que está no caminho e, obviamente, essa vibração é
capaz de ter um efeito de abertura sobre aquele que recebe essa vibração: há,
efetivamente, um efeito contagioso dessa vibração.
Os
exemplos não faltam – seja no Oriente, no Ocidente – de seres que em nada
acreditavam e que, confrontados a um personagem específico, viram-se explodir
na Luz, porque eles construíram paredes, e essas paredes foram explodidas pelo
reencontro com esse portador de Luz.
Então há,
também, a noção de liberdade aí.
Ninguém
tem o direito de impor o que quer que seja.
Os seres
que vocês são, todos, aqui presentes, vocês estão, todos, em graus de
experiências, diríamos, diferentes.
Há os que
aspiram apenas a uma coisa: é entrar na casa; há os que aspiram apenas a uma
coisa: é experimentar a beleza da encarnação na terceira dimensão e, depois, há
os que não sabem muito, porque não viram o que havia do outro lado.
Então,
obviamente, quando não se conhece o que há do outro lado, isso provoca,
necessariamente, eu diria, um medo, um medo inerente à constituição física que
vocês têm porque, na encarnação, há certo número de medos que são ligados não
tanto à experiência das encarnações, mas que são ligados, também, às suas
estruturas cerebrais, que fazem com que o medo seja algo que vai evitar, a
priori, os perigos.
Então, a
novidade é algo que dá muito medo, sobretudo, quando não se sabe o que há do
outro lado, mas eu lhes garanto que todos aqueles que fizeram a experiência de
saber e de viver o que há do outro lado – quaisquer que sejam as concepções da
vida que eles tenham – têm apenas uma vontade: é a de voltar a essa Fonte.
Há
aqueles que fariam uma experiência negativa, mas é, de qualquer forma, muito
raro.
Então,
por que querer mudar os outros?
É
preciso, sobretudo, contentar-se em estar, si mesmo, na mestria da energia, na
mestria espiritual, na mestria do despertar, estar no abandono à vontade
Divina.
Naquele
momento, os seres que deverão mudar, mudarão, por simples contato vibratório.
Mas a
partir daquele momento.
***
Questão:
então, por que você vem nos falar?
Eu venho
falar-lhes, cara amiga, para dar, além das palavras, uma Vibração muito
específica.
Vocês
viveram, em muito numerosas reprises para alguns de vocês, energias de cura.
É
evidente que eu evoluo em planos vibratórios que nada mais têm a ver com a
encarnação (porque eu faço parte, eu diria, de uma linhagem que evolui em
dimensões que estão bem além daquela que lhes é prometida nos anos a vir),
entretanto, eu sou obrigado a falar para orientar sua sede, eu diria, de
evolução espiritual.
Eu não
venho convencê-los a ir para a dimensão nova, bem ao contrário.
Vocês são
livres e continuarão livres, como o Pai o quer, ou seja, no momento em que vier
essa nova vibração, vocês serão totalmente livres para fazer a escolha da Luz
ou fazer a escolha de continuar a experiência, de mudar de dimensão ou de
permanecer na mesma dimensão.
Então, eu
não venho dizer-lhes «venham, sigam-me».
Um
verdadeiro Mestre não diz, jamais, «venham, sigam-me», ele os abre à sua
própria mestria, ele os abre à sua própria irradiação e eu venho para isso.
Eu não
venho para levá-los ou para dizer-lhes para seguir-me, assim como, em minha
vida, eu jamais procurei arrastar as pessoas, eu tentei, o mais possível,
revelar a própria Divindade dos seres, sem o querer.
Eram eles
que me pediam, eu jamais impus algo a alguém que não o pedisse, obviamente.
É isso
que diferencia os verdadeiros Mestres dos gurus, no mau sentido do termo, ao
ocidental.
***
Questão:
por que a Fonte, que criou o homem, deixou as coisas evoluírem assim?
Primeiro,
a Fonte jamais criou o homem; é o homem que se criou ele mesmo, a partir da
Fonte, é profundamente diferente.
Agora, a
descida na encarnação e a divisão, a separação que vocês vivem, mesmo apesar da
beleza de algumas coisas na encarnação, é algo que participa da experiência da
vida.
A partir
do momento em que vocês exteriorizam a consciência em um processo de
encarnação, vocês chegam, a um dado momento, quando vocês ocultam,
completamente, sua Divindade, o que é próprio do ser humano completamente
adormecido.
Porque,
quando eu digo ocultar a Divindade, não basta crer em Deus para dizer que se
reuniu à Divindade, não basta dizer que a vida é bela para estar reunido à
Divindade, reunido à Divindade é algo que é profundamente, não uma atitude
mental, mas que provoca as estruturas energéticas, neurológicas, celulares a
viver certo número de transformações, isso é a ligação à Fonte.
Agora,
não é preciso prejulgar, eu diria, o porque isso aconteceu.
O que
devia acontecer acontecerá.
Obviamente,
quanto mais vocês se afastam da Fonte, mais projetam a consciência ao exterior
da Divindade, mais vão para zonas de sombra.
A
consciência distanciada, a consciência separada, tal como vocês a vivem, conduz
ao que vocês vivem, atualmente, através da utilização de energias, por exemplo,
que vocês chamaram «fósseis», as energias de resistência, através da
resistência do mental, através do ego, tal como ele foi constituído.
Agora, eu
posso assegurar-lhes que, quando vocês se juntarem não à Fonte, mas aos planos
dimensionais, não existe mais essa dimensão de ego.
Vocês
serão profundamente enriquecidos da experiência que viveram, ou seja, que todas
as criaturas, pode-se dizer, da Luz, todos os seres únicos fragmentados da
Fonte não passam, necessariamente, por esse processo de encarnação, de divisão,
de fragmentação, obviamente.
Alguns
seres, por exemplo – em especial, na Intraterra – mantiveram um corpo físico,
mas não conhecem a estrutura emocional, tal como vocês a têm vivido, porque as
consequências das emoções são o que vocês vivem hoje.
Não se
pode dizer, de um lado, que há a beleza e, do outro lado, que haja a cólera, a
divisão, o ódio e outras emoções que fazem parte da natureza humana.
Mas, uma
vez que vocês tiverem superado esse processo de divisão e que farão surgir em
dimensões outras – e que vocês estiverem estabilizados nessas dimensões outras
– sua alma será enriquecida dessa experiência.
O
processo de descida na encarnação e a separação da Fonte é um processo
evolutivo que foi decidido, eu diria, no alto escalão, há mais de cinquenta mil
anos, pela ordem de Orionis, a ordem de Melquisedeque, se preferem, que decidiu
que a humanidade devia experimentar a criação material, no sentido em que se a
chama, no sentido em que vocês a vivem, ao mesmo tempo sabendo que essa criação
material seria puxada entre os dois extremos que seriam, de um lado, pela
beleza, a emoção de beleza através da criação artística, e, também, a emoção do
ódio, que é seu oposto.
Obviamente,
isso devia resultar por um processo que já aconteceu em muitas outras
civilizações extraterrestres não humanas por outros lugares, que viveram esse
processo de separação.
A
separação não é um estado que conduz à unidade; é um estado, eu diria, que
conduz à experiência múltipla, que enriquece a experiência múltipla.
O momento
em que vocês retornarem a dimensões, eu diria, que não são mais separadas.
Chegou-se
aí porque, como dizem os orientais, vive-se o fim do Kali Yuga, ou seja, a
idade sombria, a idade das trevas, mas, em todas as trevas, quaisquer que
sejam, tranquilizem-se, mesmo o ser o mais vil, que é o mais na sombra, possui
uma partícula de Luz que é chamada sua alma imortal, seu espírito imortal,
porque não pode haver trevas se não há Luz, obviamente.
***
Questão:
é correto seguir um Mestre?
Então,
cara amiga, pode-se responder de dois modos.
Krishnamurti,
por exemplo, em sua vida, dizia que era preciso matar o Mestre, que o único
mestre é você.
Ele tem
toda razão, mas ele jamais deu a técnica para ali chegar.
Então,
obviamente, eu prefiro, eu diria, um Mestre que está aí para dar-lhes técnicas,
mesmo engraçadas, técnicas que são criadas a partir do zero para permitir-lhes
aceder à sua Divindade.
Raros são
os seres humanos que são capazes de aceder sozinhos, eu diria, a essa dimensão
espiritual autêntica.
Havia
Krishnamurti.
É preciso
prestar atenção a algo que é extremamente importante, se vocês tomam seu Mestre
através de escritos, ou seja, mesmo o Mestre mais ilustre, como Cristo, o
mental vai apropriar-se da coisa e, quando o mental se apropria de algo, bem,
ele crê que ele está na realização.
Mas ele
está na ilusão, obviamente, porque o mental não participa, em nada, as palavras
não participam, em nada, no despertar espiritual.
O
verdadeiro despertar espiritual é o momento em que o mental cala-se, mesmo
durante um bilionésimo de segundo; naquele momento, o despertar pode sobrevir.
Nesse
sentido, Krishnamurti tinha razão, mas, em momento algum, ele deu o meio aos
seres para aceder a esse estado de consciência.
Então, há
Mestres que deixaram ensinamentos, eu falo, por exemplo, do primeiro a ter
falado dessa quinta dimensão, que era Rudolf Steiner, que deu as técnicas para
chegar à iluminação do mental.
Há
Mestres muito mais recentes em todas as tradições, ou em todos os povos que,
hoje, estão vivos, que são capazes não de fazer um caminho mental, mas de
confrontá-los em face de si mesmos e de restituí-los à sua própria Mestria.
O
verdadeiro Mestre não é aquele que vai tomá-los pela mão e levá-los; ninguém
pode levá-los, apenas vocês mesmos é que podem levar-se.
Então, o
Mestre é aquele que vai, através, por vezes, de uma palavra, por vezes, através
de uma técnica, pô-los em ressonância em face de si mesmos, para permitir-lhes
encontrar essa dimensão espiritual.
Então,
para alguns seres, eu diria, para a maioria dos seres, é preferível encontrar
um Mestre vivo, ainda que apenas uma vez ou duas, ou várias, para dar-se conta
do que acontece porque, sozinho, é extremamente difícil, porque, sozinho, o
mental toma a ascendência, sempre.
Mesmo
quando vocês falam de amor, mesmo quando falam de prazer, o mental toma a
dianteira, enquanto o despertar, por definição, é a parada do mental, total.
Então, se
eu lhes digo «parem o mental», vocês vão pôr-se a meditar, para parar o mental
e, bem, o mental vai, também, servir-se disso, é nisso que um Mestre autêntico,
iniciado, desperto, é capaz de insuflar-lhes, sem querer, porque são vocês que
vão vê-lo, não a própria visão dele, das coisas, mas vai restituí-los a si
mesmos, à sua dimensão de ser de Luz.
Há inúmeros
Mestres, cada um foi, no entanto, portador de uma tradição, portador de um
movimento, portador de uma energia.
Então, a
energia do despertar é sempre a mesma, a energia da realização é sempre a
mesma.
Agora, há
uma coloração, obviamente.
Por
exemplo, Sri Aurobindo, foi criado na tradição Oriental, em relação ao yoga,
portanto, ele construiu o yoga do supramental.
Há um
ser, por exemplo, como Krishnamurti, que tentou, toda a sua vida, escapar dos
condicionamentos que quiseram fazê-lo viver e que conseguiu.
Então,
ele vai falar com o mental iluminado, sem fazer referência a técnica yogi ou
outras.
E,
depois, há outros Mestres que vão passar, por exemplo, por energias quando da
confissão em um confessionário na igreja, mas é a mesma energia de despertar.
Então, a
energia de despertar é, sempre, a mesma, e ela viverá no interior de si, mas as
energias no exterior, que se apresentam, podem ser profundamente diferentes.
Há pouco,
vocês tiveram a visita de Santo Inácio de Loyola, então, a energia de Santo
Inácio de Loyola absolutamente nada tem a ver com a minha, mesmo se nós formos
da mesma Fonte, mesmo se formos a mesma unidade, é preciso, efetivamente,
compreender isso.
Quando a
Virgem se apresenta, é a energia da Mamãe; quando é Cristo que chega, é a
energia Crística.
Será que
se pode dizer que é a mesma energia?
No
entanto, eles têm o mesmo coração.
Quando do
processo de cura espiritual, vocês tiveram a chance de ter palavras de Santo
Inácio, mas durante e antes que Santo Inácio interviesse, vocês tiveram dezenas
de entidades que trabalhavam em suas estruturas.
Todos
participam da Luz.
A partir
do momento em que esses seres não habitam mais um corpo de carne, mas
manifestam-se através de um canal, não é a mesma coisa que, efetivamente, eu
diria, se você tivesse diante de si Krishnamurti e, ao lado, Sri Aurobindo.
Obviamente,
o movimento de um seria ao oposto do outro.
É preciso
fazer escolhas a partir do momento em que os Mestres estão vivos.
Mas, a
partir do momento em que as entidades que se exprimem, em que as entidades que
se manifestam de maneira vibratória pertencem à quinta dimensão, então, há
colorações diferentes, mas o efeito em suas estruturas é, sempre, o mesmo.
Portanto,
não há contradição, há adição.
O eu faz
a potência vibratória das curas espirituais, como alguns de vocês puderam
constatar em relação a doenças, mesmo orgânicas, é, justamente, a
multiplicidade das entidades que vêm de quinta dimensão, sétima, nona, décima
primeira dimensão, que vêm agir em vocês, de diferentes maneiras, mas,
obviamente, a multiplicidade de vibrações, de ressonâncias, de irradiações
permite essa ação de maneira, eu diria, multiplicada.
Agora,
imaginem que vocês fossem, há vários anos atrás, um aluno de Sri Aurobindo, se
vocês fossem ver, depois, Krishnamurti, vocês teriam sido completamente
destruídos por seu discurso, porque o mental de vocês se prenderia a uma visão
que seria contrária à outra.
Mas é
preciso, efetivamente, compreender – e isso é, justamente, aqueles que têm
necessidade de um Mestre vivo – que, quando vocês estão presos a um Mestre, é
preciso segui-lo, até seu despertar.
Mas,
obviamente, é diferente entre o que está vivo e o que vem de dimensão superior.
Aí, nós
lhes aportamos a Luz de despertar, diretamente.
***
Questão:
então, por que dirigir-se a diferentes Mestres e não à Luz Divina?
Mas
porque, cara amiga, há tantas encarnações que foram tomadas de maneira
extensível nesse mundo, pouco a pouco os farrapos da sombra e do ego que foram
colocados, através dos diferentes corpos, são barreiras intransponíveis para
aceder ao que você chama a Luz.
Se você
tiver acesso à Luz sem a presença de um Mestre ou, então, se você for um ser
quase desperto, como Krishnamurti, você não tem necessidade de Mestre, eu já
disse.
Entretanto,
se você desvendasse o que chama de Fonte, você não teria mais corpo, você seria
consumada, instantaneamente, quando eu digo consumada é no verdadeiro sentido
do termo, seria uma combustão espontânea de todas as suas estruturas.
Então,
obviamente, não se pode.
Isso é
uma ilusão do mental, extremamente egotista ainda, que lhe diz «eu tenho acesso
ao Divino».
É
impossível, você ter acesso ao Divino unicamente quando for um ser Desperto,
quando tiver despertado e, efetivamente, você é despertado e quando despertou,
você não pode mais amar a matéria.
Você
transforma a matéria para espiritualizá-la.
É,
infelizmente, impossível, dadas as constituições energéticas, espirituais, de
diferentes dimensões.
É
preciso, efetivamente, compreender que, se vocês tivessem a potência de suas
orações e de suas meditações, tal como vocês dizem, há muito tempo que a guerra
teria desaparecido, há muito tempo que não haveria mais distorção,
curto-circuito vibratório, há muito tempo que vocês já teriam acedido à quinta
dimensão.
Então, é
uma heresia, não pode haver outra coisa que não seja um acesso à Luz.
Se vocês
acedem à Luz, tornar-se-ão um ser desperto que constitui o que se chama corpo
de Luz, com despertar da Kundalini, com despertar de novos corpos, com certo
número de processos extremamente precisos, que foram descritos por todos os
grandes Mestres e todos os grandes iniciados que vivem sobre este planeta,
qualquer que seja a tradição.
Então, se
esses sintomas não estão presentes, não pode haver despertar, é uma trapaça do
mental, isso é absolutamente formal, qualquer que seja a palavra que se ponha
aí, pode haver a ilusão de que a Luz está aí, a ilusão de que se transforma sua
vida, mas se vocês não têm o aparecimento, a visão e a presença real dos
intermediários, quaisquer que sejam, não haverá realização do que vocês pedem.
Então,
não pode haver cura espontânea se não há intervenção desses intermediários que
são suportes vibratórios (quando eu falo de cura, eu não falo, unicamente, de
cura de doença, eu falo, também, de transformações e de encaminhamentos para o
caminho de despertar).
Mesmo o
próprio Pai, quando quer dirigir-se, eu diria, a sistemas solares – porque o
Pai não se dirige a um ser humano, ele se dirige ao conjunto de um Sistema
Solar – Ele o faz por intermédio do que se chamam os mensageiros, sejam os
Tronos, as Dominações.
Tudo isso
é algo que é perfeitamente real, mas jamais o Pai vai dizer-lhes no ouvido
algo, é necessariamente um intermediário, o que é chamado de mensageiro que
virá fazê-lo.
Então, os
Mestres são mensageiros, então, os arcanjos são mensageiros.
Não
creiam que vocês têm a pretensão, na terceira dimensão, de dirigir uma oração
ao Pai e que o Pai vai responder a vocês.
Isso é
uma heresia, porque isso se saberia.
Sobre a
Terra, minha fé, inúmeras coisas já teriam sido transformadas há muito tempo, o
que não é o caso.
***
Questão:
como se podem compensar as manifestações, por vezes desagradáveis, no nível dos
ouvidos, ligadas às evoluções?
Bastante
desagradáveis, mas, infelizmente, nada se pode ali.
A partir
do momento em que a energia do despertar apresenta-se, aparece certo número de
fenômenos vibratórios que tocam todas as estruturas, seja no cérebro, seja nas
costas, seja nos ouvidos ou nas mãos.
Esses
processos são ligados à ativação de encaminhamentos para um despertar e para
uma transformação radical das estruturas físicas, energéticas, psicológicas e
espirituais.
Então,
não há meio de compensar isso.
Esses fenômenos
são os marcadores do despertar, tais como eles foram descritos pela maior parte
dos grandes sábios, em especial na tradição Oriental.
Infelizmente,
os sinais de despertar são os sinais de despertar, não é questão de
suprimi-los.
Por
exemplo, um ser desperto, na tradição católica, que viveu os estigmas, pode
pedir a Jesus para retirá-los, entretanto, ele aceitou um caminho espiritual
através de uma religião, uma tradição e viver a impregnação da energia Crística
em si, até o mais profundo de sua carne.
Isso faz
parte da iniciação e do despertar.
Não se
pode retirar o sofrimento que é ligado ao caminho pedido.
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Questão:
quais são os marcadores do despertar?
Então, os
marcadores do despertar correspondem à primeira etapa; isso corresponde à
recepção de uma energia específica que provoca o despertar.
Essa
energia, de acordo com as tradições, vai chamar-se diferentemente.
Ela pode
ser chamada de Shekina, de Shakti, de Espírito Santo.
É uma
energia que é transferida, a priori, diretamente, pelo Mestre desperto,
portador dessa energia, mas pode ser, também, transferida, simplesmente, na
natureza, pela beleza da natureza.
É uma
energia específica que está presente sobre a Terra, há mais de vinte anos e que
vai ativar o que se chamam os chacras superiores.
A partir
do momento em que os chacras superiores são ativados, vai manifestar-se uma
vibração e, depois, um som específico, no ouvido esquerdo.
De fato,
não há um som, há sete sons diferentes, que são ligados à progressão do
despertar.
Esse som
é ligado à construção de pontes de Luz que unem a personalidade interior à
alma, no ouvido esquerdo.
Após,
esse som aparece no ouvido direito, e traduz a construção de uma ponte de Luz
entre a alma e o espírito.
Paralelamente
a isso, a energia de despertar continua a descer na Coroa, no sétimo chacra, ao
longo do canal mediano da coluna vertebral, até no nível do sacro e, naquele
momento, sobrevém o processo despertar da Kundalini, mas isso não terminou.
Isso não
quer dizer que quando se despertou a Kundalini que se é um ser desperto porque,
naquele momento, é preciso que o caminho de retorno faça-se, que as energias
subam até o topo da cabeça para ativar o que se chamam os corpos espirituais,
que são ligados à quinta dimensão.
Sempre
com a presença desse zumbido nos ouvidos, filetes de sangue na narina esquerda
e, ao mesmo tempo, vibrações ligadas como uma faixa ao nível da fronte e da
coroa.
Esses são
os marcadores específicos do despertar.
Então,
quando se quer falar da Divindade, da Luz, e quando não se viveu esses
marcadores do despertar, bem, está-se no mental, simplesmente, está-se na
ilusão do despertar.
Aí estão
os primeiros sinais.
Há muitos
outros, entretanto, os níveis do poder da alma correspondem, também, à ativação
da clarividência, à ativação da recepção da Luz diretamente pela coroa e não
mais, unicamente, pelas zonas como o pâncreas ou como os pés.
Naquele
momento, as energias espirituais e as energias multidimensionais podem vir ao
seu encontro.
***
Bem,
caros amigos, eu lhes agradeço muito por todas as questões extremamente
interessantes que vocês me colocaram e por sua predisposição à interrogação
espiritual e ao desejo de caminhar para a Luz autêntica.
Então, eu
lhes aporto, como convencionado e como de hábito, minha bênção a mais sincera e
desejo-lhes um muito bom caminho para a Luz e façam rapidamente, para salvar
esse fabuloso estado de consciência que vocês merecem, porque é o que vocês
são, enquanto vocês não sabem disso.
Eu o
soube antes de vocês, mas vocês não o sabem ainda, e são, simplesmente, as
armadilhas de seu mental, de suas dúvidas, de suas interrogações que os impedem
de ver a Luz que vocês são.
Aí está.
Nisso, eu
lhes dou minha bênção e eu lhes digo até muito em breve.
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Mensagem
do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
15 de
agosto de 2006
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Versão do
francês: Célia G.
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Transcrição
e edição: Andréa Protzek e Zulma Peixinho
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